O cenário de caos, nunca antes visto, assusta todos que agora correm para tentar se proteger do perigo que os cerca. As ruas estreitas do bairro de Tóquio dificultam a fuga, as pessoas se amontoam pelos becos, entrando nas locações à procura de um abrigo. No céu é possível ver alguns meteoros caindo lentamente, mas que, para o olhar de pessoas apavoradas, estão caindo rápido demais. Alguns locais, um pouco longe dali, já haviam sido atingidos e algumas mortes foram causadas.
O ano de 2022 começara tenso para todos, no mundo inteiro.
Os meteoros não estão caindo apenas no Japão, mas em todo o planeta. Certamente tudo está um caos e isso não conforta ninguém. Será que finalmente o fim do mundo está acontecendo?
corre, olhando para o céu eventualmente, na direção oposta de onde estão caindo os meteoros. Atrás dele está sua namorada, , que segura firmemente sua mão enquanto também corre desesperada e com muito medo. De repente, sente a mão dela soltar a sua.
— Amor! — grita ele ao se virar e ver a namorada caída no chão. — Vem, levanta, temos que correr! — alerta enquanto a ajuda a se levantar.
— Acho que torci o pé — reclama ela e põe uma das mãos no tornozelo.
De repente, uma explosão.
— O que foi isso?! — espanta-se , muito assustada e segura firme no casaco que veste.
— Vem, temos que correr — ele se agacha ao lado dela e a carrega nas costas.
também está assustado, mas conhece bem a namorada e seus medos, por isso tenta se manter firme para que ela não se desespere tanto. A explosão de um prédio localizado ali perto ao ser atingido por um dos detritos do meteoro que atravessou a atmosfera provoca um grande incêndio e a queda do edifício. Agora, está correndo com em suas costas braços na direção oposta à explosão e onde, aparentemente, está caindo menos meteoros.
— Acho que estamos seguros aqui — comenta ao entrarem em um prédio longe da confusão principal e coloca no chão.
— eu estou com medo, nós vamos morrer! — diz e o rapaz a abraça com força.
— Não vamos morrer, meu amor, não vamos — diz ele, carinhoso.
Enquanto a abraça, ele lembra-se do dia que a conheceu, dois anos atrás.
Flashback ON – 2 anos atrás
O sol da primavera está apinho no céu, famílias inteiras e casais curtem o dia no parque, saboreando piqueniques enquanto conversam alegremente, sentindo a brisa refrescante tocar seus rostos. O jovem , com seus 16 anos, caminha pelo parque observando a paisagem enquanto registra uma cena ou outra com sua câmera. De repente, algo chama sua atenção. Uma jovem, que certamente tem a mesma idade que ele, brincando com um gatinho laranja. Enquanto a jovem jogava seu brinquedo, o gatinho corria para pegá-lo e devolvê-lo a sua dona para que a brincadeira repetisse. achou estranho, aquele gato estava se comportando como um cachorro, então ele resolveu registrar a inusitada cena.
Até que a jovem moça notou e olhou assustada para .
— Você está me filmando?! Seu tarado! — grita ela, assustada.
— Não! Eu não... não é bem isso que está pensando, por favor, me desculpe — apressa-se ele a falar e arreia sua câmera que está pendurada em seu pescoço.
— O que é então?
— Achei engraçado você brincar assim com seu gato — ele diz com o ar inocente.
— Oh... era isso, então? — ela diz ficando envergonhada e com o rosto rubro.
— Sim... qual o nome dele? — ele pergunta e se aproxima mais da jovem.
— Kuruma.
se agacha ao lado do gatinho, que tem um nome também inusitado, pois significa “carro”, e pega o brinquedo fazendo a mesma coisa que sua dona fez minutos atrás. O gatinho correu para buscar o brinquedo e devolvê-lo para .
— Ele é muito fofo — comenta ela.
— É sim...
— E como é o seu nome?
— ... Mori — ela curva o tronco levemente para cumprimentá-lo.
— Prazer em conhecê-la, me chamo .
O rapaz também curva levemente o corpo e cumprimenta ela.
A tarde agradável no parque tirando fotos da paisagem ganhou um novo significado para . Agora, ele tinha uma companhia.
Flashback OFF
As claras imagens do dia em que conheceu sua namorada passam em sequência na mente de , tão nítidas como no dia em que elas aconteceram. Enquanto abraça a moça ele pensa em um jeito de tentar escapar de todo o caos que acontece lá fora, o barulho das explosões está quase o enlouquecendo, mas ele se mantém firme.
— Vamos morrer... é o fim do mundo, ... — diz baixinho e aperta as costas dele.
— Eu estou aqui com você, amor — diz ele, ainda carinhoso, e afaga os cabelos dela. — Não vou te deixar.
— Eu não quero que você morra, amor, fuja! — pede ela e o encara.
— Para onde? — questiona ele. — De qualquer forma, eu não irei te deixar sozinha, isso não é uma opção.
— ...
— Eu não vou deixar você, baby — ele volta a abraçá-la forte.
De repente, começa a cantar. ergue o rosto para encará-lo e se emociona, lágrimas se formam em seu olhar e ela se lembra exatamente dessa música. E não poderia ser mais apropriada para o momento.
“Está na hora de dizer adeus
O sol está se pondo no céu
A verdade está se tornando a mentira
Está acabado, acabado
Sussurre para você uma canção de ninar
Esse é o final, mas baby não chore.”
Ele começa a cantar e olha no fundo dos olhos da namorada. Ele também está emocionado e com medo.
“Então aqui está para todos os corações sozinhos
Porque o meu está arrancado e partido
Está mais frio agora, está ficando escuro
Mas eu vou ficar bem
Me enterre com minha guitarra
E no caminho para o inferno eu vou tocar...”
No fundo, sabe que não há escapatória para a morte no cenário em que estão agora. É questão de tempo para que eles sejam atingidos por um meteoro ou um destroço dele.
“Se essa é a última música que eu irei cantar
Então eu estou dando tudo
Estou dando tudo
Se esta é a última música que eu tocaria
Acho que é hora de receber os meus aplausos
Estou morrendo para agradecer vocês
Estou morrendo para agradecer vocês
Estou morrendo para agradecer vocês
Obrigado a todos, yeah”
Enquanto canta e abraça , chora pensando em toda a vida feliz que poderia ter tido ao lado da namorada, toda a juventude que lhe será roubada tão precocemente. O futuro que eles teriam juntos, o casamento que já era planejado por eles, os filhos que pretendiam ter, a casa e os empregos que teriam. Tudo isso se findaram em breve.
Ainda cantando, ambos ouvem um barulho muito forte. Ao olharem para o lado de fora, eles veem um enorme meteoro atingir o solo muito próximo dali. Em fração de segundos, observam as habitações próximas serem alçadas ao ar e lançadas para os lados como se fossem feitas de papel. Todas na direção deles.
“Mais uma canção antes que eu tenha que ir
Estou cantando do fundo da minha alma
E querendo dizer em cada palavra e em todas as notas
Estou suplicando, deixe eu ouvir você cantar mais uma vez
Com sentimento”
aperta o abraço em e continua cantando com muita emoção. É óbvio que ele não quis esse fim, nem ela quis, mas o destino tratou de acabar com a vida de ambos em poucos segundos.
Inconscientemente eles sabem que, mesmo não vivendo mais, a história de ambos não termina aqui com essa última canção cantada por eles, pois as suas almas estão conectadas para sempre. Apesar de não terem mais corpos físicos, eles seguiram vivos em espírito, aguardando o dia em que viverão novamente essa história. Juntos.
“Está na hora de dizer adeus
O sol está se pondo no céu
A verdade está se tornando a mentira
Está acabado, acabado
Sussurre para você uma canção de ninar
Esse é o final, mas baby não chore.”
The Last Song, McFly
Fim.
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Nota da autora: Well, essa história nem existiria se não fosse por esse ficstape kkkkkkkkkky Ela é um spin-off de outra história que eu AINDA irei escrever que também fala sobre apocalipse. O que resta saber é se é sobre o mesmo casal ou não, né? Será que eles realmente morreram???? Leia "World End" e saberá haha
Obrigada a Jaden por scriptar <3 e a Quel por organizar o ficstape,e sse grande surto chamado MCFLY.
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