Anoitecia em Tóquio, lojas e comércios fechavam. Já estava tudo no fim e para a felicidade do universitário apaixonado por design gráfico, não trabalharia ou gastaria seu tempo com clientes insatisfeitos, ele agora pôde deixar suas obrigações — tanto as de faculdade quanto do emprego — para zerar toda a franquia Yakuza até o amanhecer.
Aquele era mais um dia comum e calmo para o garoto que pedalava até o caminho de casa. Observava as flores das cerejeiras antes do sol desaparecer e poderia se dizer que as ver caindo sobre o pavimento lhe trazia certa paz.
Makoto Yamato era considerado o típico homem imaturo extrovertido que ama fugir das responsabilidades e é visto pelos pais como um desleixado. Claro que não se resumia apenas a isso, porém uma de suas características mais notáveis era o fato de não ver necessidade de socializar ou estar aberto para outro relacionamento, embora já estivesse naquela idade, afinal Makoto tinha 22 anos. Tornava-se comum ser considerado anormal, ele saiu de casa cedo para criar sua independência, entretanto, cada vez mais complicava-se o seu dia a dia.
Viver e agir como um homem era uma droga, ainda mais quando se segue regras rígidas e severas da cultura japonesa, das inúteis e desgastantes, onde o rapaz sai cedo de casa para honrar sua família.
Deveria ter sido só mais uma pedalada rápida e convencional, já que Yamato ainda tinha trabalhos e atividades da faculdade por fazer. No entanto, o som de algo borbulhante vindo direto do estômago lhe chamou atenção. Ele estava com fome, o asiático mais pedia por manjus e balinhas de lichia.
Faminto, pedalou em direção à Candy A Go Go; e já de longe avistou uma garota pouco conhecida e também aluna da faculdade saindo do estabelecimento, carregando sacolas em cada braço. Makoto, parou sua bike direcionando-a em um bicicletário qualquer, percebendo a nipo-americana acenar educadamente.
Eles não se conheciam realmente, mas a garota sabia que sempre estudou com Yamato desde o primário. se vestia toda bagunçada, agia igual a um personagem de filme antigo, sem contar as roupas que usava: um conjunto de vestido largo florido e blusa marrom feita no crochê.
— Olá, ! — cumprimentou-a — O que faz por aqui?
— Er… Voltando para casa. — Era complicado ambos manterem uma conversa fluída, pois aquela mulher era perdidamente apaixonada por aquele rapaz desde o ensino médio, portanto, não tinha a menor chance com ele — Tive um dia longo e estressante após o trabalho.
— Então somos dois. — ajeitou os óculos de grau arredondados, caído por seu rosto assim como a franja castanha que insistia em cair sob as têmporas — Brincar de “gente grande" não é nada divertido como na infância!
— Pois é! — riu cobrindo a boca pela vergonha, ela odiava seu sorriso metálico — Às vezes tenho vontade de voltar naquela época pra poder aproveitar minha inocência mais uma vez.
Ambos riram descontraídos, devido a falta de assunto ambos se despediram, Makoto adentrou na loja e a mulher andou para o caminho até sua residência, as dores nas costas matavam-na diariamente.
Quem era na verdade? Por que estava tão sem jeito perto daquele rapaz tão sério? Bom… Nela ela mesmo pôde ser sincera com o rapaz que amava, só sabia ser divertida e sarcástica com ele utilizando a vida dupla com a faceta heroica secreta “L-”. Até capaz de desfrutar suas noites entediantes no quarto.
Se comunicavam apenas em encontros casuais, ela não aceitava facilmente um relacionamento sério. O que chateava muito a mulher, pois sua responsabilidade como super-heroína destruía tudo que tinha direito.
e Makoto eram distintos demais e ambos não tinham quase nada em comum. Ela conhecia inúmeros fatos e curiosidades sendo alguém quem não gostava de ser, ele era sua kriptonita; ela era como uma amazona de Atena: se tivesse o rosto revelado para um homem, seria obrigada a amá-lo ou matá-lo.
A história de como encarnou seus poderes foi até engraçada por assim dizer, num pacato dia chuvoso a adolescente de dezesseis anos corria desesperada para declarar seu amor não correspondido por aquele rapaz no qual superou no passado; todavia esbarrou em uma mulher de terceira idade, aparência enrugada, olhos bicolores, as vestimentas pretas dela estavam encharcadas; só tinha duas opções: se declarar para Makoto ou ajudá-la a levantar. Parecia uma ilusão de ótica se fosse vista de longe, quando saiu do chão, aquela desconhecida não havia dito nada. A mulher entregou um cordão prateado junto a um pingente de pedrinha azul celeste e dentro daquela pedra, surgiu uma força deveras inimaginável. Quando virou-se para os lados, a garota notou aquela senhora sumir em um instante.
Mas vozes vieram do muro e pôde encarar uma criatura mágica sobrevoando por si. Achou ter se alucinado demais, portanto, foi uma surpresa descobrir que o brilho azulado falava. Lightdragon era seu nome; um guardião e guia, embora não sendo humano, Light e se entendiam completamente.
Light era de gênero masculino, parecia um Pokémon, pois geralmente se transformava em bizarros mascotes fictícios como disfarces.
Após a nipo-americana atravessar na calçada, lembranças e momentos memoráveis invadiram seus devaneios frequentes, porém, Light — sensato como costumava ser — pulou em seu ombro em forma de elfo.
— Você ainda não desencana desse garoto? — Indagou sobrepondo o dorso no rosto — Ele está longe de gostar da “”.
— Kaori Wilde nunca mereceu atenção. Mas você sabe que ele e a metade do mundo ama a “L-” — Disse seu nome na terceira pessoa em meio a sarcasmo deliberado.
Geralmente não entendia o porquê dela ser tão amada e aplaudida por todo o povoado de Tóquio após enfrentar arruaceiros na porrada, ao invés de ser tratada como uma pessoal normal. Ela desejava ser reconhecida também fora do disfarce, todavia agindo diferente ou tendo uma vida pessoal exaustiva.
Foi uma responsabilidade e tanta aceitar proteger sua nação, porém, era obrigada a ser sigilosa com a sua identidade. Se ela falasse, a pessoa sofreria problemas iguais aos da heroína.
Ser a L- e ser a . Todo dia surgiam pressões e dúvidas de ambas personas através do codinome menos discreto que demonstra a selvageria e sedução, através das péssimas piadas e trocadilhos com o azul das madeixas onduladas.
Viver como a heroína de Tóquio era algo inexplicável e dito por “inexplicável”, era algo que ela não sabia como descrever. era sempre atirada e ácida dentro daquele uniforme, isso até mostrava um pouco de seu verdadeiro eu. Se iludia e sempre ansiava por um caso amoroso, mas era apenas um tópico, já que para
Makoto e outros rapazes, só existia a deusa maldita dos cabelos oceânicos.
Ninguém no mundo gostaria de mostrar sentimentos para uma asiática tão falante e amante de jogos retrô. Aquele pedaço de inocência sonhadora querendo ser salva e amada por outro mascarado, a perfeita reencarnação de uma iludida atrás de um príncipe sentado em um cavalo branco, onde ambos são destinados a ficarem juntos em outra vida.
Ela imaginava diversas vezes como seria a reação do Yamato se ela falasse que era sua amiga colorida, entretanto, isso aconteceria de um jeito bem estranho, já que teria que encarar os cabelos escuros e a própria bochecha vermelha junto ao seu sorriso forçado, então parou de cogitar.
— Ai, Ai — o mascote revirou os olhos — Você é mesmo um caso perdido. Parece que gosta de ser considerada uma foda.
Bom… Certamente, ele não estava errado em comentar algo pesado em relação ao estudante bagunçar os sentimentos dele usando sua dona, não era certo apesar de ela usar a vida dupla sendo seu único alcance nas horas vagas.
— Isso se chama “realidade" elfozinho. — Deu-se de debochada tocando na cabeça da criatura com o dedo indicador — O que você também queria que eu fizesse?!
Contasse pra ele tipo assim: Ah então sabe… Tenho uma coisa para te contar
Mako-chan! Eu na verdade sou a , aquela esquisita que tem uma queda por você desde o primário.
Riu consigo mesma chegando finalmente em seu pequeno apartamento em Shibuya, deslizando a chave na porta.
— , por favor! — Light voltou a falar flutuando pelo ar transformando-se novamente na sua forma habitual — Está só se desvalorizando e sabotando a si mesma. Ele precisa encarar a verdade! O “não" já está anotado na sua lista, falta apenas arriscar.
—Tem razão. — ergueu a cabeça olhando para o teto e depois para o chão —
Bom… Talvez eu faça isso! Será que ele vai me aceitar mesmo assim?
— Se eu fosse você tentava — falou Light sensato — Siga o seu coração, embora não seja tão racional quanto a cabeça.
— É vou mostrar para ele do que sou capaz! — Orgulhosa de si, tirou sua camiseta e calça correndo para o banheiro a fim de tomar uma ducha rápida, não se importando com as peças jogadas pelo chão da sala — Vou tomar um banho e pensar mais nisso, valeu Light!
— De nada, eu acho... — impressionado com tamanha empolgação, Light foi atrás de um kami kami para satisfazer o seu estômago.
Enquanto Kaori se banhava, a água morna que percorria pelo seu corpo era uma reflexão terapêutica através dos conflitos e dilemas que aquele rapaz tão desejável atraía. Foi agradável e tranquilo ficar com a mente aberta em meio aos desejos aflorando, afinal não era mais uma criança, era uma adulta nada conservadora.
Imaginar aquele corpo esbelto e atlético davam nós na espinha, Makoto não tinha o hábito de frequentar a academia todos os dias, porém, era inevitável não olhar o tronco tão definido e sexy que ele tinha. Uma vez, foi desafiada a invadir o banheiro masculino depois da educação física para roubar uma sunga de outro aluno, mas o que ganhou foi seu senpai saindo reluzente e molhado do chuveiro, dando a visão daquele corpo sarado. Analisando as costas e as nádegas tão alinhadas, os fios acastanhados por onde escorriam as gotículas até o chão. Faltou implorar dentro do armário que ele colocasse seus óculos no rosto.
Sua feição vermelha foi explícita, mas não pôde negar o sorrisinho ladino e sacana saído de seus lábios sem querer; estava sem chão e completamente excitada no início. A adolescência foi um pecado, mas graças as bênçãos de Buda, suas preces foram ouvidas.
Ela vivia como se estivesse dentro de um episódio de anime, naquele clássico clichê onde o desejo sexual era caracterizado por sangramentos nasais ou desmaios com estrelas nas íris dos olhos, para identificar algo chocante pegando-a desprevenida.
O tempo adiantou tão rápido que nem ela mesma notou a oportunidade. , achava uma merda conseguir fazer sexo controlando outra pessoa na cama, mas soube dividir os problemas e desabafar tudo de forma simples e abertamente — só quando não abre as pernas —, Makoto tinha um bom senso de humor. Procurava sequer algum defeito entre eles e ia tudo além do tato ou qualquer coisa relacionada a contato íntimo.
A nipo-americana raramente tinha o hábito de se masturbar pensando no rapaz. Era só um privilégio chato conter orgasmos sozinha, aliviar tensões era um inferno! Explorar as principais zonas erógenas femininas gerava cansaço nela, apenas ali mexendo seu mouse e virar de cara pra parede fria depois de um encontro casual lá embaixo com a mãozinha amiga, outrora virgem, contudo carente e insatisfeita.
A cama ficou espaçosa demais sem seu japonesinho acariciando seus cabelinhos azulados enquanto quase dormia sob a coxa dele cantarolando o refrão repentino de Mayonaka no Door.
Sorria e suspirava apaixonadamente ao se perder com tantas memórias doces dele. Terminando seu banho, a asiática vestiu suas roupas, secando os cabelos com a toalha. Aparentemente, não estava exausta igual a todos os dias perseguindo vilões num jogo de gato e rato. Ela estava pronta e tomou coragem após refletir várias vezes na confissão que faria para o rapaz. “Light mostre sua luz”, com o comando automático para se transformar, a heroína entrava em atenção junto a pose blasé exagerada de “entrar em ação”.
Não era burra quando se tratava de usar os poderes para resolver problemas pessoais, isso lhe assombrava de vez em quando, entretanto, era a sua única chance de revelar a verdade antes que fosse tarde demais. Pulou da janela do quarto, assim seguindo em frente até a casa de Yamato.
[...]
Makoto nunca imaginou estar falando com aquela mulher tão estranha e calada. Inesperadamente, alguma coisa nela lhe dava incômodos ou certa coincidência, pois, aquela voz arrastada e doce quase era comparável com a de quem ele tinha curto-caso secretamente: L-. A super-heroína mais superestimada de todas as partes centrais da capital.
Ainda preso e admirado na conveniência de doces, ele começou a colocar tudo o que tinha vontade em seu carrinho, como várias guloseimas, sorvetes e, por último, seu precioso refrigerante yummy para afogar os demônios de seu estresse matinal quando fosse preciso.
Logo guiava seu carrinho de compras em direção ao caixa, mas sem querer, Yamato acabou esbarrando em uma pessoa pra lá de familiar: Hitomi, que estava fazendo seu próprio estoque de chocolates com pedaços de frutas — eram os favoritos dela. Ela iria voltar ao trabalho em poucos minutos, pois, seu turno da noite era bastante curto.
O relacionamento com sua ex colega do fundamental estava mais para uma amizade de longa-data. Sempre que a encontrava, fazia caretas ou expressões faciais engraçadas para ela, gostava de ouvir sua risada.
— Yo, Yamato-kun! Que prazer em revê-lo! — Makoto apertou a mão dela educadamente.
— Coincidência você estar por aqui. — Riu baixinho — Como vai a vida, gatinha?
— Na medida do possível… E você? Anda estudando muito? Namorando alguém especial? — Quando ouviu a garota mencionar aquilo sua expressão se fechou aos poucos.
“Namorar outra pessoa está sendo a decisão mais difícil do que eu imaginava”
— Depois da Tomoyo, andei solteiro e trabalhando nos tempos vagos. Como de praxe... — Afirmou ele, sério. — Sabe como é, né?
Tomoyo Katsuo foi o único e primeiro término recente dele no qual se chateava só de relembrar, a garota era de um lar deveras rígido e prepotente, vivia forçada a seguir rótulos que não queria e também foi mais um motivo de término, pois, seus pais não a queriam em um relacionamento amoroso na vida universitária.
Ela prometeu para Makoto que sairia de Seul e voltaria por ele, entretanto, Makoto caiu em uma armadilha. Ele descobriu que a sua ex se apaixonou por um outro rapaz; um cantor coreano de boyband R&B. No começo, riu pensando em que ela estaria contando uma piada, mas realmente estavam juntos — típico fanzine ruim saído de um evento nerd.
As fotos do casal famoso surgiram em vários jornais e páginas de fandoms na internet. Tomoyo e Lee-Hyun, o ultimate de todo mundo não estava mais solteiro, ele só roubou a mulher que era de outro cara. Digno filho da puta milionário!
Yamato amou a garota com todo o seu coração, de vez em quando sorria sozinho ao lembrar dela cozinhando Temaki de salmão, só vestindo uma blusa dele ou dançando e fumando pela sala tocando versões japonesas de seus grupos K-pop. “Azar no amor, sorte no anime”, sussurrou a frase icônica dos bons tempos. Era bem ridículo, porém, qualquer coisa naquela época tão inocente, onde juntava vários meninos rejeitados pelas garotas porque só falavam sobre: Naruto, Death note, Fairy Tail, One Piece, Bleach; entre outros animes shounen que Yamato achava uma tremenda porcaria. Ele só não mostrava sua opinião porque tinha medo de apanhar.
Num instante, viu a mulher rir diante de sua reação, percebendo apenas pelo tom da amiga como ela estava em relação a vida amorosa.
— Entendo como se sente… Estou casada, mas também vivo dando sumiço no meu marido... — Revelou um pouco insatisfeita — É verdade que a Tomoyo está namorando o Lee-Hyun do Sunrise Flower?
O japonês quase se alarmou pelo susto, seus olhos ficaram perceptivelmente maiores. Não esperava a notícia se espalhar.
— Deve estar feliz com ele. — divagou dando um passo à frente até a fila: — Não me importo.
— Hm… Tem outra pessoa? Ou está só me enrolando? — Sorriu ladino, reparando no semblante confuso do garoto — Pode me contar se quiser.
— Você não entenderia. — revirou os olhos diretamente para a televisão ligada no noticiário onde anunciava diariamente os maiores feitos dos super-heróis de Tóquio. A mascarada que tanto desejava, mandava beijos para os telespectadores saindo inesperadamente. — Não entenderia mesmo…
As lentes de seus óculos fitavam as curvas da azulada no traje colado, soltou um riso sem querer, era impossível esquecê-la.
— Independente quem for espero que não vá te abandonar por um idol! — cutucou na ferida dando leves tapas nos seus ombros — Nos vemos por aí preciso voltar a ativa.
— Bom serviço! — Acenou para a colega olhando-a de relance.
Voltando sua atenção para o caixa, ele pagou pelas compras e carregou as determinadas sacolas até sua bicicleta, sua próxima parada era chegar em casa. Ou melhor… Jogar e se divertir sozinho pelo menos uma vez sem depender de ninguém.
Makoto mais se sentia nervoso lidando com tantas pessoas diferentes ao seu redor, elas não riam ou entendiam suas piadas. Só conseguia pensar e recordar da voz de Tomoyo dizendo que o ama e no mesmo segundo L- dizendo que nunca o abandonaria, uma tremenda montanha russa de emoções invadiam seu subconsciente.
Sonhava alto na possibilidade de um dia poder amar aquela azulada fora da máscara, era irreal toda aquela fantasia. Quando algo o incomodava bastante, conseguia deixá-lo ansioso cada vez mais pela verdade.
Pedalava e ouvia músicas no seu iPod, tendo o apoio de suas mãos nas sacolas para que não caíssem dos guidões, sua distração foram as cerejeiras caindo pelos seus ombros naquele outono tão pacato. A noite brilhava por Shibuya, Yamato sentia que viveria algo mágico e inesperado, só não sabia de fato a resposta, então restou ver para crer.
Quando chegou em casa, Makoto tirou seu paletó e afrouxou a gravata, ficando apenas com sua camisa de botões de ombros à mostra, jogou os trajes sociais pelo braço do sofá e colocou as sacolas no chão, retirando por fim seus sapatos de couro. Como a casa já estava toda organizada, ele guardou tudo nos armários e geladeira. Exceto seu cigarro Sevenstars de filtro vermelho do qual encaixou nos lábios acendendo a chama que seus pulmões imploravam, após horas lidando com a abstinência, ao que bronqueava Yoda, um felino rajado cinza, por seus miados em súplica para comer ainda mais. Depois que trancou a porta, se deitou exausto no sofá, ligando a televisão em algum programa aleatório do NHK.
Até o momento, não havia nenhuma novidade em seu celular enquanto apagava diversas notificações inúteis. Nem uma mensagem de seus pais ou de amigos, Makoto sabia ser extrovertido no mundo virtual, porém, quando aquela colega mencionou sobre seu antigo relacionamento ficou puto e sem chão. Nem suas provas semanais online o deixavam tão enfurecido quanto ter aquela mascarada longe, pois só desejava saber a identidade dela.
Para passar o tempo, Makoto decidiu pentear os pelos de Yoda e tomar um banho. Mesmo debaixo do chuveiro, não conseguia pensar em outra coisa que não fosse a amante ou sua ex-namorada. Era um homem completamente confuso e sem saída.
Vestiu roupas leves e habituais entrando no quarto e sentou-se na cama tendo como fonte de distração sua televisão de tela plana ligada com o seu PlayStation 4 Pro. Selecionando Yakuza 0 no menu de opções, animado após aguardar várias semanas chatas para poder finalmente zerar o tão bem falado jogo da SEGA.
Já tinha cumprido todas as suas tarefas e estar parado o deixava ainda mais entediado do que antes, então jogar era seu único meio de tranquilidade para não acabar morrendo no antojo da noite.
Apertou start e começou sua jogatina, fazendo os mini-games do Karaokê e cantarolando Baka mitai, junto a Kiryu. Estava tudo nos eixos, até que, sua janela foi aberta por uma invasora. O japonês sentiu mãos pequenas descerem até seu peitoral e um respirar fraco perto da orelha, fazendo-o se assustar um pouco, mas não totalmente, aquela mulher era intimidadora até demais para desconfiar.
A canção ainda soava pelo ambiente criando um clima inesperado entre eles:
— Oyasumi… Mako-chan! — A azulada falou antes de aproximar os lábios no pescoço alvo de Makoto, dizendo em um tom levemente suave e sedutor.
Fingindo não dar muita importância o maior então disse:
— Demorou muito para aparecer. — Respondeu seco, algo que ela gostava nele —
Estava perseguindo vilões não estava?
— Oras… É o meu trabalho, pelo menos não esqueci do meu docinho... — Riu dando um beijo estalado na bochecha rosada se atrevendo a bagunçar a sua franja — Me atrasei? — Irônica e cheia de si ameaçou a sentar entre suas pernas colando mais seu corpo contra o dele.
— Não, não, você chegou foi é tarde! — Pausou a partida, pegando-a pela cintura tirando o corpo dela acima do dele, a azulada deitou na cama emburrada — Vou zerar Yakuza e você vai só ficar me olhando.
— Pff… Vai me trocar por um GTA japonês? — Indagou incrédula cruzando seus braços com uma expressão triste — ‘Tá falando sério?
— Yakuza não é um GTA! Começou errado. — a corrigiu, guiando Kiryu até a missão, ele parecia concentrado.
— Hm… Não brinca! — apoiou uma das mãos no queixo — Já que esse joguinho é tão importante, você não vai ligar se eu te dar uma coisa enquanto faz as missões né?
— Vai me dar o quê?
— Quer descobrir? — lambeu os beiços.
— Só me diga do que se trata!
— Ai como eu amo a sua curiosidade Mako-chan... — sussurrou atrevida, deslizando as mãos enluvadas pela coxa dele, chegando até a barra da camisa com o dedo indicador a levando até sua cabeça arrancando-a sem perceber, e logo estava a peça caída no chão.
Sua amiga azulada teve a majestosa revelação daquele tanquinho que tanto amava, com a mão direita foi deslizando devagar até o cinto do rapaz, mas antes dela o despir por completo foi impedida ao ter sua mão parada pelo mais velho.
— Melhor não ir longe demais. — estendeu as mãos até o queixo de , levando o olhar para ele. Ignorou rapidamente seu sermão assim agachando no meio de suas pernas. — Sabe que nunca fiz isso com você… Bom eu tentei sozinho em uma escapada ou outra nessa semana, mas só isso!
Pode até ser besteira mencionar isso, mas Makoto nunca foi tocado daquela forma pela garota desconhecida. Era algo que tinha muita vontade de experimentar, não apenas tê-la nua na cama e só fazer tudo sozinho, como era antigamente com a ex-namorada.
— A companhia da sua mão não foi o suficiente então? — Sorriu lasciva mordiscando o lábio inferior, de modo lento esteve em pé colando seus peitos no peitoral do estudante e colocando os fios de cabelo atrás das orelhas. Makoto, não conseguia mais se concentrar, ele já tinha um jogo muito mais excitante: a heroína sexy de uniforme colado que empinava sua bunda e aumentava o busto. Quase um padrão de modelo Weekly jump — Se eu roubar um beijo seu? Será que vai estar à minha altura?
— A que critério? — Ele ajeitou os óculos que caíam toda vez, ao notar a heroína tatear os polegares no seu lábio estava doido para receber mais um beijo, louco para outro round, embora recusando e omitindo. — Sabe me dizer?
— Ao nosso é claro! — A heroína respondeu dócil, porém, sem deixar aquele toque de malícia colocando as mãos na cintura fina. se divertia vendo o olhar de Makoto caindo sob seu corpo. Pobre coitado, parecia que nunca tinha visto uma mulher tão séria.
— Certo! — Ele respondeu prontificando-se e se levantando, a nipo-americana não entendeu — Então quero ver a sua surpresa da vez!
— Tem certeza?
— Claro que tenho! — Desistiu de prestar atenção na gameplay aceitando a proposta da mascarada — Você pediu então eu quero ver do que é capaz!
— Oh… Tudo bem! Vou mostrar os meus truques secretos para você! — O empurrando devagar, ela levantou saltando no colo do estudante igual a uma felina selvagem, e ele notou a bunda rebolando na região pélvica pra cá e pra lá.
A tensão sexual ali era gritante, e isso fazia a nipo-americana querer gargalhar aos montes, visto a reação do rapaz. Oras, ele era mais alto do que ela, mas ao mesmo tempo tão difícil. Era quase um pecado corrompê-lo em outros padrões… Então era exatamente isso que ela iria fazer!
Uma mão pelo pescoço dele e a outra virava gentilmente seu rosto para a altura dela, tirando os óculos de seu rosto fino e por fim lhe fazendo beijá-la.
Os lábios manchados de batom escuro eram deliciosos, assim como tinha experimentado várias vezes. Ela ditava o ritmo do beijo e como ele pensava, continuava intenso logo de primeira. Yamato se sentia quente a cada momento, e isso só se intensificava com a mulher passando suas unhas grandes em seu pescoço e começo de costas, enquanto a outra partia direto para sua barriga, repleta de marcas de leves arranhados. então quebrou aquele contato com as línguas, só aquele roçar já havia feito o Yamato ficar febril e animado outra vez, e largando o controle de mão, o olhou por detrás da máscara.
Ele pedia por mais e então a puxava mais para perto de si, Makoto ainda perplexo e maravilhado com os toques dela em cada região do seu corpo, não conseguia parar de olhar para o decote alinhado da heroína, pedia para descer o zíper e ter aquele par de seios avantajados na sua cara.
— Você é bem mais ágil do que eu imaginava, docinho, mas vamos ter que fazer uma brincadeira melhor... — falou contra os lábios dele, depois deu um selinho breve, saindo de cima do japonês — Tudo bem pra você?
— Eu aceito tudo que você quiser princesa… — Disse em transe, olhando-a com os olhos semifechados, fazendo dar um sorriso satisfeita.
— Ótimo… — Falou virando o rosto dele para frente, fazendo-o olhar para a própria virilha. Ajoelhou-se a garota tendo, então, como dar continuidade ao que faria antes — Agora olhe bem para si. Vai ver as maravilhas que eu posso fazer com você. — Disse orgulhosa, segurando o queixo de Makoto com a mão que passou pelo pescoço dele.
Com a outra mão livre, então a levou até a barra da calça do rapaz. Com uma agilidade que surpreendeu Yamato, ela arrancou seu cinto brutalmente e abriu o zíper da calça jeans e o botão de cima, liberando aquela área para Makoto e si. Vendo a cueca boxe preta já com a ereção proeminente do rapaz, deu uma risadinha lasciva que fez o japonês engolir seco, e responder fisicamente à provocação, pulsando.
— Nossa! — falou, quebrando o silêncio, o que deixou o rapaz ainda mais nervoso, porém, excitado por conta do tom de voz da garota. — Eu nem te toquei e você já está assim?
Ela provocou. Makoto não conseguia dizer nenhuma palavra, apenas deu um suspiro.
— Tudo bem, vou entender isso como um sim — A mascarada riu — Mas e se eu fizer isso?... O que será que vai fazer hein amor? — Despretensiosa, ela colocou a mão dentro da peça de roupa, tirando o órgão duro de lá, liberando-o daquela prisão de tecido.
— Ah, Sugoi! — Ele apertou o lençol do futon, sentindo seu membro enrijecer e latejar cada vez mais na mão da jovem.
— Então o gatinho aqui é sensível? — perguntou, e Makoto apenas concordou com a cabeça — Que adorável! Vou amar brincar com você assim!
Seu tom soou sádico, e de forma inusitada, o Yamato começou a liberar mais pré-gozo de sua glande, surpreendendo a azulada:
— Então você gosta quando eu sou malvada? Como você é sujo, Mako-chan! — O provocou, mordendo-o na orelha e apertando em sua glande com o polegar, começando o movimento lento de masturbação — Mas se você quer uma garota má… — Estalou um beijo na bochecha dele, aumentando aos poucos o movimento anterior — Você vai ter!
seguia um ritmo médio com sua mão, enquanto o rapaz ofegava e sentia que sua cabeça ia para os ares com tudo aquilo. Seu órgão não parava de pulsar na mão da heroína, ansiando para chegar ao clímax logo. Com sua respiração descompassada e expressão de luxúria, Makoto experimentava um prazer que nunca havia tido antes. Queria mais. Queria estar dentro daquela mulher de novo, a foder de todos os jeitos possíveis. Pensar naquilo de olhos fechados como estava e sentir o toque da mão dela só o deixava mais louco ainda.
— …— Makoto a chamou, segurando-a no braço. Estava bêbado de prazer.
— Eu não falei que você podia tocar em mim, ou falei? — Ela falou diminuindo a velocidade da punheta que estava fazendo.
— Eu preciso de mais… — Pediu baixo, quase inaudível.
— O que disse? — A mascarada perguntou confusa.
— Eu preciso de mais! — Makoto falou sério, virando o rosto para frente ao dela, segurando a nuca da garota em seu ponto mais sensível e a ouvindo suspirar — Me dê mais disso, por favor! — Ele suplicou com sua voz rouca, que fez ficar mais excitada do que gostaria.
Eles se olharam por um momento, perdendo-se um na imensidão azul da outra. Não tinha o que fazer, estavam os dois em ponto de bala e a moça sabia disso. Seria rápido, então não teria problema. Em silêncio, a garota ainda ajoelhada na cama, abaixou o tronco, ficando de quatro. Com a cabeça perto do membro dele, não tardou em começar o que não tinha terminado. Makoto jogou a cabeça para trás, e colocou a mão direita no cabelo dela, ajudando no vai e vem rítmico que a jovem estava fazendo.
— Isso… Kimochi! — Ele grunhiu entrelaçando a mão no cabelo dela, movendo sua cintura pra cima e pra baixo, estocando na garganta da garota.
Querendo agir mais, Makoto moveu sua mão esquerda para o zíper do uniforme, que estava caindo lentamente tendo a visão gostosa de seu corpo atlético, era o desejo de qualquer homem. Viu os lindos seios de bicos tão rosados, mais abaixo pôde encontrar e invadir sua intimidade escondida por uma simples calcinha que fora empurrada de um lado.
Ele seguiu sua intuição e deixou as bobagens que Hitomi falava sobre Tomoyo para trás, e então masturbava a jovem em seu próprio ritmo. Sentia seus dedos mais molhados e a asiática gemer ainda mais contra si, então sabia que logo ela ia gozar, assim como ele. Aumentou a velocidade das estocadas, sentindo o interior dela se contrair.
— Hmf Mako-chan… — gemeu contra seu membro, o masturbando enquanto sentia o clímax vindo — Eu vou gozar! — Avisou e num estalo de ideia, Makoto a fez voltar a chupá-lo e a penetrou com o dedo em seu ponto fraco, fazendo-a gozar no instante, melando sua mão.
— Agora você é uma boa menina. — Disse massageando os lábios inferiores dela com os dedos, a penetrando novamente e a fazendo gemer — Seja uma boa garota e me faça gozar — Entrelaçou os dedos na base dos fios azulados dela, ainda estocando sua boca. Deu um pequeno sorriso malicioso para a moça, que o olhou de forma surpresa, mas logo tratou de obedecer.
acompanhou o ritmo das estocadas e lubrificou bem com sua saliva todo o órgão do rapaz. Usava sua língua com destreza, passando-a na glande e no corpo, sentindo as veias latejando. Aquilo estava sendo o céu para o Yamato. Nenhuma punheta superaria aquele boquete.
Makoto estava fodidamente intenso ao receber aquele oral tão gostoso de sua garota favorita, todavia sentia dó em vê-la gozar sozinha de joelhos, e teria que pensar num perfeito grand-finale.
Através do sorriso malicioso, ele notava que qualquer coisa dele a agradava também,o então o rapaz que não era bobo nem nada, ordenou:
— Espera, levante-se. — Pediu se controlando e viu a heroína sair da posição que estava para se aproximar dele.
— Você não quer mais? — ao parar os movimentos encarou as íris castanhas próximas ao seu rosto.
— Quero, mas é meio injusto ver você aí sofrendo — Disse sincero — Deixe eu cuidar de você, quero fazer isso do nosso jeito.
— Tem certeza?
— Sim! Venha baby, agora é minha vez de jogar este jogo!
— Acredito que esse tenha sido um dos melhores boquetes que eu tenha feito! —
disse sorridente indo até ele.
— Eu adorei — Ele disse sem jeito — Nós nunca chegamos a esse passo né?
— Chegamos e foi muito bom.
— Mas chega de enrolação… Agora eu quero ir até o fim!
— Hm, bom garoto!
se separou dele, ficando imóvel e levantada em sua frente, vestindo aquela calcinha azul encharcada a máscara e luvas bloqueando o tato e a cor de seus olhos, livre da roupa desconfortável que era obrigada a usar. Makoto mordeu os lábios preso naquele paraíso erótico, juntos no clima gelado e satisfatório o japonês começou a brincar com os seios que ele tanto desejava os apertando sem escrúpulos. arfava e se arrepiava a cada minuto com a língua áspera chupando seus mamilos, mexeu a cabeça para todos os lados que pôde, ele fazia um trabalho excelente. Vendo a sua amada desesperada e sedenta por mais, logo a empurrou prensando-a no colchão tendo seu peso contra o dela, dando um beijo casto na nuca delicada.
Não demorou para as unhas pegarem de jeito nas suas costas, e ela invadir seus lábios beijando-os tão ferozmente que o deixou sem fôlego mais uma vez. Partindo os toques para o pescoço, seguindo do colo dos seios e indo até a barriga, até chegar em seu sexo.
Ao se livrar da calcinha não demorou para chupá-la e fazê-la gemer alto. levantou a cabeça e segurou mais as costas dele graças ao prazer que sentiu, se entregando toda para o homem. Makoto foi perverso, dando atenção total ao clitóris sensível e conseguia intensificar tudo ao introduzir os dois dedos nela.
— Kimochi… Mako-chan, por favor não pare — implorou de olhos fechados, tombando a cabeça no travesseiro.
Ela amava ser tocada por aquele homem, nenhuma sensação era discutível quando o assunto era ser masturbada por Makoto Yamato. Foi como uma viagem sexual sem precisar fazer as malas. As pernas finas da parceira estavam bambas pelo calor excessivo, até que o estudante parou, fazendo-a soltar um gemido querendo mais. Estava tão necessitada na hora, esquecendo da promessa que havia feito para si mesma.
— Se for para gozar, que seja também com você. — Ele falou pegando na cintura dela, abrindo um preservativo logo em seguida colocando-o em seu pau dotado.
A azulada segurou seus ombros e apenas aguardou. Yamato então pôde enfim colocar gentilmente seu órgão dentro dela, vendo-a estremecer jogando a cabeça para trás. Ele pegou as pernas da asiática e as envolveu em sua cintura, começando os movimentos lentos.
estava quente e molhada, uma combinação que o atiçava. Após dar um grunhido, intensificou a velocidade e força das estocadas, fazendo sua parceira se segurar mais forte em seu pescoço.
Os dedos dele alcançaram seus seios os apertando e girando os mamilos em sentido anti-horário isso estimulou muito mais na penetração.
— Mako-chan, isso está muito bom!
— Você é uma mulher tão linda — gemeu junto a ela, levando sua boca até o pescoço dela dando fortes chupões — Eu quero te fazer feliz, feliz pra caralho! — Mordeu sua orelha e apertou com força a bunda da nipo-americana com uma das mãos, enquanto a outra forçava sua cintura.
— Hmf… Daisuki! — a voz fina entre os gemidos baixinhos, fizeram o rapaz sorrir vitorioso.
A sensação de ouvir tudo aquilo e vê-la o sujar inteiro fez Makoto gozar junto a ela em um grunhido fervoroso. Seus jatos eram intensos e seu órgão duro pulsava dentro dela, lhe causando mais prazer.
sentia seu íntimo quente, com um pouco de gozo saindo para fora de seu canal e a melando mais. Logo Yamato a soltou devagar, tirando seu membro de dentro dela aos poucos, fazendo seu sêmen em excesso escorrer por suas pernas. Makoto jogava o preservativo usado na lata de lixo percebendo a heroína exaustiva, deitando-se em frente a ele com as madeixas oceânicas jogadas em toda sua face. Os olhares de ambos eram distantes, mas se mantiveram sensíveis, Makoto sabia disso, todavia a moça estava escondendo algo.
— Você precisa descansar — Beijou sua bochecha abraçando-a por trás — Acho que nós dois exageramos tanto que esquecemos de conversar.
— Te direi isso na hora certa, mas primeiro… Preciso tê-lo aqui, porque não vou ter coragem de contar.
— Espero todo o tempo do mundo que precisar para saber quem você é — beijou sua testa — Aishitemasu. — Sussurrou o mais baixo possível, não tinha coragem de dizer que a amava fielmente.
[...]
Ao vestirem suas roupas de volta quando se limparam após o ato, estava pensativa e de cabeça encolhida no ombro do estudante, que lhe fazia carinho nos cabelos e em sua bochecha com os dois anelares. A mascarada parecia relaxada, e estava adorando receber aqueles carinhos que estava acostumada, mesmo não tendo a coragem de contar para ele quem realmente era fora daquele corpo, no qual pertencia apenas na sua imaginação.
— Yamato-kun… — O chamou cautelosa.
— Sim?
— Nossa vida sempre será voltada a isso? Uma noite de sexo e conversa?
A pergunta pegou o garoto de surpresa:
— Para ser sincero também andei meio distraído. Fiquei refletindo este assunto no trabalho... — Acariciava o couro cabeludo com as costas da mão — Minha vida anda uma merda, às vezes sinto falta da minha ex, às vezes penso em você. Estou me achando um caso perdido!
— Entendo como se sente... — suspirou — Quer mesmo saber porque não revelo a minha identidade para você?
— Nunca foi um pedido. É meu sonho saber quem você é! — Enfatizou contente —
Então me conta, por favor!
sentiu seu rosto vermelho por um segundo, mas de fato não era uma ideia ruim já que para ela, estavam faltando sinceridade entre eles. Já foi a quinta vez que a garota transava e dormia com Makoto sem contar a verdade, e isso só tornava tudo ainda mais emocionante para ela.
Sem pensar mais, a asiática levantou de seu colo engatinhando até a cabeceira, Makoto foi até a azulada e pegou na sua destra entrelaçando seus dedos, engolia em seco, tinha medo do que diria.
— Pense comigo, e se eu fosse mais baixa? Uma colegial genérica saída de um
Shoujo? — Deu pistas sobre sua personalidade, Makoto não entendeu direito.
— Como a Usagi Tuskino? — Referiu-se ele à personagem principal de Sailor Moon, depois, completou com mais um personagem do anime: — Ou como a Minako Aino?
— Ami Mizuno — Disse o único nome a pensar — A Sailor Mercury! ela tem poder de água e cabelo azul né?
— Verdade! — riu — Uma perfeita e linda garota de óculos!
— Linda não seria o termo... — gesticulou nervosa — Ela também pode ser sei lá, uma stalker que te aguardou a vida inteira desde o ensino médio.
O garoto ergueu as sobrancelhas surpreso:
— Nossa! — exclamou — Eu era feioso nessa época, usava um aparelho azul e ficava com os esquisitos, bom foi assim durante o primeiro ano até eu conhecer a Tomoyo e ter me adaptado em outro estilo de vida.
— Você foi administrador do clube de esportes e jogador de baseball. — deixou escapar sem querer.
— O quê?! Como sabe disso?
— Ahn eu disse algo errado? — Se assustou com a própria pergunta — N-não eu
falei errado, não sou a …
Makoto se prontificou e ajeitou os óculos, confuso, pelas pistas da mascarada. A moça ainda sem reação por isso, ficou com o semblante terrivelmente cabisbaixo tinha vontade de enterrar sua cabeça dentro de um buraco fundo.
— Kaori Wilde? — falou o nome da persona real extremamente alarmado.
A azulada então assentiu que sim, saiu de cima da cama do estudante ficando em pé para ele. Levantando a cabeça por fim dizendo a palavra chave que desfazia sua transformação: “Apagar Chamas”.
Toda a imagem bela e sensual que ela tanto escondia foi apagada de vez da memória dele. O rapaz ficou boquiaberto sem palavras e tendo o coração acelerado e palpitando dentro do peito, as bochechas do rapaz se tornaram rosadas, não sabia de fato o que falaria para ela.
— Vai diga alguma coisa... — Falou chorosa escondendo um lado da face com a mão
— Me desculpa por isso! Sei que estou longe de ter algo com você.
— Er… Eu não esperava, era, era, você esse tempo todo?! — devastado com a verdade exposta em sua cara, faltava palavras de sua boca — Por que mentiu para mim?
— Desculpa! — Uma lágrima se atreveu a cair nos seus olhos.
— Pare de se desculpar! — Gritou apertando os braços da jovem — Vivi um romance proibido este tempo todo com a garota que sequer falava comigo? Eu joguei tantas cartas suas no lixo, te rejeitei e nem ao menos percebi você na minha vida.
— Porque você ama a e não eu! — Se afastou dele — Mas eu te amo, sou a mesma pessoa! Você não percebe isso porque é um babaca egoísta! Um fodido e mal-amado!
— Espera aonde você vai? — Seguiu os seus passos até a janela, ele pegou no seu punho a impedindo de ir — Não pode embora, precisamos resolver essa situação!
Ele foi calado com apenas um beijo de despedida, agarrou sua cintura e suas mãos subiam até as costas dela, mas a jovem o impediu e voltou respirar. A relação não daria certo, Light estava certo e chegou à conclusão que o deixaria pelo seu próprio bem.
— Isso é para proteger a nós dois. — Disse por fim encontrando a janela meio-aberta — Não podemos ficar juntos, Sayonara, Mako-chan.
— !
Naquela noite ela despareceu, o coração do rapaz doía profundamente pelo arrependimento, as mentiras sempre podem destruir qualquer segredo ou até mesmo um relacionamento. Makoto virou para a janela encarando a noite estrelada e a nipo-americana sumindo com seu disfarce.
Um dia a teria de volta, mas teria que mudar o seu pensamento idiota e infantil para conquistá-la do zero, todavia em outra vida.
Ele estava apaixonado por .
Fim.
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