e já voltaram para os EUA, mas, antes de ir, deixou o material dele para que fizéssemos um exame de DNA, para comprovar nossa irmandade. O resultado sai em alguns dias. Retomei minha rotina como fotógrafa e gerente do estúdio. é minha assistente e melhor amiga. Lucas também trabalha comigo, é um dos fotógrafos da equipe de cinco que temos.
Os dias passaram rápido. Durante esse tempo, eu não tive notícias do Rodrigo, só sei que ele ficou bem após o acidente. Eu só quero distância dele mesmo. Durante o intervalo de uma sessão de fotos, retomou o assunto que vem tomando conta de meus pensamentos desde que ele partiu.
— Quando vai falar com o sobre sua decisão? — Perguntou , curiosa como sempre.
— Que decisão? — Desconversei e sorri sarcasticamente.
— Você sabe muito bem qual, . Não se finja de boba. — Ela disse e revirou os olhos. — Você sabe que o é seu irmão, já está com o resultado do DNA e já leu. Por que não liga para ele e diz que já saiu o resultado e diz também que você vai morar com ele nos EUA?
De fato, eu já havia pego o resultado do DNA há dois dias, mas menti para o dizendo que ainda não havia saído. Ele está angustiado pelo resultado, fico com pena de não lhe contar a verdade, mas é que eu não sei como dizer para ele que eu não me sentiria confortável em morar lá.
— Ah, ... — suspirei cansada — não sei como falar para ele que é estranho eu ir morar com ele. Você precisava ver a empolgação dele ao me contar da proposta. — Suspirei novamente e sentei-me no chão apoiando a câmera no colo. — O é muito legal, de fato, mas sei lá... tenho medo do que me espera lá na Califórnia. — Confessei e ela me olhou confusa.
— Onde está a minha amiga corajosa que encara qualquer desafio por mais difícil que seja? ! — Ela disse tentando me encorajar. — Liga para ele. — Insistiu e eu olhei para o meu celular e ele me olhou de volta.
— Está bem.
Falei e disquei o número do . deu gritinhos de alegria e logo ficou em silêncio quando a voz grave do saiu do meu telefone. Coloquei no viva-voz.
— Oi, ! — Eu disse, empolgada.
—
Hi, little sister! — Ah, ele é tão fofo. Que irmão que eu arrumei! O melhor. —
Tudo bom?
diz que a voz do faz com que seu útero queira fecundar. Nossa, foi a pior frase que saiu da boca da minha amiga. Juro! Antes ela tivesse dito que a voz do lhe dá tesão. Seria mais fácil e menos nojento de se ouvir.
— Tudo sim. É... o resultado do DNA saiu. — Comecei a falar.
—
And...
— Somos irmãos! — Confessei o óbvio para todos.
—
Disso eu tinha plena certeza, maninha! — Pude sentir a felicidade dele. Enquanto ele falava, se abanava com as mãos e fazia uma cara de tesão muito incômoda para mim. Pedi para ela parar e ela riu.
“Seu irmão é um tesão!” , ela sussurrou pra mim e eu revirei os olhos, rindo. —
Então... pensou na minha proposta? — E lá vem o assunto temido novamente.
— , eu...
—
Antes de você responder, posso te falar algo?
Ele disse, interrompendo-me, eu disse que ele poderia falar e então ele continuou.
—
Não quero e nem vou te obrigar a vir morar comigo na Califórnia. Quero que sejamos irmãos de verdade, que estreitemos os laços e nos conheçamos melhor. Porém, isso pode acontecer se você ficar no Brasil também, sem problemas, ok? Eu dou um jeito de visitar você ou de te trazer para cá, enfim. Só quero que seja feliz e quero ter minha irmã próxima a mim, mesmo que de longe. — Ele falava e eu sorria a cada palavra. Suspirei e então eu disse.
— Confesso que estou com medo de ir morar com você, ir para um país estranho, uma outra língua diferente da minha e, sem contar o fato, de ter que abandonar meu trabalho aqui no Brasil. — Sobre isso, ele disse que tem espaço para mim como fotógrafa da banda e produtora audiovisual também (apesar de não ser essa a minha formação). — Mas, eu também quero estreitar nossos laços como irmãos, por isso que eu decidi que vou pra Califórnia. Eu aceito sua proposta, ! — Imagino que agora ele está sorrindo de alegria. me olhava boquiaberta sem acreditar que eu realmente havia aceitado.
—
Excelente, maninha! Muito bom ouvir isso! E olha só, caso se arrependa, ou sei lá, pode falar comigo, ok? Não tenha medo de mim, sou grande, mas sou gente boa. — Ele riu da auto-zoação e eu também.
— Tudo bem, . — eu ainda não consigo chamar ele de irmão.
Ficamos conversando mais um pouco, ele me disse que os caras estão animados em me conhecer, sua esposa e filhos também. Ainda é bastante estranho saber que tenho um irmão mais velho e que tenho dois sobrinhos crescidinhos já. Podem esperar meninos, a tia está chegando! Viajo semana que vem. Como já tinha tomado a decisão, eu já tinha avisado aos sócios do estúdio sobre minha saída. Lucas assumirá meu lugar de gerente e será promovida à fotógrafa. Tudo que ela mais queria, afinal. Semana que vem, aliás, é meu aniversário. Um dia depois da minha chegada aos EUA. disse que irá me buscar no aeroporto. Estou bem nervosa com isso tudo.
Ainda bem que a semana passou rápido, pois não sei se aguentaria mais tempo esperando por essa viagem. Minhas malas estão prontas desde semana passada e meu material fotográfico também, claro que levarei ele comigo. Chegando lá na Califórnia, comprarei mais algumas coisinhas para dar um
up no meu material, agora que serei produtora audiovisual de uma grande banda americana.
Cheguei ao aeroporto e fui logo fazer
check-in. Cheguei cedo, fiquei jogando no celular para passar o tempo. Queria conversar com a , mas, por algum motivo, ela não estava respondendo minhas mensagens nem ligações. também não me respondia e nem o . É, eu e estamos conversando desde que nos conhecemos há algumas semanas. Ele é um cara muito lindo e interessante. Estou doida para reencontrar ele. Ainda não tive o prazer de abraça-lo e nem de sentir seu cheiro de perto...
Enquanto caminhava na fila para embarcar, eu ouvi gritos e eu sabia muito bem de quem era aquela voz.
— ? — Virei para trás e vi correndo, com uma mala de rodinhas sendo arrastada pelo chão e uma mochila nas costas, que balançava tanto que eu achei que fosse se desprender das costas dela. Confesso que foi uma cena imensamente engraçada. — O que faz aqui, sua louca? — Questionei assim que ela se aproximou. Eu era a última da fila de embarque, me distraí enquanto jogava no celular.
— ! Eu ia te... avisar, mas... eu queria fazer... uma surpresa. — Ela disse, ofegante.
— Estou
realmente surpresa em te ver aqui com todas essas malas. Não me diga que vai pra Califórnia comigo? — Perguntei o óbvio.
— Claro! — Respondeu, com a voz mais controlada e continuou: — Sei que está nervosa com a viagem, então resolvi abdicar da vaga de fotógrafa no estúdio e viajar para os EUA com a minha amiga linda. Estou aqui para te ajudar, amor! — Ela disse empolgada. Eu apenas sorri.
— Obrigada, amiga, te amo!
Abracei ela e fomos chamadas atenção pela moça que recolhia as passagens. Entregamos as mesmas e fomos para o avião. Sentamos em nossas cadeiras, que eram na mesma fileira, e nos acomodamos. Aposto que quando pedi para ela comprar a minha passagem, ela comprou a dela junto. Por isso, estamos na mesma fileira.
— Hm... e cheio de corações nas mensagens. Nossa, que amorzinhos vocês! — Ela disse ao ver a minha conversa com o no meu celular. Eu mandava uma mensagem para ele dizendo que eu já havia embarcado.
— Cala a boca, ! Ele é apenas meu amigo, ok? — Ela me olhou com os olhos semicerrados e a boca torcida num bico engraçado.
— Sei. Quero amizades assim na Califórnia também. — Respondeu maliciosa.
— Então, é por isso que vai comigo? Para paquerar os gringos?
— Amor,
nós que seremos as gringas lá, ok? Quero praticar meu inglês com os californianos e seus corpos maravilhosos! — Ela disse, se abanando com as mãos e eu apenas ri de toda situação.
A viagem foi longa. Perdi a conta de quantas horas são de São Paulo até a Califórnia, Long Beach, mais precisamente. Descemos no aeroporto de Long Beach, que fica próximo à cidade de Huntington Beach, que é onde o e os outros moram. E onde irei morar daqui para frente. Agora que a veio comigo, não irei deixa-la sozinha por aí. Vou falar com o para alugarmos uma casa ou apartamento perto dele, assim, a não precisa ficar sozinha. Ela foi tão gentil de vir comigo, apesar dela ser uma tarada que só quer saber dos boys daqui. Mas, não posso condenar ela, tem cada cara maravilhoso aqui...
Catamos nossas malas e caminhamos até a saída do aeroporto. Tentei ligar para o , mas meu celular não funciona aqui. Ótimo. Esqueci deste detalhe. Roubei o
Wi-Fi do aeroporto e mandei mensagem para o . Logo, ele me respondeu dizendo que estava na entrada principal, ele havia acabado de chegar.
— Que visão do paraíso! — Disse , abaixando seus óculos escuros e fazendo uma cara de pervertida. Olhei na mesma direção que ela e pude ver meu irmão, o e mais um cara ao seu lado. — Quem é aquele junto do seu irmão e do ? Esse é novo. Gostei dele.
— Sei lá, mas logo, saberemos...
se comporta! — Eu disse e logo os caras se aproximaram de nós. — Hello, boys! — Cumprimentei eles empolgada.
—
My sister! — me deu um abraço apertado. Logo, eu sumi no peitoral dele, me senti sufocada (num bom sentido) pelo cheiro dele e por seu abraço. Nossa, se ele não fosse meu irmão... enfim, ignorem. — Fizeram boa viagem?
— Sim, fizemos sim. — Eu sorri e logo pigarreou para que eu a apresentasse. Revirei os olhos, por causa da pressa dela. Afobada. — Pessoal, essa é a , minha melhor amiga. Ela veio trabalhar comigo na produção. — Todos a cumprimentaram e se apresentaram.
— Prazer, . — Ah, o está extremamente lindo hoje.
— . — Este é o novato que a disse que gostou. Ele é realmente bem bonito. Tem cara de malandro o rapaz. Eu ri internamente da minha própria observação.
— Ajudamos vocês com as malas. — Disse .
explicou que vamos para Huntington de carro, não é tão longe. Somos em cinco, as malas foram no porta-malas e nós nos apertamos dentro do carro do . Não me acostumei ainda a chama-lo de meu irmão, ok? Se acalmem! foi dirigindo, enquanto ia no carona. , e eu fomos atrás. e parecem estar se entendendo, já trocaram telefones e o braço dele está repousado no ombro dela. Estou me sentindo um castiçal aqui.
Help!
No caminho, foi conversando comigo, ele percebeu meu desconforto ali atrás, por estar segurando vela. Finalmente chegamos na cidade e fomos direto para a casa do . Chegando lá, a esposa dele já nos aguardava do lado de fora da casa, com as crianças. Desci do carro e foi logo nos apresentar, enquanto e os outros descarregavam o carro.
— Amor! — Disse , dando um beijo da esposa. — Esta é minha irmã, , mas pode chama-la de . — Quem te disse que pode, ? Sorri para ela que sorriu de volta.
— Valary, prazer, . — ela disse seu nome e apertou minha mão, mas logo me deu um abraço. — Estes são River — apontou para o mais velho que estava me olhando como se eu fosse um ET — e Cash — apontou para o menor que estava agarrado nas pernas do .
— Olá, meninos. — Sorri para eles, o mais novo sorriu de volta e acenou para mim. Já é um avanço.
— É a tia de vocês, deem
“oi” para ela. — Repreendeu , enquanto carregava Cash no colo. O pequeno me deu um beijo no rosto e um abraço. — Sua vez, River. — Ele resistiu um pouco, mas logo me deu um abraço nas pernas e um
“oi” tímido junto com um sorriso.
Apresentações feitas, todos entramos e já tinha um almoço preparado para nós. Com a fome que estou sentindo, comeria toda a mesa. Após o almoço, e Valary me mostraram a casa e o quarto onde ficarei junto com a . Eles não se importam dela ficar comigo, na verdade, parece que a malandrinha da já havia comentado com o que viria junto comigo, então eles separaram um quarto de hóspedes que tem duas camas para nós. Essa , sempre aprontando. Se eu pudesse traria o Lucas para ficar aqui com a gente, mas, quem sabe quando eu tiver condições de morar num apartamento só meu, né? Aí sim, poderia trazer o Lucas também. Bom, amanhã é meu aniversário e o já me adiantou que está preparando uma surpresa para mim. Aposto que é uma festa. O óbvio, né? Depois de amanhã, e eu iremos ao estúdio onde os meninos gravam e ensaiam para conhecer a equipe toda. Já conhecemos todos os integrantes da banda, eles são bem legais e engraçados. Sempre zoando um ao outro. está toda apaixonadinha pelo . Agora ela está deitada na cama, conversando com ele pelo Skype do celular. E eu estou aqui em minha cama pensando no giro que minha vida deu, de repente.
Literalmente, eu dormi sendo gerente de um estúdio fotográfico famoso em São Paulo, com os pais recentemente falecidos e com um ex namorado babaca que me perseguia; e agora, eu acordei descobrindo que tenho um irmão dez anos mais velho que eu, com dois filhos e agora estou morando na Califórnia, EUA, sendo produtora audiovisual da banda do meu irmão. Isso é uma loucura! Não processei direito tudo isso.
Já deu meia-noite, então:
feliz aniversário para mim! 28 anos nas costas, wow! Que vida estou tendo. Não me arrependo de nada que tenha feito até hoje. Quer dizer, me arrependo de ter dado bola para o Rodrigo e deixado aquele namoro durar tanto tempo. Mas, enfim, hoje é um dia feliz! A primeira mensagem que recebi foi do
, ele me mandou um texto enorme que dizia que ele estava feliz em me conhecer e me desejando muita saúde e felicidade em minha vida; e amor, muito amor. É estranho isso, pois eu não sei a sensação de me sentir amada por um homem. Bem, sem contar o meu pai, né? Mas, acho que não conta tanto, pois ele era meu pai. É estranho também, pois eu tenho dois pais: um espanhol, que me acolheu como sua filha mesmo eu não sendo, e um pai americano que eu nunca conheci. Queria ter sido encontrada antes dele falecer. me disse que começou a me procurar assim que o pai dele, quer dizer, o
nosso pai, lhe contou que eu existia. Infelizmente, não deu tempo dele me conhecer e nem eu a ele.
também me mandou uma mensagem de feliz aniversário. Lucas foi o terceiro, em menos de dez minutos. Rodrigo também mandou uma, mas eu logo bloqueei. Aff, ele nem deve saber onde estou e que ele nunca saiba. E, se souber, que não venha me perturbar. Quero que me esqueça!
De manhã, fui acordada pelos meus sobrinhos, minha cunhada, o e a com vários balões e muitos abraços e beijos. Nossa! Nunca tinha recebido esse carinho todo. está realmente se esforçando para que eu me sinta acolhida na casa dele. Fomos todos comer, tomei banho e fui me arrumar. disse que faremos um passeio na praia. Adorei! Quero conhecer como é a praia aqui, pois, no Brasil, as praias são diferentes em cada cidade, a depender do estado. Aqui então, é pior, pois o bloco de areia é longo até chegar na água. Na minha cidade natal, Salvador/BA, são pouquíssimas as praias assim e, nem assim, se comparam às demais praias do Brasil. Enfim, fomos para a praia e tivemos um dia bem interessante. As crianças ficaram brincando na areia, enquanto nós conversávamos.
De repente, senti um arrepio pelo corpo e um calor no pescoço.
— Me atrasei, mas cheguei! — Disse , após ter me dado um beijo quente no pescoço. o olhou com cara feia. Ciúme de irmão, já?
— Oi, . — falei cumprimentando ele, que me puxou me fazendo levantar e abraça-lo.
— Feliz aniversário, ! — Me deu outro beijo no pescoço.
—
Hey, hey, hey, hey! — Disse , levantando-se e me puxando para ele. — Menos, . — Repreendeu , fazendo o rir.
— Não seja ciumento, , só estou desejando feliz aniversário para sua irmã. — Ele sorriu galante.
— Já contou para ela sobre sua namorada? — Agora entendi o motivo do ataque do .
— Você tem namorada, ? — Perguntei com um nó na garganta. Droga, eu estava começando a gostar dele. Que decepção...
— Ela não é minha namorada. Já terminamos há meses e você sabe disso, . — Disse , num tom ofendido.
— Sei. — disse e revirou os olhos, voltando a se sentar.
O clima ficou meio estranho depois disso.
— Posso? — Perguntou , perguntando se podia sentar-se ao meu lado.
— Pode. — Eu disse e ele então, se sentou. Alguns minutos depois...
— Você acredita que eu não estou namorando, né? Não tenho ninguém, eu juro. Estou falando sério quando digo aquelas coisas para você. De verdade. — Ele se referia às declarações que me disse durante esse tempo que estamos nos comunicando.
— Acho que acredito sim... vamos com calma, . Não quero confusão. Eu já sofri demais... — Eu disse, segurando minhas mãos cruzadas embaixo das minhas pernas, como eu sempre fazia quando estava nervosa. Ele sorriu e pôs a mão em meu ombro e aproximou-se do meu ouvido.
—
Eu gosto de você, de verdade. Gosto muito. — Sussurrou em meu ouvido e meu corpo arrepiou-se. Ele sorriu vitorioso e deu um beijo em minha orelha. — Quer nadar? — Perguntou.
— Eu não sei nadar, mas posso ficar na beirada. Tenho medo de ir mais fundo e não conseguir voltar. — Falei, sinceramente. [
n/a: isso é real, pois eu realmente não sei nadar e quando entro na água, fico na beiradinha ou, senão, onde dá pé. Kkkkkk tenho maior medo de me afogar]
— Vem, eu te protejo lá e te ensino a nadar. — Ele disse, levantando-se e estendendo o braço. Segurei em sua mão e levantei.
Já na água, ele me ensinou algumas coisas. Primeira lição: como boiar.
— Está indo bem . Qualquer coisa, eu estou te segurando aqui embaixo. Não se preocupe. — A água entrando em meu ouvido já não me incomodava mais, mas aquela sensação de que irei me afogar a qualquer deslize ainda era presente em mim. Era isso que me fazia desistir de tentar nadar, sempre.
— Nossa, melhor parar. Estou ficando tonta de ficar assim. — Ele sorriu e eu fiquei envergonhada por não saber nadar tendo a idade que tenho. Ah, aliás o tem quase a mesma idade do meu irmão. É a primeira vez que falo isso. É, está crescendo um amor de irmã aqui no meu coração.
e eu voltamos para a areia e voltamos a beber e conversar. O clima voltou a ficar tranquilo. Mais tarde, já em casa, fizemos uma reunião com todos para comemorar meu aniversário. Realmente, só faltou o Lucas aqui para tudo ficar perfeito. Depois da festinha, todos voltaram para casa. e ainda conversavam mais um pouco, na varanda da casa, enquanto Valary cuidava das crianças, que já estavam dormindo. veio até meu quarto e bateu na porta que estava meio aberta.
— Posso entrar? — Ele disse com sua presença imponente e majestosa. Realmente, o meu irmão é muito alto e forte.
— Pode, claro, a casa é sua. — Sorri para ele e me ajeitei na cama. — Senta aí. — Bati no colchão indicando para que ele se sentasse ao meu lado na cama. — Obrigada pelo dia, foi maravilhoso! — Agradeci pela festa e pelo passeio que fizemos hoje.
— Por nada, maninha, quero que se sinta à vontade e bem, aqui. — Ele sorriu e segurou minha mão, depositando um beijo dela. — Posso te fazer uma pergunta? — Ele disse, sem mais cerimônias. Desde mais cedo, na praia, que eu percebi que ele quer me perguntar algo.
— Fala.
— Você gosta do ? — Questionou ainda segurando minha mão.
— Eu não sei bem, acho que gosto. Estamos conversando desde que nos conhecemos.
— Já se beijaram?
— Não. Por quê? Ele tem namorada mesmo?
— Dizendo ele que terminou, mas não confia cegamente nele, ok? Pelo menos, não assim tão rápido. — Ele disse num tom preocupado. E eu questionei o motivo pelo qual não devo confiar nele, além do fato dele ser
homem. — O é mulherengo, sempre foi. Você pode se magoar com ele.
— Mas, isso pode acontecer com qualquer um, até com o mais certinho dos homens.
— Isso é, mas eu nunca vi o se apaixonar de verdade, conheço ele desde a adolescência, então, eu sei o que estou falando. — Ele sorriu novamente e virou-se de frente para mim, fixando seu olhar no meu. — Então, se você gosta mesmo dele, espera ele demonstrar, dá um tempo para que não se arrependa depois e acabe se magoando. Não quero te ver sofrendo, ainda mais por causa do .
— Vou tomar cuidado,
irmão. Obrigada pela preocupação. — Chamei ele de irmão e isso foi melhor do que um eu te amo para ele.
— Me chamou de irmão, que maravilhoso ouvir isso! — Ele me deu um abraço forte. Ah, esse abraço que eu já amo tanto. — Te amo demais, irmãzinha!
— Eu já tenho um sentimento muito grande por você, , enorme! — Eu disse sinceramente e ele me deu um beijo na testa.
Conversamos mais sobre o . Ele me contou das aventuras que teve ao lado do quando eram mais novos. Rimos bastante. Duas horas depois, aparece no quarto e nos vê conversando. Logo, sai do quarto e vai dormir, já era tarde e no dia seguinte já tínhamos trabalho para fazer. Daqui a três meses a banda fará um grande show de onde tirarão imagens para o DVD deles, ao vivo. Como serei a produtora audiovisual, então, preciso ficar à par de tudo para a gravação do DVD. Quero que saia tudo perfeito e que os caras tenham orgulho do meu trabalho. Que não se arrependam de ter me trazido para a produção da banda.