Autora: Li
    Scripts: Autora Independente.
    Visualizações: contador grátis

Finalizada em: 05/05/2022.
Capítulos: [01] | [02] | [03] | [04] | [05] | [06] | [07] | [08] | [09] | [10] | [11] | [12] | [13]






POV

Eu nunca imaginei que isso pudesse de fato acontecer. Como você pôde destino? Como pôde tirá-lo de mim desta forma. Tu foste cruel comigo e com ele. Principalmente como ele, ao matá-lo. Agora eu me vejo aqui, sozinha novamente, sem ele para me ajudar. Sem ele para amar. Vai ser difícil viver sem ele, mas eu tenho que seguir em frente. Estou aqui agora, meu amor. Tu podes me ouvir? Que tolice a minha. Seus tímpanos não conseguem mais me ouvir, não conseguem mais ouvir ninguém. Não funcionam mais, pois agora ele está morto. Como eu queria ter ido no seu lugar… Ah, como eu queria!

FIM POV


Porto Alegre. Dezembro de 2017. Flashback (um pouco longo)

, 21 anos, gaúcha, colorada, estudante do 2o semestre de Jornalismo na UFRS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Ela tem dois irmãos: um de consideração, por terem o mesmo sobrenome, seu nome é (o ), guitarrista. E o outro é seu irmão de sangue, , guitarrista/vocalista/compositor. Ambos tocavam na banda Fresno, que fazia bastante sucesso no Brasil. Na mesma banda tem o seu melhor amigo e baixista, , o cara que ela mais admira e confia nessa vida (depois de seus irmãos).
Ruschel, 24 anos, também gaúcho, gremista, baterista recém-chegado à banda Fresno. Amigo de longa data dos integrantes. Uma pessoa super tranquila, mas não o cutuque, pois ele vira uma fera.

Natal de 2017.

Todos reunidos na casa dos . , , , , Gysa (melhor amiga da Aline), , entre outros convidados. Gysa veio do Rio de Janeiro passar o ano novo com a melhor amiga.
aproveitou a visita para armar o casal: Gysa e . Ela achava que os dois deveriam namorar e não perdia a oportunidade de juntar os dois. Ela se aproximou do irmão, que conversava com os outros membros da banda.

! — Disse , num tom empolgado. Chamando atenção de todos que estavam perto. — Posso roubar meu irmão um minutinho, meninos? — Falou dirigindo-se aos rapazes, que apenas concordaram com a cabeça, todos sorridentes. — Preciso falar com você agora, ! — falou segurando o braço do irmão e puxando-o para fora da roda de amigos.
— Nossa! — exclamou “Posso roubar meu irmão um minutinho, meninos?” — Falou, imitando a voz da irmã. — Que educação é essa, ? — Completou, olhando para irmã como se estivesse irritado.
— Não enche o saco, ! — Ela disse, revirando os olhos e ajeitando seus óculos de grau. Todos riram.
— Chata!
— Chato! — Ambos gostavam de “se xingar” para demonstrar todo o amor que sentiam um pelo outro.
— Esses dois se amam! — Disse num tom brincalhão. Logo, a expressão do rapaz mudou ao ver a cara de bobo do . — ? — Tentou chamar a atenção do amigo. — Não precisa ficar com essa cara de bobo, babando na minha amiga, ok? Está afim dela, é? — falou um tanto quanto alto. O que fez com que todos em volta rissem da cara do e o mesmo ficasse com o rosto mais rubro que tomate maduro.

Por dentro, xingava até a última geração do amigo pela vergonha que ele o fez passar. Falar aquilo na frente de sua amada. Sim, tinha uma queda pela , mas nunca teve coragem de falar nada. O fato dela ser irmã de dois de seus amigos era um dilema para o rapaz. Depois de pensar e xingar mentalmente, resolveu quebrar o silêncio.

— Cala a boca, ! — Ele disse irritado e ainda vermelho de vergonha.
— Ah, te fode, . Deixa o cara! — defendeu o amigo.
— Fica nervoso não, cara. Calma, ! — Disse , rindo da cara de irritação misturada com vergonha que o amigo fazia.
— Eu AINDA não estou nervoso! Não me provoque! — Respondeu num tom ameaçador. Aline viu toda a cena com os olhos arregalados.
— Mas então, , o que quer com o ? — Perguntou para a amiga. Ela adorava ser chamada de , principalmente pelo que é seu melhor amigo.
— Assunto particular, . — Respondeu e deu uma piscadela para o amigo que apenas sorriu. O mesmo sorriso que ela amava ver: sedutoramente sexy e radiante.
— Ok, então! — respondeu.

Todos que estavam sobrando ali saíram e deixaram e conversarem sozinhos. ainda se martirizava internamente por ter se exaltado na frente da , ele nunca havia feito aquilo. Será que ela se assustou? O que será que se passa na cabeça dela? A angústia tomava conta do .

— Então, maninha, fala aí o que quer comigo? — disse, assim que todos saíram.
— Te apresentar uma amiga minha. — Ela foi direto ao ponto. deu um sorriso de canto de boca enquanto engolia a golada de vinho que tinha dado segundos atrás.
— Hummm, quem é? É gata? Eu conheço? — Disparou a perguntar.
— Se eu vou te apresentar, é porque você não conhece, né, idiota?! — Ironizou — Está interessado, é?
— Agora estou! — Ele respondeu e ela deu um sorriso vitorioso. Consegui! Pensou ela.
— Vou buscá-la. Não saia daqui! — Ela disse e saiu para buscar a amiga.

No caminho foi pensando sobre o quanto era bonito e o quanto ela o seduzia com seu jeitinho fofo de ser. Espantou os pensamentos ao encontrar a amiga e a arrastou, literalmente, até o local onde havia deixado seu irmão.

, essa aqui é a Gysa. Gysa, esse é meu irmão . Se amem! Tchau! — Ela disse rápido e logo saiu deixando um sorridente e uma Gysa envergonhada.
— Oi. — Gysa disse, tímida. — Tudo bom, ?
— Tudo ótimo e com você? — Ele foi educado como sempre era com todos. Fez com que ela ficasse mais à vontade na presença dele. O que era um pouco difícil já que Gysa ficava trêmula na presença dele.
— Bem também. — Ela sorriu ao fim da frase. Um sorriso tímido.
— Gysa, né? Esse é seu nome mesmo ou é apelido? — Questionou.
— Na verdade, meu nome é Gysele, mas todos me chamam de Gysa. — Explicou.
— Hm, entendi. — Sorriu galanteador. - Eu posso te chamar de Gy? É mais íntimo. — O coração de Gysa quase parou neste momento. Ela gaguejou, mas respondeu que sim. Ele podia fazer o que quisesse, ela era muito apaixonada por ele.

estava sentindo algo estranho. Algo que ele nunca havia sentido na presença de nenhuma mulher. Todas as células de seu corpo estavam agitadas, ele estava suando, mãos frias, vermelhidão no rosto. O coração de também estava acelerado e ele não estava entendendo muito bem o que era tudo aquilo. Ficou conversando com a Gy por bastante tempo, mas para eles o tempo passou bem rápido. Ele sempre foi um cara que não se apegava a nenhuma mulher, sempre paquerador e pegador. Namorou duas vezes em toda a vida, mas jamais sentiu aquilo que estava sentindo na presença da Gy. Enquanto os dois conversavam, Aline observava seu plano dando certo.
tem um paquera na faculdade, seu nome é Pedro, mais conhecido como Cuper. Ele faz Administração no mesmo campus que ela. Eles são amigos desde o trote dela, há um ano, mas ela sempre gostou dele de um jeito diferente. Mas não era retribuída. Ele estava na festa e resolveu dar um sustinho nela pegando-a pela cintura por trás.

— Oi, ! Te assustei? — Cuper perguntou vendo a cara de susto da amiga que logo riu da situação.
— Oi, Pedro! — Respondeu vermelha, como sempre ficava na presença dele. — Só um pouco! — Sorriu sem graça. — E aí, está gostando da festa?
— Estou sim, está bacana! Como você está?
—- Bem e você?
— Tudo tranquilo.
— Então, Pê… — ela começou a falar como se estivesse se obrigando a falar aquilo. E realmente estava. — ... pensou no que te disse semana passada? — Ela se referiu à revelação de que ela gostava dele. — Tenho chances?
— Para lhe ser bem sincero, … — ele nem havia concluído a frase e o coração de já sabia que seria rejeitado. Aquele começo de frase nunca era sucedido de algo bom. — Te considero uma amiga, sabe? Gosto de você, mas como amiga. Desculpe. — Ele concluiu a frase num tom triste. Ele estava sentido, pois não queria magoar a amiga. Mas também ele não poderia enganá-la. Precisava dizer a verdade.
— Entendo, sim. Tudo bem. — Ela disse cabisbaixa e com lágrimas escorrendo pelo rosto. Cuper enxugou as lágrimas dela com os dedos.
— Não faz assim, guria. Não quero te magoar. Eu não queria te dar esperanças com aquele beijo, mas…
— Exatamente! - Ela o interrompe. — Foi aí que erramos. Não devia ter deixado você me beijar. E você não deveria ter me beijado. Tudo errado! — Disse magoada.
— Me sinto culpado por isso. Me arrependo do beijo…
— Não é só você que se arrepende… Deixa para lá. — Forçou um sorriso, em seguida levanta-se e o deixa sozinho.

A casa dos é enorme. Eles moram sozinhos desde que seus pais morreram quando eles eram crianças. Ela mora sozinha, já que seu irmão se mudou para São Paulo com a banda, pois fica mais fácil para marcar shows e tudo mais. No quintal, onde tem a piscina, foi pensar. Sentou-se na borda da piscina com os pés descalços mergulhados na água. Ela sabia que não deveria mais pensar do Pedro. Acabou antes mesmo de ter um começo. Ela chorava sozinha na piscina, mas não sabia que ele estava observando seus passos.





POV

Que inferno de vida! Que raiva que estou sentindo, de mim, do Pedro, de tudo! Como ele pôde me dar esperanças com aquele beijo e depois dizer que não me quer? Como? Mas eu não o culpo por não gostar de mim. Não sou do tipo “gostável” pelos rapazes. Não quero mais me aventurar assim, nunca fui de chegar em nenhum cara. O Pedro foi o primeiro e deu nisso. Voltarei a ficar quieta e não revelar meus sentimentos por mais ninguém. De repente me veio a imagem do na cabeça. Como ele é bonito e gentil. Será que ele gosta de garotas como eu? Não, eu não devo fazer o tipo dele. Na verdade, será que eu faço o tipo de alguém?

- ? Posso falar com você? - Pedro veio falar comigo. Suspirei irritada.
- Eu não quero falar mais nada, ok? Deixa tudo isso para lá Pedro, por favor. - Eu disse, enquanto enxugava algumas lágrimas que insistiam em cair.
- Mas, eu quero falar… - ele insistiu e ajoelhou-se ao meu lado – Eu não quero perder a relação boa que a gente tinha. Poxa, nós somos amigos! Não quero perder você como minha amiga. Por favor… - ele disse sincero, segurou minhas mãos que estavam frias por conta do clima daquela noite fria de POA.
- Eu também não quero te perder como amigo, Pedro. - Suspirei. - Deixa isso para lá, ok? Vamos fingir que nada aconteceu. Está tudo bem!

Nos abraçamos e ele saiu me deixando sozinha novamente. Quando ia voltar a me sentar na beira da piscina, me desequilibrei e caí dentro dela. Eu não sei nadar. Fiquei desesperada e afundei desmaiada. Não sei bem o que houve, mas só sei que se ele não estivesse ali eu provavelmente não estaria viva. me tirou da piscina, me deitou no chão e tentou me reanimar. Ele ficou desesperado ao me ver desacordada. Fez respiração boca a boca em mim. Foi o que me fez cuspir a água que estava em meus pulmões. Acordei com o semblante dele me fitando preocupado.

- O que houve? - Perguntei para ele, eu estava um pouco zonza ainda.
- Você escorregou e caiu na piscina. Quase se afogou, mas eu te tirei de lá. - Ele respondeu suavemente. Sua voz era doce, suave, gostosa de ouvir. - Está tudo bem?
- Sim, agora estou bem. - Respondi ajeitando meus cabelos molhados para trás. - Obrigada por me salvar, . - Comecei a espirrar sucessivamente. Ele demonstrou preocupação comigo e me levou até as cadeiras que haviam ali. Ele ficou disperso de repente, tentei chamar sua atenção. - ?
- Oi! - Ele despertou de seu transe momentâneo. - Desculpa guria, te deixei falando sozinha!
- Falando? Eu não estava falando . - Eu ri da cara que ele fez. Fofo. - Está tudo bem?
- Sim… está tudo bem sim, não sou louco! É que… - antes dele concluir a frase, a voz de meu irmão o interrompe.
- ! - veio correndo e assustou-se ao nos ver molhados. - O que houve? Por que estão molhados desse jeito?
- Ela caiu na piscina e eu tirei ela de lá. - respondeu. – Mas, ela está bem agora. Não se preocupe.
- Caraca! Você sumiu maninha, vim atrás de ti. Obrigado, , por ter ajudado ela. - disse agradecido.
- Eu estou bem mano, graças ao . - Ele me olhou com um olhar sereno e sorridente.

Acho que estou ficando louca, mas cada vez que encontro o eu sinto algo. Um arrepio bom na espinha, sabe? Estou muito atraída por ele. Muito! Ao mesmo tempo estou confusa. O que eu sentia pelo Pedro era diferente de agora. Acho que pelo Pedro era só fogo no rabo mesmo. Será que isso que sinto agora pelo é o que chamam de paixão? Ou é só tesão? Eu não paro de olhar para ele e ele para mim. Parece que nos conhecemos há anos, mas faz alguns meses que ele entrou para banda e nos vemos poucas vezes agora que ele foi morar em São Paulo com os meninos.

- , posso te perguntar uma coisa? - Quebrei o silêncio, a fim de sanar uma dúvida que tenho desde o início desta noite.
- Po-Pode guria. – Ele respondeu gaguejando. Achei fofo. Mais uma vez. Será que vou achar tudo que ele faz fofo? Não seja tola
- É difícil, mas vamos lá. Sobre hoje mais cedo, quando o disse que você estava afim de mim e você foi baita grosso com ele. Isso é verdade? - Ele ficou envergonhado, começou a coçar a nuca e se ajeitar insistentemente na cadeira.
- Quer saber se estou afim de você ou se sou grosso? – Esquivou-se da minha pergunta e me respondeu com outra pergunta. Ah,
- Creio que ambos. - Soltei uma risadinha nasal. Ele hesitou a falar.
- Bom… - Finalmente a mudez largou dele - eu estava nervoso naquela hora e acabei me excedendo com o . Desculpe se te assustei. - Respondeu sem graça. - Tudo bem, . Mas você não respondeu minha pergunta. - Pare de se esquivar, guri! Bah, que inferno. Parece eu. ~risos~
- Digamos que… eu estou bem atraído por ti guria. Por isso fiquei nervoso com aquilo que o disse. É porque eu fico nervoso quando estou perto de quem eu gosto. - Senti sinceridade nele. Ele sorriu sem graça.
- Então, você gosta de mim? - Perguntei o óbvio, pois ele acabou de confirmar isso, né ? Por Deus!
- Gosto e muito!

Nossos olhares não se desgrudaram um só segundo após ele se declarar para mim. Antes mesmo que nossos lábios se unissem num beijo, fomos interrompidos novamente. Desta vez pelos gritos da Gy. O que aconteceu? Fomos correndo seguindo os gritos dela. Cheguei na sala e Gy estava em pé em cima do sofá.

- O que houve amiga? - Perguntei preocupada. e os outros estavam rindo dela.
- Uma barata! UMA BARATA! - Tudo que eu precisava agora.
- AONDE?! - Fiz o mesmo que minha amiga e pulei no sofá procurando a todo custo onde a maldita barata estava. Está aí um animal desprezível do qual eu odeio: barata. Para meu desespero completo a maldita barata é voadora. Deus, por que dar asas para um bicho nojento desses? Só pode estar de zoeira com minha cara. [n/a: isso é real: tenho pânico de barata! Deus me free!] - Mata essa porra! Pelo amor de Deus! - Comecei a chorar. sabe que odeio baratas. Ao me ver chorando, ele foi lá e a matou. Um ponto fraco do meu irmão: me ver chorando.

Após matar a barata, meu irmão nos ajudou a descer do sofá. Deu um selinho na Gy. Olha só, parece que o cupido acertou mais uma vez! Vou virar casamenteira, anotem. Enfim… Eu precisava falar com alguém. Falar que o se declarou para mim. Isso nunca tinha acontecido antes. Nenhum cara se declarou para mim antes, NUNCA! O que eu faço? Até pediria conselho da Gy, mas ela está ocupada desentupindo a boca de meu irmão. Por Deus, não precisava ver a cena deles quase acasalando num dos cantos da sala. Já sei, cadê o ?! Preciso dele, AGORA!

- ! - Finalmente achei o filho da puta que estava no lugar mais óbvio: cozinha.
- PORRA! - Ele disse assustado, me fazendo rir do gritinho que ele deu. - Quem foi o filh… - antes de terminar ele se virou e me viu. Sua expressão de raiva logo se transformou num lindo sorriso. Ah, o meu sorriso! - ! É você! Porra, achei que fosse o filho da puta do ou do .
- Desculpa o susto amor. - Falei, ainda rindo. e eu nos tratávamos como amigos bem íntimos. Muitos achavam que eu namorava ele, mas isso está fora de cogitação. O é meu amigo, ora essa. Não namoraria ele. Eu acho. - Preciso de um conselho, por favor! - ... se bem que, ninguém namora inimigos, né?
- Ok, só um instante – ele disse com o indicador em pé. Pegou uma bandeja de salgados e abriu outra garrafa de Smirnoff Ice. - Pronto, podemos conversar agora. - O olhei com a expressão de surpresa.
- Nossa!
- Que foi? Até parece que você não come para caralho e bebe para caralho também. - Falou debochando de mim. - Te conheço, .
- Teu cu!
- Oh a língua, garota! - Falou rindo e puxando minha orelha.
- Me dá uma garrafa também, porra estou com sede.
- Cachaceira. - Falou me estendendo a garrafa que tinha acabado de abrir. Foi até a geladeira pegar outra para ele. - Não pode beber muito hein.
- Por quê?
- Porque você fala mais merda que de costume quando está bêbada. Melhor evitar.
- Corre! Agora! - Saí correndo atrás dele que disparou a correr na frente. Quase derrubou quase todos os salgados da bandeja, mas a Ice estava intacta na mão dele. Impressionante. Depois de nos perseguirmos pela casa, nós dois achamos um lugar sossegado para conversar.
- Pronto, , fala aí o que aconteceu para você ficar tão nervosa desse jeito? - questionou dando mais uma golada na Ice.
- Eu não estou nervosa.
- E por que está estalando os dedos descontroladamente? Só faz isso quando está irritada ou nervosa ou angustiada. Como eu disse antes: te conheço, ! - E o diabo me conhecia mesmo afinal. Me conhecia até demais.
- Só por que estou estalando os dedos não significa que estou nervosa. Estou estalando porque eu quero. - Disse orgulhosa, sem querer admitir que ele estava certo. - Alguma coisa contra, ?
- Precisa me chamar de ? - Perguntou com a cara entediada e a sobrancelha arqueada.
- Desculpa, eu estou nervosa!
- Novidade… - comeu mais um salgado e me de outro. - Fala, o que houve?
- Na verdade, não é nada demais. Mas é que nunca aconteceu comigo antes. - Comecei a falar em disparada. ouvia tudo com muita atenção. - Eu estava lá na piscina, depois de ter tomado um fora do Pedro, meu amigo da faculdade, sabe? - Ele fez que sim com a cabeça – Pois então, aí eu estava lá pensando na minha vida. Acabei caindo na piscina e o me salvou, mas a questão não é essa. A questão é que o se declarou para mim! E eu não sei o que fazer, amigo, me ajuda! - ele parecia incomodado com algo, mas não consegui identificar o que era.
- E quando você vai admitir que gosta do ? - Ele falou após longos segundos calado. Ele ainda estava incomodado com algo.
- Gostar? Eu gosto do , mas não do jeito que você está pensando, safado! - Ele riu do meu comentário.
- , nunca tinha visto você com essa empolgação toda, com essa carinha de felicidade ao falar de um cara. Nem quando você me contou do Pedro. Você gostou que o se declarou para você, deve gostar dele.- ele disse e eu fiquei meio sem reação. Será que eu mudei assim minha expressão facial só pelo fato de falar do ? - Não acredito que o se declarou para ela. - Ele mudou o tom de voz ao falar a última frase, foi quase um sussurro para si próprio. Parecia irritado, decepcionado. Algo do tipo.
- Está tudo bem, ? Parece irritado. - Questionei.
- Está, está tudo ótimo. - Ele mentiu, disso eu tenho certeza. Mas, por quê?
- O que eu faço hein? O que devo falar para o ?
- Fala o que você sente, meu bem. Você disse que gosta dele, diz isso para ele. Ele com certeza vai gostar. - Percebi que estava apertando a garrafa com força, seus dedos estavam tensionados e as pontas esbranquiçadas.
- Será? Eu não sei se gosto mesmo dele e…
- Claro! Vai lá procurar ele e conta o que sente. Vai te fazer bem falar.

Eu fiquei pensando no que o disse e também na reação dele ao dizer aquilo. Ele estava irritado com algo, só não sabia dizer o porquê. Já passava das 2 a.m. e fazia um frio sem igual. Fui até a sala onde meu irmão e os outros estavam.

- , - eu disse chamando a atenção dele - você viu o ?
- Bah, não o vi. - Disse meio sonolento. – , você viu o por aí? - Perguntou ao que estava deitado no outro sofá.
- Ele já foi, . - falou com a voz de sono. - Disse que estava cansado dos ensaios e que iria para casa. Saiu daqui faz uns cinco minutos. Se correr, dá tempo de pegar ele na garagem.

Agradeci a informação e saí correndo até a garagem. Ah, espero que ele esteja lá ainda, pois não sei se terei coragem de fazer o que estou prestes a fazer. Estou agindo por impulso, não me julguem! Cheguei à garagem e encontrei o ajeitando algo dentro do carro. Aquela linda bundinha empinada foi uma bela visão de se assistir. Espantei os pensamentos safados da mente e me aproximei dele.

- ! Que bom que não foi embora ainda. - Falei sorrindo. Ele se virou e também sorriu ao me ver.
- ? O que faz aqui, está frio, né? – Por que você está falando do tempo ?
- Sim. É, então, eu preciso falar com você. - Minhas mãos estavam suando e às vezes minha voz falhava. - Aquilo que me disse lá na piscina é verdade? Você… Gosta mesmo de mim? - Finalmente eu disse o que queria, mas, sei lá… No fundo do meu coração, algo me dizia que eu não deveria fazer aquilo. Que tinha algo errado. Que aquele não era o meu destino. Ah, não sei explicar direito. Posso ter ficado louca. Ignorem.
- Claro que é. Jamais enganaria você. - Ele disse e meu coração disparou. A sensação de que havia algo errado ainda estava ali, mas eu a ignorei. - Eu… , você… - ele hesitou um pouco, mas logo perguntou aquilo que mudaria minha vida dali para frente. - Quer namorar comigo?

Namorar!? Namorar! Namorar? Meu coração, bem controverso, ao mesmo tempo que estava feliz (?) e empolgado com aquele pedido, com a possibilidade de alguém querer me amar, também estava preocupado e indeciso. Eu queria recusar e voltar para o meu quarto, porém não foi isso que fiz. Aceitei o pedido do . Devo estar louca apenas, o é um cara legal, gentil e lindo. Quem não iria querer namorar ele? Aproximei-me dele e envolvi meus braços em seu pescoço. Dei-lhe um beijo de leve na boca, mas aos poucos fui dando passagem para sua língua adentrar minha boca e a minha adentrar a dele. Foi um beijo acolhedor, sensual e quente. Muito quente!

- É melhor pararmos por aqui. - disse, muito ofegante após o beijo quente que demos. Ele ajeitou o casaco e eu fiz o mesmo com o meu. - Está muito frio, é melhor a gente entrar ou pode ficar resfriada. - Ele falou me puxando pelo braço. Eu brequei nossa ida.
- Não! Espera! - Falei e me repreendi por dentro. - Vamos para o seu apartamento, por favor. Não quero ter que dar explicações para o meu irmão agora. Eu quero… Quero passar a noite com você, .

me olhou confuso e ao mesmo tempo feliz. Aceitou irmos para casa dele. E foi o que fizemos. Chegando lá, nós ficamos no sofá, nos beijando. Ele me ofereceu uma bebida, aceitei e ficamos lá bebendo, conversando. E foi só o começo da noite.

FIM POV




e tiveram uma noite agradável juntos. Em dado momento o irmão dela, , ligou para saber da irmã, pois havia notado seu sumiço. Ela explicou tudo, mas o irmão não ficou muito contente dela ter saído sem avisar nada. Ela deu de ombros e disse que pela manhã iria para casa. está atraída pelo . Isso é um fato. Mas, isso não a impediu de pensar a noite toda naquela sensação de algo errado que ela sentiu mais cedo. O que aquilo queria dizer? Após se revirar na cama dele, sozinha (já que o mesmo dormia no sofá da sala), ela conseguiu finalmente adormecer.
Já é de manhã, faz bastante frio. A jovem dorme na cama do rapaz. Ela está agitada, se vira de um lado a outro da cama, ainda dormindo. desperta com a luz do dia que invadiu o apartamento. Resolve ir até o quarto para ver como sua namorada está. Ele estava tão feliz que ela havia aceitado namorar com ele, mas ele percebeu que algo a incomodava. Resolveu esquecer tais pensamentos e chegou ao quarto. Viu que ela se remexia na cama. Tentou acordá-la e foi então que sentiu seu corpo fervendo. Ela estava com febre. E estava delirando. Gemia coisas indecifráveis. Parecia ter pesadelos.

- ? Meu bem, sou eu o . - Ele disse na esperança dela acordar. O corpo dela estava muito quente. Certamente sua febre já estava perto dos 40o. - ? Nossa, que febre alta. Vou levá-la para o hospital. - Quando ia se levantar para ir na sala pegar o celular e avisar ao do ocorrido, ela fala algo que o fez voltar. Na hora.
- Nã-Não! Não me deixa sozinha. Não meu amor! Não me deixa sozinha aqui… - ela delirava e proferia coisas sem sentido para ele. Na certa estava tendo um pesadelo. Antes dele proferir algo reconfortante para ela, ele sentiu seu mundo ruir em poucos segundos. - Não me deixa sozinha , eu te amo! Não vai embora, por favor! Eu te amo . Eu te amo! - Seus olhos arregalaram. Sua respiração ficou ofegante de raiva. Ele apertou com força o lençol que a cobria e o puxou de leve. Ele sentia raiva. Muita raiva. Por que ela estava falando aquelas coisas? Ok, ela estava delirando, mas tinha que ser justamente o ?
- Inferno! - Ele falou alto, o que fez com que ela acordasse. Ele se repreendeu internamente. - ! - Tentou disfarçar. - Está tudo bem? Você está com febre muito alta. Sente mais alguma coisa? – Está tudo ok, acho que ela não percebeu a raiva do rapaz. Ele suspirou aliviado.
- ? - Disse sonolenta. - O que houve? Nossa, minha cabeça dói muito. Estou um pouco tonta.document.write(Lucas).

Ela obedeceu e continuou deitada. Sua cabeça estava pesada e ela não se lembrava do que havia dito momentos antes de acordar. Foi um delírio. Ela só lembra de sonhar com o e com o . Mas, por que com os dois? Aquilo confundiu sua cabeça e ela adormeceu pensando nisso. Ele volta para o quarto, após avisar ao Lucas que levaria para o hospital. Ele ainda pensava naquilo que ouviu. “Eu te amo , por que ele? Será que era real aquele sentimento? Ou apenas um delírio inconsciente e sem sentido? Deus, ele estava desesperado! Ele queria contar para ela, perguntar se havia fundamento para ele sentir ciúmes (mais do que já sentia) do , mas ele não quis incomodá-la agora. Mas será que ele devia falar depois? Será que valeria a pena mexer nesse assunto? Finalmente ele chega ao hospital e encontra todos lá. , Gy, e, aquele que ele menos queria encontrar, .

- ! - exclama assim que avista o amigo entrando no hospital com nos braços. - Como ela está? - Ele passa a mão na testa da irmã, afastando alguns fios de seu rosto, percebe a temperatura elevada de seu corpo.
- Melhor levar logo ela lá para dentro. - ele disse calmamente. Tentou não manter contato visual com o . As palavras de naquele momento de delírio ecoavam em sua mente.

chamou a enfermeira que logo levou para a emergência do hospital. Todos aguardaram a vinda do médico com notícias do estado de saúde dela. Algumas horas se passaram e ainda não estava falando com o , nem ao menos disse “oi” para ele. Não queria nem olhar para sua cara. Por outro lado, estava tão preocupado com sua amiga que nem reparou que o ignorava. Finalmente o médico apareceu e disse que ela já estava bem, lúcida e que em menos de uma hora teria alta. Foi apenas um susto.
entrou no quarto para visitar sua namorada e ela parecia feliz ao vê-lo. Então ela não se lembra do que disse. “Mais é claro que não, foi apenas um delírio !”, era o que ele repetia pra si mesmo durante todo esse tempo, desde que saiu de casa. Ele nem queria pensar na possibilidade de aquilo ser real. Ah é, FELIZ NATAL! Era uma linda manhã de Natal em Porto Alegre e estavam todos no hospital esperando a alta da . O rapaz havia preparado um presente de Natal e tanto para ela. Um autógrafo do maior ídolo dela: Sebastien Lefebvre, guitarrista da banda Simple Plan. é muito fã dessa banda e principalmente do Seb, como é conhecido.
recebeu alta. Ainda estava um pouco debilitada por causa dos remédios que tomou, mas estava bem. , Gy e foram embora juntos, no carro do . Já, , e foram no carro do . insistiu para ir junto, pois queria ficar com a amiga. Já , também quis a presença do amigo no carro. E o ? Bem, ele não estava muito feliz com aquela situação.

POV

Fiquei tão preocupado quando o ligou dizendo que estava doente. Nossa, nunca havia sentido tal preocupação antes. Por ninguém. Insisti para vir com ela, pois queria garantir que ela estava realmente bem. está dirigindo, enquanto eu estou no carona. vai deitada no banco detrás. Toda hora eu olho o retrovisor para ver se ela está bem. Ela está dormindo e o clima dentro desse carro não é dos melhores. Ele não falou uma palavra até agora e eu muito menos.

- Eu achei que algo de ruim fosse acontecer com ela, sabe. - falou, de repente, me assustando os pensamentos. Me virei para olhar para ele. - Achei que fosse perder ela. - Aff, idiota.
- Vira essa maldita boca para lá, ! - O repreendi pela fala infeliz que acabou de proferir. - A está bem, isso que importa.
- Eu sei. Eu sei. - Ele parecia irritado com alguma coisa. Eu que deveria estar irritado, afinal na primeira noite que ela passa com ele: vai parar no hospital com quase 40o de febre.
- Está irritado, ? - Perguntei provocando de leve.
- Não. Só cansado. - Respondeu simplesmente. Enfim chegamos na casa dele.

acordou. Saímos do carro e ajudei ela a descer.

- Está melhor, rabugenta? - Eu disse envolvendo o braço na cintura dela.
- Estou sim, , estou bem melhor. - Ela respondeu sorrindo. Aquele sorriso pelo qual sou apaixonado. Não me entendam mal, não disse que a amo... Ok, eu amo a , mas não do jeito que estão pensando. Parem de me julgar!!! Calma, , ninguém está te julgando… Ok, esqueçam, estou irritado, ok? ~suspiro~ Enfim… - Obrigada por vir junto comigo na casa do .
- De nada. rabugenta. Vê se come direito e nada de tomar friagem, hein! Vou ficar de olho em você! - Falei rindo e ela riu comigo. interrompeu nosso momento.
- Cof! - Pigarreou – Deixa que EU fico de olho nela, . - Enfatizou. Ah, não me enche o saco!

Depois dessa eu me despedi da e voltei para casa. me ofereceu o carro dele, mas eu não quis. Voltei para casa de táxi. Imbecil! Eu deveria socar aquela cara de palhaço que o tem. Idiota. Panaca! Ah, que raiva! Eu deveria estar ali com ela. Sou o melhor amigo dela, afinal! E eu a amo! Me joguei no sofá e fiquei olhando para o teto. Repensei toda a minha vida. Lembrei do dia que conheci a . Ela era nova na escola, ela e seu irmão , que era da mesma sala que eu, primeiro ano do ensino médio. Ambos tínhamos 16 anos na época, apesar de eu ser alguns meses mais velho. é dois anos mais nova que nós. Enfim… Eles tinham perdido os pais e tios recentemente, num acidente de carro. Por pouco eles não viajariam com os pais, mas os mesmos resolveram levá-los no dia seguinte. Os pais deles limpariam a casa de verão, onde passariam as férias, e no dia seguinte buscariam os filhos. era a que mais sentia a perda dos pais. E ainda sente. Um dia, na escola, na hora do intervalo, e eu fomos passear pelo pátio compartilhado que unia o ensino médio com o fundamental. Sempre dividíamos o lanche com a , já que ela não tinha amigos na escola. Por ser muito tímida e quieta, ninguém se aproximava dela. Nesse dia, em específico, ela não apareceu no lugar de sempre. Lanchamos e guardamos um sanduíche para ela. Antes de bater o sinal, me pediu para ajudar ele a procurar a irmã. Ele sentia que ela precisava dele. Ele, sempre muito protetor com ela. Dessa vez ele estava certo. E sempre estava. Encontramos saindo do banheiro feminino, que tinha do outro lado do prédio principal, mancando e toda descabelada. Nos aproximamos e a vimos chorando. Ela não quis contar na hora o que havia acontecido, mas depois contou que alguns meninos da sala dela fizeram aquilo. Na saída, e eu encontramos os tais meninos na quadra e demos uma bronca neles. Na verdade, nós ameaçamos fazer pior do que eles fizeram com a , caso se aproximassem dela novamente. Nunca mais fizeram nada com ela. A partir desse dia eu prometi para mim mesmo que protegeria a de qualquer mal. Para sempre. Acho que foi aí que comecei a me apaixonar. Não sei direito quando se iniciou essa grande paixão que virou amor.
Também teve a vez que se formou. Estava tão linda naquele vestido de festa. Ela não queria festa, mas seu irmão insistiu MUITO e eu o apoiei. Por isso ela quis a festa. Por minha causa. Eu fui o príncipe dela naquela noite. E serei para sempre…
Acabei dormindo no sofá mesmo. Levantei com as costas doendo muito. Tomei um banho e resolvi sair para comer algo. Já havia anoitecido.

FIM POV

Naquele mesmo instante, do outro lado da cidade…

POV

Tive tanto medo de perder a minha . Justo agora que consegui o que queria, consegui conquistar o coração dela. Minha preciosa! Estou preparando um sanduíche para ela, que está lá na sala me aguardando. Cheguei a sala, coloquei os pratos na mesinha e sentei-me ao lado dela.

- Amor… - eu proferi, após ela dar a primeira mordida no sanduíche. Ela me olhou sem mexer a cabeça e fez um barulho parecido com um gemido. - ... posso te fazer uma pergunta?
- Diga. - Ela disse, seca, e engoliu o pedaço de comida.
- Bom, não sei se é paranoia minha, posso estar errado sabe… mas, é que reparei que tu e o têm uma relação, digamos, muito íntima, né? - Ela arqueou a sobrancelha e colocou o sanduíche de volta no prato.
- e eu somos amigos. Se é isso que quer saber. - Ela disse friamente e respirou fundo. - Não entendi a pergunta.
- Não, eu sei que são amigos, mas é que hoje eu reparei em alguns olhares dele para você que não é um olhar de amigo. - Eu estava começando a me arrepender de ter iniciado essa conversa – Melhor deixar para lá amor, esquece.
- Não, vamos falar disso agora! - Falou irritada – Se o me vê com outros olhos é problema DELE e não meu. E isso não deveria ser um problema seu, . - Odeio quando ela me chama de “”. - E outra, se você não confia em mim é melhor nem prosseguirmos com isso. - Gelei nesse momento.
- Como assim, ? Não, eu não quero brigar. Desculpa, eu confio em você!
- Se confiasse não iniciaria esse assunto. - Falou rapidamente. - Idiota. Me ofende falando desse jeito.
- Perdão meu amor, me perdoa!
- Não faça mais isso! - Ela disse séria e logo em seguida deu um sorriso amenizador.

Realmente eu não deveria ter falado aquilo. Idiota! Mas, é que nada me tira da cabeça de que o é apaixonado pela . E obviamente eu estou odiando isso. Enfim, preciso me acalmar. Fui tomar um banho, um banho relaxante. Mais tarde tem a festa de Natal na casa do . está se arrumando no outro quarto, desde aquela conversa que ela não está falando comigo. Sou um idiota mesmo.

[…]


Já estamos na casa do . Para a minha infeliz surpresa, a minha ex namorada está aqui. Ele disse que não a convidou, ela veio de penetra só para me irritar. Oh garota insuportável! Ela veio provocar a falando besteiras, mas logo ela deu um jeito de expulsar ela de lá. Disse que ela é minha namorada agora e que a ex não tinha vez nessa história. E que ela não deveria estar ali. Essa é minha !

FIM POV




Após a ex do ir embora, pede desculpas ao casal pela intromissão da tal garota. Ele se afasta um pouco de e e vai falar com sobre uma desconfiança que ele tem.

- . - Chamou a atenção do amigo que, como sempre, estava comendo. - Posso te falar algo que está me intrigando há algum tempo já?
- Claro, fala aí, . - ele disse.
- Cara, você já reparou que o … Bem, o e a têm uma relação íntima demais?
- Você também reparou nos olhares dele para cima da minha irmã? - afirmou que sim com a cabeça. - Puta merda, achei que fosse piração da minha cabeça.
- Caralho, então está muito na cara!
- Está escrito na testa enorme dele “Oi, sou o e estou completamente APAIXONADO pela minha melhor amiga que é NAMORADA do meu MELHOR AMIGO!” É notável isso. - disse fazendo o rir.
- Pois é cara, e o que faremos? Será que devemos fazer algo, sei lá. Falar com , não sei. - Sugeriu e completou – Pois, ele está dando muita bandeira. Logo, logo o percebe e aí vai dar merda.
- Melhor deixar quieto por enquanto. Se o clima esquentar a gente apaga o fogo.

concordou em manter aquele “segredo”. Entre aspas, pois todo mundo já havia percebido algum sentimento entre e , só os dois que lutavam contra isso. Pelo menos a lutava, ela não entendia que aquilo que sente pelo é real. Diferente do que sente pelo . Enfim.
Os dias se passaram rápido e logo era 31 de dezembro de 2017. A festa de Ano Novo estava armada na casa dos Silveira. Todos que estavam na última festa, estariam nessa, com alguns convidados extras. Ninguém importante. e Gy se arrumavam no quarto da , enquanto os rapazes terminavam de ajeitar os últimos detalhes da festa. A campainha toca, havia chegado. Ele trouxe consigo uma garrafa de vinho para compor a geladeira cheia de garrafas de vinho. A noite seria boa e embriagante.

- Amiga, eu visto esse ou esse? - Gy disse, as meninas ainda estavam se arrumando. - ? !!! - Gy chamou a atenção da amiga que parecia estar em outro lugar. olha para outra com o olhar perdido.
- Que foi?
- Caraca, estou há dez minutos falando com você sobre a roupa que vestiremos hoje e você aí alheia viajando! Está pensando no , né? - A última pessoa que ela pensaria naquele momento é o . - Ele deve ter chegado já. Ouvi a campainha tocar.
- Desculpa, Gy, é que eu estava pensando em algo. Fui longe. - Soltou uma risadinha sem graça e se ajeitou na cama, cruzando as pernas.
- Em que estava pensando?

Gy pergunta enquanto prova uma das várias roupas que tem. Ela queria estar linda para o , ela acha que hoje ele a pede em namoro, finalmente. pensou alguns segundos, ficou calada novamente. A outra nem ligou, já estava acostumada a mudez repentina da amiga. Até que… Ela quebrou o silêncio que se instaurou no quarto.

- Eu quero terminar com o . - Ela disse, de repente, fazendo com que a amiga se virasse para ela de imediato.
- O que? Terminar com o , como assim? O que houve? - Gy questionou e se aproximou da amiga.
- Eu não sei se estar com o , aceitar o pedido de namoro dele tenha sido a coisa certa a se fazer. - Ela respondeu calmamente, por fora. Porém, por dentro, ela estava o caos em pessoa. - Eu não gosto do o suficiente para namorar com ele. Não é justo eu alimentar essa esperança nele. Eu não quero ser igual como o Pedro foi comigo. - Concluiu amargurada. Tirou os óculos e coçou os olhos e depois os colocou de volta.
- Ah, então você finalmente se deu conta de que ama o . Já era a tempo, né?! - Gy falou dando de ombros.
- Que eu amo o ? - perguntou abismada e boquiaberta. - Eu não AMO o . Quer dizer, eu amo o , mas não AMO o . Entendeu? Ahh, você entendeu o que eu quis dizer! - Ela explicou nervosa e a outra apenas riu da reação desesperada da amiga.
- Entendi sim, , entendi que você não sabe lidar com o fato de que você ama o .
- Ah, cala a boca, Gysele! E se arruma logo, daqui a pouco já é meia-noite.

Nervosa, levanta da cama e vai se arrumar. Gy apenas ri da amiga e vai se maquiar. Na sala da casa, os rapazes já haviam começado a festa. Todos haviam chegado. Minutos depois, e Gy chegam à sala. Lucas ficou todo sorridente ao ver a Gy maravilhosamente bonita. estava linda também, usava um vestido que o lhe deu de aniversário. Ele, mais uma vez ele veio em seus pensamentos. Ela os espantou e foi ao encontro do namorado, . Bom, do então namorado, né? Ela queria terminar, mas não queria magoá-lo. Pensou em várias formas, mas nenhuma delas era suave o suficiente para não magoar o .

POV

Estamos na sala bebendo e comendo MUITO. Estou tentando tomar coragem para terminar tudo com o . Já passou da meia-noite então, FELIZ ANO NOVO! Seja muito bem-vindo 2018. Será um grande ano! Tenho certeza. Meu irmão, , e o estão fazendo um acústico das músicas da banda agora, aqui na sala. Todos estão cantando junto com eles. me olha o tempo todo, mesmo quando eu não estou olhando para ele eu sinto o olhar dele pesando em mim. me abraça por trás, ele é tão carinhoso, não duvido do amor dele por mim. O problema é que eu não compartilho do mesmo amor. O abraço acolhedor dele demonstrava parte do carinho que sentia por mim, porém eu estava alheia àquilo. Só pensava em como falar para ele que eu queria terminar. Essa será uma noite longa.

- Vamos sair daqui amor. - sussurra em meu ouvido. Meu corpo se arrepiou, mas não de prazer. Não sei explicar. Talvez tenha sido de susto. ~risos~
- Sim, vamos. - Disse sem nenhuma emoção. Ele estava visivelmente feliz por me ter ali com ele. Eu me senti a pior pessoa do mundo por não sentir nada de volta. Seria tão simples se eu sentisse o mesmo.
- Agora está melhor. Sem aquele urubu te olhando. - Ele falou e eu nem prestei atenção.
- Quem? - Perguntei dispersa.
- Não é nada, meu amor. - Despistou. Sentamos na varanda do andar de cima. Dali tínhamos uma linda visão da noite ali no bairro. - Está feliz? - Perguntou ele assim, do nada.
- Sinceramente – respirei fundo e soltei a verdade – Não.
- Como assim? - Ele me olhava sem entender sobre o que eu estou falando.
- Não estou feliz comigo mesma. Sinto que estou traindo você, . - Agora sim ele ficou bem confuso.
- Ex-Explica direito, , por favor. - Sua voz está trêmula. Meu coração está cada vez mais apertado dentro do peito.
- Eu não te amo, . Eu não sou capaz de amar você... – comecei a explicar, mas ele me interrompeu irritado.
- Como assim?! Quer dizer que nesses dias que passamos juntos você não sentiu nada? Como pode dizer que não pode me amar? Estamos apenas começando nossa vida juntos, ! Dá uma chance para nós dois! - Disse desesperado.
- Não dá, Bell, não dá. Eu não…
- Meu Deus, puta que pariu, ! É inacreditável, deixa de ser idiota e dá uma chance para gente!
- Não fala assim comigo, ! - Falei irritada com a grosseria dele.
- Só falando assim para você entender. Porra, eu te amo! Será que não existe nenhuma possibilidade de você me amar?
- Não. - Falei apenas olhando friamente nos olhos dele. - Não amando outra pessoa.
- É o , né? - Ele falou paralisado de raiva. Será que eu amo mesmo o assim como todos estão me dizendo que amo? Será que ele me amaria de volta?
- Sim. - Eu não tenho certeza. Eu não sei se devo amar o , mas eu disse que sim para que o parasse de resistir ao término. Nessa hora eu ouvi os gemidos de choro dele. Meu coração se despedaçou ainda mais.
- Ok. Tudo bem. Eu já imaginava mesmo. - Ele falou entre soluços e saiu da varanda indo em direção ao corredor interno.

Fiquei ali pensando durante alguns poucos minutos. Não podia voltar atrás, não depois de ter dito que amo o . Ah coração, queria que você fosse capaz de sentir algo pelo só para que eu não precisasse passar por isso. Para que ele não precisasse passar por isso. Tomei coragem e fui atrás do . Encontrei ele parado na escada olhando para baixo, calado, imóvel. Quando ia me aproximando tomei um susto tremendo. Um cara desconhecido, encapuzado e armado puxou pelo braço e o fez descer a escada. Eles desceram e, antes que me vissem, eu me escondi. Segundos depois me aproximei da sacada da escada. Vi que todos estavam na sala, sentados no sofá, alguns no chão, todos com as mãos na cabeça. Menos meu irmão, ele abraçava a Gy. Conhecendo ela como conheço, aposto que ela está bem nervosa e está quase tendo um ataque de medo. Fiquei abaixada para que não me vissem. Ao todo eram três bandidos: dois vigiavam meus amigos enquanto o outro estava pela casa pegando coisas de valor. O vi saindo da cozinha com o micro-ondas. Nossa, até isso estão roubando.
Meu disfarce ali não durou muito. Um dos caras que estavam na sala me viu. Na verdade, ele me ouviu espirrar. Maldita rinite. Maldita poeira. Ele subiu as escadas correndo, enquanto eu tentava fugir. Em vão, pois ele logo me encontrou e bateu a arma em minha cabeça, o que me deixou bastante tonta.

- Anda logo garota lerda! - Ele gritava enquanto me empurrava para descer a escada. Eu estava bem tonta por causa da pancada que levei. - Vai logo e fica quieta aí. Nada de gracinhas! - Ele disse após ter me empurrado ao lado do . Ele era um dos que estavam sentados no chão.
- Você está bem, ? - Ele sussurrou, preocupado.
- Sim, estou um pouco assustada, mas estou bem. - Sussurrei de volta. Ajeitei os óculos no rosto e tentei segurar o choro. Minutos tensos depois o outro bandido volta para sala novamente. Creio que eles já vão embora.
- Hey, você! - Falou um dos caras se referindo ao meu irmão. - Larga essa garota, ela vai enfartar por acaso? - Zombou.
- Ela está nervosa, está tremendo. Estou tentando acalmar ela. - Ele disse seguro em sua fala.
- Mais que frescura! - Ele falou enquanto se aproximava deles. - Vem cá que eu resolvo esse nervosismo dela num instante. - Ele sorriu malicioso e antes de encostar na Gy, eu berrei em defesa dela.
- Deixa minha amiga! Seu porco! - Berrei irritada. Todos a minha volta, me olhavam implorando para que me calasse. Eu estava fora de mim. Por dentro eu estava fazendo o mesmo que meus amigos: me mandando calar.
- Como é que é? - Ele se virou e veio caminhando em minha direção. - Que atrevimento sua vadia! Como ousa?! - Ele bufou irritado. Eu me encolhi em arrependimento pelo meu ato. Todos ali, os que me amavam, temiam pela minha vida.
- De-Desculpe. - Falei entre soluços de nervosismo. Eu ainda não estava chorando, mas estava quase.
- Sem desculpas queridinha. - Falou e apontou a arma para mim. - Você fala demais.

Ele disparou. Apertei os olhos, mas não senti a bala em mim. Apenas senti o peso do corpo dele sobre o meu. Abri os olhos devagar e vi caído em mim. Eu mal podia acreditar no que estava vendo.

- !!!! - Gritei desesperada ao ver que ele estava sangrando. Aquilo que era quase um choro virou um e meu coração estava chorando junto. Peguei ele em meus braços e ele me fitou. Mal conseguia ficar de olhos abertos.
- … - falou com a voz fraca. - Está tudo bem, meu amor. Está tudo bem agora. - Ele disse e eu caí em choro. Àquela altura os bandidos haviam fugido levando as coisas. ligou para ambulância.
- , por favor não me deixe! Não se vá, não assim, não agora! Agora não , justo agora! - Eu dizia desesperada.
- Meu bem mais precioso… - ele disse e estendeu a mão com dificuldade repousando em meu rosto. Inclinei a cabeça e repousei em sua mão. Ele enxugava minhas lágrimas. - Eu sempre vou te proteger, assim como jurei para mim mesmo que faria.
- Eu te amo, ! Te amo! - Trágico saber que meu coração e meu cérebro só se entenderam agora, neste momento triste com o morrendo em meus braços. - Nã-Não! Não me deixa sozinha. Não meu amor! Não me deixa sozinha aqui… - tive uns espasmos déjá vu, parece que eu já vivenciei isso antes. - Não me deixa sozinha , eu te amo! Não vai embora, por favor! Eu te amo . Eu te amo! - ele sorria em meus braços e eu apenas chorava.
- Eu também te amo, . Te amo muito e sempre te amarei. Não importa o que aconteça eu sempre te amarei. - Ele disse com a voz fraca e quase fechando os olhos. - Nunca te deixarei sozinha…

Últimas palavras. Ele fechou os olhos e sua mão caiu pesada sobre meu colo. Ele não resistiu. Ele morreu para me proteger, para me proteger da minha burrice. Aquela bala era para mim. Era para eu morrer no lugar dele!
Eu nunca imaginei que isso pudesse de fato acontecer. Como você pôde destino? Como pôde tirá-lo de mim desta forma. Tu fostes cruel comigo e com ele. Principalmente como ele, ao matá-lo. Agora eu me vejo aqui, sozinha novamente, sem ele para me ajudar. Sem ele para amar. Vai ser difícil viver sem ele, mas eu tenho que seguir em frente. Estou aqui agora, meu amor. Tu podes me ouvir? Que tolice a minha. Seus tímpanos não conseguem mais me ouvir, não conseguem mais ouvir ninguém. Não funcionam mais, pois agora ele está morto. Como eu queria ter ido no seu lugar… Ah, como eu queria! E eu merecia ter morrido no lugar dele! Porque aquela bala era para ter sido cravada em meu peito e não no dele.

FIM POV

Fim do Flashback.





O fim trágico se concluiu. morreu nos braços de sua amada . E descobriu tarde demais todo o amor que sentia por ele. Porém, o destino reservara um reinício para aquele casal. Para que fizessem diferente. Para que não cometessem os mesmos erros de antes. Isso tudo será possível graças ao anjo da guarda dos dois. Bom, acho que teremos que ter outra pausa para explicações, certo? Dessa vez, não será tão longo. Prometo!

POV

Minha cabeça dói tanto. Abri os olhos e está tudo muito claro aqui. Não sei onde estou. Eu estava com meus amigos, na casa da , estava tendo um assalto e aí o levou um tiro… Meu Deus, o que está havendo?

- ! Meu filho, venha ao meu encontro. Preciso lhe falar!

Uma voz misteriosa, imponente e grave ecoou por todo o lugar onde eu me encontrava. Acho que estou sozinho nesta imensidão. Eu e o dono desta voz. Mas, quem será que proferiu? Uma luz mais forte ainda atingiu meus olhos. Quando cessou a luz eu pude ver o dono daquela voz.

- O que é isso?! - Eu disse, ainda incrédulo do que via. - Sou eu, meu filho, meu querido . Minha melhor criação! - O dono da tal voz proferiu, orgulhoso em sua fala. Do nada apareceu um grandioso trono atrás dele, uma enorme mesa e mais uma cadeira que estava perto dele. - Venha, sente-se ao meu lado. - Ele apontou para cadeira vazia ao seu lado e eu fui caminhando devagar até ele. Sentei-me, desconfiado, temeroso do que estava acontecendo. É normal a gente temer o desconhecido.
- O que está havendo? Onde estou? O que aconteceu com meus amigos? - Eu falei, sem entender o que estava havendo. Ele deu um sorriso estonteante e começou a falar.
- Primeiramente, deixe-me apresentar-me. Eu sou Ele, o Criador de tudo, o Grande Senhor de todos, o Todo Poderoso Deus. - Ele disse imponente.
- Deus? Está falando sério? - Falei incrédulo e completei: – Eu morri? - Dó isso explicaria eu estar diante Dele.
- Não, meu filho. - Ele soltou um sorrisinho e completou num tom sublime: - Você foi enviado por Mim para Terra para cumprir uma missão. Não se lembra? - Missão? Mais que raio de missão? Como assim eu fui enviado pra Terra? Ah, eu estou pirando. Será que eu fumei alguma droga e não me lembro? Enfim…
- Não. Não sei se há algo que eu deva me lembrar.
- Ah, é verdade. Eu apaguei sua memória antes de lhe enviar pra Terra. - Ele disse lembrando-se do que fez como se fosse algo comum e totalmente normal. Mas era…
- Quê? - Antes que eu pudesse concluir qualquer pensamento, Ele tocou de leve em minha testa, me devolvendo todas as memórias. Foi então que me lembrei do meu dever. - Senhor! Perdoe-me pela falta de memória. Agora eu me lembro de tudo. - Eu disse me levantando e curvando-me diante Dele. - Falhei em minha trajetória. Eu deveria unir com o e tudo que eu fiz foi separá-los e o rapaz acabou falecendo. Tudo minha culpa Senhor, perdão. - Eu disse arrependido. - Mereço punição severa a respeito.
- Não se culpe tanto Anjo . - Ele disse me ajudando a levantar. Voltei a me sentar na cadeira ao Seu lado. - Você realmente falhou em sua missão de unir com o , mas… - Ele fez um leve suspense antes de concluir sua frase. - Eu resolvi dar uma segunda chance para todos vocês. Afinal, TODOS merecem uma segunda chance. - Ele disse num tom reconfortante. O que fez com que eu me acalmasse e perdoasse a mim mesmo.
- Uma segunda chance? Mas como, Senhor? E, por quê? - Questionei.
- Bom, primeiro que o destino deles é ficar juntos. De qualquer jeito. Portanto, você deve proteger os dois de todo mal. Segundo que estou dando uma nova chance a você, para que faça seu serviço direito. Errei em ter lhe mandado sem memórias da missão, isso fez com que sucumbisse à tentação carnal pela Aline. Isso não está certo meu filho. - Falou num tom me repreendo. E completou – Como Eu disse, todos merecem uma segunda chance na vida. Tanto você, como e merecem essa segunda chance. Esse novo começo.
- Obrigado, Senhor, não falharei dessa vez. - Falei com o peito inflado de orgulho e determinação. Dessa vez não falharei e protegerei os dois. - Como procederemos agora?
- Bom, Eu já “reiniciei” o tempo. – Fez um sinal de “aspas” com as mãos - Esse termo é esdruxulo, mas é a melhor forma de explicar o que fiz. - Ele disse revirando os olhos e continuou. - Neste momento, a festa de Ano Novo já passou e não houve o assalto. Dessa vez, ninguém se lembrará de você, , como ser humano.
- Então, ninguém se lembra que um dia me conheceu?
- Exato. - Continuou explicando: – e continuam amigos, muito amigos. O sentimento que sentem um pelo outro precisa ser despertado e é aí que você entra, meu filho. Dessa vez, você agirá invisível aos olhos deles. - Concordei com a cabeça. - Faça o que achar necessário para proteger eles dos acontecimentos futuros e dar-lhes força para continuar vivendo e lutando por um futuro melhor. Não vai ser fácil para eles. Haverá obstáculos dos quais não posso avisar-lhe, mas esteja preparado, certo? - Concordei novamente com a cabeça e Ele continuou – Pois bem, qualquer coisa não hesite em Me avisar, caso precise de ajuda.
- Espero não precisar Senhor. Não se arrependerá de ter me dado desta missão. Eu os protegerei de qualquer mal e unirei os dois.
- Eu não espero menos de você, meu filho.
Mais uma vez Ele usou um tom de orgulho na fala. Depois dessa conversa reveladora, eu recuperei minhas energias e fui enviado novamente à Terra para prosseguir com minha missão. Dessa vez eu não posso falhar, eu não vou falhar!

FIM POV

E assim foi feita à vontade Dele. Ninguém se lembrara de algum dia ter conhecido alguém chamado . E assim a história teve um novo começo. Muita coisa mudou.




Fevereiro de 2019.

O mês favorito da e de seu irmão finalmente chegou. Motivo: aniversário da . Ela estava feliz por completar 20 anos. Todo ano é uma celebração na casa dos pelo mês de nascimento da e dezembro, quando é o aniversário do , também é bastante comemorado.
Todos os amigos dos se reuniram no apartamento do , em São Paulo. Depois de concluir o curso de fotografia em Porto Alegre, ela se mudou para o apartamento do irmão em São Paulo. Não estava mais dando certo ela ficar sozinha em Porto Alegre e as viagens de para visitar a irmã estavam ficando muito mais caras a cada vez. Fazia um ano que morava lá e só conseguia chegar até a casa do irmão de carro, não conhecia muita coisa da cidade de São Paulo.

- Gente, obrigada por essa festa! Estou adorando. Vocês são demais, os melhores amigos do mundo! - disse propondo um brinde àquela situação. Nessa hora sai da sala e vai buscar o presente dela que havia deixado no carro.
- O cabeça de vento sempre se esquece de tudo. - Comentou para o .
- Normal. - Disse simplesmente. volta com um tigre de pelúcia enorme! Tigres são os animais favoritos da . E ele a conhecia bem.
- Meu Deus! Se superou cara! - falou elogiando o amigo.
- Para você, , feliz aniversário! - disse com um sorriso enorme no rosto. Radiante. O sorriso que deixava a desnorteada.
- Obrigada, ! Nossa, eu adorei! - Ela disse se levantando e indo pegar seu presente. Antes, ela deu um abraço forte no amigo. Ele fechou os olhos e aspirou o perfume dela. Ele amava aquele cheiro, era o cheiro dela. - Você é um amorzinho. - Ela disse no ouvido dele fazendo todo o corpo do rapaz se arrepiar.
- De nada, . Você merece! - Ele falou baixinho. Eles se afastaram e abraçou seu tigre de pelúcia com todo amor.

A festa prosseguiu. ganhou presentes de todos ali. Cerca de uma hora depois daquele momento, começou a sentir tontura. Ela havia comido bastante e estava hidratada. Por que estaria tonta assim? Levantou-se devagar e foi até ao banheiro lavar o rosto. Quando estava voltando para sala, sentiu-se pior da tontura e acabou desmaiando. foi o primeiro a ver a amiga cair desmaiada no chão e correu para socorrê-la. Todos ficaram preocupados e a levaram para o hospital. Lá, foi diagnosticado algo que a já tinha suspeitado.

- A paciente está grávida. - Disse o médico que atendeu a , como se não fosse nada. Algo normal a se dizer. - Foram feitos exames preliminares e constatou-se a gravidez de cinco semanas.
- Grávida? O senhor tem certeza doutor? - questionou abismado, afinal não sabia que a irmã estava se relacionando com alguém.
- Sim, como eu disse, a senhorita está grávida de cinco semanas. Ela deve iniciar logo o pré-natal para poder acompanhar a gravidez e relatar ao médico dela esse desmaio de hoje, para que ele fique atento a isso. - Completou o médico.

olhava para os lados, nervoso.
O quarto de estava cheio. Ele queria falar com ela sozinha, sabia que não podia confrontar a moça ali, na frente de todos. Finalmente ele se viu sozinho com ela. estava tão nervoso, sabia que aquela gravidez era um sinal de algo. Um sinal de que aquela noite havia gerado frutos.

- Eu sei o que vai perguntar. - disse apertando as mãos e estalando os dedos, como sempre faz quando está nervosa.
- É verdade então? - Ele perguntou intrigado.
- Sim. Pelo visto é sim. Só pode ser seu, . - Ela falou finalmente olhando para ele, que fez o mesmo. Suas expressões eram de medo, aflição, apreensão e nervosismo.
- Nosso. - Corrigiu ele aproximando-se da cama e segurando a mão dela. Ele sorriu forçado e ela fez o mesmo.

Eles haviam tido uma noite de amor na qual ambos dizem ter se arrependido, mas, no fundo, eles queriam mais e mais daquela noite. Para sempre.

Flashback de dois meses atrás. Mais ou menos.

POV

Já está tarde. Deve ser mais de 2a.m. e ainda estou acordado. Sozinho em meu apartamento, bebendo, fumando, pensando na minha vida e no amor não correspondido que sinto. Ah , se você soubesse o quanto eu te amo. Espantei os pensamentos e levantei do sofá onde estava. Fui pegar mais vinho, pois o desta garrafa já acabou. De repente, um susto: a campainha toca. Mais quem será a essa hora? Caminhei intrigado até a porta e olhei no olho mágico. Era ela. O que será que faz aqui sozinha uma hora dessas?

- ? Entra. - Eu disse ao abrir a porta. Ela estava cabisbaixa e chorando. - O que houve? Não era hoje seu encontro com o tal de Tiago? - Questionei. É, segundo ela, eles iriam a uma festa. não gosta de festas em boates, ela prefere reuniões com os amigos, cinema, um passeio no parque: programas assim são mais do agrado dela. Mas, incrivelmente, ela só arruma caras que gostam de ir pra baladas e ficar até tarde na rua.
- Eu posso ficar aqui hoje , por favor. - Ela perguntou com a voz embargada.
- Claro. Entra, vamos, entra logo. Está frio. - A noite em São Paulo estava particularmente fria como nunca havia estado. Ok, eu sempre digo isso, mas enfim. Estou acostumado com o frio. - Tem roupas suas aqui. Quer tomar um banho e se trocar? - Ela afirmou que sim com a cabeça. - Vai indo para o banheiro que eu levo as roupas. - Ela foi e eu fui buscar as roupas dela. Teve um dia que ela veio dormir aqui, pois faria exames médicos aqui perto, e da casa do demoraria mais para chegar. Teria que acordar mais cedo. Enfim… Peguei as roupas e levei até o banheiro. - Aqui , suas roupas. - Eu disse batendo na porta. Ela abriu, se escondendo atrás da porta, e pegou as roupas.
- Obrigada, . - Disse sorrindo.
- Não precisa agradecer, chata. Vai, toma logo banho. Vou preparar algo para gente comer. - Falei num tom animado tentando animá-la.

Na cozinha eu preparei uns hambúrgueres para gente. ama hambúrguer. E eu a amo. ~suspiro~ Preciso me conter. sabe do sentimento que tenho por ela. Só não tem noção do tamanho dele. Eu só me dei conta de que era extremamente grande o que sinto, quando ela apareceu com o primeiro namorado. Um tal de PJ. Isso nem é nome.
Ela terminou o banho e veio até a cozinha, onde eu estava fritando as carnes. Sentou-se no banco alto do balcão e fitou o mármore do mesmo. Pedi para ela cortar os pães. Ela fez e se manteve calada. Seus olhos ainda estavam vermelhos. Creio que tenha chorado no banho. O que será que aconteceu? Na certa o tal de Tiago fez alguma merda. só arruma babaca para namorar. Incrível. E não é meu ciúme que fala agora, é a realidade, tá legal? Enfim… Terminei de fritar as carnes e fomos para sala. Comemos e tomamos vinho. Eu já não estava mais bêbado. E ela estava começando a ficar. Foi então que nossa conversa começou a ficar um pouco quente demais.

- Ah, , eu adoro ficar aqui com você sabia? - disse, nitidamente bêbada. Ela deixou seu corpo cair sobre mim.
- Eu também, . Eu também. - Eu disse calmamente e me contendo para não falar nenhuma besteira que possa acabar com nossa amizade. - É melhor você ir dormir . Já está muito tarde e você não me parece bem. - Falei me levantando e tentando carregá-la comigo.
- Ahhh, , não seja chato! Está cedo ainda. - Ela deu um sorrisinho tão fofo. Para , pelo amor de Deus, ela é sua amiga. AMIGA. E está bêbada. Para de pensar besteira.
- Já passou das 4a.m. mocinha. - Falei e ela levantou o olhar pra me ver. Ah, esses olhos castanhos tão lindos. - Não me olhe assim, por favor. - Falei com a voz falha. Ela deu um sorriso de canto de boca e ficou desenhando formas com o dedo em cima de meu tórax. Subiu aos poucos os dedos até minha nuca e fez o mesmo. Um arrepio percorreu todo meu corpo. - … - minha voz estava falhando. Isso é indicativo de duas coisas: ou é medo ou excitação. Infelizmente era um misto de ambos. Medo de fazer alguma besteira e perder a . E excitação que sempre tive por ela. Engoli em seco.
- Por que não, ? - Ela falou ainda acariciando minha nuca, puxando de leve meu cabelo. - Por que a gente não pode tentar? A gente se gosta tanto… - ah, , para por favor. - E eu quero ficar com você. - Ela parou com as carícias e me encarou séria. A olhei de volta, ela pôs a mão quente em meu rosto e eu fechei os olhos respirando fundo. Ela foi aproximando sua boca da minha. Abri os olhos com o toque de sua boca na minha. Um selinho foi o suficiente para eu perder a cabeça.
- Vamos. Agora! - Num só movimento eu carreguei ela e a levei para o quarto. Nos beijamos intensamente.

Arremessei ela na cama. Ela me olhou de um jeito extremamente pervertido e começou a tirar a blusa. Tirei minha camisa e me deitei sobre ela. Aquilo tudo parecia ser tão errado e certo ao mesmo tempo. Minha mente pedia para eu parar, mas meus hormônios e músculos não obedeciam. Eu só queria tomá-la para mim. Eu só queria sentir o corpo desnudo dela no meu. Eu só queria sentir o prazer de dar prazer para ela. E foi o que eu fiz.
já estava quase gozando em minha boca, minha língua estava dentro dela dando investidas fortes e leves alternadamente. Quando senti que ia gozar eu parei. Ela não gostou muito e puxou meu cabelo em protesto. Fui rápido e penetrei nela de vez. Ela gemeu de prazer então aumentei os movimentos. Fixei meu olhar no dela, que fez o mesmo. Antes que pudéssemos pensar em algo, em qualquer coisa contrária, nós gozamos juntos. Ela arranhou minhas costas na hora e eu finquei minhas unhas no travesseiro que apoiava a cabeça dela. Ofegantes e felizes, nos olhamos e ali eu percebi o amor intenso que sinto por ela crescer mais (e eu achava que isso não fosse possível). Senti que ela tem sentimentos fortes por mim, dos quais eu nunca havia tomado conhecimento.

Fim do flashback. Tempos atuais.

Dessa noite maravilhosa que tivemos rendeu um fruto: nosso filho. Depois dessa noite prometemos que nunca mais faríamos isso. Nunca mais falamos sobre aqueles sentimentos e sensações que tivemos àquela noite. Como se não tivesse acontecido. Mas, e agora, será que cabe mantermos esse disfarce para nós mesmos? Será que ainda podemos ser somente amigos agora que teremos um filho?

[…]

Não demorou muito e o médico deu alta para . Fui com ela e até a casa dele. Decidimos que por enquanto não contaremos que eu sou o pai. não quer ter esse tipo de discussão com irmão agora. O que foi completamente inútil, já que foi a primeira coisa que Lucas perguntou quando chegamos no apê dele.

- Grávida. - disse respirando fundo, parecia estar bem irritado. - Quer dizer que você está grávida!? Posso saber quem é o pai do meu sobrinho? – Questionou bravejando com os braços abertos. estava sentada no sofá e eu na poltrona ao lado. andava de um lado a outro com as mãos na cintura.
- , por favor… Agora não. - Ela disse com a voz cansada. Tirou seus óculos e coçou os olhos com força. Mas que mania...
- Vai deslocar a córnea desse jeito. - Reclamei com ela que revirou os olhos pondo a língua para fora. tem uma mania insuportável de coçar os olhos, mesmo com a proibição da oftalmologista dela a respeito. – Cara... - eu disse me referindo ao . Resolvi ignorar a linguinha da Li - é melhor vocês conversarem sobre isso depois. A deve estar cansada. - Ela me olhou em aprovação e resolveu ceder.
- Tudo bem. - Ele disse conformado. - Mas depois vamos conversar direitinho, viu mocinha!
- Está bem, , ok. - respondeu revirando os olhos. - Eu vou para meu quarto. Preciso deitar. - Ela disse tentando se levantar. - Me ajuda, . - Ajudei ela a ir até o quarto. Ela deitou-se e fechou os olhos.

Deixei-a sozinha e voltei para sala.

- Cara, você sabe quem é o responsável por essa gravidez? - Eu mal havia chegado a sala e já me questionou sobre a gravidez da . Prometi para ela que guardaremos segredo por enquanto.
- Não sei cara. não me contou nada, creio que nem ela sabia que estava grávida. - Na verdade, ela já sabia e já havia me contado que estava desconfiada, isso foi há alguns dias. Antes mesmo do resultado do exame de sangue sair, ela passou mal e foi constatada a gravidez. - Mas relaxa cara, depois que ela descansar tenho certeza de que vai te contar tudo que aconteceu.
- Assim espero.

é um irmão hiper protetor. Daqueles que implicam com todos os namorados da irmã, sabe? Pois então, esse é o . O conhecendo bem, ele vai insistir até que a conte a verdade. Eu só espero que ele não fique bravo comigo nem com ela quando descobrir tudo.

FIM POV




POV

Minha irmã já está em casa após voltar do hospital por causa daquele desmaio. Grávida! Caramba, eu vou ser tio. Estou muito animado com a notícia, mas ao mesmo tempo apreensivo pelo fato de não saber quem é o pai da criança. Apesar de… Bem, eu tenho a impressão de que é o . Nada me tira da cabeça que ele e minha irmã tiveram ou tem um relacionamento mais íntimo do que eu achei que fosse. Eles pensam que me enganam… Coitados.

[…]

Alguns meses depois e ainda não me disse nada sobre o tal cara. Apenas falou que vai resolver com o pai da criança e depois me contará. Vou respeitar a decisão dela, mas eu sei que o pai é o . Está mais do que óbvio. Enfim… Sobre a minha vida… Bem, antes estava ruim. Eu terminei com a , estava namorando com ela há quase dois anos, mas descobri uma traição da parte dela. Resolvemos terminar, apesar de no fundo sabermos que ainda há muito sentimento entre nós.

- Oi, amoooor!! - Eu disse ao abraçar minha irmã. Estou feliz hoje, apesar de ainda pensar na com saudosismo e muito amor, estou namorando de novo. Ela se assustou ao me ver pular nas costas dela.
- Que susto, ! - Ela disse rindo e alisando a barriga de cinco meses de gravidez. O tempo voou. - O que aconteceu para você estar tão feliz assim?
- Maninha! - Disse empolgado carregando ela para cima. - Encontrei o amor de novo! - Dei uma volta e a coloquei no chão.
- Nossa. - Ela disse sem empolgação alguma. Eu sei que ela está feliz por mim, mas ela sabe que eu ainda amo a e que esse amor é recíproco. - Que bom mano. Fico feliz por você.
- O nome dela é Nicolle! Uma linda mulher que conheci. Ela também é do Sul e vem jantar aqui hoje para vocês se conhecerem. - fez uma expressão de espanto. Aposto que por dentro ela pensou “seu filho da puta, como assim jantar hoje? Assim tão rápido!? Seu bicha idiota!”, mas ela apenas disse…
- Que ótimo, ! Vou me arrumar então. - Disse com um sorriso falso e forçado nos lábios.

foi para o quarto dela e demorou para voltar. Nesse meio tempo a Nicolle chegou. Ela é do tipo modelo extremamente magra (dá até para ver os ossos, sério), expressões marcantes e um cheiro muito bom. Ela já chegou me beijando e eu não pude resistir. Estou encantado por ela, confesso.

- Que bom que veio, meu bem! - Eu disse ao separar nossos lábios. - Daqui a pouco minha irmã vem, ok.
- Ok, amor, olha – ela disse estendendo uma sacola de loja infantil – trouxe um presente para o bebê dela.
- Ahhh, não precisava, amor, mas obrigado pelo presente. Ela vai gostar. - Minutos depois, minha irmã aparece na sala com um lindo vestido. Ultimamente, por causa da gravidez, ela tem usado mais vestidos e saias. Segundo ela, são mais confortáveis.
- Boa noite! - Ela disse radiante e aproximando-se de nós. - Demorei, mas estou aqui.
- Maninha! - Eu disse me levantando e abraçando ela. - Está linda! - Dei-lhe um beijo na testa e outro na barrigona. Desconfio que tenha mais de um bebê aí dentro. O ultrassom para saber o sexo será semana que vem. Estou ansioso. Percebi certa tensão no ar. Entre minha irmã e a Nicolle, mas preferi ignorar. - Ni, esta é minha irmã . Maninha essa aqui é a Nicolle, minha namorada. - Apresentei as duas que apenas sorriram uma pra outra. Nada de apertos de mão ou beijos. É, elas não se gostaram. Isso eu notei. - Bom, eu vou ver se o jantar está pronto. - Saí da sala e deixei elas sozinhas.
- Sabe de uma coisa – Nicolle disse assim que eu saí da sala. - Eu não gosto nada de dividir meu namorado com parentes, sabe. - olhou para ela com a sobrancelha arqueada. - Portanto, se pensa que vai ficar grudada no meu está muito enganada!
- Quê? Não entendi o motivo da agressão gratuita. Escuta aqui… - antes que tomasse ar para revidar, Nicolle prosseguiu com as ameaças.
- Escuta aqui você: fica longe do , entendeu?!
- Ora sua! - perdeu a cabeça e partiu para cima da Nicolle. Eu cheguei bem a tempo de evitar um desastre. Consegui conter minha irmã e separei a briga das duas.
- O que aconteceu aqui, hein?! - Eu disse sem saber de nada e bem confuso.
- Sua irmã me atacou ! Não sei o que deu nela! - Nicolle se fez de vítima, eu não sabia que ela tinha provocado minha irmã e fiquei do lado dela.
- ! - Repreendi ela.
- Mentira, ! Ela que veio me ameaçando, disse que era para eu ficar longe de você! Foi ela quem começou. - disse desesperada por atenção.
- Chega! Não quero saber! - Eu falei irritado. Ajeitei meus cabelos e minha camisa e proferi. - Vamos jantar. Sem brigas!

Fomos todos para a mesa jantar. Ficamos em silêncio por bastante tempo, até que a Nicolle me pediu o sal. pegou o sal, abriu e jogou na cara da Nicolle. Foi engraçado, confesso. Mas ela não poderia ter feito aquilo. Briguei com ela e bati forte na mesa. Ela saiu dali irritada e foi para o quarto. Pedi desculpas pra Nicolle, terminamos de jantar e ela foi embora. Tomei mais alguns goles de vinho e fui atrás da minha irmã.

- , abre a porta! - Falei batendo na porta do quarto dela. - É sério, , por favor abre a porta. Prometo não brigar com você. - Falei, mais calmo, e ouvi ela gemendo. - Está tudo bem, ? Abre a porta. - A porta estava trancada, mas eu consegui arrombá-la depois de muito esforço. Ela estava caída no chão com as mãos na barriga.
- Me ajuda, ! - Consegui ouvir o pedido dela. - Está doendo, , minha barriga está doendo. Me ajuda, me leva para o hospital. Chama o , chama ele! - O ? Fiquei com medo. nunca pede para ir ao hospital se realmente não estiver passando muito mal.

O médico da disse que era para ela evitar se exaltar, evitar aborrecimentos, pois isso poderia elevar sua pressão ocasionando desmaios. Conseguimos evitar isso por cinco meses, mas agora acho que a presença da Nicolle inflamou os nervos de minha irmã. Liguei para o que, assim como eu, ficou bem preocupado. Disse para ele ir direto para o hospital que eu já havia ligado para ambulância. Em pouquíssimo tempo a ambulância chegou e fomos para o hospital. Cheguei lá e já estava na sala de espera. Usou tele transporte, foi cara?

- O que houve? - Ele me perguntou apreensivo. foi levada para emergência e ficamos ali esperando. se aproximou da minha irmã após essa gravidez. Ele está agindo como um companheiro para ela, o que reforça minha desconfiança.
- Ela se irritou com minha namorada, num jantar que tivemos hoje e acabou sentindo dores. - Falei suspirando. - Isso é culpa minha, eu deveria ter evitado esse encontro.
- Calma, cara, o importante agora é a saúde da e do bebê. - Ele disse tentando me acalmar.
- Tem razão. - Falei ao me sentar ao lado dele. - - falei num impulso -, você é pai do meu sobrinho, né? - Ele ficou BRANCO, juro. é amarelo de nascença, mas agora ele está mais branco que uma folha A4 limpa.
- E-Eu? Pai do filho da ? Que isso , de onde tirou isso? - Falou nervoso.
- É, você é pai dele sim. Sem dúvidas. - Falei tranquilamente, o que fez com que ele ficasse ainda mais nervoso.
- Cara… - ele disse derrotado – Não fala pra que te contei, por favor.
- Sabia! - Falei vitorioso. - Por que diabos ela está escondendo isso de mim?
- Não sei. Acho que está com medo da sua reação.
- E por que você escondeu isso de mim, cara? Somos amigos há anos! - Falei dando um soco no ombro dele.
- Acho que pelo mesmo motivo. - Ele sorriu fraco. - Você sabe que eu amo sua irmã, né?
- Sei. Sei sim e ela também te ama muito, apesar de dizer o contrário. - Falei e rimos. - Fico feliz de ser VOCÊ o pai do meu sobrinho. Sei que ele e minha irmã estarão em boas mãos.
- Obrigado, ! - sorriu e nos abraçamos.

FIM POV

Os amigos ficaram ali na sala de espera aguardando notícias da , que ainda era atendida na emergência. Ninguém sabia, mas ela poderia perder o filho se não fosse atendida com rapidez. O anjo acompanhava tudo de perto, cuidando para que não perdesse a criança. Ficou o tempo todo ao lado dela no quarto onde os médicos tentavam conter o sangramento que ela teve. acariciou a barriga dela, a criança sentiu a presença do ser angelical e se acalmou. O sangramento cessou e não corria mais risco algum.

- Vocês são parentes de ? - O médico que atendeu ela perguntou para os rapazes que estavam apreensivos por notícias.
- Sim, sou irmão dela. Como ela está, doutor? - questionou.
- Estão todos bem. Conseguimos conter o sangramento e está tudo bem com ela e os bebês. - O médico disse sorrindo e ficou com uma cara de interrogação.
- Bebês? Plural… Quê? - falou com os olhos arregalados.
- Sim, a senhorita está grávida de gêmeos! Parabéns! – O médico deduziu que o era o pai. Deduziu certo.
- Meu Deus… gêmeos! - mal sabia o que falar. Ele seria pai de gêmeos.
- Minha irmã já sabe?
- Sim e ela está radiante com a notícia. Pediu para falar com vocês dois. Me acompanhem, por favor. - O médico disse e os rapazes o acompanharam até o quarto da .
- São dois meninos ou duas meninas doutor? - questionou. Naquele momento ele estava se contendo para não rir da reação do ao saber que será pai de dois filhos de vez.
- Duas meninas. - “minhas meninas”, pensou sorrindo. - Fiquem à vontade. Eu já volto com os papéis da alta da paciente.
- ! - foi o primeiro a entrar e foi direto beijando os lábios da . ficou parado na beira da cama dela, sorrindo ao ver os dois se beijando.
- ! - disse ao separarem os lábios. - Meu irmão está aqui. - Disse preocupada com a reação do .
- Ele já sabe, . Já sabe de tudo. - disse rindo e rindo mais ainda.
- Está tudo bem, maninha, eu já desconfiava que vocês dois tinham um caso bem antes de sabermos da sua gravidez. – ele disse e deu um beijo na testa da irmã. – Parabéns, meu amorzinho!
- Obrigada! - Ela disse e começou a chorar. - Já souberam?
- Sim!! Você acha que o está com essa cara de idiota, por quê?
- Nossas filhas, duas meninas! Estou tão feliz, . - disse e deu outro beijo na boca de .
- Eita, são muitos beijos para um dia só! - Brincou . Todos riram.

Não demorou muito para a alta da . Todos os amigos próximos souberam das novidades. Das gêmeas e do pai delas ser o . “Eu já sabia!”, disse ao saber da notícia. foi escolhido para ser o padrinho das gêmeas, ele aceitou de imediato, está muito feliz pela irmã. O casal, e , se acertou finalmente. Estavam namorando. Ele visitava quase todos os dias e acompanha de perto a gravidez da namorada. Um dia, e os outros membros da banda estavam na gravadora para acertar detalhes do novo CD que seria lançado em breve. não estava indo para faculdade, havia trancado o curso e retomará quando as gêmeas nascerem. Por recomendação médica ela fica de repouso em casa, ainda mais agora com a aproximação do nascimento das gêmeas. conversava, animada, com sua amiga pelo Skype. Ambas confabulavam sobre a namorada do , da qual ambas odiavam. A começar pela .

Aff odeio aquela garota


Eu sei amiga, todos odiamos. -.-
Eu quero saber mesmo é do seu irmão. Como ele está? Estou morrendo de saudades dele :(

Ahhh, amiga, eu sei que está :/
Ele está bem. Está no estúdio agora, com os meninos, vendo o lance do CD novo.
Ele ainda pensa em você, sabia?


Ahhh, miga, não me ilude!

Não estou te iludindo miga, é sério. Ele troca seu nome quando fala da vaca testuda lá.


Vaca testuda AHUSHDUAHDUSAHDUAHS melhor apelido
Sério?

UASHDUHASD
Sim, sério!
Meu irmão é um idiota, mas ele te ama.
<3


E eu o amo demais!
Ahhh eu achei o facebook da testuda.
Ridícula!
Viu que ela falou mal de ti?

Mentiraaaaaa!!
Que vadia!
Ela falou oq de mim?


Que odiava a nova cunhada dela e que você só quer tomar o dinheiro do “macho dela”
Não sei de onde ela tirou que o é dela, né?
Me poupe

Que audácia cara!
Meu irmão precisa terminar com ela. URGENTE!


Oq podemos fazer?
Aquele bicha tá apaixonado. .-.
Eu sei que eu errei traindo ele, mas porra cara… Eu tô arrependida e nunca quis roubar o dinheiro dele. Ao contrário do que aquele projeto de ET está fazendo.

Projeto de ET AISUHDUASHDUHSADU PQP
Pois é amiga, eles precisam terminar!!!
Não aguento mais aquela vaca vindo aqui e me bajular na frente do , mas por trás ficar me ameaçando.


Pq não conta pro !?

Acha que aquele imbecil acredita?
Acha que é exagero meu.
Ah tá
Morro de raiva!


Calma amiga! Olha minhas afilhadas aí hein!

Siiiiim minha comadre <3
7 meses já <3
Tô louca pra elas nascerem logo
AUSHDUSAHDAS
Não aguento mais estar grávida. É muito cansativo!


Ai amiga, que horror

É sério!
Amo minhas meninas, mas eu tô tão cansada. Quero vê-las logo, abraçar, morder!
Não vejo a hora!


Entendo amiga
Também não vejo a hora de ver minhas afilhadas lindas *-*


O papo entre as amigas durou o resto da tarde.




Por volta das 17h, e chegam em casa. e haviam combinado de ir jantar num restaurante novo que abriu perto da casa dele. Ela se arrumou para sair com ele. Usava um vestido que Gy te deu de presente. Um lindo vestido verde água que ia na altura dos joelhos, realçava bem sua barriga de sete meses de gravidez. No caminho para o restaurante, eles tiveram uma conversa bem tensa.

- O que quer que eu diga, !? - perguntou quando lhe questionou sobre o amor que ela sente por ele. Depois de todo esse tempo, ainda não havia dito o tão esperado “eu te amo” para ele. Isso o incomodava um pouco.
- Quero que seja sincera comigo e com você mesma, só isso. - Ok, isso o incomodava bastante. Ele estava nervoso e segurava o volante com muita força. - Só quero que você me diga o que sente por mim.
- Eu gosto de você . Gosto muito… - foi interrompida bruscamente pelas ríspidas palavras de .
- Pois eu estou cansado desse gostar! - Ele gritou. Ela apenas calou-se e recuou no banco o olhando com os olhos arregalados de medo. nunca havia gritado com ela. - Estou cansado! Eu estou sempre ao seu lado, sempre! E você não sabe me dizer se me ama ou não? Puta merda! Como pode mentir assim para si mesma? Está na cara que você me ama e você fica negando a droga do sentimento! PARA DE NEGAR ESSE SENTIMENTO, ! - nunca chamava ela pelo nome e isso a incomodou. Ela começou a chorar.
- , eu… - mais uma vez ele a interrompeu.
- Já chega! Eu estou farto! - Bateu mais uma vez no volante com muita raiva. Num momento de puro descontrole emocional, ele parou o carro no acostamento perto do restaurante, e proferiu sem olhar para ela. - Desce do carro. - o olhava sem entender o porquê daquela atitude dele. A voz de saiu embargada de raiva e ressentimento.
- Ta- eu não sei andar direito por São Paulo. Não sei como chegar na casa do . Por favor… - ela não sabia realmente chegar na casa do irmão. Estava com pouco dinheiro em mãos, não suficiente para um táxi. Sem internet no celular, o que a impossibilitava de pedir um Uber para voltar para casa do .
- Desce do carro, ! - Falou ele com mais firmeza que antes. Destravou a porta do carona e aguardou que ela descesse. O anjo observava aquela cena ali bem perto, ele estava no banco detrás do carro vendo tudo. Ele sabia que algo de ruim poderia acontecer e resolveu seguir eles. - Eu não vou pedir novamente.

Pela última vez, deu o aviso. Magoada, pegou sua bolsa e desceu do carro. Atravessando a estrutura do carro, anjo saiu do mesmo e parou ao lado dela. Assim, arrancou dali com o carro e se perdeu na escuridão. colocou uma das mãos sobre o ombro da , que estava muito nervosa e chorando, aos poucos foi se acalmando. O toque do seu anjo da guarda fez com que ela retomasse a calma. Nervosismo não faz bem para gravidez dela e ele também sabia disso. ligou para o irmão, para que a buscasse, mas quem atendeu foi sua cunhada.

- O que quer, chatinha? - Nicolle atendeu o telefone do namorado com um tom de deboche.
- Nicolle? - Estranhou . - Cadê meu irmão? Preciso da ajuda dele urgente! - Pediu , ignorando o fato da Nicolle ter atendido o telefone do irmão.
- Ele está no banho, não pode te atender agora. - Disse a outra.
- Avisa para ele que eu preciso de ajuda agora, é urgente! - estava desesperada. Precisava falar com o irmão, mas no fundo ela sabia que Nicolle não daria nenhum recado para o .
- Ok, eu aviso. Tchau! - A outra disse e já foi desligando.
- Espera! - Antes da falar algo, a ligação já havia caído.

Como já era esperado, Nicolle não deu o recado para o . E ainda apagou a ligação da do histórico do celular dele. Nervosa, começou a andar pela calçada pouco movimentada, com medo de que algo acontecesse a ela. Anjo estava o tempo todo ao seu lado para protegê-la de qualquer perigo. Uma coincidência acontece. passa de carro e avista a amiga. Uma coincidência chamada Anjo .

- ? O que faz aqui sozinha? - pergunta ao abaixar o vidro do carro.
- ! - Ela diz num tom de alívio ao ver o melhor amigo. - Que bom te ver! Me ajuda, me leva para casa, por favor! - Ela pede e já entra no carro.
- Claro! Mas o que aconteceu? - Ele arranca com o carro, enquanto isso explica o que aconteceu para ele. - Nossa! - Exclamou – Como ele pôde fazer isso com você?
- Ele estava transtornado. Não sei o que deu nele, mas eu posso imaginar a angústia que ele sente. - disse e ajeitou os óculos no rosto, após ter enxugado as próprias lágrimas. - Não briga com ele, ok? - Ela pediu para o amigo/irmão e o mesmo afirmou que sim com a cabeça.
- Tudo bem, meu amor. Não vou brigar com o .

Eles chegaram ao prédio onde mora com a irmã. Subiram até o apartamento deles, abriu a porta e estava na sala com a namorada. Ele estranhou a irmã ter chegado com o e questionou. ficou tão irritada ao ver que Nicolle ainda estava lá, que foi direto para seu quarto e se trancou lá. explicou o que houve, inclusive da ligação que fez para o e que a namorada dele não repassou o recado. ficou furioso com ela que deu uma desculpa qualquer para o namorado. Obviamente ele acreditou nela, não sei porquê. deu de ombros com a cegueira do amigo e foi para casa dele. Nicolle também foi para casa e tentou falar com a irmã. Em vão, pois ela não abriu a porta. Dentro do quarto, chorava de raiva do irmão e da Nicolle, mas também do . Ela entendia a angústia dele, mas isso não justificava a atitude do rapaz para com ela. dormiu e sonhou com suas filhas, com seu irmão e com o . Ah, como ela gostava dele. Ela o amava sim, mas tinha um medo. Não de ser rejeitada, mas de não dar certo o relacionamento. Medo de perder ele. Ela era pouco experiente em namoros, os poucos que teve terminaram por traição deles. O que fez se magoar muito, mas seu grande amigo sempre estava ali para te ajudar. sempre esteve com ela. Sempre ao seu lado apoiando sua amada.
No dia seguinte, um sábado, estava marcado uma sessão de filmes no apartamento dos Silveira. finalmente deixou seu quarto e conversou com o irmão. Ele perguntou sobre o ocorrido e ela disse que agora já estava tudo bem, que precisava conversar com o . Contou também sobre seu medo de perder o , o medo que ela não sabe, mas que vem de um outro momento da vida dela que foi apagado de sua memória.
Enquanto preparava os filmes para a sessão, tomava banho e se arrumava para receber os convidados. Para receber o . De dentro de seu quarto ela ouviu a voz dele vinda da sala. Já tinha passado do horário combinado previamente. Pontualidade não era o forte do rapaz.

POV

Hoje estou mais calmo. Ontem eu estava completamente fora de mim. Eu não queria fazer aquilo com ela. Eu não podia fazer aquilo com ela. Fui um canalha. Ontem conversei por telefone com o , ele me disse que estava muito chorosa e não quis te dizer o que houve, mas que havia lhe contato tudo. Pedi desculpas pelo que fiz. Ele entendeu, mas disse que me bateria se eu fizesse novamente algo semelhante. Eu me bato se eu fizer algo semelhante.
Cadê ela hein? Aposto que ainda está se arrumando. Ela ficou bem vaidosa depois da gravidez. Vaidade essa que não existia muito antigamente. sempre foi simples ao se vestir, usava no máximo um batom (e olhe lá), pouco perfume e arrumava o cabelo como queria: de qualquer jeito. Do jeito que ela estivesse a fim naquele dia. E eu sempre amei o jeito dela, porque é só dela.
Conversei com todos. Gy, , e a namorada do já estavam lá. De repente, aparece na sala. Senti o cheiro dela de longe. Continuei bebendo meu vinho enquanto observada o caminhar dela na direção do sofá. Ela cumprimentou a todos e eu a segui a cada canto. Finalmente ela veio falar comigo.

- Oi. - Ela deu um beijo de leve em meu rosto. Fechei meus olhos e respirei seu perfume.
- Oi, amor – Eu disse num sussurro.

Eu senti que o corpo dela estremeceu. A sessão de filmes começou. sentou-se ao meu lado. Fiquei com um dos braços repousado em seu ombro. Percebi que ela estava sem jeito. Comecei a acariciar sua orelha esquerda com movimentos suaves. Ela adora quando faço isso. Ela apoiou a mão em minha perna. A quentura de sua mão me fez arrepiar. Foi então que começou a acariciar minha perna. Olhei para ela, mas ela apenas repousou a cabeça em meu ombro. Confesso que não estou prestando atenção no filme, que já acabou aquele que estávamos vendo antes, agora está passando outro filme. Nem notei. Todos os sentidos do meu corpo estavam concentrados nos movimentos da . Ela subia a mão até perto da minha virilha e apertava de leve. Cara, eu estou ficando louco. Juro! Sussurrei em seu ouvido para irmos para o quarto e mordisquei sua orelha. Ela me olhou de um jeito safado e levantou do sofá. Caminhou na direção do quarto dela, antes de se perder no corredor ela virou-se para me ver e piscou para mim. Wow! Oficialmente, estou louco! Cheguei ao quarto dela, segundos depois. estava deitada na cama e eu me aproximei. Deitei-me e comecei a beijar o pescoço dela.

- O que quer de mim, hein, ? - Ela disse enquanto eu beijava o pescoço dela.
- Como assim? - Me fiz de bobo e continuei beijando ela.
- Está me tentando. guri, não sei se consigo resistir as tuas investidas em mim. - Respondeu ofegante. Ela estava adorando os beijos e também as passadas da minha mão em sua perna.
- Ah, você percebeu foi? - Parei por um instante e a fitei sorrindo.
- Percebi.
- Só quero que me perdoe por ontem. Fui um idiota completo contigo. - Eu disse com o olhar fixado no dela.
- Já passou, . - Ela disse sorrindo e selou nossos lábios.
- Esperarei por ti. Eu sei que um dia você vai me dizer, basta eu esperar. O importante é que eu sinto que você me ama e isso para mim já é o suficiente.
- Eu te adoro, guri!
- E eu te amo!

Abracei-a forte. Envolvi meus braços em seu tronco e apertei ela contra o meu. Não foi um abraço completo, pois a barriga dela está enorme. Nossas meninas ocupam bastante espaço dentro dela. Nós não transamos. Queríamos, mas não transamos. Ficamos somente nas carícias maravilhosas. Em meio a uma delas, as meninas se mexeram dentro dela. Tomei um susto bom.

- Sentiu? - Ela perguntou animada.
- Sim! Estão se mexendo. Não querem que a gente transe, . - eu disse brincando e ela riu.
- Seu bobo!

Ficamos curtindo um pouco aquele momento antes de voltarmos para sala. Ela sentou-se no sofá e eu fui na cozinha pegar mais vinho para mim.

- Estava aonde, hein? - disse ao entrar na cozinha.
- Nossa! - Eu disse assustado. Não tinha percebido a aproximação dele. - No quarto com a . Estamos bem de novo.
- Estavam se agarrando, né? - Disse de braços cruzados.
- Claro! Ela é minha namorada, esqueceu? - Eu disse o óbvio.
- Não esqueci. Hahaha é brincadeira. Que bom que estão bem de novo.
- Valeu, cara.

é um bom cunhado. Às vezes ele banca o irmão super protetor e ciumento, mas é um bom cunhado. Voltei para sala e sentei-me novamente ao lado dela. Minha ! Aquilo que disse para ela é verdade, eu sinto que ela me ama. Não precisa ela dizer. Mas se ela disser eu serei o cara mais feliz.

FIM POV





Os amigos seguiram com a tarde de filmes. Ao fim dela, todos voltaram para suas casas, menos Gy que ficou para tentar conversar com o . Tentar algo a mais. Porém ela foi surpreendida por uma visita inesperada. Nicolle entra no apartamento, atrapalhando o animado papo que Gy tinha com o amado. A outra logo selou os lábios com os do namorado. Gy ficou sem graça e quis ir embora, mas antes foi confrontada pela Nicolle.
[n/a: as cenas a seguir são um oferecimento a minha queridas amigas Jully e Gy, tirei isso de uma conversa que tivemos milênios atrás, a respeito de uma ex-namorada do crush dela (o , da Fresno). Para quem é fã, estamos falando da Nicolle (aquela que era namorada dele) ]

- Oi, querida. Não conheço você... – disse Nicolle num tom extremamente esnobe. A garota usava um salto alto, fino, e uma bolsa pendurada no braço mais fino que o salto. Parece o Puro Osso do desenho Billy e Mandy, dizia sobre a cunhada, o que fazia sua amiga Gy cair no chão de tanto rir. - É amiga do meu ?
- Ni, essa aqui é minha amiga Gysa. - percebeu o clima tenso no ar e interrompeu o encontro das duas que estavam quase se matando com o olhar. - Na verdade, ela é amiga da minha irmã. - Então eu sou só a amiga da sua irmã, né, seu idiota?!, pensou Gy morrendo de raiva.
- Tudo bom, querida? - Sorriu falsamente e estendeu uma das mãos na direção da Gy.
- Tudo ótimo. - Gy apertou a mão da outra, mal ficaram um segundo de mãos dadas.
- Ni, tu veio fazer o que aqui, hein? - disse e a outra se virou para o namorado jogando os cabelos na cara da Gy. Ela apenas fechou os olhos e respirou fundo. observava toda aquela cena atrás da amiga, torcendo para que não acontecesse nenhuma briga. - Eu te chamei ontem e você disse que não queria vir para sessão de filmes.
- Saudades de ti meu amor! - Nicolle inclina a cabeça para trás e faz biquinho. sela seus lábios. Percebendo que a amiga faria alguma besteira a qualquer momento, chama atenção da amiga.
- Gy! Gy! Preciso de você, tenho que te contar uma FOFOCA daquelas! - puxou a amiga pelos braços e tentou arrastá-la de lá. Gy não resistiu.
- Vamos para o seu quarto, então. - Sorriu sem graça e as duas foram para o quarto da Silveira.
- Tá louca? - fala após trancar a porta de seu quarto. Gy se joga em sua cama e põe as mãos no rosto.
- O que eu fiz de errado? Queria matar aquela vaca, isso sim. Me agradeça por eu não ter feito. - debochou Gy num tom de raiva.
- Ai amiga, calma. Não é assim que você vai ter meu irmão de volta.
- Essa espera está me matando, amiga.
- O que está me matando é a falsidade da Nicolle. O que foi aquele ‘querida’? Deus… - revirou os olhos e sentou-se ao lado da amiga.
- Tenho tanta raiva dela e do seu irmão também. Aquele bicha sem vergonha. Idiota! Às vezes acho que ele faz tudo isso para me punir pela traição. Só pode.
- Meu irmão te ama, sua boba. - disse rindo e completou. - O problema é que realmente ele é um bicha sem vergonha. E idiota também. Tenho que concordar.

As amigas ficaram ali deitadas rindo e falando mal da Nicolle. Enquanto isso, ela e estavam na sala namorando. Gy tentava ignorar este fato.

Algumas semanas depois…

A tão esperada hora do parto das gêmeas se aproximava. e estavam doidos para ver suas filhas e poder pegá-las no colo. tentava evitar se aborrecer pois, toda vez que acontecia isso ela passava mal e sentia dores. Ela estava em seu quarto na companhia de sua amiga Gy quando a campainha toca. Era Nicolle visitando seu namorado. Muito bem-vestida, Nicolle adentra ao apartamento e senta-se no sofá.

- ! A Nicolle está aqui, vem cá! - grita da sala para que sua irmã vá até a sala.

POV

Não acredito! Toda vez que essa insuportável vem aqui o me obriga a ficar fazendo sala para ela. Ah, me poupe! Ele não vê que tudo que ela quer dele é o seu dinheiro? tá ganhando bastante com os shows da banda com os meninos e também com seu projeto solo.

- ! Vem cá! - grita novamente. é a sua mãe!
- Estou ocupada, ! - Gritei de volta e depois caí na risada junto com a Gy.

É claro que eu não estava ocupada, mas o fato era que eu não iria na sala enquanto aquela aproveitadora de irmãos estivesse lá. ficou irritado, pois sabe que estou mentindo. Ele sabe perfeitamente que eu odeio a namoradinha dele e o que eu penso desse relacionamento descabido que eles vivem. É óbvio que o não gosta da Nicolle e que só está com ela para fazer ciúmes na Gy. Está dando certo, pois minha amiga está morrendo de ciúmes, porém ele só está se magoando com essa história (fora a grana que ele está gastando com ela, mas enfim). E Nicolle se aproveitando disso tudo, como sempre. Nicolle me provoca o tempo todo, não aguento isso. Principalmente quando meu irmão está perto. Não há sanidade que se mantenha com ela por perto. E a minha já se foi faz tempo. Fui com a Gy até a sala, pois ela já ia embora. Infelizmente, Nicolle ainda está aqui.

- Cheguei! - Eu disse animada. olhou para me e sorriu.
- Maninha! Finalmente! - Ele disse feliz ao me ver. Parecia até que não me via há dias.
- Estava arrumando as coisas das meninas. Gy estava me ajudando.
- Amiga, eu já vou, ok? - Gy me disse sem graça com a presença da Nicolle ali.
- Não, Gy, fica! Dorme aqui comigo, por favor. - Implorei mais uma vez a ela.
- Tenho que ir amiga. Outro dia eu durmo aqui com você.
- Fica, Gysinha. - disse fazendo todos os olhares da sala se voltarem para ele. - Faz companhia para minha irmã, por favor. - Nicolle não gostou nem um pouco desse apelido que o falou. Era o apelido que ele deu para ela quando namoravam.
- Vem cá, Gysa, – Nicolle disse o nome dela num tom debochado e continuou – você foi namorada do MEU ? - Deu ênfase no ‘meu’. Oh querida, ele não é nada seu.
- Nicolle isso não vem ao caso agora. - falou sério.
- Deixa, , eu respondo. - Gy disse e respirou fundo. - Sim, eu fui namorada do . Por que quer saber?
- Nada. Queria saber quem foi a louca que traiu o meu chuchuzinho. Tu és louca por acaso? - Debochou a outra insuportável.
- Graças a Deus, não sou igual a você. - Uiiii, amo minha amiga. Nicolle se levantou e ficou cara a cara com a Gy. levantou-se também. E eu estava ali em pé: rindo.
- Nervosismo em excesso é sinal de insegurança, sabia? Por isso que seu namoro com o não durou muito, tu és muito insegura e nervosinha. Só fiz um comentário garota.
- Olha só quem fala, garota… - Gy disse pausadamente e prosseguiu – Quase que expulsa a irmã do daqui a pontapés. Não pensa que me esqueci disso, está bem, garota?! - Nicolle engoliu em seco. - Você tem ciúmes da , ela é irmã do . Não é uma ameaça para você, sua louca insegura.
- Não se meta em coisas que não lhe pertencem mais. - Falou Nicolle firmemente. - Não tenho culpa que você jogou fora uma chance de ouro.
- Está falando de quê: do amor do ou do dinheiro dele? – Ai, amiga, pesado. Nem eu falaria isso hahahaha isso irritou a Nicolle e MUITO.
- Está me chamando de golpista, garota? - Os olhos de Nicolle ferviam de raiva. segurou ela pelo tronco para que não batesse na Gy. Eu apenas observava e ria da situação. Virava o rosto de uma para a outra como se estivesse vendo uma partida de tênis.
- Se a carapuça lhe servir... é toda sua garota. - Gy foi fria em sua fala e sorriu ao final como se comemorasse alguma conquista.
- Parem com isso, pelo amor de Deus! - gritou irritado com a situação e me encarou como se me pedisse para falar algo. Repreender a Gy? Jamais faria isso numa situação dessas, irmão. Sorry.
- Agora quero saber o porquê de ela ter falado isso. - falou Nicolle. Gy deu de ombros.
- Tchau amiga, não preciso ficar aqui discutindo com ninguém. Depois nos falamos. - ela deu um beijo em meu rosto e saiu. Eu apenas dei risada. Queria ter filmado para ver de novo depois.
- Você ainda gosta dela, né? - Nicolle deu um soco de leve no peito do . Ele apenas respirou fundo e encarou a namorada sem falar nada. - Eu sei que ainda a ama, seu idiota!
- Não, Nicolle! Não é isso… Mais que inferno! Toda vez que encontrar com ela vai reagir assim? Porque se for, avisa…
- Não interessa… Estou cansada. - Ela falou e sentou-se novamente no sofá.
- Vou voltar para o quarto. - Eu disse e já ia saindo, mas fui interrompida pela voz aguda e irritante da Nicolle.
- Você está adorando, né pirralha? - Ela falou nesse tom comigo na frente do meu irmão? Sério?
- Como é que é? - Eu me virei com o cenho franzido e me aproximei do sofá. se pôs entre nós duas. Ele havia se levantado para me encarar também. - Não se atreva a me provocar, Nicolle. Não estou com paciência para suas palavras tóxicas.
- Para, Nicolle! - tentou apartar a briga, mas foi um mero espectador.
- Você é uma mal-educada garota. Deveria ter apanhado quando criança. e seus pais te educaram muito mal… - antes que ela concluísse eu a interrompi.
- Não se atreva a falar mal do meu irmão e muito menos dos meus pais! - Eu não tolerava que falassem dos meus pais. Nunca.
- Vai ver que eu errei na sua educação mesmo. Vai ver que realmente eu te mimei demais . - não se contentou em ser mero espectador e se virou contra mim.
- Não acredito que está concordando com ela. ! - Falei magoada. - Nós somos irmãos! Você é como um pai para mim, desde que aquilo aconteceu com nossos pais que você cuida de mim, que é responsável por mim. , por favor.
- Eu só quero saber o porquê de tanta implicância com a Nicolle. E por que você está sempre tão irritada assim quando ela está aqui?
- Porque ela me odeia! Olha como ela está me tratando . Meu Deus… - eu não acredito que este imbecil está falando assim comigo. Acreditando nas merdas que essa biscate fala. Aposto que ela vem enchendo a cabeça do meu irmão com abobrinhas sobre mim.
- Já entendi. - Bocó.
- Entendeu o que, bocó? - Eu disse irritada.
- Você está com ciúmes da Nicolle, porque eu não estou mais te dando tanta atenção como antes.
- Ah tá, eu com ciúmes desta ET. Me poupe!
- ET? Como assim? - Nicolle disse ofendida.
- Gostou não? Problema é seu, mas se quiser podemos resolver isso agora.
- Para de ser infantil, ! - me gritou e eu me assustei. Dei um passo para trás.
- Ok, vou parar de te dar trabalho, irmão. - Falei e fui andando até o meu quarto.
- Onde pensa que vai?! Eu não terminei. - segurou firme em meu braço, machucou um pouco.
- Me solta! - Falei com firmeza e ele me soltou. - Vou para o meu quarto arrumar minhas coisas e as das meninas.
- Como assim? Vai embora daqui é isso?! Vai para onde? - ele disse confuso.
- Não te interessa mais, . - ele odeia quando o chamo assim: pelo nome dele.

Me afastei dele e fui para o quarto. Enquanto arrumava as minhas coisas e as coisas das meninas, lágrimas escorriam pelo meu rosto. Uma tristeza imensa tomou conta do meu coração. Eu não queria brigar com ele. Não queria. Tudo que a Nicolle quis, desde o início, estava acontecendo: a briga entre meu irmão e eu. Depois de tudo pronto, eu voltei para sala. e Nicolle ainda estavam lá. Interrompi uma possível discussão entre eles. ainda tentou me impedir, mas eu relutei. Nicolle disse que seria melhor assim, eu sair debaixo da asa dele. Talvez seja. Não queria dar esse gostinho para ela, mas ela tem razão. Talvez seja melhor eu ir embora da casa do meu irmão. Sentirei sua falta, meu .

[…]

Bati à porta da casa dele. Esperei que atendesse. Segundos depois ele abriu a porta. Se assustou ao me ver ali com tantas malas.

- ? - estava apenas de cueca, uma samba-canção do Deadpool que ficava muito folgada nele. Eu até daria risada se não estivesse tão magoada com o . - Quantas malas… O que houve? Por que não me ligou? Eu teria te buscado. Brigou com o ? - Ele perguntou em disparada.
- Eu posso ficar aqui com você, por favor.

Também não queria me rebaixar e ficar com o . Ficar na casa dele. Mas mora com a namorada e os outros da banda também e moram longe, nem sei os endereços. é a minha melhor opção agora. Ele é pai das minhas filhas – que já estão para nascer –, meu namorado e eu o amo. Só não contem isso para ele: é segredo.

- Claro amor, entra. Eu te ajudo.

colocou minhas malas no quarto de hóspedes dele, que na verdade era o quarto da bagunça. Pediu desculpas pela zona em que se encontrava o apartamento dele. Nem reparei direito. A princípio eu não contei nada para ele do ocorrido. Tomei um banho e me deitei ao seu lado na cama dele, pois não havia outra cama na casa. Não me importei muito, foi bom sentir o conforto do abraço do . É tão bom sentir esse calor dele agora. Estou precisando.

FIM POV




No dia seguinte, foi até a casa da Gy achando que sua irmã estivesse lá. A garota abriu a porta, não esperava visitas, estava usando um short curto e uma blusa de manga longa, os cabelos presos num coque desajeitado.

- ? - A garota disse ao ver seu amado ali parado em sua porta. Aquele cara que ela ama tanto. - Quer dizer, … Entra. - Repreendeu-se internamente.
- Oi – ele entrou, ela fechou a porta e eles ficaram se encarando. - Gy estou aqui para ver minha irmã. Sei que ela está aqui, por favor, me deixe falar com ela. - Ela o olhou sem entender. Ela não sabia do que havia acontecido com a amiga.
- A não está aqui, . Aconteceu algo? - Ela disse confusa. Ele explicou brevemente o que aconteceu. - Ah, desculpa, . Ela não me disse nada. Mas conhecendo ela bem, creio que tenha ido até o apartamento do . Já que ela sabia que você viria primeiro aqui procurar por ela. - Sim, Gy estava certa. Foi exatamente isso que a pensou.
- Ah, claro. O … - disse pensativo. - Bom, mas de todo modo foi bom eu ter vindo. Quero conversar com você. - Gy ficou sem reação imediata. - Gy? - chamou sua atenção e ela despertou do pequeno transe.
- Oi. Claro, senta . - ela disse trêmula, estava nervosa com o rumo daquela conversa. Não sabia o que o queria com ela, mas imaginava que era algo íntimo. Isso a incomodava e a deixava nervosa. - Fala.
- Gy, eu não sei o que está acontecendo comigo, sabe? - Ele começou proferindo. Parecia bem seguro do que falava. Ela seguia com seu nervosismo e apreensão. - Meu cérebro diz uma coisa e meu coração outra. É um inferno se sentir assim. Preciso de sua ajuda.
- Como eu posso te ajudar, ? - Ela disse e ele a encarou sem falar nada. - Já passei por isso. Na verdade, estou passando agora mesmo. - Nem ela sabia porquê de ter dito aquilo.
- Como assim?
- Bom , eu estou muito triste esses dias. É por causa de um rapaz que eu amo. Ele tem namorada e sabe que eu ainda o amo, mas não faz nada para nos ajudar. Eu sei que ele também me ama. O que eu posso fazer? - Que porra está falando Gysele!?, repreendeu-se a moça em pensamentos.
- Quem sabe esse tal rapaz esteja com dúvidas se você o ama ou não. Já disse abertamente para ele o que sente? - Ela não esperava essa reação dele. A moça segurou as próprias mãos e as apertou para amenizar o nervosismo.
- Ainda não. - Respondeu com a voz trêmula.
- Então diz! Seja franca com ele. Aposto que ele só está esperando que você diga que o ama para largar a tal namorada. - Ele falou e os olhos dela encheram-se de lágrimas. - Pensa nisso e fala para ele. - E ela ia falar. Estava juntando forças para falar, mas antes de proferir algo, o celular dele toca. Era a outra.

se despediu dela e foi embora sem ao menos ouvir o que Gy tinha para dizer. Mas ele sabia que ela diria, mas não podia deixar de antes se resolver com sua irmã. Passou na casa da namorada, ficou alguns minutos e foi até o apartamento do . Porém, não conseguiu falar com a irmã. Ela pediu para que ele não entrasse no apartamento e que não queria falar com ele. ficou irritado, mas entendeu e voltou para casa. Na semana seguinte àquela, os rapazes viajaram para o Rio de Janeiro. Eles farão um show lá. ficou em São Paulo e Gy também para cuidar da amiga. A semana do show do Rio era a semana do possível nascimento das gêmeas.
As amigas conversavam no apartamento do , onde estava, quando ela sentiu dores na barriga. Quando viu o sofá, o mesmo estava sujo com o líquido amniótico. Sua bolsa estourou. É hora do nascimento das meninas! e Gy ficaram bastante nervosas, Gy tentou acalmar a amiga. Ligou para o hospital que logo mandou uma ambulância para buscá-la. Vai dar tudo certo, amiga!, Gy falou para a amiga. Ela tentou ligar para os rapazes, que estão no Rio, para avisar do nascimento das afilhadas. Gy é a madrinha das gêmeas. E o padrinho.

- Alô, ? - Finalmente alguém havia atendido. - É a Gy.
- Oi, Gy, aconteceu alguma coisa? Parece nervosa. - Ele disse do outro lado da linha.
- As meninas estão nascendo. A bolsa da estourou. Estamos aqui no hospital, ela já está na sala de parto. Avisa para todos. - Ela disse em disparada.
- Quê? - gritou do outro lado da linha. - Ok. Eu aviso para eles. - Continuou, mais calmo.

Gy desliga a chamada. disse que eles iam subir ao palco agora, mas que assim que desse oportunidade falaria para todos. Após o show eles atenderiam fãs no camarim e depois voltariam para São Paulo, mas ao saberem do nascimento das meninas, e quiseram voltar de imediato. Os fãs entenderam, afinal nasceriam mais duas / na família da banda! Algumas horas depois, eles chegaram no aeroporto de São Paulo e foram direto para o hospital.

[…]

sentia muita dor. Estava nervosa, era o nascimento de suas filhas e ela estava sozinha. Sua amiga estava lá fora, não a deixaram entrar, mas ela queria que ou o ou o estivessem com ela. Mas logo sua angústia acabou, pois ela sentiu uma intensa dor (após fazer muita força) e ouviu o chorinho de uma de suas filhas. Rapidamente a enfermeira mostrou a pequena para que a fitou encantada com aquela coisinha miúda que saiu de dentro dela. Mas faltava uma, faltava sua outra filha nascer. Enquanto ela fazia força sentiu um calor em sua testa. Era o beijo do . Finalmente ele estava ali para apoiar ela. viu que sua primeira filha já havia nascido, mas antes de pegá-la no colo ele ajudou sua namorada. Segurou firme em sua mão e incentivou a moça a fazer força.

- Vai, ! Mais força! - Ele falava e chorava ao mesmo tempo. - Está quase! Está quase, amor, você consegue! - Não demorou muito para que a segunda filha do casal nascesse. - Nasceu amor, nasceu! - O chorinho da segunda menina fez chorar feito um bebê. - Ela é linda! - Ele disse ao ver a filha. Uma enfermeira deu a pequena para outra enfermeira limpá-la.

saiu da sala, pois seria preparada para retornar ao quarto. E as meninas seriam limpas para que ficassem com a mãe. Chegou na sala de espera e anunciou para todos ali, incluindo os que não tinham nada a ver, que suas filhas nasceram. Foi abraçado pelos amigos. Ele ainda estava bastante emocionado. já havia ido para o quarto e as meninas já estavam com ela. Todos foram autorizados a visitar, rapidamente, e as meninas.

- Maninha! - disse num tom baixo para não assustar as afilhadas.
- Olha suas afilhadas, irmão. - disse chorando. - Desculpa, me perdoa… - ela começou a falar, mas foi interrompida pelo irmão.
- Esquece isso. Já passou, está tudo bem agora. - Eles sorriram e se abraçaram.
- Amor. - disse – Quais nomes vamos dar para elas? - A dúvida que todos tinham, mas nunca questionaram.
- Eu não sei. - Ela respondeu rindo. - Deixe-me pensar… - ela parou por alguns instantes. também pensou um pouco e eles dois falaram ao mesmo tempo o mesmo nome.
- Alice! - Eles falaram em uníssono. Eles riram.
- Será Alice, o nome da que nasceu primeiro. - falou. - E a outra se chamará… Sophie. - Ela olhou para o namorado e ele concordou.
- São lindos nomes, meu amor. - depositou um beijo em sua testa.
- Alice e Sophie. Minhas afilhadas lindas da titia! - Gy disse emocionada. deu risada com a reação da amiga. Sabia muito bem que Gy enfeitaria suas filhas como árvores de Natal com tantas roupas e lacinhos.

A visita acabou e apenas foi autorizado a ficar no quarto. Elas passariam a noite no hospital e receberiam alta pela manhã. As meninas nasceram com a saúde perfeita. A única coisa que tem quase certeza que elas teriam era rinite, pois ambos (tanto ela quanto ) têm rinite. Não sabia muito sobre genética, mas imaginava que suas filhas teriam esse problema. Nada demais.
Na manhã seguinte, , Sophie e Alice foram liberadas. já havia comprado bancos para colocar no carro dele e no do . Ele foi ao hospital cedo para ajudar a levar todos para casa. continuou na casa do . Eles já haviam decidido morar juntos, agora que as meninas nasceram e eles já namoram sério faz um tempo. Enfim… quer casar, mas ainda não tocou no assunto com a namorada.

[…]

Quase dois anos se passaram desde então. e viviam um sonho de ter duas filhas lindas juntos, filhas estas que consumaram o amor que sentem um pelo outro. As meninas eram espertas e já falavam quase tudo. Alice é mandona, gosta de tudo no tempo dela. Já Sophie é mais calminha, mais na dela. Alice é claramente a personificação da e Sophie do . Todos riem muito disso, pois e não percebem quão parecidas com eles as filhas são. estava sempre presente na casa do e da . Ambos resolveram não se mudar por enquanto, do apartamento do . Decidiram que quando as meninas crescerem mais, irão se mudar para uma casa de fato, com bastante espaço para elas brincarem.

POV

Visitar minha irmã e minhas afilhadas é o meu programa favorito da semana. Normalmente temos shows da banda aos fins de semana, mas durante o meio dela temos tempo livre para aproveitar bem nossas pequenas. Mais uma vez cheguei no apartamento do . atendeu e me deixou entrar. Disse que nossa irmã e a Gy estavam no quarto das meninas dando banho nelas. preparava um lanche para nós.

- ! - Disse se aproximando de mim. Aposto que vai me dizer algo relacionado ao decote da Gy. Ela passou pela sala rapidamente para dar oi para gente. - Viu o decote da Gy? - Falei o que? Posso jogar na loteria que ganharei. E sozinho!
- Vi sim. - Eu disse num tom apaixonado – Nem me lembre, pois estou tentando não pensar nele.
- Por quê? Para não cair em tentação? - Ele disse rindo da minha cara de bobo.
- Claro! - Respondi e dei-lhe um tapa no braço. - Se eu ficar olhando muito eu não vou resistir. Ainda gosto dela, você sabe disso. - Confessei o que todos já sabem como se fosse uma novidade.
- E a Nicolle? - Perguntou curioso.
- Não está dando mais cara. Ela realmente me traiu e ultimamente ela só vem me pedindo dinheiro para comprar coisas e eu não quero isso para minha vida. Cansei. Ela só me procura quando lhe convém procurar. - Desabafei dando um gole na taça de vinho. Está aí algo que jamais faltará na casa da minha irmã e do : vinho.
- Porra cara, que foda. Sinto muito. - Ele disse me consolando e completou. - Termina logo com ela e abre seu coração pra Gy cara. Ela te ama e você a ama. Não há motivos para um ficar longe do outro.

Fiquei pensando nas palavras do . Caminhei até o banheiro e no caminho passei pelo quarto das meninas. Gy e estavam arrumando elas. Tão fofas minhas afilhadas! E a minha Gy está tão linda segurando uma delas. Fico pensando se algum dia eu terei a sorte de vê-la segurando um bebê nosso, com o nosso DNA. Quem sabe um dia, né?

FIM POV




Sábado sempre tinha show da banda numa casa de shows famosa da cidade. E sempre que dava, e as amigas iam ao show. Uma velha amiga dela do interior foi morar na capital e agora frequentava mais a casa dela. Seu nome é Jully. Nesse dia, as três, , Gy e Jully, foram ao shopping comprar roupas para o show daquele dia à noite.

- Olha essa calça, amigas! Está legal? - Gy mostra uma calça skinny, super apertada na cor azul marinho, para as amigas. As garotas analisam a peça. - É a cara do !
- Com certeza! - Respondeu Jully rindo. - Ele AMARIA esta calça. Não sei como ele ainda é fértil. As bolas devem estar amassadas, coitado. - Debochou a mais velha. Gy fingiu estar ofendida.
- Cala a boca, sua doida! Ele é fértil sim! - Gy falou dando de ombros. - E bem que tu gostaria de provar dessa fertilidade, não é mesmo, Gy? - disse num tom sarcástico e fez uma cara de safada. Ela e Jully caíram na risada logo em seguida. Gy apenas deu de ombros.
- Vacas. - Disse Gy deixando a calça em cima das outras peças e indo para outra arara pegar uma blusa que havia gostado.
- Tem uma mina olhando para gente. - Disse Jully, o que chamou a atenção de todas. - Ela está vindo para cá.
- Não acredito! - Disse ao ver quem era. A outra aproxima-se das garotas.
- Oi, meninas, tudo bom?! - Nicolle disse, esnobe como sempre.
- O que quer, Nicolle? - Gy questionou sem paciência.
- Estressada, como sempre. - Debochou Nicolle. - E suas filhas , já nasceram pelo visto, né? - Pensou nisso sozinha?!, pensou e riu por dentro da própria piada.
- Já. - Sorriu debochada. - Minhas filhas estão muito bem, obrigada. – já passaram-se dois anos, tá atrasada, né?, pensou ela novamente rindo da própria constatação.
- Quem é ela? - Perguntou Jully. Ela ainda não conhecia a Nicolle pessoalmente.
- É a vaca. - Sussurrou Gy.
- Ahhh – lembrou-se Jully. - A sua concorrente. - A moça olhou a outra de cima pra baixo. - É, não esperava muita coisa, pela descrição que me deram dela.
- Como é que é? - Gritou Nicolle ofendida. As outras riram do comentário da amiga. - Quer saber, deixa para lá. - Disse e completou: - Gysele, fica longe do meu , ok? Só vim dar esse recado.
- Ah tá, é meu amigo e eu não deixarei de vê-lo só porque você quer. - Gy disse decidida a não se afastar do amado. Nicolle rebateu.
- Ele me idolatra, com certeza vai fazer o que eu quero e vai se afastar de você. Fica longe dele! - Ameaçou novamente.
- Que audácia, garota! - disse ofendida pelo modo como Nicolle falava do irmão dela.
- Não dê em cima do meu namorado!
- Atrasada você. - Sussurrou Jully rindo. O que mais Gy fazia era insinuar para o Lucas que ainda o amava e ele fazia o mesmo. Eles apenas não falavam a respeito.
- O que disse, projeto de gente? - Questionou Nicolle furiosa.
- Nada que lhe interesse. - Respondeu Jully. - Vamos embora. Tem outras lojas para gente comprar roupa.

Jully arrastou as amigas dali e deixou Nicolle falando sozinha. Nicolle nunca ia aos shows da banda do então namorado. Porém, depois dessa declaração da Jully, ela ficou intrigada e resolveu acompanhar de perto o que acontecia entre e Gy. As amigas compraram as roupas que queriam em outra loja e voltaram para casa para se arrumar. conseguiu uma babá para cuidar das gêmeas. Deu inúmeras tarefas para a babá e inúmeras recomendações de como agir se cada uma fizesse tal coisa. Ficou com o coração partido de deixar suas pequenas sozinhas. Não era a primeira vez, mas era a primeira vez que ela ficava mais de duas horas longe delas. Enquanto Gy e Jully se arrumavam no apartamento da Gy, voltou para o seu para se arrumar e ir junto com o . Chegou ao apartamento e não viu ninguém. Estranhou.

- Amor. Cheguei!

Gritou para que o respondesse. A luz da sala estava desligada, apenas a luz da cozinha iluminava ambos os cômodos. Foi até ao seu quarto e encontrou esparramadas pela cama as filhas deitadas. Ambas dormiam calmamente. Elas nem usavam bicos, dormiam de primeira quando cansadas. Sentiu o perfume do namorado e se entorpeceu com o cheiro.

- ? - Chamou por ele mais uma vez.
- Oi, amor, estou no banheiro. - Ele respondeu e ela foi se aproximando. - Vem ver se está boa essa roupa.
- Nossa! - Ela disse ao ver o namorado incrivelmente lindo e bem-vestido. - Você está lindo, amor. - Ela disse, encantada com a beleza do rapaz.
- Obrigado! - Ele respondeu sem graça, se aproximou dela e a beijou. - Amo você! - Ele sorriu para ela e ela não proferiu nada. Ficou olhando para o sorriso dele e aspirando seu cheiro. Pensou em como se sentia perto dele e em como ele era importante em sua vida. - ? - chamou a atenção da moça que despertou do transe e disse.
- Eu te amo, ! - O sorriso desapareceu do rosto do rapaz por segundos, mas logo um novo sorriso mais lindo que o anterior tomou conta de seu rosto.
- , você disse que me ama? - Ele mal podia acreditar.
- Disse. É, eu disse. - Respondeu sem graça. Ele apenas agarrou o rosto dela e o puxou para perto de si. Um beijo apaixonado e longo. – Desculpa demorar tanto...
- Te amo demais, meu amor! - Ele falou interrompendo. Ela sorriu e o abraçou.

se sentia bem ao lado dele e não tinha mais dúvidas do sentimento que tem por ele. É amor. Inegável. Ficaram ali abraçados mais alguns minutos sem proferir nada. Até que a campainha toca. Era a babá. atende e a deixa entrar. vai se arrumar para o show. Já pronta, ela e Tavares vão para o carro. Antes de sair, dá mais algumas recomendações para a babá. As meninas continuam dormindo. Ela e dão um beijo em cada uma antes de finalmente saírem para o show.
Já na casa de shows, eles encontram os outros no camarim da banda. não sabia, mas e haviam preparado uma surpresa para ela.

- E aeeee!! - Grita , já em cima do palco. Todos já estavam posicionados. As amigas estavam no camarote que ficava ao lado do palco. Já estava mais ou menos no meio do show quando ele anuncia a surpresa – Agora eu tenho orgulho de chamar ao palco uma pessoa muito especial para mim e para todos aqui. Desde que eu tinha 15 anos, quando aconteceu a tragédia que nos tirou nossos pais e tios, lá na minha cidade, que eu cuido dela. Ela tinha 8 anos quando aconteceu isso tudo e nós praticamente vivemos sozinhos desde então. Um cuidando do outro. Tenho muito orgulho de tê-la como irmã. E agora ela me deu mais dois motivos para amá-la ainda mais: minhas afilhadas, Alice e Sophie que eu amo tanto. - disse emocionado e completou. - E agora eu chamo ao palco a minha querida irmã: ! - ficou bastante emocionada e foi caminhando até o palco. Aproxima-se do irmão e o abraça.
- Boa noite, galera! - Ela grita e o público responde.
- Vamos cantar, maninha?!
- Vamos!

Nosso baterista da banda, deu o tom e a música começou. Os irmãos cantaram e todos cantaram junto. Foi emocionante! Após sua participação, deu um beijo no irmão e outro no , o que fez a maioria berrar em aprovação ao casal. Apenas algumas fãs inconformadas com o namoro deles que não gostaram. Começaram um coro de “Casa! Casa!”; antes que ficasse vermelha de vergonha, voltou para o camarote. O show prosseguiu. Após o show, os rapazes foram para o camarim atender alguns fãs. As amigas resolveram esperar do lado de fora. estava encostada no corrimão da escada que dava acesso ao camarote onde estavam. Gy e Jully a acompanhavam.

- Ihh, olha quem tá vindo. - Jully diz desanimada ao ver Nicolle se aproximando.
- Se ela vier me provocando darei um tapão na cara dela. Não me segurem. - Gy diz num tom irritado. As outras não pareciam se opor a tal situação.
- Já veio dar em cima do meu homem, né? - Nicolle já chegou perto acusando a Gy de dar em cima do . Ela apontou o dedo na cara da Gy.
- Seu homem!? - debochou rindo – é um homem livre e desimpedido, querida. - Gy deu um tapa na mão da moça que a encarou nervosa.
- Não me provoca garota!

Descontrolada de raiva, Nicolle vai para cima da Gy. Ela estava na ponta da escada, de costas para o chão. Nicolle puxou a garota com força e Gy quase cai. Jully conseguiu segurar as duas e reestabelecer o equilíbrio. Ao mesmo tempo, ela tentou separar a briga, mas levou um tapa na cara. tentou se meter e acabou apanhando também. Nicolle estava descontrolada. Gy puxou seu cabelo, ela obviamente não gostou e empurrou a outra escada abaixo. Não eram muitos degraus, mas a força que Nicolle usou foi o suficiente para que Gy ficasse desacordada ao cair ao chão. Após a queda, Nicolle saiu correndo e sumiu pela escuridão.

- GY! - Gritou desesperada ao ver a amiga desacordada. – Gy, fala comigo! - Ela tentou acordar a amiga, mas ficou com medo de sacudi-la demais. - O que houve?! - chegou bem na hora. Foi carinhoso ao segurá-la em seus braços. - Gy por favor, fala comigo? Acorda! Gy!

Rapidamente, ele a carregou e levou para a enfermaria da casa de shows. contou o que houve com a amiga, ficou bastante irritado e decepcionado com a Nicolle. Ela passou dos limites, disse ao saber da história. Gy teve que enfaixar a testa e levou alguns pontos no supercílio. Antes de cair, ela se virou de frente, tentando se segurar no corrimão, e caiu de cara no chão. Com a queda o supercílio se abriu um pouco e sangrou. também foi atendida, já que levou alguns socos e tapas. Nada de grave. Mesmo assim ficou preocupado quando soube.




POV

Agora estou aliviado. Fiquei com medo de perder a minha Gy. Voltamos para o camarote para acompanhar o show da nossa banda amiga que está no palco agora. Fiquei o tempo todo ao lado da Gy, ela reclamou de dor de cabeça. Fiquei de olho nela. Minha irmã também se machucou um pouco, Nicolle teve a coragem de bater nas duas. Depois dessa, definitivamente, não dá mais para ficar com ela. Insustentável. não descolou um segundo da . Babão demais esse meu cunhado.

- Está doendo a cabeça? - Perguntei pra Gy. Estávamos sozinhos, já que estavam todos com suas namoradas espalhados pelo camarote. Passei o dedo de leve pelo seu rosto.
- Não. O remédio começou a fazer efeito. - Respondeu ela com um olhar tão fofo. Ah, quero morder essa mulher!
- Desculpa. - Falei quase que num sussurro.
- Pelo que, ? - Amo quando ela me chama de .
- Pelo que a louca da Nicolle fez com você. Tu não merecia e não merece isso.
- Não foi culpa sua. Ela que é louca! - Ela disse e nós rimos. Verdade, a Nicolle é realmente louca.
- Eu estou… - comecei uma frase e a terminei em minha mente. … com saudades de nós dois! Foi o que eu pensei.
- Está o que, ?
- Com saudades de você. De nós. - Finalmente eu disse para ela o que sentia e tirei um peso das minhas costas.
- Ah, , eu te amo tanto. Sinto tanta saudade! - Ela não se aguentou de emoção e se agarrou em meu pescoço e me deu um beijo. Que saudade que eu estava desses lábios macios. - Vamos voltar? - Ela questionou após separar nossos lábios.
- Com toda certeza do mundo, meu amor.

Nos beijamos novamente e eu senti novamente o calor de tê-la em meus braços. Eu te amo minha Gy!

FIM POV

POV


Pelo visto meu amigo voltou para a Gy. Finalmente! Eles merecem ser feliz e, com certeza, merecem ficar juntos. Eu estava junto com a num outro canto do camarote conversando e aproveitando o show também.

- ... - depois de pensar bastante eu resolvi iniciar o assunto que eu venho tentando há dias (anos, diria), mas nunca tive coragem suficiente. - Quero te dizer que estou muito feliz ao teu lado. - Ela sorriu para mim. Ela estava encostada na mureta, de costas para o palco, e eu debruçado na mesma mureta.
- Eu também estou muito feliz, amor. - Respondeu carinhosa. - Agora fala o que realmente quer me falar. Porque eu sei que não é só isso. - Assim como eu a conhecia bem, ela também me conhecia e logo sacou que eu estava enrolando mais uma vez.
- Ok… - dei um sorriso sem graça e me posicionei na frente dela apoiando os braços na mureta. - Quer casar comigo? - Ufa, falei. Agora que passou a agonia de dizer, imediatamente me veio a agonia de esperar pela resposta.
- Ca-Casar? - Ela gaguejou e eu não sei se isso é um bom sinal. É um bom sinal? - É, nossa… Tu não achas que está muito cedo para isso? - Meu queixo começou a tremer de nervoso. Cedo? Será que eu estava me precipitando? Eu amo a desde que a conheço, há anos, será que estou fazendo o certo?
- Hã? - Eu mal podia acreditar naquela pergunta. Eu… Eu não sabia nem o que dizer direito. Então, comecei a proferir coisas aleatórias. - Bom, se não quiser casar comigo tudo bem. Eu, eu, sei lá, a gente continuando namorando e… - de repente ela me interrompe.
- ACEITO! - Ela disse num impulso e abriu um lindo sorriso em seguida.
- Aceita? - Ela estava realmente zoando com minha cara esse tempo todo? Ah,
- Claro que aceito, seu bobo! - Ela riu – Estava brincando contigo. Precisava ver a sua cara… - caiu na risada mais uma vez e eu respirei aliviado.
- Palhacinha! - Ufa novamente. - Então quer dizer que posso ligar para minha mãe e dizer que o filho dela se casará com a mulher mais linda desse mundo? - Falei apaixonado.
- Claro! Minha sogra!
- Amei ouvir isso! - Dei-lhe um beijo carinhoso e demorado.

Não acredito que ela aceitou se casar comigo! Sou o cara mais feliz. Eu já era, pois tenho minhas filhas lindas com o grande amor da minha vida. Agora sou triplamente feliz, pois a minha aceitou se casar comigo. Sou o cara mais feliz! O mais feliz!

FIM POV

Na noite anterior ao casamento, algumas semanas após àquele dia, vai dormir na casa de seu irmão por pura superstição de casamento: os noivos não podem se ver antes do casamento. estava nervosa, dormiu em seu antigo quarto. Quer dizer, tentou dormir. Um sonho insistente lhe perseguiu a noite toda.

Sonho da

Ela via tudo turvo, as imagens confusas, mas ela sabia que era um local conhecido. Foi andando devagar aproximando-se de um rapaz alto, aparentemente bonito e que a conhecia. Ela o conhecia, mas não sabia quem era. Não se recordava de seu rosto nem de seu nome. Antes mesmo que chegasse perto do rapaz, um outro mal-intencionado o puxou para longe. Tudo ficou escuro novamente.
Ela andou, andou e andou. Em outro momento ela viu um rapaz à frente dele. Um rapaz também alto, tanto quanto o primeiro. Mas não era o mesmo. Não era! Esse ela conhecia. Seu perfume é inconfundível. Era o seu amado. Mas o que ele fazia naquele lugar? Havia um outro mal-intencionado que apontava uma arma para o seu amado. O coração da moça se arrepiou, se é que isso é possível. Ela sentiu cada músculo, cada centímetro de si arrepiar-se de medo de perder ele. Não, isso não poderia acontecer de novo! De novo? Mas o que será que está havendo? Inconscientemente ela sabia que aquilo era impossível. Ele estava bem em seu apartamento, amanhã se casariam. Mas parecia real
De repente um estopim. Um barulho de tiro. O rapaz que ela ama caído em sua frente, sangrando. Gritos. Desespero. Medo. Solidão.
Morte....

Fim do sonho…


se debatia na cama e gritava inconscientemente. entra no quarto após ouvir os gritos da irmã e tenta acordá-la. Quando finalmente consegue, ela o abraça forte e chora. Ele tenta acalmar a irmã que tremia muito. Já mais calma, conta para seu irmão do sonho que teve. Do medo que sentiu de perder o . acolheu a irmã em seu abraço e eles dormiram juntos, abraçados. No dia seguinte, o casamento, ela estava mais calma, mas ainda pensava naquele maldito sonho. saiu para ajudar o , enquanto e as amigas ficaram no apartamento para se arrumarem. Em algumas horas estaria casada com seu grande amor.
e os outros da banda foram até a casa do para ajudá-lo com a arrumação para o casamento. Ele seria padrinho do cunhado, ao lado de sua namorada Gy. Chegando lá, encontrou um extremamente nervoso.

- Cara, minha casa virou um salão de beleza! - Disse ele ao entrar no apartamento do . Os outros o acompanharam.
- Viemos sequestrar você antes do casamento. - Brincou .
- Se você sumir e largar minha irmã sozinha no altar, eu lhe mato. - Ameaçou . Todos riram, pois sabiam que ele seria incapaz de fazer algo do tipo.
- Vai nada, , tu só sabes falar. Nunca faz nada. - revirou os olhos e sentou-se no sofá.
- Veremos. - Disse convencido.
- Cadê as garotas? - Perguntou . - Se arrumando para o casamento, aposto.
- Acertou. Aliás, as meninas estão lindas. Umas gracinhas naqueles mini vestidos! - Disse orgulhoso ao falar de suas afilhadas.
- Quero muito vê-las.
- Vai ver, cara, a hora está chegando já! - Lembrou . É, a hora do casamento está chegando.

Enquanto isso na casa do ...

- Aline! Vem aqui rápido! - Gy grita desesperada. vem correndo, ainda sem o vestido de casamento, e chegando à sala encontra suas filhas com o buquê do casamento em mãos. Destroçado. - Olha o que elas fizeram! E agora? - Gy, como madrinha, tinha que estar de olho em tudo do casamento para que nada saísse errado. Ela se sentiu culpada por não prestar mais atenção em suas afilhadas e no buquê perto delas.
- Sophie e Alice! O que fizeram?! Olha só o que vocês fizeram com o buquê da mamãe!? - Bravejou irritada com as filhas. As meninas olharam para a mãe, irritada, e fizeram biquinho de choro.
- Desculpa, mamãe! - Elas disseram em uníssono.
- Foi a Sophie mamãe! - Dedurou Alice apontando o dedo para a irmã.
- Mentira, mãe! Foi ela! Ela que disse que você deixou brincar com a flor. Não fui eu nada! – Defendeu-se Sophie, empurrando de leve a irmã. - Mentira!
- Parem já! Não quero saber quem começou. – Disse em seguida, mais calma, falou para as amigas. - E agora Gy? Jully? - Questionou às amigas.
- Deixa comigo. Vá se arrumar que eu ajeito o buquê. - Disse Jully. Gy e voltaram para o quarto carregando as meninas a tira colo.

Algumas horas depois, já estava pronta. Bem na hora combinada, chegou para buscá-la. Ele já havia levado e os outros para a igreja e foi buscar as moças na casa dele. Ficou radiante ao ver a irmã naquele vestido. Na igreja, aguardava ansioso à chegada de sua amada e de suas filhas, que são as daminhas.

- Será que ela vem mesmo? Será que desistiu? - Perguntou o noivo olhando para o relógio de minuto a minuto.
- Claro que ela vem, idiota. - Riu . - Fica calmo! Eles já estão chegando. disse aqui que já está perto.
- Estou calmo. - Obviamente ele não estava calmo. Ele senta-se no altar enquanto aguarda a chegada da namorada.

Após alguns minutos mais, finalmente chega à igreja. Acompanhada de seu irmão, ela desce do carro, radiante com seu vestido de noiva e seu longo véu. sussurra em seu ouvido se ela queria desistir. Ela ri e diz que não poderia estar mais feliz e que tinha certeza do que fazia. Ele sorriu orgulhoso com a evolução que sua irmã fez. Ela não parecia mais ser aquela garotinha que, quando criança, sofria com a morte dos pais. Aquela garotinha que tinha pesadelos à noite e corria para o seu quarto pedindo abrigo nos braços do irmão.
entrou na igreja com sua irmã do lado, orgulhoso e emocionado. Alice e Sophie foram na frente, correndo (apesar das advertências da madrinha, do padrinho e da mãe), com as alianças em mãos. Todos se derretiam de amores por elas e pela beleza da noiva. já estava de pé no altar, chorando controladamente ao ver sua amada caminhando em sua direção. Tão linda. Mais linda do que em sua festa de debutante. A festa em que ele foi o seu príncipe, que eles dançaram a noite toda, pois o tal par dela lhe deu um bolo.
Enquanto eles caminhavam até o altar, tocava a música favorita da que seu irmão cantava para ela e que ele gravou com a banda. A música que resumia bem sua vida, seu ser, sua essência. Neste momento, já chorava demais. Se usasse maquiagem, já estaria toda borrada.

- Calma, amor… - disse ao se aproximar dele dando-lhe a mão. - Te amo! - Ele se acalmou mais e apertou firme a mão dela.

A cerimônia começou e eles se casaram, finalmente. Deram o primeiro beijo após o casamento e sorriram um para o outro.

POV

Finalmente estou casado! E com a mulher mais linda deste mundo. A minha ! A única que eu desejei e amei esses anos todos. Quem diria que eu algum dia conseguiria me declarar para ela e que ela me retribuiria esse amor. Viemos aqui para um salão alugado pelos nossos padrinhos de casamento. Os melhores! Todos estão se divertindo. sumiu faz alguns minutos, nossas filhas também, então aposto que estão juntas. Minhas mulheres! Quando ela apareceu, nós dançamos nossa primeira dança juntos. Todos os olhares voltados para nós.

- Está feliz? - Sussurrei em seu ouvido.
- Muito! - Sua voz entregava sua felicidade. Eu sorri. - Obrigada por tudo, . Amo tanto você! - Ah, eu amo essa mulher.
- Eu que te agradeço por me amar e por ter me dado nossas preciosas filhas. - Vi que as meninas estavam correndo em volta do . Elas fazem dele de gato e sapato. - Amo vocês três! - Alguns segundos depois eu disse. - Vamos embora?
- Já? Acabamos de chegar, amor. - Ela me olhou espantada. Ainda dançávamos. - Vamos ficar mais uma ou duas horas.
- Não vou aguentar. Preciso tirar o seu vestido agora! - Falei com uma voz sexy, em seu ouvido. O pescoço dela se arrepiou.
- Te aquieta, ! - Ela me deu um tapa nas costas. Eu ri. - Seu tarado, estão todos olhando para nós. Disfarça! - Ela ficou vermelhinha de vergonha.
- Não irei te tarar aqui na frente de todos. - Eu disse ainda rindo. - e me matariam. E além do mais, você quer ficar viúva antes de transar com seu maridão? - Sorri indecente.
- Idiota! - Me deu um tapa no peito. - Claro que não. Quero usar e abusar do meu maridão na cama. - Ui, senti firmeza agora. - Me dê vinte minutos e eu me livro de todos e deixo as meninas com meu irmão.

Ela disse e saiu. A música que dançávamos já havia acabado. Fiquei ali dando risada. Pouco tempo depois ela havia voltado a mim com a notícia de que íamos embora. Finalmente teremos uma lua de mel! Fomos para um hotel numa cidade aqui perto. Aluguei por dois dias uma suíte maravilhosa. Chegamos lá rapidinho, quase que transamos no carro, mas eu me controlei bastante. Ela me provocou a viagem toda, passando a mão nas minhas pernas e apertando o meu… Bom, ela ficou alisando e apertando o meu membro. Confesso que eu amei isso. Enfim…
Fizemos amor em todos os cantos possíveis do quarto, incluindo na varanda (que continha uma pequena piscina. Fizemos ali mesmo). Dois dias naquele hotel, sozinhos e nos curtindo. Precisávamos disso, mas estava na hora de voltar à rotina, né? Temos duas filhas para criar!

- Amigaaaaaaaaaa!! - Gritou Gy ao ver descer do carro. Chegamos aqui na casa do , que aliás é uma bela mansão, isso sim. Fizeram um churrasco para nos recepcionar. - Saudades!
- Ahhh, como está amiga?! - abraçou ela e as duas sumiram pelo quintal para fofocar. Aposto que vai contar de todas as transas que tivemos. Sei que ela conta tudo para Gy. Eu não ligo, apesar de ficar envergonhado perto dela.

Fui de encontro as minhas lindas filhas que me pareciam maiores do que antes. Fiquei com elas na piscina e logo se juntos a nós. Foi uma bela tarde de sol.

FIM POV




Meses depois, chegou o Ano Novo. Todos estavam reunidos na casa do . Era uma noite estrelada em São Paulo e fazia uma brisa agradável. As gêmeas corriam pelo quintal da casa do tio , que era bem espaçoso. Pouco antes de romper o ano, e estavam abraçados perto da piscina, conversando.

- Amor? - Disse abraçando a esposa.
- Diga. - respondeu ainda olhando as estrelas no céu enquanto dava bronca nas afilhadas por correrem em volta da piscina.
- Estou tão feliz! - A felicidade transbordava pelo olhar do rapaz. Essa felicidade era compartilhada pela moça.
- Também estou amor. - Respondeu a moça. - Casados, felizes, criando nossas filhas lindas, a banda indo super bem na mídia. Não poderia estar melhor, né?
- Concordo. - O rapaz deu um sorriso aliviado e completou. - O ano já vai romper. Que venham muito mais felicidades para nós todos!

sorriu e concordou com a cabeça. O ano virou e todos comemoraram. A festa aconteceu normalmente até o amanhecer. Todos estavam dormindo. Alguns na sala, outros nos quartos de hóspedes, a casa estava silenciosa. Ninguém os viu ou ouviu entrando. Três assaltantes adentraram a casa. Parecia um deja vú! Um terrível deja vú.

- Anda logo!

Um dos assaltantes gritava furioso com a demora da Gy em se juntar aos outros que já estavam rendidos no chão na sala. tinha levantado antes e ido dar um mergulho na piscina. Ele ouve toda a discussão da cozinha. Seu coração estava acelerado, pensava na e nas suas filhas. estava na sala, mas as meninas ainda estavam no andar de cima, dormindo no quarto ao lado do .

- Elas estão bem, maninho? - sussurrou para o irmão.
- Sim. - Respondeu o rapaz de volta. Ele já abraçava sua namorada que estava bastante nervosa.
- O que estão cochichando aí? – Pergunta um dos assaltantes. Dois rendiam a todos enquanto o outro saqueava a casa. - Querem levar bala na cara? - Questionou apontando a arma para cabeça dos irmãos.
- Não, já estamos quietos. Não nos machuque. - disse com a voz embargada.
- Hey! - Disse aparecendo na sala. Foi recebido com armas apontadas para ele. - Calma! - Ele levantou as mãos em sinal de paz. - Calma! Eu me rendo.
- Deita logo aí! - Gritou um dos caras dando uma coronhada na nuca do . Ele se sentou no chão. foi ao seu encontro e o abraçou.
- Que bom que está bem, amor. - Ela disse aflita.
- Está tudo bem. Fica calma, ok? - Deu-lhe um beijo na testa e voltou a abraçá-la.

Alguns minutos depois, o assaltante que saqueava a casa desce as escadas com uma das gêmeas debaixo do braço, como se fosse um objeto pesado que carregava. Ela se debatia e gritava. e quase enfartaram ao ver a filha em posse daquele lunático armado. Se perguntaram onde estaria a outra. Ao terminar de descer as escadas, Alice morde o braço do assaltante que se irrita e a solta no chão. A menina cai de cara e chora. Levanta devagar com as mãos no rosto e corre para os pais.

- Onde pensa que vai, ratinha? - Um dos caras que rendia a todos a pegou pela gola do pijama. A menina grita de desespero.
- Solta minha filha! Seu louco! Solta ela agora! - levanta furiosa ao ver sua pequena chorando nas mãos de um louco.
- Deixa minha filha em paz! - a acompanha e ordena a liberação da pequena. - Papai! Mamãe! Está doendo a minha cabeça! - Alice gritava desesperada. - Sophie está dormindo mamãe. Ele fez ela dormir.
- Como assim? O que fez com minha filha?! - temia o pior, na verdade o assaltante realmente achou que tivesse feito o certo, na cabeça dele. Porém, o anjo da guarda que protegia a família, anjo , protegeu a pequena Sophie. Ela apenas estava dormindo, desmaiada com o susto.
- Nada que lhe interesse! - O outro respondeu e deu um tiro para cima. - E acabou a palhaçada. Não quero que nos dê ordens, eu dou as ordens aqui, está ouvindo bem, garota?! - tremeu-se toda e fez que sim com a cabeça. - Ótimo. - Respondeu. - Larga essa garota logo, Marcos! Não temos tempo para isso. - Deu a ordem e o tal Marcos soltou a Alice no colo do Lucas. Ele abraçou a afilhada. quase desmaiou, mas a segurou a tempo. Eles voltaram a se sentar.
- Você! Venha aqui. - O que parecia ser o líder do bando ordenou que se levantasse.
- O que quer com ela? - Perguntou abraçando a esposa que não estava se sentindo bem. Ela pensava na possibilidade de sua pequena Sophie estar morta. Não queria pensar nisso. Isso não poderia ter acontecido. Ela tentava não perder a sanidade e nem a consciência.
- Anda! Levanta agora! E venha aqui. - Ordenou novamente. olhou para ele temerosa. - Não se meta maridinho. - Debochou.
- O que quer? - A voz de saiu num sussurro. Ela caminhou devagar até o bandido.
- Você está me causando problemas. Não gosto disso. - Ele encarava com ódio no olhar. Ela mal conseguia levantar a cabeça de medo. - Olhe para mim enquanto falo. - Encostou o cano da arma no queixo dela, ela sentiu o gélido do cano encostar em sua pele. O medo só fez crescer.
- Você está me assustando. - Ela falou chorando.
- A ideia é essa. - Sorriu sarcástico. - Já chega disso, vamos embora. - Ele fez que ia embora, mas virou-se de repente e atirou na direção da . O tiro atingiu seu ombro.
- !!! - grita desesperado e vai acudir a esposa que cai no chão gemendo de dor. Os bandidos pegam as coisas e fogem.
- Mana, mana fala comigo?! - fala ao ajoelhar-se ao lado dela.
- Eu vou chamar a ambulância. - Diz a namorada do .
- E eu vou procurar a Sophie. - fala e sobe as escadas correndo atrás da sobrinha.
- , ! - fala desesperado.
- Eu estou bem amor, calma. Au… levei um tiro no ombro só. Estou bem. Ai, que dor! - Ela gemia de dor e chorava.
- Gente! A Sophie está bem! Ela está bem! - gritou descendo as escadas com a pequena nos braços, ela ainda dormia.
- Filha! Ela está bem mesmo, ? – Perguntou .
- Sim, está dormindo. - Respondeu o rapaz. – Oi, pequena. – A menina abriu os olhos devagar.
- Tio ? - Falou Sophie com a voz de sono. - Que foi? - deu um sorriso aliviado.
- Nada meu amor, não foi nada. Está tudo bem agora! - Disse o rapaz colocando a sobrinha no sofá. Sentou-se ao lado dela. Sua namorada estava cuidando da Alice, que estava mais calma depois de todo o susto. As irmãs se abraçam.
- A ambulância chegou. Vamos! - Disse Gy, enquanto abria o portão da casa. - Temos que chamar a polícia.
- Verdade. - falou num suspiro. - Eu fico aqui, afinal foi minha casa que foi assaltada. Eu chamo a polícia e conto o que houve. Não se preocupem. - Avisou. - E me mantenham informado, por favor.
- Claro. Vamos, vamos logo. - Disse .

foi colocada na maca. Vavo, sua namorada e as gêmeas ficaram em casa. Os outros convidados também. Somente , Gy e foram com a para o hospital. Ela passou por um procedimento cirúrgico. Ocorreu tudo bem. Enquanto aguardavam notícias dela, passaram por outro susto. Gy desmaiou e foi socorrida. ficou assustado, pois ela nunca havia desmaiado daquele jeito. Mas o médico deu uma notícia que ele amou ouvir. Gy está grávida! Ele mal pôde conter-se de felicidade. Chorou de emoção enquanto abraçava a namorada.
passou no quarto da Gy e avisou que já poderia receber visitas. Ao chegar no quarto dela, uma outra surpresa. também está grávida! Dois bebês de uma vez só! A felicidade dos casais era evidente. ligou para o para contar as novidades. Foi um dia de festa.

Alguns meses depois…

O filho da e do está perto de nascer. O da Gy e do também. Eles iam nascer próximos um do outro. Os dois são meninos: Rodrigo (o bebê do ) e Thiago (o bebê do ). e são os padrinhos do Thiago, já os do Rodrigo são e Gy.
Anjo continuou cuidando de todos mesmo de longe. Sua missão na Terra estava cumprida. Ele conseguiu unir com o . Conseguiu fazer com que enxergassem que se amavam. Mas ele quis continuar cuidando da segurança deles e de seus filhos e amigos. As gêmeas adoraram que teriam um irmãozinho para cuidar. Apesar de terem temperamentos diferentes, em uma coisa elas são iguais: são muito afetuosas.

[…]

Todos estavam felizes, pois além de muitas crianças para cuidar, eles tinham um ao outro. E também, tinham muitos fãs que os amavam e o sucesso pelo Brasil estava arrebatador. Gravaram muitos discos e DVDs com o passar dos anos. As crianças cresceram, as gêmeas agora tinham 10 anos e o Rodrigo 7 anos. e continuavam casados e felizes. Agora moravam numa casa enorme, como era o desejo da assim que soube da gravidez do Rodrigo. Antes mesmo dele nascer eles já haviam se mudado para lá.
Depois daquele assalto no Ano Novo, há oito anos, não conseguiu esquecer-se do sonho que teve na noite anterior ao seu casamento. Ela havia sonhado com a morte do Tavares, com ele tomando um tiro e morrendo em seus braços. Após isso, não aconteceu mais nada e não acontecerá, pois, anjo cuidará para que nada de ruim aconteça com nenhum deles. Mas está convencida de que já viveu aquele momento. Não contou nada para o , não quis preocupá-lo com isso, mas ela viveu o resto da vida ao lado dele com a sensação de que aquele dia aconteceu. Mas ela nunca poderia saber se era verdade ou não. E para ela nada mais importava a não ser o bem-estar de sua família. Ela sorriu orgulhosa enquanto terminava de tomar seu café, sentada em seu escritório. Teve os pensamentos interrompidos por uma briga entre Alice e Rodrigo, brigando pelo computador de novo. Ela revirou os olhos e suspirou, os mandou sair e disse que já resolveria. balançou a cabeça negativamente e sorriu. Essas crianças!, pensou e salvou o documento que escrevia. A história da vida dela com o , o rapaz que ela sempre amou e que sempre amará. Ela não pretendia publicar essa história, mas seu irmão disse que seria interessante. Ela não colocou nomes reais, era tudo ficção, mas ela e o irmão sabiam que era sobre a vida dela que contava aquele livro. O livro da Fresh Start de sua vida.

.


Fim!



Encontrou algum erro de script na história? Me mande um e-mail ou entre em contato com o CAA.

Nota da autora: Primeira história com a Fresno. Escrevi ela em 2009, originalmente, e reescrevi em 2019. Está muito mais objetiva que a anterior. Espero que gostem! <3





Ir para o início



© 2021 Fanfic Connection. Todos os direitos reservados.