Joker and the Thief



Finalizada: 25/11/2025.
Capítulos:
Prólogo | 01



Always laughing in the midst of power
Always living in the final hour
There is always sweet in the sour
We are not goin' home
(Joker and the thief – Wolfmother)


– Eu preciso encontrar ela. – A voz de Adrian quebrou o silêncio constrangedor que estava na sala.
– Ela quem? – Adebayo fazia o melhor que podia, fechando o ferimento no ombro do colega, Adrian estava tão disperso que nem parecia notar a dor da agulha perfurando sua pele.
– A gata de máscara. A Abutre.
– Abutre? – Economos perguntou tão perdido quanto Adebayo, às vezes era meio difícil de acompanhar os pensamentos de Adrian.
Ele suspirou audivelmente.
– Quando eu estava no outro mundo, o mundo nazista, eu fui atrás do meu eu daquele mundo, lembram?
Os dois se entreolharam, era óbvio que lembravam, eles literalmente tinham acabado de escapar de lá.
– Sim... – Ads respondeu desconfiada, como se qualquer história que aquele garoto fosse contar, pudesse ser uma loucura sem fim. E geralmente era.
– Ele tinha uma namorada! E eu... Eu preciso encontrar ela aqui, entendem?
Você tinha uma namorada? – Era difícil que Economos fosse comprar aquela história. – Você?
– Ei, isso ofende. Por que parece tão impossível pra você que eu tenha uma namorada?
– Porque você é você, porra. – John não tinha uma resposta para aquela pergunta, todo mundo sabia como Adrian era, esperar que ele tivesse uma namorada era, no mínimo, peculiar.
– O que John está querendo dizer, Vij, é que não sabemos se essa... Abutre existe aqui, sabe?
– Mas eu tenho uma namorada! Ela faz parte do grupo dos Anti-nazistas e...
– Esse grupo não existe no nosso mundo, Adrian. – Adebayo explicou com calma, limpando o machucado já suturado no ombro dele. – Se bem que poderia existir...
– É, é isso, eu tenho que encontrar ela e dizer que esse grupo existe e nós podemos ser co-fundadores, meu Deus, eu preciso contar pro Chris que eu tenho uma namorada!
– Adrian. Vai com calma, querido. Você está ansioso demais… toma esse remedinho aqui.
– Eu não quero remédios, eu tenho muitos anticorpos. – disse ele, se levantando animado.
– O Chris está preso, você não quer fazer algo por isso antes? – Ela insistiu de leve, tentando o território dele sobre esse assunto.
– Eu... Mas ela é...
– Você precisa descansar. – Adebayo já sabia que havia perdido aquela batalha, mas não custava tentar, pelo bem do amigo.
– Não vou descansar até encontrar a Abutre, e dizer que eu sou o amor da vida dela. – Você sabe se o namoro deles era bom?
– Ela era perfeita, Ads. Não tinha como não ser...
– E se ela for doida? Ou estiver doente? – Economos tentou argumentar. – E se ela não existir aqui ou já estiver morta?
– Meu Deus, porque você falaria algo assim? Tá com inveja porque o Economos do mundo nazista era um bundão?
– Eu nem conheci ele, cara!
– Tenho certeza de que era um bundão de primeira, igual você.
Ads suspirou cansada daqueles diálogos longos que não levavam a lugar nenhum.
– Toma esse remédio e vai descansar, Vij. Aproveita para pensar em como você vai achar essa garota, amanhã se você estiver melhor, pode ir atrás dela, que tal? – perguntou ela, acariciando seu cabelo e ele sorriu.
– Você vai me ajudar?
Ela compartilhou um olhar com Economos, sem saber o que responder e ergueu os ombros.
– Eu tenho coisas pra fazer, querido.
– Mas você não está trabalhando como acompanhante noturna? Posso contratar seus serviços.
– Com que dinheiro Adrian? Argh, esquece, não sou acompanhante noturna, sou detetive particular! – Adebayo estava perdendo a linha com aquela conversa sem noção, às vezes parecia que ela e Harcourt eram as únicas sãs do grupo. E ela se arrependia de tentar ser compreensiva com Adrian.
– O que eu iria querer com uma detetive particular?!
Aquilo era demais para ela.
– Pra mim chega, tome seus remédios e faça o que quiser, Adrian, tô fora.
Saiu pela porta, batendo-a ao sair.
O olhar de Adrian recaiu sobre John Economos.
– Você vai me ajudar?
– Ajudar você a perseguir uma doida que só existe na sua cabeça?
– Não precisa falar dela assim, cara.






Abutre

Agachei atrás do homem e chutei sua canela com força, dando-lhe uma rasteira que fez ele cair de boca no chão.
– Sua anã do caralho! – Ele cuspiu sangue no chão.
– Você vai ofender todas as minorias até eu te matar, filho da puta? – Retirei uma faca curta do coldre no tornozelo e chutei suas costelas.
Um gemido de dor. Aquilo era música em meus ouvidos.
Eu sorri quando seus olhos marejados fixaram em meu rosto, lambi o sangue que escorria no canto da minha boca.
– Eu me recuso a ser morto por uma putinha como você.
– Você perdeu o poder de fala há alguns minutos.
– Tá realmente se achando a justiceira, não é?
– Justiceira? Não, não, esse cargo eu deixo pro Batman, eu prefiro algo mais sonoro, menos fictício... – Brinquei com a faca em minha mão. Apertando a ponta contra minha palma, a dor me fazia querer mais. – Que tal... Sádica?
Quando terminei a palavra, finquei a faca na costela que havia acabado de chutar.
Ele berrou, eu tremi de felicidade.
– Vagabunda!
Eu gostava quando eles me xingavam assim, fazia parecer que eu era uma prostituta e meus vizinhos acabavam não ligando muito.
Retirei a faca, e finquei em seu tórax, de novo, de novo, de novo e de novo.
Até meu rosto estar completamente salpicado de sangue.

Quase todas as semanas eu fazia isso, me fingia de algo, uma mulher bêbada, uma mulher perdida, uma gringa
que não falava inglês, deixava os homens mostrarem quem eram e... matava eles.
Estava começando a chamar a atenção dos jornais, às vezes eu parava por um tempo para não chamar a atenção o suficiente para a polícia se envolver e então voltava. A polícia não me encontrava, na verdade nem fazia muita questão de encontrar quando via o histórico do cara. Eu tomava cuidado para não pegar nenhum cara realmente importante... Mas o que eu achava por aí de neonazista enrustido, dava para encher a cidade de Gothan inteira.
E eu estava lá para fazer a parte suja.

🔪🔪🔪

Eu estava com um serrote em uma mão e o pé do cara em outra quando ouvi a campainha tocar. Olhei pelo olho mágico e era a porra de um cara com roupa de super-herói com as mãos para trás do corpo.
Eu sabia que era Halloween, mas não era possível que tivesse um adulto na porta da minha casa querendo doces. Olhei para baixo até onde o olho mágico permitia e não vi criança acompanhando.
Minha boca secou.
Eu tinha sido descoberta?
Algum figurão da Gangue da Justiça estava atrás de mim?
Joguei uma lona preta em cima do corpo esquartejado e abri a porta. Não tinha porque fugir se ele sabia onde era a minha casa e havia um corpo em pedaços ali.
– Pois não? – Deixei a corrente trancada e conversei apenas pela fresta.
– Abutre?
– Quem é abutre, porra?
– Olha só, eu sei que isso vai soar estranho pra cacete...
– Tem razão, isso é estranho pra cacete. – Fechei a porta na sua cara. Eu não tinha tempo, nem disposição para conversar naquele momento.
– Não. Abutre, eu preciso falar com você. – Ele insistiu, voltando a bater na porta. Eu já tinha problemas o suficiente com homens, o primeiro deles estava sendo picotado no chão da minha sala. – Abutre!
Respirei fundo, trazendo todos os mantras que conhecia em nome do bom deus dos sete mares para conseguir me concentrar em não voar na garganta daquela pulga atômica em frente à minha porta.
– Para de me chamar de abutre, caralho! Vai embora.
– Não, não vou até você falar comigo, acredite, eu posso ser bem convincente.
Importunação residencial podia ser considerado motivo para matar?
Desde quando eu precisava de motivo? Só de ele ser homem e estar batendo na minha porta enquanto eu esquartejava alguém já podia ser motivo para ele receber o mesmo destino.
Abri a corrente com calma e silêncio, peguei minha faca de caça, abri a porta de supetão, puxei-o para dentro com força, segurando aquele traje ridículo pelo pescoço e usando o meu corpo como contrapeso, joguei-o no chão. Fechei a porta com o pé e pulei por cima dele com rapidez, pondo minha faca em sua garganta. Se ele fosse um super-herói de verdade, teria fugido. Tenho a sensação de que ele não fugiu de mim por respeito.
Ele estava com as duas mãos para cima em rendição.
– Eu só quero conversar, Abutre.
– Para de me chamar assim, caralho.
– Mas é seu nome.
– Se meu nome fosse essa coisa ridícula, eu já teria ido ao cartório trocar. – falei, forçando a lâmina em sua garganta. – Tira essa merda de máscara.
– Tudo bem, tudo bem. – Ele levou as mãos lentamente para cima. Vi o cabo de uma faca, fação ou até uma porra de uma katana em suas costas e apertei minhas pernas contra seu tronco lhe dando um sinal.
– Sem gracinhas. Ou eu te corto tão rápido que você não vai ter tempo de gritar.
Ele abriu a máscara e retirou-a pela frente, me revelando a porra de um nerd com cara de idiota.
– Quem é você? O que você quer?
Só agora percebi que meu coração estava disparado. Tinha um homem morto no chão da minha sala de estar, e eu estava montada em cima de outro homem na cozinha com minha faca pressionando o seu pescoço com força, não o suficiente para cortar, mas o bastante para mostrar que eu não estava brincando.
– Meu nome é Vigilante e eu...
– Vigilante? Que porra de nome é esse?
– É meu nome de super-herói.
– Um idiota como você não é um super-herói nem de brincadeira.
Seus olhos claros brilharam em minha direção, visivelmente magoados.
– Eu vou ignorar esse comentário, mas sabia que me magoou. – Ele ainda estava com as mãos para cima. – Meu nome é Adrian Chase.
– Você está revelando sua identidade secreta assim? Nessa facilidade toda? Você realmente é um péssimo super-herói.
– Eu salvei o mundo ano passado.
– É sério? E porque eu não fiquei sabendo do seu nome, Vigilante?
– Foi uma operação super secreta.
– Ah, sim.
Eu não tinha tempo para aquela baboseira.
– Olha só, Adrian Chase, o Vigilante. Dá um fora da minha casa, antes que eu faça mais do que apertar minha faca em seu pescoço.
– Não, eu vim aqui para conversar com você.
Mas que diabos.
– Não tenho nada para conversar com você.
Adrian (se esse era realmente o seu nome), em um movimento rápido, retirou a faca de minha mão e me empurrou no chão. Merda, ele podia não ser um super-herói, mas ele sabia lutar. Eu já desconfiava das duas coisas.
Usei meu pé como um gancho e puxei sua perna direita para frente, fazendo ele se se desequilibrar, sendo uma mulher pequena, eu sempre tinha que usar meus pés e o peso do meu corpo a meu favor, aproveitei sua distração para unir meus dois pés e joga-los contra seu peito, e me colocando de pé em um único movimento.
– Caralho! – Ele não estava desesperado, ele estava impressionado. Em mais um movimento rápido, peguei uma arma que deixava embaixo da cômoda ao lado da porta colada com fita dupla face. – Isso foi muito foda!
Destravei a arma e aportei para o meio de sua testa.
Ele estava deitado no chão (de novo), barriga para cima, as pernas meio abertas, as mãos novamente em forma de rendição, em uma delas minha faca estava. Ele podia ter jogado a faca em mim, mas me ofereceu um sinal de paz. Fui até ele, retirei a faca, peguei o facão que ficava em suas costas e me afastei o suficiente para que ele não pudesse me atacar com outra arma branca de perto.
– Você tem trinta segundos.
– Meu melhor amigo tem um portal interdimensional, e eu acabei indo parar em uma outra dimensão onde os nazistas venceram a segunda guerra mundial e eu conheci o meu eu de lá e ele tinha uma namorada e ela era você. O nome dela era Abutre e ela era tão fodona quanto você.
O que?
– O que?
– Meu melhor amigo tem um...
– Eu entendi o que você disse. Só não acredito.
Ele definitivamente não era o meu tipo ideal de homem.
Meu tipo ideal era um homem fincado no fundo da minha faca.
– Você tem que acreditar! Eu juro que é verdade, juro de dedinho. – Ele fechou a mão, deixando apenas o dedo mindinho a mostra.
– Como eu vou acreditar que isso é verdade? É loucura demais, até para mim.
– Meu mindinho mandou lembranças. – novamente o tom magoado.
– Você acha mesmo que uma promessa de dedinho vai me fazer acreditar na maior loucura que eu ouvi hoje? E olha que eu ouvi besteira pra caralho.
Pensei no corpo embaixo da lona, pensei que, nessas horas, eu já devia estar com ele dentro de uma mala, indo em direção do lago para desovar.
– Não é besteira, você era tipo uma justiceira, matava nazistas, comandou ataques elaborados contra a capital e contra os super-heróis daquele mundo.
Alguma coisa naquele nerd idiota me fazia acreditar nas palavras dele, eu realmente poderia ser uma pessoa como ele descrevera.
Abaixei a arma.
– Saiba que eu vou te matar, eu consigo, eu já matei antes, não importa quem você seja. Se você foder comigo, eu te mato.
– Eu sou o cara mais legal que você vai conhecer.
– É, todos dizem isso. – Estiquei minha mão para ajudá-lo a levantar.

🔪🔪🔪

– PUTA MERDA!
Um sorriso ligeiramente psicopata surgiu em meu rosto quando puxei a lona toda de cima do corpo que jazia em minha sala.
Eu queria assustar ele, queria mostrar que ele não me conhecia e não sabia das minhas habilidades e, principalmente, queria mostrar que não haviam duas de mim. Que não era porque ele viu ele mesmo me namorando que eu seria um doce.
Adrian tinha que entender o que eu era.
E não quem eu era.
– Se você está fazendo isso para eu me apaixonar mais rápido, você está conseguindo!
Seus olhos brilhavam animados, seu corpo mostrava uma ansiedade acima da média, tremendo em movimentos esquisitos, seus braços gesticulavam tanto quanto a sua boca.
– Você quer ajuda para terminar de desmembrar? Tem um avental extra? – Ele contornou o corpo vindo ao meu lado. – Você pode cortar aqui também, fica mais fácil de embalar. Já sabe onde vai descartar? Vai queimar? Enterrar? Sou bom em cavar covas!
Aquele turbilhão de perguntas me deixou animada. Era divertido.
Adrian me ajudou a terminar de desmembrar o corpo, conforme havia sugerido. Me ajudou a encaixar todas as partes dentro da mala que eu já havia deixado separada para isso, me ajudou a esfregar o chão com cloro e agora cavou uma cova junto comigo no meio de uma floresta com apenas os faróis do carro nos iluminando.
Ele era um cara legal, me contou todos os detalhes de sua ida ao mundo interdimensional que havia me conhecido e disse que me encontrou com facilidade pois perguntou o meu endereço para a Abutre.
Abutre.
Eu gostava desse nome, mas agora não parecia tão original assim.
– Qual é o seu Pokémon preferido?
– Psyduck.
– Meu Deus, Psyduck é ridículo. O Infernape daria uma surra nele.
– Primeiro que o Infernape nem deveria existir, já que não é da formação original e foi inventado nessas gerações novas e ridículas de Pokémon. Segundo que Psyduck é mal compreendido.
– Você não pode estar falando sério.
– Não, você não pode estar falando sério, Infernape, sério? Eu teria vergonha de responder algo assim.
– Tá bom, e qual a melhor coisa para encostar no seu rosto?
– Espanador de penas. – respondi depois de pensar um pouco.
– Ah não, faz cócegas no nariz! – Ele respondeu rindo alto.
– E qual a sua?
– Tapete felpudo, óbvio! – Sua animação sobre aquele assunto me intrigava.
– Você é estranho.
Ele me olhou de cima a baixo, como se estivesse ponderando uma resposta, mas apenas continuou cavando com um sorriso imenso no rosto.
Quando a cova estava funda o bastante, ele pulou para fora e me ajudou a subir. Pegou a mala no colo e estava se preparando para jogar no buraco.
– Ei, ei!
– O que foi? – perguntou ele com certa dificuldade, com a mala ainda no colo.
– A mala é nova! Vamos descartar só o corpo, por isso enrolei tão bem no plástico.
– Isso é genial, na verdade. – Pôs a mala no chão.
Ele abriu o zíper devagar e virou o conteúdo na cova que caiu lá embaixo com um baque surdo.
Terminamos de tapar o buraco conversando sobre aleatoriedades e quando Adrian deu as últimas batidinhas com a pá sobre a terra recém mexida, seu celular tocou.
– Alô? É, eu estou aqui com ela vocês, cuzões, não quiseram me ajudar e eu tive que vir sozinho.
Ele ficou ouvindo a resposta por alguns segundos.
– O nome dela é Abutre e nós estamos nos dando muito bem, obrigado por perguntar. – Eu senti um pingo de ironia e mágoa naquela afirmação.
– O nome dela de verdade? Eu não vou perguntar a identidade secreta dela assim do nada!
Ele olhou pra mim e fez uma careta, eu sorri.
. – falei sem que ele pedisse.
, está satisfeita, Ads?
Ele parou para ouvir mais um pouco.
– Eu não vou te dizer onde estamos, acabamos de esconder um corpo, acha que sou idiota? Isso pode pegar mal se alguém estiver grampeando essa conversa.
– UM CORPO? – Consegui ouvir a voz do outro lado da ligação. Me entediei com aquela choradeira toda e abri a porta do motorista e entrei no carro esperando por ele.
– Ela é minha amiga e precisava de ajuda, eu faria o mesmo por qualquer um de vocês.
– Na verdade, eu não precisava de ajuda. – O corrigi, colocando a cabeça para fora da janela.
– É, ela não precisava de ajuda, mas eu ajudei mesmo assim. Você devia estar feliz por mim...






– Então você passa os dias caçando caras babacas?
– Eu nasci para isso, Adrian. Para matar caras babacas.
– Isso é incrível. –
Molhei uma batata no ketchup e comi. Estávamos conversando há horas em uma lanchonete que estava toda decorada com itens de Halloween, seus amigos haviam ligado mais duas vezes, em uma das vezes até conversei com Adebayo e garanti que ele estava em boas mãos e que eu não o faria enterrar mais nenhum corpo comigo.
– Pode fazer isso hoje? Eu adoraria ver! – perguntou ele, pegando uma abóbora de plástico e colocando na cabeça.
Eu sorri, percebendo que havia mentido para sua amiga, Adrian Chase iria me ajudar a enterrar outro corpo.
Peguei a máscara do pânico que estava pendurada no encosto da cadeira e vesti.
– Não precisa pedir duas vezes.

Ele me acompanhou até em casa, tomei banho, me arrumei de modo caprichado e especial para meu mais novo amigo poder acompanhar de perto como a Abutre trabalhava.
Enquanto aguardava ele tomar banho, peguei a abóbora que tinha comprado para fazer minha cesta de doces ou travessuras e fiz a minha decoração, retirando o miolo e fazendo os desenhos com uma faca pequena e mais precisa que estava em meu tornozelo. O timing foi perfeito e quando terminei a decoração, ele saiu do banheiro apenas enrolado na toalha que havia emprestado, azul claro com pequenas margaridas bordadas. Emprestei também uma muda de roupas, já que não tinha como ele me acompanhar a um bar ou boate com sua roupa ridícula de Vigilante.
Coloquei a abóbora cheia de doces na porta enquanto esperava ele ficar pronto.
Adrian não era de todo mal, usando uma calça jeans e uma camisa branca básica, de algum cara que eu matei, ele até tinha um certo charme doce.
E um tanquinho daqueles.

🔪🔪🔪

– Normalmente o que mais funciona é me fingir de bêbada pra caralho. – expliquei enquanto pedia um drink no bar. – Predadores adoram uma mulher inconsciente.
– Isso é nojento.
– É, então eu peço um drink e finjo que estou em Nárnia. E algum babaca se aproxima, começa a conversar comigo. Esse drink único dura a noite inteira. Até o momento em que eu vou ao banheiro e quando eu volto, tem, magicamente, um drink novo me esperando. Geralmente batizado. Eu tomo ele inteiro em uma golada e volto ao banheiro dizendo que esqueci de retocar o batom. Vomito tudo. E o resto é história.
– Eu sinto muito que você tenha que fazer isso. Já teve algum que passou no teste? – perguntou ele.
– Não, todos tentaram forçar algo. Mas já tiveram vezes em que fui impedida de tomar a bebida, por estar batizada. A maioria das vezes eram mulheres que interferiam.
– Argh. Isso está me dando vontade de vomitar. – Adrian era, definitivamente, adorável.
– Esquartejar uma pessoa não te dá náuseas, mas isso dá? – Eu quis uma confirmação.
– Com toda a certeza, eu sou um cara respeitoso.
Conversamos por mais alguns minutos e ele me deixou em paz, foi para o canto do bar vestindo a máscara de Pânico que roubei da lanchonete e esperou a magia acontecer.

🔪🔪🔪

Duas horas depois, eu estava no carro de um estranho indicando o caminho da minha casa. Predadores adoram mulheres que moram sozinhas.
Adrian nos seguia com meu carro.
O idiota ria de alguma coisa sem noção bêbada que eu falava. Feliz e provavelmente de pau duro, esperando pela maior transa da sua vida: uma boceta seca.
Entrei em meu apartamento fazendo um showzinho ao tentar acertar a chave, tropeçando na abóbora vazia no chão e consegui ver de relance, Adrian escondido ao pé da escada. Ele não estava tão sutilmente escondido assim, mas o meu escândalo para fingir dificuldade fazia o cara ficar entretido o suficiente.
Entramos em meu apartamento e as coisas aconteceram como eu previ.
O predador foi até minha cozinha, preparou um drink (alguns faziam isso) e trouxe para mim. Eu detestava quando isso acontecia assim, porque era mais difícil de me livrar da bebida.
De qualquer maneira, tudo aconteceu como esperado e quando o homem viu que eu não estava bêbada de verdade, dei meu sorriso mais psicopata possível.
– Bem vindo ao inferno. – Minha voz saiu meio rouca e ligeiramente assustadora. Ele tentou se levantar, desesperado, mas fui mais rápida e pulei em suas costas, fazendo-o cair de rosto no chão.
Adrian abriu a porta quando ouviu o baque, ele estava segurando uma fucking motosserra.
Não sei como ele encontrou aquilo, mas eu achei do caralho.
E então, uma música começou a soar em meus ouvidos, a mesma música que sempre soava quando eu estava fazendo aquilo, como se fosse a porra de uma trilha sonora.
Joker and the Thief do Wolfmother.
Tudo parecia em câmera lenta quando o cara me empurrou com força contra a minha mesinha de centro que quebrou duas pernas com o impacto e Adrian o atacou com um golpe forte em seu rosto, deu a porra de uma pirueta segurando o braço do cara e eu ouvi o estalo do osso quebrando quando me levantei.
O grito do cara foi amortecido por mim, quando dei um soco forte bem no seu pomo de Adão, fazendo-o se engasgar.
Adrian ligou a motosserra e o som encheu meus olhos de lágrimas orgulhosas, caralho, que homem!
O idiota começou a berrar, mesmo engasgado de sangue com a faringe fodida, ainda era um som que estragava minha trilha sonora mental.
– Cala a boca, ou eu vou arrancar suas tripas aqui e agora. – Eu ia fazer isso de qualquer jeito, normalmente eu os matava de maneira mais simples e limpa, mas meu convidado especial apareceu com uma motosserra, então eu tinha que ser estilosa. Ele parou de berrar por um instante, mas voltou a fazer isso quando Adrian deu um golpe em seu ombro que fez o sangue espirrar nele, na parede e em parte do meu sofá. O braço caiu inanimado no chão.
Eu nunca me senti tão excitada na vida.
Retirei minha faca de caça do coldre no tornozelo, e rasguei a camisa do cara com lentidão, nos revelando uma tatuagem de uma suástica nazista no peito. Aquilo me fez vibrar de empolgação.
– Tin, tin, tin, prêmio bônus! – Comemorei com um high-five, me perdendo por tempo demais no sorriso dele, aquele sorriso aberto de quem não media a felicidade.
Arrumei a faca na mão direita e eu ia fincar no peito do cara, mas a voz que às vezes invadia a minha mente berrou: Muito cedo!
Por isso, em homenagem ao quadro que havia em minha parede, segurei o cabelo do homem passando a faca pelo escalpo, arrancando-a em uma só passada. Joguei para Adrian que se divertiu com o pedaço peludo de pele.
Acho que nunca senti isso na vida, a sensação de estar completa, de não estar sozinha no mundo, de encontrar alguém que sente prazer nas mesmas coisas que você e eu nem estou falando em matar babacas, falo de tudo. Adrian completava minha loucura. E nesse momento vi que a voz em minha mente estava errada, não era cedo demais. Era o momento certo.
Por esse motivo, forcei a ponta da faca em minha mão, para me concentrar no que estava fazendo, e em seguida apunhalei o peito do cara, perfeitamente centralizado. Espero que tenha pego uma parte do coração, mas para garantir, retirei a faca e entreguei a Adrian que se posicionou atrás do cara e cortou o pescoço dele, fazendo o sangue quente espirrar em meu rosto.
O homem caiu no chão agonizando e Adrian me olhou de boca aberta.
– Isso foi do caralho, !
Eu não precisei de mais nenhum sinal, passei por cima do corpo aos tropeços e pulei em Adrian fazendo-o cair no sofá.
Uni nossos lábios com desespero. Com a ansiedade de uma vida.
Nunca achei que fosse encontrar alguém tão louco quanto eu.
E ali estava aquela porra daquele nerd com cara de idiota.
Adrian era lento, mas entendeu o recado, puxou minhas pernas com força para que eu me sentasse em seu colo, em seguida levando uma das mãos em minha nuca aprofundando o beijo.
Ele não se importava se meu rosto estava sujo de sangue, ou se eu tinha acabado de fincar uma faca no peito de um cara qualquer, sua língua adentrou minha boca com sede do que ele havia esperado o dia inteiro. Eu não me importava que tinha conhecido ele hoje, se aquele dia não era prova de que devíamos ficar juntos, depois de termos desmembrado um cara, enterrando-o em uma cova, trazido minha mala de volta, dividido um banheiro, ele usando roupas de um morto e havia um corpo jorrando sangue aos nossos pés, o som da motosserra ainda roncava ligado... aquilo era um sinal.... E tudo que me importava era que sua mão apertava minha cintura com firmeza, e a outra mergulhava em meus cabelos da nuca.
Nossos lábios se misturaram com vontade, as línguas medindo o espaço uma da outra enquanto minhas mãos passeavam por seus ombros largos e seus bíceps surpreendentemente definidos. As mãos dele passearam por meu corpo, saindo de minha cintura, passeando por minhas costas, lombar até chegar em minha bunda e ali pousaram com cara de quem não iam mais sair.
Desci meus lábios por seu queixo e fui em direção ao seu pescoço, sua pele tinha cheiro de sangue e aquilo me deixou mais excitada, se é que era possível. Voltei a beijar seus lábios.
Por mais que suas mãos passeassem livremente por meu corpo, eu sabia que ele não daria aquele passo, não quando havíamos feito aquilo ali na sala, então ergui meu próprio vestido, ficando apenas de calcinha e sutiã ainda sentada em seu colo.
Meu sutiã era preto básico, meia taça e deixava meus peitos incríveis.
Ele suspirou, um som rouco e gutural saindo de sua garganta.
– Você vai ser o primeiro homem que eu vou transar. – Admiti sorrindo.
– Você é virgem?!
– Não, eu sou bissexual.
– Ah. Ah! Eu sou o primeiro cara que você escolheu transar? Espera, nós vamos transar? Ele parecia levemente confuso, talvez até meio zonzo.
– Tem um motivo para eu ter tirado meu vestido, Adrian.
– Eu achei que você estava com calor.
– Eu estou com calor.
– É, está quente aqui mesmo. – Suas mãos estavam pousadas em minha bunda, e ele pareceu pensativo.
– Você não quer transar? – perguntei, interessada na resposta que ele poderia vir a dar. Eu não ficaria ofendida, havíamos acabado de nos conhecer. Ficaria decepcionada porque estava com um tesão dos infernos e estava curiosa para saber como seria transar com um cara.
Adrian parecia ser o cara certo para isso, mas eu não queria usá-lo como uma fuga para sanar minha curiosidade, queria que ele estivesse confortável com isso.
– Eu não faço sexo só por sexo, sabe?
– Mas... – Iniciei incerta. – Você não acha que tem um elo aqui? Algo maior do que só sexo? Esse dia não... significou nada para você?
– O que?! Esse dia foi o dia mais incrível que eu já passei com uma garota em toda a minha vida!
Eu sorri, sorri de verdade e ele me acompanhou, seus olhos azuis me aquecendo por dentro.
– Ok, então só pra confirmar: nós vamos transar? – perguntou ele, os olhos brilhando em minha direção.
– É.
– Porra! – Ele se levantou em um salto, me levando junto. Passou por cima do corpo, pisou em algo molhado, imaginei que fosse uma poça de sangue, e me pressionou na parede, derrubando meu quadro do Bastardos Inglórios.
Ele tirou a camisa imunda de sangue com um único puxão e seus músculos se tencionaram quando passei as mãos por eles.
Voltamos a nos beijar, lambi seu pescoço, mordi seu queixo, puxei seus cabelos com força sentindo suas mãos passearem por meu corpo, nada naquele nerd idiota me faria acreditar que ele tinha uma pegada daquelas, o seu sorriso era doce, sua aura era doce mas seu corpo era uma arma, uma arma letal. Ele abriu meu sutiã, brincou com meus seios de maneira suave, beijando-os e massageando de maneira enlouquecedora, quase surreal, vibrante e quente.
– Vamos para a cama, vamos para a cama e pega seu capacete. – gemi de olhos fechados.
Adrian me jogou na cama com força, pôs seu capacete de Vigilante e aquela combinação do seu corpo desnudo com o capacete fez o interior de minhas pernas vibrarem. Ele trouxe a máscara do Pânico para mim, que vesti com prazer.
Ele abriu o cinto e tirou-o com um só puxão, abriu o botão da calça, e desceu o zíper de maneira lenta, revelando uma cueca branca básica. Ele retirou a calça e percebi que eu iria explodir de tesão.
Eu o agarrei com as pernas e o fiz cair sobre mim, enrolei minhas pernas em sua cintura e antes que eu pudesse levantar o capacete e a máscara apenas o suficiente para unir nossas bocas mais uma vez, ouvi a porta do meu apartamento abrindo.
– Vij? – uma voz feminina soou e ele se levantou em um pulo.
– Merda!
Puxei uma lâmina que estava presa em meu coldre na panturrilha esquerda e notei duas pessoas paradas na porta do meu quarto, ambos de boca aberta.
Era uma mulher negra linda e estilosa, e o outro era um cara mais velho, ruivo e alto pra caralho.
– Merda! – A mulher exclamou quando me viu. – Porra, Adrian, será que dava pra ter mandado uma mensagem?
O homem passou os olhos por mim e depois levou-os para Adrian, eu estava só de calcinha e máscara e ele estava de cueca e com o capacete do Vigilante.
Devia ser uma cena que poderia estar estampada em quadros de decoração.
Adrian estava paralisado, ligeiramente perdido com toda aquela interação fora do seu controle, ele não parecia ser o tipo de cara que perde as palavras, sempre tinha algo pra dizer, mas aquela situação ali era especialmente esquisita.
– Vocês devem ser Adebayo e Economos! – exclamei, guardando minha faca e indo na direção deles, levantei minha máscara e abracei cada um com um sorriso no rosto. Eu não tinha problemas com meu corpo nu. Quem entrou furtivamente em minha casa foram eles... – É um prazer conhecer vocês.
– Essa é a garota da qual eu falei! – Adrian disse animado se aproximando. – A garota da outra dimensão!
– Tá bom, tá bom. Nós já estamos indo, desculpa a interrupção, só ficamos preocupados, você falou algo sobre enterrar um corpo e... Vocês sabem que tem um cara morto na sala, certo? – Adebayo se virou indo na direção da saída, completamente sem graça. Economos entrou mudo e saiu calado. – Se cuida, Adrian. Por favor.
– Ele está sendo muito bem cuidado, Ads. – Economos disse quando eles já estavam na porta.
– Estou criando laços com uma amiga. – Adrian disse feliz quando eles fecharam a porta.
– Onde a gente estava mesmo? – pulei em seu colo, dando um beijinho no capacete.
Porra. – ele gemeu, me levando de volta me segurando pela bunda.
– Crie um laço comigo, Vigilante. – Aquilo pareceu enlouquecer ele, que me jogou de volta na cama e puxou seu membro para fora enquanto eu puxava minha calcinha pelas pernas.
Ele ficou de joelhos na cama, me puxou pelas pernas e pincelou seu pau em minha entrada antes de deslizar para dentro com uma facilidade incrível.
Puxamos o ar juntos, eu estava inebriada, meus olhos rodaram nas órbitas com a sensação de tê-lo dentro de mim e ele soltou:
– Eu fiquei com tanta inveja do Vigilante da outra dimensão. E agora você está aqui. – retirou-o de dentro de mim, fazendo minhas entranhas retorcerem de tristeza.
– Eu estou aqui. – gemi quando ele voltou a me penetrar. – Você me encontrou e provou que homens são legais. E me mostrou que... Ah... Criar laços são importantes.
Os movimentos dele eram supreendentemente bons para um cara que não fazia sexo só por fazer sexo e eu não esperava mais nada do que um sexo baunilha com ele.
Até porque sexo baunilha é um clássico, e um clássico bem feito vale por muito mais do que um sexo muito elaborado que não me levava a lugar nenhum.
E Adrian estava me levando a lugares que eu não conhecia, um território inexplorado feito de pênis, suor masculino, músculos protuberantes e um sentimento de companheirismo estranhamente sexy.
Ele transbordava cuidado e proteção em cada movimento que dava, suas estocadas variavam entre lentas e rápidas, eu gostava mais das lentas e não demorou muito para ele perceber.
A textura das suas mãos em minha pele formigava, ardendo a cada toque.
– Você acha que posso tirar a máscara?
Soltei uma risada alta e o ajudei, puxando a máscara para fora, ele estava suado, os cabelos molhados e um sorriso preenchia seu rosto enquanto ele continuava as estocadas.
– Me deixa só.. – falei, e com um movimento certeiro, o empurrei com as costas na cama e fiquei por cima.
Seus olhos faiscaram em minha direção e retirei minha própria máscara. Eu queria sentir a sua pele em meus lábios novamente.
– Eu gosto dos seus olhos. – sussurrei, distribuindo beijinhos pelo seu rosto.
– Eu gosto do seu corpo inteiro. Ainda não decidi minha parte favorita. – Tinha como ele ser mais fofo?
Iniciei um movimento de cavalgada em seu pau, lenta e tortuosa, sentindo cada veia sua pulsar dentro de mim quando entrava e saía, seu cabelo louro escuro estava grudado em sua testa e suas mãos seguravam meus quadris com tanta força que existia a chance dele me deixar algumas marcas, mas tudo ali encaixava da maneira certa.
Meu corpo gostava da sensação de tê-lo e cada cavalgada que eu dava, me sentia mais perto daquela sensação de formigamento nos pés. Suas mãos deslizaram de meus quadris para meus seios e ele ergueu o tronco para poder botá-los em sua boca.
Aquela foi a deixa que eu precisava e senti meu corpo tremer em cada milímetro, a sensação gostosa que vinha de dentro do ventre e se espalhava até a ponta dos pés e ao couro cabeludo arrepiado. Aumentei o ritmo de minhas quicadas e ele explodiu em um grunhido rouco que me fez delirar mais ainda.
Soltei um gemido alto que escapou sem que eu pudesse segurar e quando olhei para Adrian, seu olhar era fascinado em minha direção. Senti minhas bochechas esquentarem mais do que já estavam e meu peito subia e descia com força. Ele não estava diferente.
Uni nossos lábios mais uma vez e me aninhei em seu peito enquanto nossas respirações descompassadas voltavam ao normal.
– Acho que eu vou querer criar um laço com você todos os dias, Adrian.
– Tá de brincadeira comigo?!
– Não, tô falando sério. – Soltei uma risadinha esquisita. Eu nunca fui assim, não com um homem.
– Ótimo, porque eu meio que amei criar um laço com você aqui. – Ele disse dando uma risadinha também. – Criar um laço é sinônimo pra sexo, certo?
– É, é sim.





– Pessoal, essa daqui é a , ela é minha namorada. – Adrian me apresentou para seus amigos. – , esses são meus amigos. Harcourt, Chris, e esses dois você já conheceu, Economos e Adebayo.
– Oi, é um prazer conhecer vocês com roupa, acho que é uma situação muito mais agradável, não é? – perguntei, indo cumprimentar primeiro eles.
– Realmente é muito mais agradável te ver vestida, meu bem. – Adebayo me abraçou sorrindo.
– Você tem certeza de que é namorada desse cara? – Economos perguntou realmente desconfiado.
– É claro, estamos criando um grupo para combater nazistas juntos, você acha que eu deixaria um cara como esse sozinho? – Dei meu melhor sorriso. – Vocês vão querer participar?!
– É claro, só precisamos ver alguns termos e condições antes de assinar qualquer coisa. – Ads respondeu alegre.
Segui para Chris e Harcourt. Ele era um armário de músculos e ela era uma loira gata vestida de preto.
Claramente um Golden retriever e um gato preto.
– É um prazer conhecer vocês, o melhor amigo e a ex-namorada! – Abracei os dois ao mesmo tempo e senti batidinhas de mãos leves em minhas costas.
, eu te disse que a mãe estava mentindo sobre a Harcourt, ela é louca. – Adrian tentou se defender.
– Não fale assim da sua mãe, seu escroto. – ralhei com ele e a loura me olhou com as sobrancelhas erguidas. – Não se preocupem meninas, ele vai aprender a tratar a mãe dele bem, é só questão de tempo...
Pisquei e todos eles me retribuíram sorrisos, como se já soubessem pelo que estou passando com aquele nerd idiota.
, , fala pra eles qual é o seu animal preferido!
– Tarântula!
Alguns deles se entreolharam, levantando sobrancelhas em desconfiança.
– E agora fala a sua cor preferida! – Adrian mal podiam conter a animação, pulando freneticamente ao meu lado.
– Verde azulado. – Dei meu melhor sorriso.
– Agora têm dois deles! – Chris reclamou em tom de brincadeira. Eles riram ligeiramente nervosos, como se aturar um Vigilante já fosse trabalho o suficiente.
– Eu não sou doida, gente, eu fui ao psiquiatra quando era mais nova.
– Quem foi sua médica? A Arlequina?
– Como você sabe? Se bem que na época ela atendia como Harleen Quinzel.
– Não fode, porra!




Fim.



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Nota da autora: Adrian Chase estava formigando na minha cabeça desde o início da segunda temporada de Pacificador. Arranhando a superfície do meu cérebro de modo inesquecível e, normalmente quando isso acontece, escrever uma fanfic resolve e me faz superar essa loucura.
Por este motivo, sem absolutamente ninguém pedir, essa fanfic surgiu.
Se você leu até aqui, meu sincero muito obrigada e deixa aquele comentário logo abaixo. <3








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