“Às vezes fico com saudades de momentos que eu ainda não vivi...”
A campainha de casa toca mais uma vez. As batidas do meu coração entram no compassar daquele botão. Ding Dong… esse som toda vez que passa pelos meus tímpanos me faz querer gritar de felicidade. Me vejo correndo por toda a casa e chegando até a porta, mas não é você que está ali. Minha saudade de você vai me envenenando aos poucos. Abri a porta e era o meu irmão mais velho. Entrou, sentou-se no sofá e ligou a TV; deu-me um beijo na testa antes que eu voltasse para a minha solidão; para o meu mundo de fantasias onde tudo é perfeito.
Sentar na cama, ligar o som, trancar a porta, apoiar o notebook no colo e mergulhar nas palavras que pulsam em minha mente, virou uma rotina incansável. Do meu quarto eu pude ouvir os gritos do meu irmão. O time dele estava jogando.
— Para de gritar! Está louco? – Fui furiosa até a sala só para dar uma bronca no Vavo.
— Hã? – Pegou o controle e abaixou o volume da TV; o Inter estava ganhando. – O que foi, pirralha?
— Para de me chamar assim e abaixa essa droga de TV!
— Está incomodada, é? – Olhei para ele de cara amarrada e afirmei com a cabeça. – A porta está ali. É só sair.
Depois que terminei com o Lucas, eu e o Vavo, meu irmão, vivemos brigando. O Vavo é o melhor amigo do Lucas, companheiros de banda, de baladas. Já nem me lembro mais a quantidade de lugares onde esses dois já foram juntos.
— Ok. Se for isso que você quer... quando acordar amanhã de ressaca por causa da vitória do teu time, eu não estarei mais aqui para te incomodar.
Falei indo direto para o meu quarto e tranquei a porta. Nem percebi a cara de idiota que ele fez ao possivelmente presenciar a minha fúria.
— Hey! – Ele me gritou, mas eu tranquei a porta antes que ele entrasse junto comigo. – Abre essa porta, guria!
— Não enche o saco, Gustavo! - Não me lembro da última vez em que eu o chamei de Gustavo. Aliás, a primeira palavra proferida por mim foi “Vavo”. Eu não sabia falar o nome dele direito.
— Abre essa porta, sua teimosa.
— Vai ver teus jogadores na TV. Anda! Vai logo e me deixa aqui sozinha.
As lágrimas do meu rosto rolaram e a mágoa apertou ainda mais o nó em minha garganta. A dor que eu sentia no coração não era do meu irmão; na verdade, a carrego no peito desde o dia que eu vi o meu grande amor saindo por essa mesma porta. Me deixando sozinha.
— Deixa eu te ajudar, por favor. Eu sou seu irmão e não irei sair da frente dessa maldita porta enquanto você não me deixar entrar.
Seu tom de voz me lembrou os tempos de Porto Alegre; nessa época, e agora também, ele me defendia dos valentões e de qualquer um que me zoasse. Eu era “bobinha” e não via malícia nas atitudes das pessoas. Pelo visto até hoje isso acontece.
Abri a porta e o deixei entrar.
“Às vezes perco a vontade de sentimentos que eu ainda não senti...”
Eu me sentei na cama e dei play na música. Apoiei o notebook em meu colo e voltei a escrever. Ele entrou e sentou-se na ponta da cama e nada proferiu. Faz quase 5 meses que eu terminei com o Lucas; na verdade, nós dois terminamos. Éramos um casal relativamente feliz, descontando, somente, as nossas discussões por causa das fãs.
— É apenas uma fã, minha querida!
Ele sempre me dizia isso ao ser indagado do beijo desentupidor de pia que ele havia dado na tal “fã”. Nunca acreditei nessa história: “É apenas uma fã, minha querida!”, comigo isso não cola mais. Eu também sou fã dele e o que foi que ele fez? Me levou para cama e me pediu em namoro. Infelizmente o lado mulherengo do Lucas aflorava de vez em quando. Mas trair não era algo peculiar dele...
Vavo não me disse nada; apenas sentou-se na ponta da minha cama, pegou o controle da TV e ligou. Continuou a assistir ao jogo. Eu estava quase imóvel lá no meu lugar.
— Passa a bola! Passa a bola! ... – ele gritava irritado. – Passa o caralho da bola seu infeliz!
Qualquer jogo do Inter o deixa desse jeito. Até mesmo um reles jogo do campeonato gaúcho – levando em conta que moramos em São Paulo e não tem como ele ver o jogo do estádio; ele sente muita falta disso. Enquanto ele xingava, eu tentava não pensar nos momentos em que vivi ao lado do Lucas. Ainda sinto o calor de seu corpo me aquecendo nos dias de frio.
— GOOOOOOOOOOLLL!!! D’Alessandro é o melhor, PORRA! – Gol do Inter. Percebi Vavo!
Antes de o jogo acabar eu comecei a sentir coisas estranhas. Sensações que nunca havia sentido antes. Os calafrios transcorreram por todo o meu corpo. O ar faltava em meus pulmões; eu estava sufocando. Coloquei o notebook em cima da mesinha e tentei me aquecer; vesti meu moletom do Grêmio – meu time – e voltei para cama. Me encolhi. Vavo se virou e arregalou seus olhos azuis ao me ver.
— Está com frio?
— Tu achas?
— Parece que sim.
— Então, não faça pergunta besta!
— O que tu tens, afinal? Ainda está triste?
— Não quero falar sobre isso, Vavo.
— Ah! Quer dizer que agora eu sou o “Vavo”, né? – Me olhou irônico – Sim, porque antes eu era só um “Gustavo” qualquer.
— Não estou para boa papinho furado hoje, Vavo. Não enche e me deixa quieta, por favor.
Não dava mais para esconder a minha tristeza do Vavo. Ele é meu irmão e me conhece a mais tempo que eu mesma me conheço. Por ser mais velho, é claro. Enfim, eu estava muito triste por conta do término do meu relacionamento. Eu ainda o amo e sei que ele retribui ainda este amor. Nosso orgulho maltrata nossos corações.
— Por favor, me deixa ajudar, irmã?
Eu precisava do Vavo.
“Te vejo nas paredes dos hotéis; eu vivo interpretando papéis...”
Já passava das 19 horas quando o jogo do Inter acabou, mas a minha tortura continuou.
— Hein? Por favor, me deixa cuidar de você?
— Apenas me abraça, ok?
Ele concordou e desligou a TV. Logo nós dois estávamos abraçados. Eu tremia de frio; não sabia o que estava acontecendo comigo. Estava tão perdida nos meus pensamentos que nem percebi que meu corpo esquentava mais e mais.
— Maninha? Maninha? - Eu ouvia cada palavra do Vavo, mas não tinha forças para responder com palavras; apenas gestos meus identificavam o que eu queria dizer a ele. – Vou fechar a janela. Você está tremendo de frio, guria.
Caminhou até a janela e a fechou. Voltou e me fez deitar sobre seu tórax que repousava na cama. O ar ainda me faltava nos pulmões. Buscava em minhas memórias alguma explicação lógica para a nossa separação. Não sabia explicar o porquê disso tudo; por que tanto sofrimento em vão? Se nos amamos não vejo motivos para estarmos separados.
Meu corpo esquenta mais e mais. A minha febre estava passando dos limites sentimentais e se tornou caso de internação. Meu irmão me levou ao hospital desesperado. Fiquei com pena dele, pois me carregava para lá e pra cá sem saber o que fazer ao certo. Adentrou o hospital comigo no colo.
— Um médico! Preciso de um médico urgente!
Ele gritava pelos corredores do lugar, enquanto me levava em seus braços. Pela primeira vez, depois do ocorrido, eu me senti protegida de verdade; nos braços do Vavo, meu irmão.
Eu fui internada e enquanto os enfermeiros colocavam soro em minhas veias e oxigênio em meus pulmões, eu pensava, pensava e pensava. Era só isso que me restava a fazer: tentar resgatar o amor que sinto por ele. Decifrei todos aqueles sinais pequenos que ele me deu no passado. Mesmo quando não estávamos nos falando verbalmente, ele tentava, de alguma forma, se comunicar comigo. Através de cartas, sinais corporais, olhares fatais,... tudo isso para me mostrar que a gente ainda existe um para o outro; e que ele não vive sem mim nem eu sem ele.
“Às vezes não sei mais quem sou; me deu vontade de voltar...”
Me sentia perdida dentro daquele quarto frio. O Vavo passou a noite toda ao meu lado. Os médicos disseram que a minha febre não tinha precedentes, digamos, de doença. A minha febre era sentimental. Os médicos perguntaram ao meu irmão se eu não havia passado por algum sofrimento recente.
— Ela terminou um namoro de cinco anos faz alguns meses.
Isso é explicação o suficiente para eu ficar daquele jeito. Minha enfermidade era emocional. Para a minha surpresa, quando eu acordei pela manhã, além do Vavo, ele estava lá.
O Lucas passou a noite ali comigo.
Eu me virei um pouco e pude vê-lo dormindo. Tão perfeito. Logo estava acordado. Esfregou os olhos com as mãos e se espreguiçou manhosamente. Quando se deu conta eu estava olhando para ele. Eu não conseguia falar direito, mas sinalizei para que ele se aproximasse da cama.
— Ali. Que bom que acordou. - Sorri para ele e nos demos às mãos. Segurei forte e tentei falar algo, mas logo estava desfalecida. – Ajuda! Ajuda aqui, rápido!
Vi o desespero dele ao ver que eu estava desmaiando. Fui reanimada pelo médico e voltei a mim.
“Pois eu sei que você quer viver comigo outra vez; que você quer viver ao lado meu até a luz do sol se apagar...”
Eu precisava conversar com o Lucas e tirar tudo a limpo; aproveitar a oportunidade dele por perto e tentar reaver o que erramos no passado. Meu médico me proibiu de falar, porque toda vez que eu fazia isso, toda vez que estava próxima a falar de sentimentos profundos, eu me emocionava e desmaiava. Justamente agora que eu preciso falar eu não posso. Maldição!
Dormi durante horas por conta do calmante que me deram, mas mesmo dormindo, eu pude sentir a presença do Lucas ao meu lado a todo o momento.
— Fico feliz por você estar aqui, Lucas. – Eles conversavam, foi tudo que consegui ouvir. – Ela ficará feliz em poder conversar contigo.
— Eu sei. Também quero conversar com ela.
Apesar de ser meio durão às vezes, o Lucas deixa algumas reações normais de um cara apaixonado escaparem. Como por exemplo, essa atitude dele em vir me ver. Ele jurou que nunca mais cruzaria meu caminho novamente enquanto estivesse vivo. Mas não pode negar que se importa comigo.
Não é que o todo orgulho Lucas Silveira veio me visitar no hospital? Surpreendentemente.
Eu não esperava por outra reação dele a não ser esta.
No dia seguinte àquele eu acordei ainda meio sonolenta por causa dos remédios. Olhei para um lado e não vi ninguém. Olhei para o outro lado e também não havia ninguém. Aonde será que eles se meteram?
Minutos depois uma enfermeira entrou no quarto. Perguntei por eles.
— Você viu aqueles caras que estavam no quarto comigo? Aonde eles foram?
— Sim. Eles estão na lanchonete. Já, já eu trago seu café da manhã, ok?
— Obrigada. Ah, que horas são?
— Já passa das 10h da manhã. - Eu dormi isso tudo? Nossa!
Não demorou muito e meu quarto foi invadido pelos meus amigos. Todos estavam lá para me ver, mas logo tiveram que sair, pois estavam fazendo muito alvoroço no hospital. Quando dei por mim o Lucas e o Vavo já estavam no meu quarto.
— É bom te ver bem, meu amor. – Ele se aproximou da cama e meu deu um beijo na testa.
— Também é bom te ver, maninho.
Lucas estava calado. Vavo saiu para ficar com o pessoal que veio me visitar. Eu e o Lucas ficamos sozinhos no quarto.
“Eu exagero nas palavras, mas nos meus versos eu só encontro você. Eu sonho só pra te ver…”
Eu e ele sozinhos era tudo o que eu precisava naquele momento.
— Você está melhor? – Questionou ele.
— Sim. Agora estou bem melhor. E você? Quanto tempo eu não te vejo.
— Estou bem, graças a Deus. Feliz, muito feliz por te ver bem. - O silêncio entre nós dois era algo comum. Logo eu o quebrei desabafando um pouco.
— Eu sinto sua falta. Muito.
— Também sinto... Vavo me contou que veio parar aqui por minha causa, é verdade?
— Podemos dizer que sim… – não queria admitir logo de cara, mas o fofoqueiro do meu irmão já havia explanado. – A saudade que sinto de ti foi mais forte que eu. Acabei me trancando dentro do meu mundo para ver se conseguia ficar mais perto de ti. Acho que não foi uma boa ideia.
— De fato, não foi. – rimos juntos do meu infortúnio. – Você me deixou muito preocupado, Ali. Nunca mais faça isso.
— Desculpa. Eu... e-eu quero voltar, Lucas, e eu sei que você também quer.
— O que te levou a pensar assim? – sua expressão mudou. Levemente, mas mudou. – Só porque eu vim aqui? Não, Ali, não tem nada a ver.
— Como assim?
Ele havia dito aquilo mesmo? É, eu acho que meus ouvidos não me enganaram. Ele realmente havia dito que não estava naquele maldito hospital porque me ama. É o que então? Pena? Se for por pena, Lucas, eu juro que nunca mais falo contigo.
— Explica!
— Eu te adoro, guria, e isso não mudará. O caso é que eu... e-eu estou com outra pessoa agora. Não tem mais nada a ver nós dois.
Não pude proferir nada naquele momento.
Apenas me calei e o mandei sair. Não aguentava mais olhar para cara deslavada dele. Ver que ele não mudou nada me doía. Acho que criei um Lucas que não existe.
A raiva foi me consumindo até eu dormir. No dia seguinte eu recebi alta. Peguei o primeiro avião diretamente para Porto Alegre.
Tinha muita coisa minha lá. Muita coisa nossa. Na nossa antiga casa eu encontrei restos do que um dia fomos nós dois. Eu e ele. Peguei todos os papéis, recordações fiéis de nós, e os levei para a Redenção. Passear e me deitar debaixo de uma árvore era tudo o que eu necessitava naquele momento.
“É só mais um dia de chuva e eu vou pra Redenção, pois amanhã já vou estar em outro lugar muito longe daqui, muito longe de ti...”
Cheguei lá e logo me larguei na grama.
Li todas aquelas declarações dele para mim. Coisas lindas que só ele poderia escrever. Sua mente brilhante era admirável e inigualável.
O tempo estava fechado, nublado e uma leve camada de névoa sobrevoava o parque. As pessoas foram indo embora aos poucos, fugindo da chuva que certamente cairia, mas eu não me intimidei. Continuei ali deitada na grama e com vários papéis por cima de mim. A chuva caiu. As lágrimas também.
Vavo havia contado ao Lucas sobre o meu paradeiro. Ouvi um barulho peculiar de um sapato rolando na grama molhada. Esse barulho era cada vez mais frequente e aumentava de volume. Por curiosidade eu levantei a cabeça e me deparei com o Lucas em pé na minha frente. Ele tinha algo nas mãos.
— Posso me sentar aqui? – Ele perguntou com uma cara de dúvida e receio.
— Senta, ué. Ninguém está te segurando. – Lucas sentou-se e só assim eu pude ver o que carregava nas mãos.
— O que é isso? Papéis molhados?
— Não. É a nossa vida.
— Cartas?
— Exato. Suponho que esses papéis molhados em seu colo também sejam cartas minhas. Acertei?
— Sim. Estavam lá na nossa antiga casa aqui em Porto Alegre.
— Por que a gente terminou mesmo, hein?
— Eu me faço esta mesma pergunta todos os dias desde que terminamos. - Ele sabia muito bem qual era o motivo.
— Nicolle, né?
— Hã? – Até então eu nunca havia descoberto nenhum nome de nenhuma garota...
— O motivo foi ela. Por isso que terminamos.
— Quem é Nicolle? É uma de suas “fãs”? – Fiz sinal de aspas com as mãos.
— Ela é minha fã, sim. Lembra da tal pessoa que eu disse que estava? – Afirmei – Então, é ela.
— Hum... sei.
— Por que é tão durona comigo?
— Quando eu fui durona contigo, Lucas? É você que sempre está querendo me fazer sofrer com suas atitudes idiotas.
— Atitudes idiotas? Quais?
— Não admitir que me ama, por exemplo.
— Como se você admitisse. – debochou – Eu sei que você me ama também.
— Também?
— É. Confesso que ainda sinto alguma coisa por ti. – Falou meio displicente e encarou a grama.
— Quer saber... Esquece, Lucas. Você nunca voltará a ser o mesmo. - Eu me levantei e fui andando. Larguei as cartas lá.
— Espera! Não se vá. Não assim. Não agora.
— O que quer? – Ele segurou firme em meu braço, me impedindo de sair.
— Isso. - Ele me tomou em seus braços e me beijou.
“Eu sei que você quer viver comigo outra vez; que você quer viver ao lado meu...”
— Eu te amo. Desculpa. Desculpa.
Perdões e lágrimas se misturavam entre as gotas de chuva que ainda caiam naquela tarde em Porto Alegre. Os motivos reais da nossa briga ainda não são de conhecimento geral e não vão ser.
Voltamos para São Paulo no mesmo dia e reatamos o nosso namoro de 5 anos. Resolvemos esquecer aqueles cinco meses que estivemos separados e recomeçar de onde paramos.
Todos os nossos amigos ficaram felizes pela nossa volta a São Paulo e por nós dois termos voltado a namorar. Eu me mudei de novo para casa dele.
Os anos se passaram rápido.
“Até a luz do Sol se apagar; enquanto houver ar pra respirar.”
Dez anos depois daquela época, nós dois ainda estávamos juntos. Havíamos casado e temos um filho de cinco anos; seu nome é Rodrigo. Mas nem tudo foram flores...
Um mal do passado voltou para nos atormentar. Num belo dia de domingo nós estávamos na casa do Vavo para um churrasco. Rodrigo brincava com o filho do Bell, o Antônio, eles tinham idades diferentes, mas se davam super bem.
Quando menos esperávamos, ela apareceu. Nicolle foi até a festa com um copinho em mãos.
— O que faz aqui?
— Vim acabar com essa palhaçada toda. – Nicolle falou com uma expressão maníaca no rosto.
— O que quer dizer com isso? O... O que você fez, Nicolle? - Ela havia colocado veneno na minha bebida. Logo eu não conseguia respirar direito. Lucas se desesperou ao me ver no chão agonizando.
— Não me deixe sozinho, meu amor. Por favor, não me abandone. Fica comigo, Ali. Ali! – Gritou Lucas desesperado ao me ver caída ao chão, agonizando.
Todos estavam à minha volta, mas eu não conseguia falar e nem respirar. Só me lembro dele sufocando ao meu lado. Nicolle também havia colocado veneno na bebida dele. Ele se foi primeiro que eu, mas logo eu estava morta também.
Mas Nicolle não teve a vitória certa, pois seu objetivo era nos separar para sempre. Isso não aconteceu. Eu e ele nos encontramos em outro plano. Vimos tudo de lá de cima. Nossos corpos no chão, falecidos; ao redor todos os nossos amigos, nosso filho chorando. Abracei ele fortemente.
— Ficarei contigo para sempre.
— Eu te amo.
Foi assim que tudo se acabou.
A história; nunca o nosso amor... eterno.
Ali Mantovani.
FIM!!!
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Nota da autora: Fanfic de 2010 escrita com meu querido ídolo Lucas Silveira. Relevem o pseudo-drama kkkkkk <3