Autora: Aurora
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Finalizado em: 01/09/2022


you do not want this
— Quer beber alguma coisa?

Ele fechou a porta atrás de si devagar, como se não estivesse mais com pressa, agora que ela estava ali. sempre sentia um desejo incontrolável de tirá-la do ambiente em que os dois estavam, para ficarem sozinhos em seu apartamento ou qualquer outro lugar que lhe permitissem uma privacidade confiável. Devagar, ele tirou os próprios sapatos, deixando-os perto da porta, enquanto observava pacientemente a mulher estudar o local; ela sempre fazia aquilo, quase como se estivesse procurando saber se ele mudou algum detalhe desde a última vez que esteve ali.

? — ele chamou.

A mulher virou-se para ele, um sorriso meio deslumbrante nos lábios e jogou a bolsa pequena no sofá que tinha ali. Era um apartamento grande, digno de um médico que ganhava mais do que qualquer um contava, mas mesmo que não fosse médico, ele ainda era mais rico do que qualquer um que tentasse. Todo o luxo estava por ali; na decoração cara do apartamento e em cada móvel escolhido a dedo. Era um ambiente confortável, e conforto era algo que ele prezava mais do que qualquer outra coisa no mundo.

— Não, obrigada — ela lembrou de responder a pergunta.

Parando de agir de maneira estranha, também tirou os saltos que usava e voltou a se aproximar de , animada para consumir o que eles tinham ido fazer ali, mais uma vez. Mas, daquela vez, sabia que era a última e, por isso, queria fazer as coisas devagar. Não havia mais como fazer do jeito certo, quando tudo aquilo tinha começado com uma mentira. Ela não conseguia controlar mais a sensação de ser uma farsa; talvez porque realmente fosse uma. Merda. Ela só tinha a porra de um trabalho ali.
A porra de um trabalho!
Não era difícil enfiar-se em um ambiente sociável do homem e se aproximar dele. Não era difícil captar a sua atenção; notou-a antes mesmo que ela pudesse planejar como chamar a atenção dele para si. As coisas simplesmente tinham acontecido naturalmente, como se precisassem acontecer, quase como se fosse destino, se realmente a mulher conseguisse acreditar em toda aquela baboseira. era um homem bom, gentil e tinha um coração maior do que qualquer um que já tivesse conhecido.
Mesmo rico, não era arrogante por dinheiro e nem usava tal poder para conseguir o que queria. Tudo tinha sido fruto de seus estudos, mas não o julgava por usufruir dos prazeres que o dinheiro podia proporcionar. Durante todos aqueles meses em que estiveram parcialmente juntos, já deveria ter concluído o trabalho em duas semanas.

— Você está me olhando diferente hoje — ele comentou, assim que ela entrelaçou as duas mãos ao redor do pescoço dele.

sorriu, mas sua expressão confusa o acompanhou, as mãos pousando na base da cintura da mulher, enquanto tentava decifrá-la, sem sucesso.

— Com mais luxúria? — ela arriscou.

balançou a cabeça, beliscando a pele da cintura dela de propósito, por cima do pano fino que ela usava. respirou fundo, arranhando o pescoço dele em resposta. Provocações silenciosas eram comuns entre eles; se odiava mais um pouco ao perceber que tinha se acostumado com a presença do médico e que tinha criado uma rotina com ele. Pior ainda, conhecia suas manias e defeitos e não se cansava nunca de deixar o sorriso dele penetrar o seu coração, coisa que nunca deveria ter acontecido.
A mulher — conhecida como uma das melhores assassinas de uma rede oculta contratada —, não sabia como tinha deixado as coisas chegarem naquele ponto. Mas, também, não entendia o porquê de terem contratado-a para matar aquele homem. Ele não tinha sequer uma multa de trânsito. Toda sua ficha estava limpa, então… qual era o motivo de alguém querer aquele homem morto?

— De qualquer forma, , eu gosto de como você me olha agora — ele respondeu.

Ele não percebeu que o corpo dela tinha ficado tenso sob o seu toque e suas palavras; engoliu a seco, o coração acelerando tanto que ela achou que ele poderia pular pela sua boca, mas isso não aconteceu. Ao invés disso, ela disfarçou melhor o quanto a mentira a tornava pesada.
Ela era toda composta de mentiras. Seu nome sequer era .

— Venha aqui — ela chamou.

beijou , porque não havia palavras para rebater a declaração que ele tinha acabado de fazer. A assassina precisava encontrar o caminho mais fácil para terminar as coisas.
Mesmo que isso significasse partir o coração dele, ela o faria; o importante era que aquele tipo de dor o manteria vivo.
não iria matar o único homem que soube amar.
O beijo se intensificou; começou a empurrar a mulher devagar até o corredor largo que os levaria até o quarto principal, mas começava a tropeçar pelo chão, atrapalhando a intenção dele. Começando a ficar meio impaciente, o médico desceu as mãos até as nádegas dela e a impulsionou a subir em seu colo, com as duas pernas rodeando a cintura dele. mordeu o lábio inferior do homem, descendo uma das mãos até seu ombro, segurando-se com firmeza, enquanto procurava os lábios dele com ainda mais urgência.
Com ainda mais necessidade de guardar todos os detalhes dele em sua mente, pois seria a última vez que o veria.
Quando chutou a porta com o pé e adentrou o quarto, ele andou com cuidado até a enorme cama box e sentou com cuidado no colchão. Com as respirações ofegantes, os dois se encararam com o peito subindo e descendo. Ele ainda estava em pé diante da cama, diante dela, com os fios do cabelo bagunçado e os lábios vermelhos, olhando-a de uma maneira que ela também nunca foi olhada por ele.
A assassina podia estar imaginando coisas ou tudo estava mais intenso naquele momento. Talvez fosse porque para ela era uma despedida, mas para , podia ser algo ainda mais. Algo que ele não teria, porque a partir do momento em que descobrisse o verdadeiro motivo pelo qual ela se envolveu com ele, sabia que ele não a perdoaria.

— Eu já disse o quanto você é linda desse jeito? — ele começou a dizer. — Com os lábios inchados, a respiração ofegante, descabelada? E essa nem é a melhor parte, .

Ela piscou os olhos, sentindo-se uma idiota por aquele homem. Como tinha sido tão, mas tão burra de se apaixonar por ele?
Tinha se relacionado com tantos outros homens antes, qual era a diferença de estar com ?

— O que você está esperando, ? — ela reclamou, sem jeito de responder aos seus elogios.

precisava que ele não fosse um homem apaixonante agora; precisava que ele a fodesse como nunca antes e, então, iria embora. Deixaria-o em paz e caçaria aquele que o queria morto, para que ele não corresse mais nenhum risco. Ela simplesmente deixaria o médico viver a sua vida.
riu. moveu o corpo ainda mais para trás, na cama, dando espaço para o homem subir nela. subiu na cama e ergueu o seu corpo contra o de , colocando-se em cima dela, mas com o cuidado de não derrubar o seu peso contra a mulher. Ambos ainda estavam de roupas; ele, com um terno caro e complicado de tirar. Ela, com um vestido curto de pano fino, fácil de rasgar. Tinham fugido de um evento de caridade do hospital. Aparentemente, foder entre quatro paredes era mais importante que arrecadar dinheiro para melhoria da saúde pública, mas considerava cavalgar contra o pau de uma questão de saúde, então não foi difícil convencê-lo a sair dali.

— Sempre tão impaciente, mulher — ele murmurou com a boca contra a pele do pescoço dela, causando-lhe um arrepio pelo corpo inteiro.

No entanto, discordou dele naquele momento. Ela nunca tinha sido tão paciente quanto agora: quando demorou tanto para cumprir a sua missão de lhe tirar a vida. Fosse o que fosse que a impediu de seguir adiante, duas semanas atrás, ela agradeceu silenciosamente. Algumas pessoas simplesmente não mereciam a morte. E não era má e nem injusta.
Sem responder, colocou as mãos nos braços firmes dele, sentindo a sua pele por cima do pano da roupa. começou a mordiscar a pele dela, de brincadeira, uma provocação irritante, mas boa. Naquele momento, não estava com pressa de ir embora, mesmo que tivesse uma passagem comprada para outro lugar que ele não pudesse encontrá-la. Se despedir seria tão difícil quanto ela tinha imaginado? Geralmente, a mulher nunca precisava lidar com aqueles tipos de sentimentos; ela não conseguia se envolver tão a fundo com qualquer alvo seu a ponto de se importar e era isso que a fazia ser tão boa no trabalho. Mas, com , as coisas tinham tomado outro rumo.
O homem segurou a nuca dela com delicadeza. A sua palma acariciou a região do pescoço da mulher. encarou os olhos brilhantes dela, sentindo seu corpo inteiro responder àquele tipo de contato, uma intimidade incrível palpando entre eles, quase como se fossem um só.

— Ele sussurrou.

engoliu a seco. O calor que a consumia era menos intenso do que seu nome saindo da boca dele. Seu nome falso, mas ainda assim, seu nome. O nome por qual ele a conhecia e se tornava dele, mesmo que por alguns instantes.
Olhando-o, ali, agora, com ele sendo tão intenso, mantendo seus olhos nela, desejou o impossível. Ficar ali, naquela cama, enroscada nos braços dele.
Ela tocou a face dele e, por um instante miserável, era uma emoção maravilhosa desejar aquele tipo de coisa. Desejar ter o coração dele para si e se entregar completamente para ele, mas…
deu um sorriso trêmulo, subitamente consciente do que estava fazendo.
Você não o quer, , ela pensou, você não quer isso, porra!

? — chamou, confuso.

Havia lágrimas molhando os olhos da mulher e ela piscou para afastar. O tom preocupado da voz de a despertou e ela melhorou o sorriso, acariciando a bochecha dele, finalmente tomando os lábios dele com os seus. Não era hora de ser sentimental. Ela tinha se enfiado naquela confusão, podia aguentar as consequências agora.
O beijo intensificou, como antes. Dessa vez, os dois trabalharam para se livrar das roupas. tentou se livrar do terno dele, mas seu vestido era mais fácil de ser tirado do que a roupa dele. Quebrando o beijo por um momento, os dois se livraram das roupas sozinhos, ficando completamente nus.
A intimidade que eles tinham construídos juntos fazia aquilo, agilizava as coisas. Eles não se importavam mais de ficarem nus na frente um do outro, principalmente quando era essa a única intenção ali. sorriu para ela, ao observá-la amarrar o cabelo todo em um coque alto. Ajoelhados na cama enorme, ele a puxou para si pela cintura.

— Alguma aventura hoje? — ele sussurrou, tocando a ponta do nariz dela e depois depositando um beijo rápido no mesmo lugar.

Ela sentiu o coração apertar. Era dolorosamente ridículo o quanto sentiria falta daquelas pequenas coisas.
Uma assassina se apaixonar pelo seu alvo era quase piada.

— Não — ela respondeu, com um sorriso pequeno. — Só quero aproveitar você.

O rosto de iluminou. Ele subiu a mão livre até parar no seio esquerdo dela, onde começou a fazer carinho quase involuntariamente. mordeu o lábio, sentindo o pau ereto e duro dele contra a sua barriga e quase sorriu, mas não provocou. O médico jogou-a contra a cama devagar, deitando-a contra o colchão confortável da cama e apertou o bico do seio rígido dela, arrancando um gemido da boca da mulher.

— Você quer fazer amor comigo, ?

A pergunta pegou-a de surpresa. Sua boceta latejava, implorando para ser tocada, mas ela ainda estava pensando no que ele tinha acabado de dizer. era sempre fodida e gostava de foder, não conhecia outra palavra para sexo, mas fazer amor? Ela nunca tinha feito tal coisa. parecia ciente disso.

— Também quero aproveitar você — ele continuou. — Não quero somente te foder. Eu quero… quero fazer amor com você. Você já fez isso, ?

Conforme ele ia falando, descia a boca pelo corpo dela. Passou pelos seus dois seios, distribuiu beijos por sua barriga e admirou o seu útero, a boca quase chegando a sua intimidade quando ele fez a pergunta. estava delirando de desejo àquela altura; engolindo a seco, ela só fez que não com a cabeça.
Nunca tinha feito aquilo.
sorriu contra a pele dela. Virando o corpo da mulher de lado, ele a fez abrir as pernas e se enfiou no meio dela, lambendo a sua boceta sem aviso prévio. soltou um gemido alto, apoiando o seu corpo em um braço contra a cama, a cabeça erguida para assistir o médico chupando-a. Ele fazia aquilo lentamente, devagar, com carinho. Ao contrário das outras vezes, em que os dois eram desesperados por mais um do outro e se fodiam até cansarem, com força e rapidez.
Naquele momento, porém, tudo era o contrário. Ela ainda não entendia muito bem qual era o conceito de fazer amor, mas gostava de como ele estava conduzindo as coisas. Não haveria despedida melhor que ela pudesse pensar. Ela tomava o cuidado de manter a outra perda erguida, deixando um espaço perfeito para ele aproveitar o sabor dela.
a engolia por completo. Sua língua cobria toda a extensão de sua boceta, provocando reações exageradas na mulher, que tentava conter os seus gemidos. Ele não tinha pressa de acabar com aquilo. Brincando com seu clítoris, ele adicionou um dedo à brincadeira, penetrando-a lentamente. rebolou contra a boca dele e a encarou com os olhos travessos.
O homem continuou aquilo mais um pouco. Ela estava molhada e ele continuava chupando-a, vez ou outra movimentando o dedo dentro dela, um movimento de vai e vem lento, enquanto mordia o próprio lábio inferior, acariciando seu seio com a mão livre.
Por um instante quase cruel, se perguntou se aquilo estaria acontecendo se ele soubesse que nunca mais a veria, dali em diante. Ela esperaria ele dormir para ir embora, sem que precisasse dar explicações, mas não pôde evitar imaginar a sua reação. Mesmo sabendo que ele não podia nem sonhar com a verdadeira intenção dela, sentiu-se mal por deixá-lo no escuro.
tirou o dedo de dentro dela e subiu a boca. virou-se de costas novamente, aceitando o beijo dele, seus lábios se movendo em uma sincronia única. Eles aproveitaram os lábios um do outro, um beijo calmo e sem pressa. cruzou as pernas ao redor da cintura dele, sentindo o pau dele roçar contra a pele da sua coxa. Espalmando a mão contra o peito dele, separou o beijo e, com uma força impressionante, conseguiu inverter as posições, ficando sentada por cima do corpo dele, agora deitado diante dela.
pareceu impressionado.
A assassina lhe ofereceu um sorriso deslumbrante. Ela era muito bonita, principalmente ali, diante dele, prestes a sentar contra o seu pau, acabando com a pouca tortura do médico em não sentir o seu toque. não demorou muito; no entanto, ela esperou poucos segundos, parada, os dois em silêncio, olhando um para o outro. Ela não sabia o que ele estava pensando, mas a assassina estava tentando guardar todos os traços do rosto do homem em sua mente, prometendo nunca esquecê-lo. Não poderia, mesmo que quisesse, uma vez que ele já estava gravado em seu coração há um bom tempo.
não conseguia lembrar-se do exato momento em que se apaixonou pelo homem. Ela só percebeu muito tempo depois, quando já era tarde demais para reverter a situação. Naquele instante, ela soube que não poderia puxar o gatilho, indo contra tudo o que foi ensinada para ser.
Mas ela também era dona da própria vida e do próprio corpo e tinha ciência que iria enfrentar as consequências de suas escolhas depois. Daquilo ela não tinha medo; temia que, por não ter cumprido o que lhe foi mandada para fazer, outra pessoa cumprisse. Mas aquele era só mais um dos motivos pelo qual ela estava indo embora: garantiria que aquilo não acontecesse.
A assassina se aninhou contra o corpo dele, beijando a sua pele delicadamente. Ela desceu ainda mais, parando no quadril dele e, com uma mão atrás das costas, tocou o pau duro do homem, acariciando a sua cabeça com o indicador e o polegar. soltou a respiração pesada, o peito subindo e descendo, afetado pelo toque íntimo da mulher. Ela sorriu com a reação dele e ergueu o próprio corpo, finalmente encaixando o pau dele contra a sua boceta.

— ele arfou.

começou a subir e descer lentamente contra o pau do médico. Ela juntou seu corpo ao dele, tocando a sua testa contra a dele, mantendo os olhos fixos nos dele. tinha uma expressão de prazer no rosto, igualando-se ao dela. Ele segurou a nádega esquerda dela com uma mão, enquanto a outra pousava na nuca dela, acariciando aquela região.

— ela devolveu, com um sorriso delirante.
— Você é incrível, sabia disso? — o médico sussurrou.

Ela lambeu os lábios, mas não respondeu. começou a mexer o próprio quadril, ajudando-a a manter os movimentos de vai e vem. Ela dobrou as pernas em cima das coxas dele, apertando o pau do homem contra a sua boceta.
soltou um gemido incontrolado. A assassina mordeu o lábio dele em provocação, misturando seus gemidos aos dele, sem saber como descrever a sensação de estar com ele daquela maneira. Experimentar fazer amor pela primeira vez era uma experiência que ela guardaria consigo, para nunca cometer o ato com outra pessoa, que não ele.
Ele era o único que a olhava daquela forma; como se nunca existisse ninguém no mundo além dela. Tinha sido o único a acertar onde tocá-la, aprendeu a escutá-la sem interromper e a se interessar pelos seus interesses. Ele nunca destacava seus defeitos, mas estava sempre exaltando suas qualidades. Nunca remetia-a somente à um sexo puramente casual. Não. sempre queria levá-la para jantar, transformá-la em sobremesa e tomar café da manhã com ela no dia seguinte. Pouco a pouco, sem que os dois percebessem, tinham criado uma rotina juntos.

— Você é muito mais incrível do que eu, — ela rebateu, e era verdade.

Não havia como constatar aquele fato. salvava vidas, enquanto ela tirava e não sentia nem mesmo um pingo de remorso com aquilo. Era difícil erguer a balança contra o moralmente certo e o errado quando tinha sido criada com todas as visões do mundo distorcidas.
exibiu um sorriso lindo e roubou um selinho dela, antes de reverter as posições novamente, ficando por cima dela, no controle. Ele segurou-a pelo quadril e abriu ainda mais as pernas, deixando-o se encaixar em seu meio, sem tirar seu pau de dentro dela.
As veias dele estavam saltadas e ambos estavam suados, mas continua fazendo amor com ela.
Com uma mulher que ele claramente amava, mas que não sabia a verdadeira natureza dela. Era possível dizer que o homem não sabia que tinha se apaixonado por uma farsa. Uma que ela criou para fisgá-lo com mais facilidade.
segurou firme contra os braços fortes dele, arranhando a pele dele de propósito. Ele aumentou os movimentos das estocadas, sentindo que os dois estavam prestes a atingirem o ápice juntos.
puxou o corpo de , sentando-a no seu colo, segurando-a pelas costas. A mulher enroscou os braços ao redor do pescoço dele e tomou os lábios dele para si, iniciando mais um beijo caloroso e intenso. Seu corpo inteiro estava arrepiado, os peitos dos dois subindo e descendo em sincronia, ajudando a cavalgar contra o pau dele. Ele desceu uma mão até o meio dos dois, usando dois dedos para explorar o clitóris da mulher. gemeu contra o beijo, sentindo-se tremer, um aviso prévio de que estava prestes a gozar.
Ela quebrou o beijo, abraçando o corpo do homem com força, mordendo o ombro dele. esfregou ainda mais o clitóris sensível da mulher, sentindo espasmos por todo seu corpo. Ele sussurrou o nome dela e ela arfava contra o ombro dele, excitados e suados.
E explodiram juntos.
O casal ficou ali, abraçados, por mais um tempo, enquanto se recuperavam. não se permitiu pensar sobre qualquer coisa, aproveitando o carinho dele nas suas costas, seus beijos pelo seus ombros nu, sua pele suada contra a dele, gravando cada detalhe em sua memória, para quando quisesse acessá-las em qualquer noite solitária que viria a ter.
deitou os dois juntos na cama. Ele virou de lado, de modo que um ficasse de frente para o outro e puxou o edredom para cobrir ambos, saindo de dentro dela. Ele encarou o rosto cansado da assassina, sentindo as pálpebras pesarem de cansaço também, mas queria admirá-la mais um pouco antes de finalmente fechar os olhos.

— Pode dormir aqui essa noite? — ele pediu. — Como todas as outras noites?

Ela sentiu o sorriso vacilar, mas esperou que, se ele percebesse, que pensasse que era somente o cansaço.

— Claro — ela sussurrou mais uma mentira.

sorriu, beijou a ponta do nariz dela, depois os seus lábios e fechou os olhos, com os braços ao redor dela.
sentiu o cheiro do seu perfume, misturado com suor e ficou observando-o dormir, contando a sua respiração. Ela não conseguia relaxar da mesma maneira que ele. De qualquer forma, não podia se permitir dormir, ou nunca mais iria embora.
Ela piscou os olhos para afastar as lágrimas. Não gostava de chorar, mesmo que tivesse aprendido há pouco tempo que chorar não significava que ela era fraca, mas, bem… ela tinha falhado naquela missão, não tinha? Seu coração tinha travado uma luta contra o seu cérebro, que sempre achou o amor patético.
ficou ali, por algum tempo, assistindo-o dormir, despedindo-se silenciosamente e sozinha. Ela não conseguia imaginar o quão arrasado ele ficaria ao acordar pela manhã e encontrar o seu lado na cama vazio. Não entenderia nada do que iria acontecer, porque não podia deixar um bilhete explicando a verdade e estava cansada de inventar mais uma mentira.
Ela simplesmente deixaria que ele tirasse suas próprias conclusões, não importava qual fosse. Certificando-se que ele estava dormindo de verdade e sem risco de acordar com o menor movimento, conseguiu se afastar dele e assistiu-o se remexer, virando o corpo para o lado oposto do que ela estava. Ela se levantou e saiu da cama, deixando o edredom para trás, começando a procurar todas suas peças de roupas no chão. Quando encontrou, foi vestindo uma por uma.
Vestida, ela ajeitou o cabelo e suspirou. Havia algumas coisas dela ali, mas não levaria nada. Ela deu a volta na cama, parando no lado em que o corpo de estava virado. A expressão dele estava serena, tranquila e ela sorriu melancolicamente.
estava prestes a beijar a testa do homem levemente, mas quase tropeçou e se apoiou na escrivaninha para não cair, derrubando algo no chão. Quando a mulher se abaixou para pegar, percebeu que eram duas passagens de avião, marcadas para a próxima semana, com destino para a Grécia. A primeira passagem estava no nome dele, e a segunda, no nome dela.
soluçou baixinho, xingando a si mesma ao perceber que ele estava planejando uma viagem dos dois juntos, em um lugar que ela tinha comentado com ele que tinha vontade de conhecer desde pequena. Ela mordeu a própria mão para reprimir um grito e passou as duas mãos pelo rosto, esfregando a própria pele.
Ela nunca encontraria alguém como . Mas desejou que ele encontrasse alguém muito melhor do que ela, que pudesse oferecer uma vida para ele que ela não podia. levantou e colocou as duas passagens de volta na escrivaninha e respirou fundo, olhando para o homem uma última vez.
Seu coração deu um salto, sofrendo.
Ela ignorou todas as suas emoções.

— Eu te amo, — sussurrou. — Adeus.

Ela virou as costas e saiu do quarto, passando pela sala para pegar sua bolsa e os saltos. Havia vozes sussurrando em sua mente que ir embora era a melhor escolha. Sua vida jamais seria compatível com a dele.
Não era a primeira vez — e, com certeza, não seria a última — que ela sabotava uma situação a seu favor. sempre sabotava todas as coisas que mais amava.
era só mais um da lista.



Fim.



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Nota da autora: Sem nota.






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