“You tell me that I'm complicated and that might be an understatement! Anything else? You tell me that I'm indecisive, fickle, but I try to hide it. Anything else?”
abriu a porta do apartamento, suspirando, por já saber que era eu do outro lado. Eu já havia perdido as contas de quantas vezes só naquele mês eu havia aparecido por lá, bêbada.
- Entra! - ele maneou a cabeça enquanto dava o devido espaço com o corpo para que eu entrasse -
Cambaleei levemente e fui amparada por ele, que segurou minha cintura enquanto empurrava a porta com a outra mão. O estrondo da mesma batendo fez minha cabeça latejar.
- , você precisa maneirar, sabe disso melhor do que eu!
Eu, bêbada, apenas balancei a cabeça, concordando falsamente.
- Você não apareceu, então eu vim!
- Você tem vindo muito… você é complicada! Muito complicada, e complica as coisas para mim também!
- Ai quanto eufemismo ! - pronunciei o nome coreano dele com dificuldade - Algo mais?
Eu vi um sorriso de canto brotar nos lábios dele e sorri de volta.
- Você também é indecisa e inconstante! Vai tomar um banho para tirar esse cheiro de álcool de você, e para ficar sóbria! E ai eu te levo para casa!
- Não! - eu passei os braços em volta do pescoço dele - Me deixa dormir aqui!
- Vai tomar o seu banho, e a gente conversa!
Ele caminhou comigo, me guiando até o banheiro e então fechou a porta, me deixando lá sozinha. Minha mente, bêbada e confusa me fez relembrar mais uma vez que nós dois não podíamos ficar juntos. O stalker estava preso, mas eu ainda tinha muito medo. Se algo acontecesse com por minha culpa, eu não suportaria. Mas eu não conseguia me livrar da vontade de estar com ele… Então sempre que eu bebia, lá estava eu no apartamento dele. Dizem que todos os caminhos, nos levam ao mesmo destino: Roma. Mas por mais que eu me desvie, sei que no final do meu caminho, não leva a Roma, me levam para o .
“I never liked my crooked teeth, you tell me they're you're favorite thing! Anything else? The stretch marks all around my thighs, kiss 'em till I change my mind about everything else…”
Eu olhava o meu reflexo no espelho, com um sorriso falso nos lábios. Ainda me sentia um pouco bêbada. A porta foi aberta e me olhou, pelo reflexo do espelho também.
- Meu dente cada dia mais torto né? - eu tentei descontrair o clima, quebrar o gelo -
- Eu adoro! É seu charme! - ele abaixou a cabeça, rindo - Tem uma roupa minha para você lá no meu quarto, só trocar e eu te levo!
Eu assenti e então ele saiu do banheiro. Caminhei até o quarto dele, e senti o cheiro cítrico do perfume dele invadir minhas narinas. O cheiro estava impregnado por todo o cômodo, então não tinha como fugir. Vesti o samba canção e a camiseta que ele havia separado e caminhei arrastando os pés de volta para sala.
Me sentei ao lado dele, que me olhou com ternura, como sempre fazia. Meus olhos marejaram pesadamente.
- Eu sinto como se já tivesse dado três voltas ao mundo tentando esquecer. E eu pintei beijos sobre os teus, mas eu não consegui cobri-los.
- Você pensa demais, pelo menos quando está sóbria, até estragar as coisas boas…
Algo mais? Eu pensei.
- Então a gente pode aproveitar quando eu não tô!
Me levantei, posicionando meu corpo entre as pernas dele. Deixei que o samba canção de descesse por minhas pernas e o vi fechar os olhos. As mãos dele me seguravam a cintura, com força. Acariciei os cabelos pretos dele enquanto sentia o nariz dele passear pela pele das minhas coxas. Em seguida eu senti depositar alguns beijos pelas estrias ao redor das minhas coxas, fazendo minha pele ficar ainda mais quente.
- Beije-as até eu mudar de ideia sobre todo o resto…
encostou o rosto em minha barriga, e então ele suspirou pesadamente.
- Veste esse short! Vou te levar para casa!
Um balde de água fria caindo sobre a minha cabeça.
- Já sei! Estou bebâda! Conheço você tão bem…
- Então porque tentou? - ele se levantou, se afastando de mim -
Dei de ombros antes de vestir o samba canção dele de volta.
- Sinto falta da sua pele… Mas não vou começar esse assunto, se não a gente briga! E eu não quero brigar hoje,
Vi fechar os olhos enquanto pegava os molhos de chaves.
- Prefiro brigar do que passar uma única noite tranquila com outra pessoa.
Pude ouvi-lo dizer baixinho e foi a minha vez de fechar os olhos.
- Você sabe que precisa para não é? Ou vai acabar me enlouquecendo de verdade !
Eu sabia que ele se referia às minhas idas até seu apartamento todas as vezes que eu enchia a cara.
- Diga o que eu faço, se você está em todo lado! Você é aquele cravo que eu não consegui tirar ! - voltei a embaralhar o nome dele na língua - Eu bebo pra esquecer toda essa situação de merda que nos coloquei e acabo na sua rua… É que meus pés não sabem chegar a outro lugar. Acho que uma parte de mim se perdeu em você.
Silêncio da parte dele, e eu passei a olhar a vista da janela do passageiro do carro dele.
- Tudo que eu sei é que você me cura quando estou machucada.
- Você precisa parar! - ele fechou os olhos quando paramos no semáforo -
- Tudo o que sei é que você me salvou e sabe disso, me salvou e sabe disso!
Eu apoiei uma de minhas mãos na coxa dele, enquanto fazia referência ao dia que nos beijamos pela primeira vez, quando ele me salvou do stalker…
- Sei! Me lembro disso com frequência! E eu te salvaria de novo quantas vezes fosse preciso, mas você é maluca ! Você me puxa para você e me empurra de volta, e eu fico nesse limbo!
Foi a minha vez de ficar em silêncio por alguns segundos.
- Você realmente, realmente me conhece… A futura e a velha eu! Todos os labirintos e a loucura da minha mente! Você realmente, realmente me ama. - meus olhos marejaram com força - Você me conhece e me ama, e é o tipo de coisa que eu sempre esperei encontrar!
- Por favor, ! Para! - ele apertou o volante com as mãos - Você vai ter que me prometer que não vai mais beber e ir atrás de mim, hum?
Eu balancei a cabeça em negativa, diversas vezes, deixando algumas lágrimas descerem por minha bochecha.
- Não posso! Por favor , tem tanta coisa que você não sabe! E não me peça para contar!
- Eu já desisti de tentar te entender! - ele balançava a cabeça em negativa -
Paramos em frente a minha casa e então o olhar de se encontrou com o meu, embaçado das lágrimas.
- Odeio ver você chorar! - ele apertou os olhos com força, fazendo o possível para não chorar também - Me prometa!
- Não posso ! Eu não quero ficar sem ver você caramba!
As mãos dele me seguraram o rosto, e então aproximamos as testas.
- Sempre achei que eu fosse difícil de amar, até que você fez parecer tão fácil, tão fácil! - selei os lábios dele rapidamente - Me toque até eu me encontrar em um sentimento, diga com suas mãos que você nunca irá embora…
- Te amar foi juvenil, selvagem e livre... - ele pausou - Te amar foi legal, quente e doce! Te amar foi luz do sol, foi estar sã e salvo, foi um lugar seguro para baixar minha guarda. Mas te amar teve consequências ! Mas você sabe bem quem eu sou, sabe que se chamar, eu vou.
Antes de beijá-lo eu sussurrei contra seus lábios outra vez:
- Sempre achei que eu fosse difícil de amar, até que você fez parecer tão fácil, tão fácil!
Fim.
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Nota da autora: Oi amores! Tudo bem? E aí? Não me matem por esse final, se quiserem os detalhes leiam Inevitável haha! Beijos :*