6:30AM.
O despertador dele toca e o mesmo abre seus olhos devagar. Seu corpo ainda sente as consequências da noite anterior. Quem lhe dera elas fossem dores de prazer...
Lutar contra seis bandidos treinados da máfia russa não é fácil, afinal, e nada prazeroso. Ele levantou-se e foi até o banheiro escovar os dentes. Ele aproveita sua estada no banheiro para tomar banho. A água quente percorre seu corpo, relaxando todos os músculos que ontem estavam tensos por conta da batalha que teve. Algumas feridas expostas ardem com o toque quente da água, fazendo o rapaz gemer em alguns momentos. Enquanto toma banho, seus pensamentos se perdem distantes de onde está. Seus pensamentos estão voltados para ela: a mulher que ultimamente vem reinando na mente dele. A mente de um rapaz que nunca pensou em se envolver com ninguém do trabalho. Não é de seu feitio, mas que está sendo atormentado por pensamentos impuros toda vez que ela lhe vem à mente.
Acabado o banho, ele se arruma, pega uma torrada fria da noite anterior e um café morno. Sai rapidamente e vai direto para o trabalho. Ele sente que aquele dia será longo. E ele não está errado.
Há dias que não se tem notícias dela. O combinado era ela entrar em contato de dois em dois meses para atualizar informações. Um mês de atraso: esse é o tempo que ninguém consegue falar com ela. Não é de seu feitio atrasar em nada. A melhor no que faz, ela é exemplo para todos ali e ele sabe disso. Algo está acontecendo e ele precisa saber o que é.
O rapaz entra apreensivo no hall de entrada do trabalho e já é abordado por um colega. Está sendo convocado a comparecer na sala do comandante. Ele já sabe do que se trata: ela. Sempre é sobre ela, afinal, ela é a melhor. Ele bate à porta, recebe permissão para entrar e o faz. O comandante está andando de um lado a outro atrás de sua cadeira. Ele tem uma espaçosa sala, tem mais experiência que todos e tem um motivo especial para saber notícias dela.
— Sente-se policial, por favor — Diz o de mais alta patente naquela sala. O outro obedece e senta-se.
— Queria falar comigo, comandante ?
. Comandante da principal guarnição de polícia do estado da Califórnia, unidade responsável por crimes internacionais (em conjunto com o FBI).
— Creio que seja sobre a .
Apelido dela. . A melhor policial da guarnição e também irmã do comandante .
— Sim — o rapaz diz e respira fundo. — Serei direto — fala convicto. — Obtive informações do FBI e eles solicitam nossa presença em New York imediatamente. Parece que conseguiram descriptografar mensagens de socorro enviadas pela policial diretamente da China — diz, sentando-se em sua cadeira e prossegue. O outro rapaz ouve atentamente. — Como sabe, a minha irmã, a policial , está em missão disfarçada na China. Para tentar obter informações da máfia chinesa. E como sabe também, ela deveria entrar em contato de dois em dois meses conosco. Faz um mês que ela não entra em contato. E ela não é disso — ele para por alguns instantes. está muito preocupado, mas não quer transparecer para ninguém. — Te chamei aqui, pois você é o capitão responsável pela equipe e porque minha irmã faz parte dela. Creio que você queira participar diretamente do resgate dela.
— Sim, quero muito comandante — o rapaz para por alguns segundos e conclui dizendo: — Isso significa que algo aconteceu — diz.
, capitão da guarnição. Agora, o segundo melhor policial da unidade, atrás apenas da , que conseguiu, em pouco tempo, tornar-se o posto de melhor policial.
— Eu também estou bastante preocupado com ela — confessa ao chefe e também amigo de infância.
Os três cresceram juntos naquela cidade e entraram para polícia. Primeiramente os irmãos, há sete anos, e depois o , com dois anos a menos de experiência. O que não lhe impediu de progredir. nunca quis altos cargos, recusou todos, apesar de ter experiência e competência para isso ela não quer ter patentes altas.
— Eu sei, amigo. Eu não estou conseguindo dormir direito por causa do sumiço dela. Você sabe o quão eu a prezo — confessa cansado de esperar por notícias concretas da irmã. Desde novos, eles vivem sozinhos. A morte de seus pais foi algo forte e precoce na vida deles. teve que cuidar da irmã desde cedo e não deixa de fazer isso até hoje. Não será agora que pararia de prezar por sua segurança.
— Então vamos para New York resolver isso — decreta levantando-se da cadeira. o acompanha.
— Prepare suas coisas. Viajaremos em duas horas — diz dando uma ordem.
acata a ordem e sai da sala. Vai até ao vestiário e prepara suas coisas. O nó em sua garganta cresce a cada pensamento ruim que passa em sua mente. Pensamentos que ele tenta espantar, tenta não pensar, mas que estão recorrentes com o passar do tempo. Logo, e embarcam no avião a caminho de New York.
Algumas horas depois eles chegam à cidade e vão diretamente para a unidade central do FBI e são recebidos pelo próprio diretor Fury. Nick Fury, diretor do FBI, a mais alta patente da agência. Um homem de muito valor e que adora a policial , seu irmão e o . Já na sala do Fury, e se acomodam. Fury é direto e dá-lhes logo as informações precisas sobre o paradeiro da . Ele havia preparado um resgate para tirar a da China. Ele acredita que ela tenha sido capturada pelos mafiosos chineses e seu disfarce fora descoberto. não consegue esconder a raiva e preocupação. Fury sabe o quanto ele gosta da , consegue perceber até certo amor que o rapaz sente por ela, apesar de sempre negá-lo. demonstra a mesma raiva e preocupação. sempre foi sua protegida, mas não é por isso que ela era considerada a melhor policial. Também não é por isso que ele a tem em sua equipe – e não é por serem amigos que era o capitão responsável. entrou na equipe do irmão por mérito, depois de cinco tentativas.
Os testes para entrar para a seleta equipe do comandante são extremamente difíceis. é prodígio e com menos de um ano de agência ele virou comandante. Desde então, tentou entrar para sua equipe e falhou quatro vezes. Na quinta, e última, finalmente ela conseguiu e todos a respeitam por isso e por outros motivos também. Dizem até que o diretor Fury pensa em promovê-la a capitã, patente abaixo da patente de comandante – e promover à comandante de uma outra equipe –, isso tudo depois de convocá-los para serem agentes do FBI. Mas, isso é uma outra história.
Fury quer que comande a missão de resgate da , já que ele é seu capitão. Ele explica os detalhes ao rapaz que ouve a tudo atentamente. comandará a operação de NY. A ideia do Fury é trazer os três para NY, ele está remontando as equipes e precisa de novos agentes, no FBI com experiência em missões de disfarce. E nada melhor do que eles três para isso. Com tudo resolvido sobre a operação de resgate da , prepara-se junto com mais três agentes do FBI para ir para China. Eles viajarão num ônibus aéreo, um avião bastante equipado e rápido, viaja mais rápido que um avião comum. Este, em específico, é um modelo novo projetado por um dos engenheiros do FBI, que contém alojamentos para os passageiros, salas para reuniões, sala de lazer, além de um laboratório para possíveis pesquisas científicas. Bem confortável. Em menos de seis horas eles já estão em território chinês, com conhecimento do governo chinês, eles desembarcam e iniciam a operação.
[…]
já participou de inúmeras missões de resgate e missões de disfarce também. Porém, essa, em específico, está deixando o rapaz ansioso. Coisa rara de acontecer. Normalmente, é o mais centrado e “frio” nas operações. Desta vez, o rapaz está controlando sua ansiedade em ver a amiga de longa data. Faz exatos dois anos que ele não a vê. A saudade é enorme.
Finalmente eles conseguem entrar na festa que a máfia dá em Xi’an – a 1200 KM da capital chinesa, Pequim –, capital da província de Xianxim, onde está localizada a sede da máfia, uma festa numa bela mansão chinesa. Costumeira da região. e os outros agentes se infiltram na festa, pois sabem que é ali, em alguma parte daquela mansão, que é mantida em cativeiro.
Algumas horas se passam e eles ainda não acharam o local exato. A agonia toma conta do rapaz.
[…]
Em algum lugar daquela mansão, tenta não chorar de dor. Os ferimentos provocados por dias de tortura mal cicatrizavam e eram reabertos ou novas feridas surgiam. A dor é intensa, porém, a experiente agente não perde a esperança de alguém dar uma brecha para que ela fuja ou até mesmo que alguém, ou do FBI ou de sua equipe da Califórnia, a resgate.
Uma hora depois, um dos torturadores entra na sala onde ela está, jogando-lhe um balde de água gelada em seu rosto, quase se afoga com a quantidade de água engolida de vez. Tremendo de frio ela tenta se concentrar, pois naquela época do ano é inverno na China. Um inverno rigorosamente gélido e nevoso. O rapaz berra coisas em chinês, ela entende mais ou menos, sabe que eles querem saber de onde ela é, quem a mandou lá e para quê. jurou não dar informações sobre sua agência, operações ou qualquer coisa que o valha. Ela foi treinada para isso: guardar segredos. Por isso, os dias de tortura e por isso tantos hematomas e feridas.
Agora uma nova dor lhe assola. Sua cabeça dói por conta do frio. Ela está esse tempo todo sem seus óculos de grau – e as lentes que usava já foram arrancadas há dias –, o que faz sua cabeça doer de vez em quando com mais facilidade. O astigmatismo dela lhe doí as vistas e a cabeça.
Depois de alguns golpes desferidos pelo rapaz chinês que ali está, continua muda, sem emitir nenhum som, nem mesmo de dor. Não falando nada sobre o que querem saber.
De repente, alguém bate à porta, o rapaz fala alguma coisa, respondem do outro lado e ele abre a porta. Mal a porta foi aberta e ele recebe um chute no peito. finalmente acha a sala onde ela está, após rodar a enorme mansão. De costas para a porta, não pôde ver nada, mas ouve toda a briga. Sabe que estão ali para salvá-la. Aos poucos ela faz movimentos para que conseguisse virar a cadeira para frente da porta. leva muitos golpes, apesar de ser faixa preta em artes marciais, ele apanha bastante. Mas também bate, e é num golpe certeiro que ele acerta um belo chute no pescoço do torturador que cai desfalecido. De imediato, ele vai até ela.
— Temos que sair daqui agora! — ele diz enquanto desamarra com rapidez. Ele a puxa rápido pelo braço para que se levante. geme de dor, está muito tempo sentada e também o fato de seu tornozelo estar torcido faz dias agrava a situação. — Perdão, , esqueci que está machucada — ele fala reparando sua afobação. — Sobe — diz dando as costas para ela, para que subisse de macaquinho.
— Não vou nas suas costas, capitão — ela diz num tom esnobe.
e sempre foram amigos, porém, antes dela aceitar essa missão para ir à China, ela pretendia declarar seu amor por ele. é apaixonada pelo . Sempre foi. No dia em que se declararia para ele, o encontrou conversando com uma agente do FBI, a pedido do Fury, pois ela passaria algumas informações sobre uma missão nova da equipe. Acompanhou toda a conversa deles, inclusive os beijos e amassos que rolaram depois.
— Eu vou sozinha! — resmunga ela. A mágoa daquele dia ainda vive no coração dela, apesar dos anos. Aliás, ela só aceitou ir nessa missão por causa da decepção amorosa que teve. Para ficar longe disso tudo. Longe dele. Ninguém sabe disso. Nem mesmo seu querido irmão e confidente.
— Deixa de teimosia, — retribui o tom irônico e completa: — Sobe logo, não temos tempo para suas birras. Isso é uma ordem! — o fuzila com o olhar. Ela engole seu orgulho e sobe nas costas dele. Não quer desacatar seu capitão, como já havia feito outras vezes.
rapidamente sai correndo dali com em suas costas. Ela ainda segura o choro por causa das dores que sentia. aperta forte em suas pernas para que ela não caia na fuga, mas isso provoca mais dores nela. sabe que é necessário, na velocidade que corre, se ele não a segurar forte, certamente cairá. Os outros agentes já haviam aberto caminho para e . Logo eles estão no carro a caminho do ônibus aéreo. No banco detrás do carro, está com o braço esquerdo formando um cinto na cintura dela. havia desmaiado por conta das dores e inúmeras feridas. “Mais rápido, por favor, ela precisa urgentemente de um médico!”, diz o rapaz para o motorista que prontamente acelera o carro. Em menos de quinze minutos eles chegam ao ônibus. Logo é atendida por um médico. Minutos depois o médico avisa a que está bem, na medida do possível. Ela está bastante ferida, seu tornozelo estava inchado e já imobilizado. A ultrassonografia indica lesão nos tendões do tornozelo dela. Alguns dias de imobilização já serão suficientes para melhora. sabe que é elétrica e que ela não aceitará ficar dias em casa. Sobre os outros ferimentos, o médico disse que em poucos dias já sarariam. Naquele momento ela está dormindo, por conta dos analgésicos que tomou. liga para seu comandante, na central do FBI em NY, para dar notícias da . fica aliviado em saber que a operação havia dado certo, mas preocupa-se ao saber dos vários ferimentos da irmã.
— Voltem imediatamente para NY — ordena .
E assim, foi transferida para um quarto no avião e eles voltam para NY. foi o caminho inteiro sentado ao lado da cama onde estava. Ela dorme a viagem toda e ele velava seu sono. Ao chegar em NY, já na Central, os agentes são recebidos pelo comandante e o diretor Fury.
— Bom vê-los novamente, sãos e salvos! — comemora Fury ao ver todos os agentes ali à sua frente. Logo atrás dois enfermeiros empurravam a maca onde se encontrava. Ela ainda dorme — Como ela está, capitão?
— Bem. Graças a Deus ela está bem, o pior já passou — explica o rapaz. — Claro, ela vai ter que ficar alguns dias com o pé imobilizado, mas isso é o de menos — completa .
— Obrigado, amigo! — diz emocionado, mas sem deixar cair nenhuma lágrima dos olhos. Ele está feliz e aliviado. — Obrigado por trazê-la de volta.
— É minha obrigação — sorri e eles se abraçam.
— Levem a policial para a enfermaria e tratem de seus ferimentos. Creio que já esteja na hora de trocar seus curativos — ordena o diretor e logo cumpriram sua ordem.
— Onde eu estou?
Já na enfermaria, finalmente acorda e vê seu irmão, e o diretor Fury ao lado de sua cama.
— ? — esse é o apelido de seu irmão, só , Fury e o chamam assim. — Estamos na Califórnia? — a voz sonolenta dela sai quase que em um sussurro. sorri para ela.
— Não, meu amor, estamos em NY. Viemos para cá a pedido do diretor Fury — explica o rapaz, ela direciona seu olhar para o diretor que sorriu para ela que o olhou sem entender. — Depois eu te explicarei tudo, ok? — ela confirma que sim com a cabeça.
— Descansa, , fizemos uma longa viagem — diz, num tom doce. Ela o olha, sorri, fechando os olhos e adormecendo em seguida.
— Como fez isso? Depois me ensina — brinca . Todos riem.
— Agora vamos conversar sobre a morada de vocês aqui em NY — fala Fury, e se entreolham e obedecem a ordem. Vão todos para sala do diretor novamente.
Os três tiveram uma longa conversa. continua dormindo na enfermaria. Fury explica a proposta de criar uma equipe menor do que a de costume. Normalmente equipes do FBI são compostas entre dez a quinze agentes, entre agentes de campo, cientistas, entre outros profissionais, contando com o comandante. Mas, Fury quer montar uma equipe com apenas seis pessoas: um comandante – –, três agentes de campo – , e mais um que ele mantinha em segredo ainda – e dois cientistas (que ele também mantinha em segredo. Ele promove , e à agentes do FBI, oficialmente. Essa equipe será nomeada de Equipe Especial Alfa. A ideia é essa equipe cuidar de missões consideradas difíceis ou de grande interesse do FBI, missões essas que serão confiadas única e exclusivamente para esta equipe. A equipe do Fury, que será comandada pelo experiente . Fury confia cegamente nos seis agentes que convocou para formar esta equipe. Vem observando-os por anos, desde que entraram na agência e, no caso dos irmãos e do , desde que entraram na polícia da Califórnia.
Alguns dias depois...
finalmente está recuperada dos ferimentos que sofreu durante os meses de tortura na China, após seu disfarce ser descoberto pela máfia chinesa. já contou tudo para a irmã. Todos envolvidos na composição da nova equipe haviam sido afastados de suas atuais atividades. Por isso, , e estão morando em NY. Os irmãos em um apartamento no sexto andar de um prédio e no décimo do mesmo prédio. Nesse dia, eles acordam, tomam café e se arrumam para finalmente voltar à ação. Fury convocou-os para apresentar-lhes os demais membros da equipe.
está arrasadoramente linda. Usa sua cor favorita: preto. Seus cabelos escuros presos num rabo de cavalo alto, uma jaqueta de couro preta, uma calça apertada e botas da mesma cor que cobrem toda sua canela.
— Wow! — espanta-se ao ver a irmã tão maravilhosamente linda. — Linda como sempre, irmãzinha — completa orgulhoso.
— Obrigada, irmão! — diz guardando o celular na bolsa de couro marrom escura. — Vamos? Fury deve estar nos esperando — ela fala pegando as chaves do carro — E aposto que o agente ainda está dormindo — debocha ela fazendo o irmão rir.
— Para de pegar no pé do , . Coitado, tem que agradecer a ele que foi lá na China te resgatar — diz acompanhando a irmã, já no elevador. — E ele é seu capitão ainda, não se esqueça.
— Já agradeci lá em Xi’an. Não preciso falar novamente.
O elevador apitou no décimo andar. toca a campainha do apartamento do . Revirou os olhos por causa da demora.
— Ah, quanta demora.
— Para de reclamar, ! — diz , que já está fora do apartamento. Ele voltava da casa de um vizinho que tinha feito amizade. — Mal amanheceu e você já está de mal humor. Meu Deus! — zomba , apenas ri da briga dos dois.
— Idiota. Vamos logo, estamos atrasados por sua causa — ela anda a passos firmes de volta para o elevador.
— Se estava com tanta pressa, bastava ter ido na frente.
— Não, capitão . Não quero ser chamada de “Cold Agent”, a “agente fria” do FBI, já basta ter tido esse apelido na Califórnia. Obrigada — refere-se ao apelido que alguns policiais deram a ela, antes da viagem.
nunca foi de fazer amizades no trabalho, preferia trabalhar sozinha. Assim rendia melhor. Procurava não manter contato e nem criar laços, apenas com e .
— Você liga, por isso continuam te chamando assim — revira os olhos e eles entram no carro oferecido pela agência para eles.
Chegando na central, os três foram diretamente ao encontro do Fury que já os aguarda em sua sala. Ao entrar, percebem a presença de mais três rapazes. Provavelmente são os demais membros da equipe. Fury ordena que se sentassem, eles o fizeram e então começam as apresentações formais.
— Bem-vindos, agentes! — começa Fury, a discursar. — Bem-vindos à Equipe Especial Alfa! Alguns de vocês se conhecem, mas vou apresentá-los formalmente agora. Ok? — todos afirmam com as cabeças. — Quando eu chamar, vocês se levantam e se apresentam — Ordena e começou a chamar um a um. — …
— Olá! — levanta-se e fica de frente para todos. — Sou o comandante . Tenho sete anos na polícia da Califórnia e diversas experiências externas. Fui policial de rua por quase dois anos e logo fui promovido a comandante. Espero contribuir para o crescimento da equipe — conclui a apresentação e senta-se novamente. Todos aplaudem no final.
— — diz Fury. levanta-se.
— Olá, meu nome é , capitão da polícia da Califórnia há cinco anos, desde que entrei na agência trabalho nessa área. Tenho bastante experiência e espero contribuir na equipe nova. Sou o capitão da equipe do comandante — Aplausos. senta-se.
— — diz Fury. levanta-se e começam os comentários em cochichos. Certamente, os outros conhecem a fama da senhorita .
— Olá, me chamo . Tenho sete anos como policial na Califórnia e sou policial de rua durante o mesmo período. Fiz inúmeras missões em disfarce, modéstia à parte, sou boa nisso — eles sorriem, em especial um certo rapaz que não tira os olhos dela desde que entrou na sala. O perfume de hipnotizou a todos. — Tenho certeza de que nós nos daremos bem e faremos um excelente trabalho juntos — ela sorri e todos aplaudem. Ela notou que o rapaz ainda a encara. também nota e não gosta do que viu.
— — diz Fury. Este é o rapaz que não tirava os olhos da . Ele levanta-se, ainda encarando a moça que retribui os olhares. se segura na cadeira para não falar e nem fazer nada.
— Olá, me chamo , tenho seis anos de agência como agente de campo do FBI. Assim como a famosa policial , — ele olha para ela e sorri. Um sorriso bem galanteador que a faz se arrepiar — tenho experiência com missões em disfarce. Também sou muito bom nisso e espero contribuir para esta nova equipe. Espero que nós nos demos bem — mais uma vez ele encara a moça, que apenas sorri de canto de boca.
— — diz Fury. Um rapaz tímido e quieto levanta-se e foi para frente do grupo.
— Olá, me chamo , eu sou cientista. Formado em Física com pós em Física, eu atuava como agente científico na agência de Washington. Estou no FBI há quase seis anos e… Bom, eu espero que nos demos bem e que façamos um bom trabalho. Obrigado! — ele conclui o discurso, bem tímido e senta-se novamente.
— .
— Olá, me chamo Stinco, assim como meu amigo Dave, era da unidade de Washington. Também sou cientista, porém formado em Engenharia Mecânica e Química, com pós nas duas áreas. Eu serei uma espécie de faz tudo na área armamentista, assim como fazia em Washington, alguns dispositivos de espionagem, também sou bom em fazê-los.
— Bom, acabadas as apresentações formais… Quero agradecer pela disposição de vocês em aceitarem o desafio e sejam bem-vindos à equipe — todos aplaudiram. — Como o bem disse, ele será o comandante, eu e ele sempre estaremos em comunicação direta, então qualquer coisa podem pedir para que ele entre em contato comigo — todos concordam. — , e serão os agentes de campo que farão as missões em disfarce e buscas em áreas onde precisemos investigar. e serão nossos cientistas brilhantes! Bom, e eu já tenho uma missão para vocês.
Fury sorri ao fim da frase e já inicia a primeira reunião oficial da equipe. Mas antes, ele apresenta o novo QG onde eles ficarão: o quartel-general dentro da central da FBI. E logo as missões começam. Os agentes de campo: , e são designados para uma missão na cidade de Los Angeles. Eles irão se infiltrar numa festa e tentar descobrir se ali funciona um local para tráfico internacional humano. Denúncias levaram às autoridades para lá. será um dos garçons do evento, se passará por um empresário riquíssimo que demonstrará interesse no negócio do tráfico e a será sua bela acompanhante. Enquanto se arrumam, ainda no QG, aproxima-se do , que veste o uniforme de garçom.
— Cara — diz aos sussurros se aproximando do que nem sequer o olha —, a tem namorado? — arqueia a sobrancelha e responde secamente.
— Não — o rapaz está sentindo algo queimar dentro de si. Como se tivesse comido a pimenta mais ardida do mundo.
— Ótimo! — comemora — Acho que vou investir nela. Ela é incrível! — completa animado e ajeita a gravata que usa e se olha no espelho, vaidoso.
— É, ela é incrível, realmente — responde da maneira mais seca possível. Não pôde evitar, a queimação dentro de si era cada vez mais ardente.
— Você é amigo dela? — pergunta o outro.
— Sim.
— Hum... — diz pensativo e pergunta: — E você se importa se eu tentar ficar com ela? — para de amarrar os sapatos e levanta o corpo para encarar : primeiro pelo espelho, depois olho no olho.
— Não. Eu não me importo — ele diz sem muita certeza do que dizia. — Fique à vontade. Mas, se alguém for se importar, este alguém seria o irmão dela... – fala e antes de dizer qualquer coisa, mas interrompe os dois.
— Andem logo rapazes... vamos nos atrasar — diz. Está deslumbrante. Um vestido azul marinho colado ao corpo, curto, usa uma bota de cano alto e um salto – escondida nela havia uma pequena arma, que ela sempre leva consigo, e na outra perna: um canivete.
Eles caminham até a saída, onde recebem as últimas orientações do . O rapaz fica apreensivo, seria a primeira missão da irmã após a volta do cativeiro na China. Se despede dela e pede para que se cuide. “Eu sei me cuidar, maninho. Te amo, ok?”, ela diz e abraça o irmão. Já no carro, os agentes de campo repassam o plano: primeiro se infiltrará na equipe de garçons e terá acesso aos locais escondidos de lá, tentará encontrar onde seria o possível cativeiro das pessoas ou pelo menos alguma pista de sua existência. se aproximará diretamente do chefão que comanda tudo, o dono do esquema, dizendo que quer participar do negócio. E , bom, ela usará seu poder e sua beleza – que hoje está mais aguçada – para conquistar a confiança do chefão.
Chegando próximo ao local, desce antes e foi andando até a boate onde será a festa e entra pela porta dos funcionários, aos fundos do estabelecimento. e seguem no carro e logo desembarcam na entrada principal. usa óculos escuros e um terno preto muito elegante. Dá o braço para segurar, ela o faz e eles adentram ao local. Logo os olhares seguem o casal que chama a atenção por algum tempo. Aos sussurros, os convidados comentam sobre a beleza do casal. Alguns comentários eram audíveis o suficiente para não serem mais classificados como sussurro. Escolhem uma mesa e sentam, pediu drinks para ele e para . A moça percebe rapidamente que um dos seguranças, provavelmente do chefe do local, cochicha com um outro. Eles estão parados na porta que dá acesso a um dos camarotes. O segurança foi andando na direção dos dois, faz sinal para que se ajeita na cadeira, meio displicente.
— Boa noite, o senhor Mendez gostaria de convidá-los para tomar um drink com ele no camarote VIP. Me acompanhem, por favor — diz o segurança de maneira robótica. acena com a cabeça, toma um gole do seu drink, levanta e deu o braço novamente para . Graciosamente, ela o acompanha até o camarote.
— Que bom que aceitaram meu convite! — diz um homem corpulento, tatuado e bonito. Retira os óculos escuros e cumprimentou seus convidados. — Fiquem à vontade, por favor. Hey — acena para um dos garçons que estava ali —, traga os mesmos drinks que eles bebiam lá embaixo, só que desta vez mais caprichado. Por conta da casa! — ordena e o rapaz foi providenciar os drinks.
— Obrigado!
retira os óculos escuros também e revela seus lindos olhos verdes. Só agora que repara no olhar penetrante que o rapaz tem. inicia uma conversa animada com o Mendez, enquanto isso, insinua estar interessada no Mendez. Até então o plano está dando certo, porém em dado momento, tudo começa a desandar.
— O que está havendo?! — diz ao ver que vários seguranças haviam entrado no camarote reservado em que estão.
— Não se preocupe, apenas uma mudança de planos, meu caro — Mendez responde calmamente. – Você, – apontou para um dos seguranças. — Leve-a! — o segurança agarra o braço da e a puxou do sofá de uma vez só.
— O que está fazendo? Deixe-a em paz! — se levanta e faz menção de puxar a arma que tinha escondida nas costas; ao entrarem, não foram revistados. — Me soltem! – Outros dois seguranças seguram-no e o outro, que segura , a leva arrastada para fora.
— Me solta, seu brutamontes!
Ela grita, mas logo o segurança tampou sua boca, a carrega e a levou para fora. No caminho, em meio à confusão, vê quando está sendo levada pelo segurança quase amordaçada para fora do camarote. Tenta entrar em contato, através do comunicador, com ela e com o , mas ambos não respondem. por motivos óbvios e provavelmente teria sido capturado, pensa o rapaz que larga a bandeja no balcão e foi atrás da .
— Cadê você, ? – Perguntou a si mesmo e foi andando em meio à multidão, caçando-a com o olhar aguçado.
Até que encontra um possível lugar que ela estaria, só que este está cheio de seguranças. O rapaz se esgueira pela parede, sorrateiro, e golpeia um dos seguranças na nuca. O mesmo desmaia e então ele acerta o segundo, que está mais atrás no corredor. Corre até uma porta e mexe na fechadura para abrir a mesma.
— Ai... — geme ele ao receber um golpe na cabeça, mas não desmaia. Se vira e viu que um dos seguranças havia acordado e voltado para impedir ele de abrir a porta. Os dois lutam e consegue desferir um golpe de faca no estômago do segurança, a mesma faca que ele rouba do rapaz.
— ! — a voz do ecoa pelo corredor.
se vira e vê que o outro era dominado novamente por outros seguranças. A boate está agora sendo evacuada. Ouve-se o barulho de tiros sendo disparados para o ar ou na direção de algumas pessoas, que correm em círculos para se salvar. abre a porta, após muito custo, e entrou no cômodo fechando a porta atrás de si.
— ? — a voz dele sai num sussurro, o quarto é mal iluminado e cheira mal. É pequeno, mas, com certeza, há umas quinze pessoas ali, homens e mulheres, sentados ao chão um por cima do outro. corre os olhos sobre cada um à procura da agente . — ! Graças a Deus! — ao avistar a moça, ele corre para ela e a segura em seus braços. — Fala comigo, , acorda, olha para mim, meu amor, por favor não me abandona... , acorda! — ele diz, quase desesperado, e sacude de leve a moça que continua desmaiada em seus braços. Algumas lágrimas insistentes caíam do olhar do . — , acorda, meu amor. Acorda! — ele encosta seus lábios no rosto dela e dá alguns beijos de leve em suas bochechas. — ! — ela começa a despertar, ainda lenta em pensamentos e movimentos, e olha diretamente para os olhos azuis do que a encara de volta. — Que alívio, ! Achei que... — ele não consegue terminar a frase, apenas, num impulso involuntário, dá um beijo na boca da moça, que não tem outra reação a não ser piscar várias vezes e beijar ele de volta.
— ... — ela diz com a voz fraca e ele se afasta dela, mas ainda a mantém em seus braços. — Aqueles homens, eles me trouxeram para cá. E o ? Ele está bem? — pergunta ela, ignorando por um instante o beijo que acabou de acontecer. Levemente magoado, responde.
— Ele está lá fora, temos... temos que ajudar ele. Vem, eu te ajudo — responde o rapaz e se levanta, ajudando-a a se levantar também.
Os dois agentes libertam os outros reféns, que estão amarrados uns nos outros, e os levam para fora da boate. Àquela altura, o reforço que chamou antes de quebrarem seu comunicador havia chegado e a boate está tomada de agentes do FBI. O comandante também está lá.
— Vocês estão bem? — questiona o comandante ao ver trazendo carregada nos ombros. — ... — ele ajuda a carregar a irmã e a senta em um dos sofás da boate. Vários agentes andam de um lado para o outro levando quem está lá preso.
— apanhou bastante, ela está sangrando. Abriu o supercílio — explica. Ele ainda tinha vergonha na face: pelo beijo e por não ter falado nada a respeito. Sua cabeça borbulha em pensamentos.
— Ajudem aqui! — ordena , que se senta ao lado da irmã. — Você foi bem, , está tudo bem agora, ok? — o rapaz passa o braço sobre os ombros da irmã e aperta de leve.
— Eu estou bem, , é sério — ela sorri fracamente.
Ela não tem coragem de encarar o que ainda está ali: em pé e com as mãos na cintura. Ele olha fixamente para um ponto entre o balcão do bar e o chão. Balança a cabeça negativamente. Os pensamentos dentro da cabeça do rapaz estão à mil por hora. Borbulhantes. Por que ela não quis falar nada sobre o beijo? Foi tão ruim assim? O que será que a moça pensa sobre ele? Dúvidas que pairam sobre a mente do agente.
— Vamos, temos que ir — diz levantando-se e ajudando a se levantar também. — Vocês vão levar os reféns para suas casas. Se forem estrangeiros, levem-nos para seus consulados. Já alertei todos — conclui ele referindo-se ao e . Ambos assentem.
— Você está bem, ? — diz , segurando o braço da moça, antes de todos irem embora.
— Sim. Obrigada... — ela sorri fraco e se vira para o , que está atrás do , ignorando-a. — ! – chama a atenção dele. — Obrigada por me salvar... – ela diz e sorri envergonhada. Ele apenas assente e sai sem olhar para trás.
— O que deu nele? — pergunta confuso com a situação.
— Deixa ele — fala e sabe o porquê desse gelo que está dando nela. Decerto, ele ficou magoado por ela não ter falado nada com ele sobre o beijo. — Vamos, ... preciso descansar. Estou exausta! — eles caminham para fora da boate e vão para os carros.
fica responsável por um grupo de reféns e pelo restante deles. Ambos os agentes cumprem suas missões extras e foram para suas casas. Já deitado em sua cama, após um longo banho quente, tenta achar justificativas para a falta de diálogo entre e ele. E motivos para que ela não quisesse falar sobre o beijo ou nem sequer olhar para ele após tê-lo beijado.
Alguns dias se passaram e a convivência entre os agentes de campo , e está a cada dia mais estranha. se dava bem com os dois, mas não se sente à vontade em falar com o . Até porque, toda vez que se encontram, só sabe falar sobre o quão maravilhosa e linda a agente é. Isso irrita o , muito. chamou a moça para sair inúmeras vezes, mas só recentemente que ela aceita seu convite e é esse o assunto favorito do rapaz. não suporta ouvir falar sobre o encontro dele com a agente .
— Ela é demais, cara! Você precisa ver o quão inteligente ela é, astuta, esperta, tem um raciocínio extremamente rápido... — falava animadíssimo durante a pausa no treinamento que os agentes faziam toda semana. revira o olhar toda vez que a voz do amigo, sempre melosa, fala da moça. — ... e ela é tão legal, puta que pariu, cara. Ela é incrível!
— É, a é uma pessoa maravilhosa. Eu sei disso, . Eu sou amigo de infância dela, esqueceu? — diz num tom rude e faz com que o outro parasse de tagarelar e encarasse o amigo.
— Você está bem, ? Parece irritado? Estou te enchendo quando falo da ? — parece finalmente ter entendido o motivo da irritação de .
— Não, eu não estou irritado — responde ele não, convicto de si e nem convencendo o amigo com o que disse. — Eu só... ah, deixa para lá — suspira irritadíssimo e volta a calçar as botas, pois o intervalo estava acabando.
Ao longe, ele vê se refrescar bebendo água e passando as mãos nos cabelos. sacude a cabeça, espantando pensamentos pervertidos que lhe vêm à mente numa hora não muito oportuna.
— Você gosta da , né? — diz, de repente, e faz com que o outro parasse de calçar suas botas e o encare. — Eu sei que você gosta. Agora eu consigo entender tudo... — ri pelo nariz e também calça suas botas voltando sua atenção para elas.
— Claro que eu gosto dela, é minha amiga... — explica-se , gaguejante. — Não é como se eu fosse apaixonado por ela há anos, desde que a conheci. Não é isso... — fala e sente-se um adolescente. E percebendo que havia se exposto, corrige-se: — Não, não é isso. Ah, que inferno! — dá risada da confusão do amigo e segura seu braço, o encarando.
— Relaxa, cara, ela também gosta de você — fala num tom amigável. o encara confuso. — É que eu não te contei a parte do meu encontro com ela em que ela só falava do quão legal você é. Das coisas que faziam juntos na infância, adolescência e do quanto ela sente falta de ser próxima a você — fita os olhos verdes de e respira ofegante.
— Acabou a moleza, agentes! — a voz grave do comandante ecoou pelo campo e todos voltaram a atenção para ele. — Hora de treinar! Vamos! Vamos! — ordena o rapaz e aponta para o , pedindo para que ele se aproxime de onde está.
— Vai lá, capitão — diz , ainda tinha uma feição de bobo no rosto. — Depois eu te conto tudo que a me contou, ok? — fala ele e completa, antes que caminhe para o . — Eu gosto da , mas eu sei dos seus sentimentos por ela e dos dela por você. Então, não se preocupe, pois eu já sabia que não tinha chances — pisca para o amigo e sorri.
Na caminhada até o , pensa várias coisas que a poderia ter falado com o sobre ele. O que será que quis dizer com “... eu sei dos sentimentos dela por você”?
começa a discursar para o capitão sobre planos que tinha para a equipe, planos de treinamento que queria compartilhar com o capitão e amigo. Porém, não está prestando atenção. Logo, percebe a dispersão do amigo e o chamou a atenção. desculpa-se e tenta prestar mais atenção ou pelo menos demonstrar interesse ao que fala. Passado o treinamento, todos vão para o vestiário tomar banho e estariam livres o resto do dia. chama para jantar e ele topa na hora. está ansioso pela conversa com o sobre a . Ele vai em casa, ficou pensativo, toma banho e se arruma para o jantar com o amigo.
— E aí, cara, está mais calmo? — brinca , já no restaurante, com o fato do ter ligado para ele três vezes perguntando se ele iria ao jantar realmente. — Cheguei, pode ficar relaxado agora!
— Cala a boca, jerk! — ri da zoação do amigo e o convida para sentar. — ... então, quer dizer que ela ficou o tempo todo falando de mim? Cara... – ele fala com um sorriso bobo no rosto após alguns minutos de conversa. dá risada e confirma com a cabeça.
— Para falar a verdade, pareceu até que o encontro era sobre você. Praticamente eu não tive vez nessa conversa que tivemos — revela comendo mais uma garfada de seu jantar. — Aliás, cara... — encara o amigo e parou de comer — ... ela gosta de você há anos, pelo que entendi.
— Como assim? Anos? — o encara confuso.
— Ela me contou que antes de viajar para China, numa missão que ela ficou 3 anos fora, não foi? — confirma com a cabeça. prossegue: — Então, ela me disse que ia falar para você que estava apaixonada, mas, no dia que foi te contar, te encontrou com outra aos beijos lá onde vocês trabalhavam na Califórnia — gela. Lembra-se perfeitamente da cena. Karina, era o nome da agente do FBI que foi até a Califórnia passar informações para ele que, assim como hoje, era o capitão. — Ela ficou magoada e resolveu aceitar a missão na China — fica alguns segundos calado, se martirizando por ter magoado a desse jeito sem nem ao menos saber que ela presenciou tal cena. — Você está bem, ?
— Sim... acho que estou — responde o rapaz voltando a si. — Eu não fazia ideia de que a gostava de mim. Gosta, né... — ele deu um sorrisinho apaixonado e eles prosseguem a conversa. O assunto principal: .
— Olha só quem está vindo...
diz com um sorriso malicioso nos lábios. Ao se virar, vê e caminhando para dentro do restaurante. Fica tão admirado ao vê-la tão bonita, que não percebe que o acena para que os dois sentem na mesa junto com ele e .
— Boa noite comandante, agente — diz , levantando-se cortês e puxando a cadeira ao lado do para que se sente. Só então, percebe o que estava havendo. Tosse e encara o amigo. — Que foi, ? — respira fundo e dá risada do quase desespero do amigo.
— Não estamos em serviço, . É apenas e — diz o alto rapaz que se sentou na cadeira restante e faz o pedido para o garçom. ainda cumprimentava , quando o garçom pergunta à moça qual seria o seu pedido. Ela o faz e então todos engatam uma conversa.
— Quero mais um vinho, por favor — diz fazendo o garçom assentir e deixá-los sozinhos.
A conversa entre os quatro ficou animada. Finalmente eles saem juntos sem ter o compromisso de estar em alguma missão. Isso anima o e o deia mais à vontade. Voltou a se aproximar da , sua amiga de infância e não da agente do FBI e companheira de agência. Todos concordam em ir em uma boate ali perto para dar uma esticada na noite.
Já é tarde da noite e os quatro amigos estão na boate dançando e bebendo. sempre chamou bastante a atenção de todos por sua personalidade intensa e seu olhar penetrante. Desta vez, a atenção se vira para ela por causa de sua dança sensual. No meio da pista, ela dança rodeada pelos rapazes que a cercam protegendo-a dos caras mais abusados. é o mais incomodado com “os abutres que ficam em cima da minha irmã!”, como ele mesmo diz. sai da pista, pois estava cansado. o acompanha e então, e ficam sozinhos na pista. Ela o chama para dançar juntos uma coreografia que havia aprendido, de uma das músicas que ela ama dançar. Ele está tímido, mas topa dançar com ela.
Após algumas músicas, o DJ coloca uma sequência de músicas para dançar à dois, românticas. Ele notou que há muitos casais na pista. Quem está sem par, arruma algum na hora e todos dançaram. se aproximou timidamente da e envolve seus braços em sua cintura. Ela, por sua vez, pôs os braços repousados nos ombros dele e cruza as mãos em sua nuca, meio afastado. Ela evita o olhar dele que, por sua vez, também evita o dela.
— Quer descansar? — sussurra próximo ao ouvido dela, que se assusta, pois estava distraída ainda evitando o olhar dele e tentando não se embriagar pelo cheiro do rapaz que está bem agradável.
— Não. Está tudo bem. E você? — ela diz também próximo ao ouvido dele. A pele do rapaz arrepia-se.
— Não quero sair daqui. Está bom demais... — ele diz de olhos fechados e aspira o perfume dela.
Minutos depois...
— Eu não estou acreditando! – fala irritada. Eles voltam para a mesa onde estavam sentados e não encontram ninguém. e haviam ido embora. — Os idiotas ainda deixaram um bilhete. – Ela se refere-se ao bilhete que dizia:
“Queridos, e . Estamos indo embora, pois estamos mortos de cansados. Estamos indo também, pois sabemos que vocês precisam conversar. Têm muito o que acertar, não é mesmo, ? ? Sabemos que têm sentimentos um pelo outro, apesar de ficarem de frescura negando tudo. Enfim, beijos e aproveitem a noite. Com amor, e ;)”
— Idiotas!
— E... e o que você quer fazer agora, ? — diz , tímido, sentando-se a lado dela.
— Quer continuar dançando? — ela diz após algum tempo calada.
— Na verdade, eu queria... queria conversar com você — ele fala, mas ela já se levanta, puxando-o para a pista.
— Depois conversamos, — fala ela sussurrando em seu ouvido e voltando a dançar. Toca uma música eletrônica agora.
Eles dançam por mais alguns minutos, quando resolvem ir embora. Ambos bêbados e cansados de dançar. Eles moram no mesmo prédio, só que em andares diferentes. Quando chega no andar da , que vem antes do dele, ela não desce e aperta o botão de fechar a porta do elevador. questiona o motivo, mas ela o manda calar a boca e eles sobem até o apartamento do . O rapaz abre a porta e entram no apartamento que, para a surpresa da , está bem arrumado e cheiroso. Tem o cheiro dele. oferece uma bebida, de saideira, ela aceita e eles ficam bebendo no sofá da sala ouvindo música.
— Sabe, , eu ouvi o que você me disse naquele dia lá na boate, naquela missão que fizemos junto com o — a moça diz e bebe mais um gole de sua bebida. engole a golada de vinho que havia dado e pigarreia.
— Achei que estivesse desmaiada ainda — ele diz sem graça.
— Não, eu não estava — revela e senta-se mais perto dele. — , eu... — ela começa a falar, mas para no início da frase.
— Você o que? — os rostos deles estavam muito próximos. Tão próximos como nunca haviam estado antes. Tirando naquele dia, durante a missão. — Eu gosto de você, — ele diz e ela abre um sorriso. Ele esperava uma reação diferente daquela. Ele esperava que ela risse debochado e dissesse “Está bem, , acredito em você. Me poupe...” Porém, passa a mão livre pelo pescoço dele, o puxa mais para perto e o beijou. O corpo de ambos se arrepia com o toque de seus lábios. Ao fim do beijo, eles ficam se olhando e sorrindo.
— Eu sempre gostei de você, — faz tempo que não o chama pelo apelido, normalmente se referia ao rapaz através de seu sobrenome.
— E eu sempre amei você, — ele fala e ela sorri.
— Ah, , seria tudo tão diferente se você não tivesse beijado aquela mulher... — ela suspira e ele pigarreia envergonhado. Ele sabe que realmente poderia ser tudo diferente.
— Vamos pensar somente no agora em diante, ok? — ela concorda com a cabeça. — Você quer sair comigo, ? — Pergunta o rapaz. Ela coloca sua taça de vinho na mesinha de centro, ele faz o mesmo, e passa o dorso dos dedos pelo rosto dele.
— Já estamos aqui, não? — indaga ela sorrindo.
— Sim, estamos. Eu quis dizer se... se você quer... — pigarreia mais uma vez e antes de terminar a frase ela completa.
— Você quer saber se eu quero namorar você, agente ? — ela pergunta e ele sorri e concorda com a cabeça. – Quero. Sempre quis... seu agente idiota! — ela responde e dá-lhe outro beijo.
Os dois ficam namorando no sofá, mas logo o clima esquenta muito para eles continuarem ali. Vão para o quarto dele, ainda se beijando e se despindo pelo caminho. Aos beijos, eles entram no quarto do rapaz e logo estavam na cama dele. tira o sutiã dela e suga seus seios com um desejo enorme. geme de prazer e ele prossegue com os chupões. Ela desliza as mãos pelas costas nuas dele, gemendo baixinho. Sobe as mãos até a nuca do e puxa alguns fios do cabelo dele. para com os chupões e foi dando beijos formando uma trilha até a intimidade dela. ergue o tronco um pouco para olhar o que ele está fazendo. Ele sorri, safado, e puxa a calcinha dela com os dentes. acha aquilo extremamente sexy e sorri também. Depois de tirar a calcinha dela, ele tira sua cueca e deita-se devagar por cima da moça, que já havia chegado mais para trás da cama. Devagar, ele investe dentro dela produzindo um gemido em ambos. Um gemido de prazer tão gostoso que os fazem parar por uma fração de segundos e fixarem o olhar um no outro. Após isso, eles se beijam intensamente e prosseguem as investidas. Ela rebola na mesma intensidade que ele investia nela. Isso lhes gera um imenso prazer e logo eles entram em transe. E eles se amaram de novo e de novo e de novo...
Adormecem.
Já está amanhecendo quando acorda e vê que ele ainda dorme serenamente ao seu lado. Eles adormeceram de mãos dadas e assim permaneceram até então. Ela se vira e deita mais perto dele sem se desvencilhar do aperto de mão. Fica observando-o dormir e viu ressurgir dentro de si mesma o sentimento que sempre teve por ele, só que renovado.
— Oi... — ela diz sussurrando ao ver que ele abriu um dos olhos. — Vai dormir de novo, ? — brinca ela, já que quando viu que percebe que ele havia acordado, finge estar dormindo de novo. — Vamos nos atrasar, amor — ao ouvi-la chamá-lo assim, abre ambos os olhos e um sorriso encantador.
— Fala de novo... — ele diz e ela ri pelo nariz.
— Acorda, meu amor! — sussurra ela e dá um beijo em sua boca.
— Ahhh, que maravilha acordar assim! — joga a cabeça para trás levemente e depois volta a deitar-se perto do rosto dela. — Oi, minha querida! – ele diz e ela sorri.
— Não sabia que você tinha outros dotes, agente ... — se refere aos dotes sexuais do rapaz. Ele dá risada. Ambos riem.
— Nem eu sabia que a senhorita era tão boa assim no que fazia. Achei que fosse boa, claro, mas wow... me surpreendeu! — ele fala a deixando sem graça e completa: — E eu te amo ainda mais, ... — passa os dedos pelo rosto dela.
— Eu adoro você... muito, ah, ... — ela suspira. – Eu te amo! Eu sempre te amei, mas você nunca me deu bola. Seu idiota! Só via a irmã mais nova do comandante . Eu estava cansada disso... — desabafa e ele apenas disse:
— Eu sempre te amei, mas nunca tive coragem de dizer.
— Por quê? Por que não me disse antes, ?
— Covardia, talvez — revela e completa após uma curta pausa — Mas agora eu tenho a coragem de te dizer o que sinto, minha pequena . Eu te amo, simples assim.
Eles se encaram por um tempo, depois se beijam, ficando de carícias por mais uma hora, até que levantam para tomar banho: hora de trabalhar, agentes!
Eles chegam juntos à agência, de mãos dadas, o que atraiu a atenção de todos em volta. À princípio, isso não incomoda nenhum dos dois.
Alguns dias se passam e eles sempre chegam juntos ao trabalho. E isso sempre gerava comentários aos sussurros aqui e ali. Dessa vez, começa a se incomodar. E muito. é o capitão da equipe e tem outras responsabilidades que a , como agente, não tem. Ela nunca quis ter tal cargo porque não quer essa responsabilidade de gerir uma equipe, pelo menos não agora. vai para o escritório do comandante , já que havia sido convocado a comparecer lá. vai para o vestiário se arrumar para o treinamento diário.
— Ora, ora: a Cold Agent que não é mais tão “Cold” assim — uma voz masculina invade o local, que está vazio a não ser pela presença do rapaz e da . Ela levanta a cabeça, está sentada trocando sua bota e colocando um tênis de corrida.
— O que disse? — ela pergunta num tom surpreso.
Ela ouviu, pelos corredores, comentários do tipo: “Agora que ela está namorando o capitão , ela não é mais tão durona. Ele conseguiu derreter o coração de gelo dela...”, comentários que magoam e irritam ela. Se ouve tais coisas, ele nunca comentou com ela e nem ela fez o mesmo com ele nem com ninguém.
— Repete, caso seja homem para isso — ela diz e se levanta irritada.
— A Cold Ag... — ele começa a falar, mas antes de terminar a terceira palavra da frase, desfere um soco na cara dele. — Ora, ! Vai partir para a agressão?! — ele diz debochado e agarra o braço dela.
— Me solta! — puxa o braço que ele segura com força, mas não conseguiu se livrar. Ele a empurra nos armários, produzindo um forte estampido. — Não se atreva! — ela previa o que ele faria: e ele o faz.
— Vou te dar uma lição de graça... — ele a pressiona contra os armários e tenta beijá-la. Ela se debate, mas ele consegue roubar um beijo forçado. Ao se livrar das garras dele, dá outro soco no rosto do rapaz que dessa vez caiu com a mão do rosto. — Está maluca, ?! — brada irritado.
— Ainda acha que está respirando, verme — ela fala irritada.
— Vai lá contar tudo para seu irmãozinho, vai! Você nem é tão boa agente assim. Só está no FBI por causa do , que aliás é um babaca também — ela já estava saindo e deixando ele lá no chão, mas ao ouvir ele falar de seu irmão, ela se vira e chuta a barriga do rapaz. – AAAAA PORRA, BOUVIER! AHH, QUE DOR! — Geme o rapaz.
sai bravíssima do vestiário e caminha até o campo de treinamento. Antes de chegar lá, foi abordada por um de seus colegas de trabalho que lhe informou que o comandante a aguarda em seu escritório. suspira irritada e volta marchando à passos irritados até o escritório do irmão. No vestiário tem câmeras de segurança, cuja as imagens vão diretamente para o escritório do comandante e da administração de segurança. Ela sabe que seu irmão provavelmente viu tudo o que aconteceu e que por isso a chamou de imediato até sua sala.
Ao chegar lá, seu irmão está sentado mexendo no computador. já entra no escritório do irmão tirando sua arma da cintura e desmontando a mesma. levanta o olhar e encara a irmã em silêncio. Ela coloca a arma desmontada em cima da mesa juntamente com seu distintivo.
— Seja rápido, por favor — ela fala e suspira irritada, encarando o irmão.
— Sente-se, agente — ela senta-se contrariada. — Para que desmontou sua arma? Eu sei que você sabe fazer isso com perfeição e rapidez — diz com um meio sorriso nos lábios. Ela se mantém séria.
— Suspeito que você já saiba o que eu fiz. E suspeito também o motivo de ter me chamado aqui, comandante — ela diz formalmente.
— Suspeitou errado, agente — fala e começa a montar novamente a arma da irmã. — Eu realmente vi o que aconteceu no vestiário, porém me ofende em ver que você achou que eu fosse te expulsar do FBI por causa disso sem antes ouvir sua versão dos fatos — termina de montar a arma e empurrou a mesma na direção da irmã. — Agente , o que houve para você perder a cabeça daquele jeito? E me fale a verdade, pois você sabe que eu vou descobrir — volta a encarar a irmã.
— Ele me disse que eu não era boa no que fazia e que eu havia amolecido agora que estou namorando o . E disse que você é um babaca — os lábios dela tremem ao proferir novamente cada palavra que ouviu. — Perdi a cabeça, me desculpa. Vou entender caso queira levar o caso para o diretor e solicitar a minha expulsão — ela diz num tom de pesar e ele volta a dar um meio sorriso nos lábios.
— Não vou te expulsar, agente. Eu quis saber o que realmente houve, pois sei de sua conduta. Eu conheço você — e levanta-se da cadeira. ergue o corpo e o seguiu com o olhar. — Pega sua arma e seu distintivo. Creio que já esteja atrasada para o treinamento e o capitão já deve ter começado — ela o encara e obedece a tal ordem. Pega sua arma e coloca novamente em sua cintura e prende o distintivo na calça. Antes de chegar à porta para sair, a chama. Ela virou-se e encara o rapaz. — Agora lhe falo como irmão: se precisar desabafar comigo, você sabe onde me encontrar, afinal moramos juntos — ela ri ao fim da frase dele, os dois riem. — Vai lá, deve estar te esperando.
— Obrigada irmão, te amo — ela diz e abraça o irmão.
sai da sala do irmão mais calma. Ela sabe de sua competência profissional e já provou isso inúmeras vezes. Mesmo assim ela se incomoda um pouco com os comentários alheios. A magoa.
chega ao campo de treinamento e já estavam todos lá dando uma volta em torno do campo. observa a tudo da beira do campo. Ela passa próxima a ele, que logo chama sua atenção sobre a hora que ela chega ao treinamento. Ela pede desculpas e foi treinar. Terminado o treinamento, é questionada por ele se está tudo bem. sabe que não é de faltar nem se atrasar para nenhum treinamento ou missão. Ela diz que está tudo bem agora e que depois conversariam sobre. Dá um beijinho rápido nele e foi para o vestiário tomar banho. Todos os agentes estariam liberados naquela tarde. Ela havia combinado de sair com os membros de sua equipe. Pretendem ir a algum restaurante e depois dar uma esticada em um barzinho da região. Ela já está pronta, então foi até o escritório do namorado, mas ele está em reunião com o comandante. Resolve então ir até seu apartamento para levar o uniforme sujo e trocar de roupa, já que iriam para um bar depois. No estacionamento, enquanto passa a chave do carro na porta, foi abordada por um puxão no ombro.
— Você quer acabar com minha carreira, ?! — o agente, que confrontou ela no vestiário, está furioso.
— Vai começar o chilique de novo? — ela diz irritada e cata sua mochila que havia caído. Ele a puxa com força e empurra ela contra o carro.
— O idiota do seu irmão me deu uma suspensão, sendo que fui eu quem apanhou! Isso é injusto! Culpa sua, , aposto como foi choramingar para ele... — brada e empurra ela com mais força contra o carro.
— Você me provocou e eu também fui punida.
— Você levou uma droga de advertência verbal!!! E eu vou ficar dois dias sem aparecer aqui, culpa sua!! — ele a empurra novamente e a moça o empurra de volta. Ele se desequilibra, mas logo volta a segurar com força o braço dela. desferiu um soco nele novamente e ele revida.
— Ora essa... — ela diz e parte para cima dele. Ambos entram em luta corporal, caíram e ele sobe nela e começa a bater em seu rosto. Socos fortes. Ela tenta se proteger, mas alguns socos pegaram em cheio em seu rosto.
— HEY!
e caminham pelo estacionamento na esperança de achar a , quando viram parte dos socos que o outro desferia contra ela.
— LARGA MINHA IRMÃ! – grita e ambos correram até o local. puxou o agente de cima da namorada e bateu no mesmo. — Para, , já chega! — diz segurando o amigo. desfere vários socos na cara do outro com toda sua raiva. levanta-se com dificuldades, seu rosto sangra em alguns locais, principalmente na boca.
— Deixa, , deixa ele — ela diz e segura o braço do namorado, mas logo se desequilibra e recosta no carro escorregando e sentando-se no chão.
— Vai embora daqui rapaz, antes que aconteça mais alguma coisa — aconselha com toda calma.
— Você deveria deixar de ser tão banana e expulsar sua irmãzinha. Ela é um perigo! É um panaca mesmo, você. Bosta de comandante! — brada ele irritado, o que deixa o mais irritado do que demonstra estar.
— Amanhã apareça no RH para assinar sua expulsão. Caso não apareça, será expulso de qualquer forma — diz calmamente irritado e completa: — Pelo imenso desacato que acabou de cometer. E o capitão será minha testemunha — ameaça e concorda com a cabeça.
— Com imenso prazer — concorda. O agente expulso sai irritado pela entrada do estacionamento e sumiu. — , amor... meu Deus, você está sangrando — ele diz agachando-se ao lado dela. faz o mesmo.
— Eu estou bem, amor. Vai ficar tudo bem — ela tosse e cuspe um pouco de sangue que escorre para dentro de sua boca. explica para o o que aconteceu entre e o cara.
— Que idiota. Por que não me contou, ? — ele falou.
— Não quis lhe preocupar à toa — respondeu ela.
— Bobagem. Vem, vamos para o hospital — ele a ajuda a se levantar.
não quer ir ao hospital, então subiram e foram até a enfermaria da agência. Já medicada, volta para seu carro, só que foi quem o dirige, ia no banco detrás. Resolvem cancelar a saída para almoçar com os companheiros de equipe, mas não quer, então vão todos para o apartamento dos e fazem o almoço ali mesmo. Compram bebidas e esticaram até à noite. fica paparicando a namorada toda a noite e ela, é claro, que se aproveita para explorar um pouco a boa vontade do namorado: pede para buscar as coisas para ela na cozinha, buscar tudo que lhe tinha vontade, na verdade. Eles têm uma noite legal, em equipe.
Meses depois...
Os agentes da Equipe Alfa estão se preparando para uma missão importante: a investigação para desmontar um grande grupo de lavagem de dinheiro da cidade. Dessa vez, não precisam de disfarces ou mentiras para ganhar a confiança de ninguém. Apenas invadir o local e prender os envolvidos. Até o comandante participa desta missão. Os seis entram na van que os levou até o local da invasão. Dave e ficam na van para dar as coordenadas de onde estariam as informações que eles não conseguem hackear – então terão que pegar os HD’s para servir de prova – e manter o alarme do prédio desligado, pois ele resetava de minuto a minuto.
Era noite e fazia frio na cidade. , , e entram sorrateiramente pela entrada dos fundos do prédio, logo após o sinal de que indica que o alarme está desligado. Após entrarem, eles se separam. e vão para os últimos andares para pegar os HD’s que faltavam. Já e , junto com mais seis outros agentes, ficam no andar térreo para prender o máximo de pessoas possível. Certamente, assim que os primeiros fossem presos, todos já saberão da invasão do prédio. Então, e terão que ser rápidos. E foi justamente por isso que o comandante os escalou para o trabalho.
Em menos de quinze minutos todos no prédio já sabiam da invasão. A equipe formada por e já havia prendido todos do andar debaixo e já estavam subindo para prender quem estava faltando. Pelo rádio, Dave dá as coordenadas de onde tinha calor no prédio, produzido pelo corpo de uma pessoa. Já no andar de cima, discute com uma melhor estratégia para passar pelos guardas da última sala onde está o HD mais importante: o do computador do diretor da empresa.
— Vai, vai! — sussurra indicando que aquele era o melhor momento para atacar. Ambos revelaram sua presença para os seguranças, que prontamente atiraram contra eles. Desviando das rajadas, e entram em luta corporal com os seguranças. — Cuidado, ! — alerta ele, ao ver que o segurança que luta com ia golpeá-la por trás. Ela se esquivou e deu um soco no estômago do rapaz e depois um em seu queixo, o rapaz cai desacordado.
— Droga de porta! — exclama , após se livrar do segurança, ao ver que a porta emperra.
— Já destrancou? — pergunta e ela o fuzila com o olhar.
— Óbvio que sim! Não me subestime, agente ! — ela responde ríspida. Ele suspira irritado e a corrige.
— Capitão , mocinha — odeia quando ele a corrija. Ela sempre se esquece que era seu capitão.
— Eu vou fazer o teste para capitão e vou passar, você verá, agente ! — sibila ela com os olhos semicerrados. Ele ri e empurra a porta com força, a mesma abriu rapidamente. — Foi sorte... — ela diz após ele falar que foi fácil de abrir. Logo, eles param de rir ao ver que o local começa a soltar uma fumaça tóxica. — Cof, cof, ... cadê você, ? — fala sem enxergar um palmo à frente.
— Consegui o HD... ... Cof... ... — a voz dele sai fraca ao chamar o nome dela pela última vez. O coração dela aperta dentro do peito. Cobrindo a boca e o nariz, entra na sala, enfrentando a fumaça. Logo ela percebe que não é apenas uma fumaça: havia fogo também. Muito fogo.
— ! A sala está pegando fogo! ! — ela grita e quase é atingida pela estrutura da sala que está desmoronando. Que sistema de segurança filho da puta!, pensa ela irritada e desesperada ao ver que não responde ao seu chamado.
— ! ! — a voz de invade os ouvidos de , que grita pelo irmão.
— ! Me ajuda! O está preso aqui! — ela acha o namorado caído no chão, acordado, mas fraco pela fumaça.
— Já estou indo... — grita de volta e entra na sala em chamas.
— Vai embora daqui, , por favor... – diz baixinho e tossindo bastante. — Não seja teimosa e salve sua vida, meu amor. Eu consigo sair sozinho...
— Está fora de cogitação, . Você não vai ficar aqui. Você é um agente federal e não o super-homem! — ela diz irritada com a teimosia de .
— Aonde você está, ? — pergunta que também havia entrado.
— Perto da mesa, nos fundos da sala. Só seguir reto...
— , tira ela daqui... — suplica ao ver o amigo ajoelhado ao seu lado.
— Não, , eu vou ficar aqui com você. Vamos sair juntos.
— ! ! Tirem ela daqui! — insiste . olha para que fez sinal com o olhar para que levasse para fora. Ele levanta e carrega a moça pelas costas. Ela sai esperneando.
— Me solta ! Me soltaaaaaaaa! ! NÃO! ! ! ME DEIXA VOLTAR AGORA, ! QUE DROGA! — o rapaz a levou para fora sobre pedidos de desculpas por estar fazendo daquela forma. O fogo se espalha e a fumaça é cada vez mais escura e densa.
consegue tirar a perna de , que ficou presa embaixo da mesa quebrada. o carrega nas costas e leva o amigo para fora da sala. Dave e avisam a equipe de apoio que havia focos de incêndio acontecendo no último andar, então vão todos para lá para ajudar. Eles chamam os bombeiros para apagar o incêndio. é colocado na maca e ainda segura o HD que foi buscar, ele estava desacordado, havia inalado muita fumaça. também é levada para o hospital, pois também inalou muita fumaça.
Já no hospital, medicada e liberada, aguarda na sala de espera junto com os outros amigos e companheiros de equipe por notícias do . A última notícia era a de que o rapaz ainda estava desacordado e respirando por aparelhos.
— Como ele está, doutor? Podemos vê-lo? — pergunta , angustiada, ao ver o médico se aproximar deles.
— Ele acabou de acordar. Reagiu bem a medicação, mas ainda respira com dificuldades — o médico diz, horas depois, já era madrugada. Ele completou — Vocês podem vê-lo, mas do lado de fora do quarto. Apenas um pode ficar lá dentro.
— Eu fico — diz e ninguém se opôs a isso.
Do lado de fora, os amigos puderam ver entubado e com os olhos fechados. Ele respira bem devagar. Lá de dentro, mais de perto, pôde ver o quanto o namorado está mal: sua perna, que ficou presa embaixo da mesa, está engessada. Ele fraturou o osso do tornozelo. Ele está entubado e respira bem devagar. Abre os olhos estreitos e viu a namorada em pé ao lado de sua cama.
— ... — ela fala chorando ao ver ele de olhos abertos.
— Amor... — a voz dele sai tão fraquinha e rouca que isso parte o coração de .
— Não se esforça, por favor, amor, não se esforça. Você tem que descansar — ela diz rapidamente e segura a mão esquerda do rapaz que estava machucada pelos estilhaços do vidro da mesa que quebrou. — Estou tão preocupada... seu idiota! — ela bate de leve na cama e ele sorri de leve.
— Sua... boba... — ele fala devagar e completa, com dificuldades: — Te... amo... — ela se aproxima devagar dele e beija sua boca.
— Eu te amo, seu idiota — Ela fala e sorri para ele.
fica mais alguns dias internado no hospital.
Quando sai, seu médico recomenda repouso absoluto e pede para o rapaz acompanhar a evolução de seu quadro respiratório. Ele não fica com nenhuma sequela, porém o médico recomendou um acompanhamento só por precaução. Ele fica afastado por alguns dias, após sua alta, do trabalho como agente de campo e ficou como ajudante de no escritório dele.
Três anos depois...
fez o teste para ser capitã, após uma indicação do diretor Fury, e passa com louvor. Hoje, ela é capitã de sua própria equipe e tem um pulso mais duro do que o como capitão. Cada um tem sua própria equipe e ambas são comandadas pelo comandante . A Equipe Alfa não se desfez, eles ainda fazem missões especiais a mando do diretor, sem ninguém mais saber. Missões que Fury confia somente a eles.
e se casaram e moram juntos no apartamento dele, no mesmo prédio de sempre. está namorando e apaixonadíssimo pela namorada, a Lia – dizendo ele que vai pedi-la em casamento em breve. também está namorando uma outra agente que entrou para equipe da capitã . Nada de namorar durante o trabalho, agente !, sempre o alertava ao ver os dois juntos aos sussurros.
Assim termina esta história de dois agentes que sempre se amaram, mas que nunca tiveram coragem de admitir tal amor. Hoje eles são felizes no trabalho e na vida, juntos, como sempre foi e sempre será.
Fim.
Encontrou algum erro de script na história? Me mande um e-mail ou entre em contato com o CAA.
Nota da autora: Oláá agentes! E aí, me digam o que acharam dessa história? Eu amei escrever! Inicialmente, minha inspiração foi na série "Agentes da Shield", conhecem? Maravilhosa! Eu ia escrever como se os PP's fossem da Shield, mas depois mudei para o FBI (que é quase a mesma coisa) e eu tinha mais referências do FBI (senão, a história ia ficar mais Marvel do que outra coisa e essa não era minha intenção). Enfim, espero que tenham gostado e venham ler minhas outras fics no link abaixo.
Me deem um feedback, se gostaram, o que não gostaram, anyway...
Beijos da tia Li ;)
P.S.: Seb, te amo! E obrigada por visitar meu instagram de vez em quando <3 (ele nem vai ler, Li... hahaha, mas fica aqui o registro)