Autora: Ana Ammon
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Finalizada em: 11/03/2022.






Eu estava entediada naquela tarde e resolvi seguir o conselho da Daiane, me cadastrei no site de sugar baby eu estava passando pelos tais perfis quando me deparei com alguém conhecido, na mesma hora enviei mensagem para ele.

Quem diria você nesse site, tá aí uma coisa que nunca imaginei.

Posso falar o mesmo sobre você kkkk
Quer sair?

Aceito.

Te pego as oito, vamos ao Mangiafoco.


Sorri olhando as mensagens e me dei conta que já eram sete horas, corri para me arrumar e por um milagre, fiquei pronta vinte minutos antes, com calma analisei a roupa que estava usando, mesmo eu sabendo que o Jeff não era uma pessoa crítica com roupas e sabia muito bem como eu gostava de me vestir.
Eu me mudei há dois anos para o Canadá junto com a minha filha, que insistiu, ou melhor, infernizou minha vida para eu vir com ela nesse intercâmbio, provavelmente ela acredita que eu e o David iremos voltar a ter algo mas definitivamente ela está errada, ele pode ser um ótimo pai mas como namorado ele é péssimo, já tentamos isso antes e sabemos bem que não dá certo.
Suspirei me olhando no espelho e pensando o quanto seria bom sair com um conhecido naquela cidade onde eu ainda não havia conseguido conhecer pessoas novas, somente o ciclo de mães da escola da e alguns outros amigos do David, nem mesmo com o restante da banda eu estava conversando direito, ouvi a buzina na frente da minha casa e corri em direção a porta, quando abri o Jeff estava sorridente parado na porta com um buquê de rosas na mão.

- Quanto tempo! – Ele me puxou para um abraço. Ah aquele abraço, como eu senti falta daquilo.
- Jeff! – Pulei nele assim que ele abriu os braços. – São para mim?
- Sim! – Ele me entregou o buquê.
- Vem, vou colocar elas em um vaso e já saímos.
- Já está pronta? Que milagre é esse? – Ele deu risada.
- Surpreendentemente sim – Sorri para ele. – Vamos?

Ele caminhou até o carro e abriu a porta do passageiro para eu entrar, sinceramente havia esquecido de como ele era cavalheiro, quando entramos no carro a tensão entre nós dois reinou naquele pequeno espaço, ficamos em completo silêncio até o restaurante, no caminho senti minhas mãos começarem a suar de nervoso, as imagens de nós dois em momentos um tato quanto íntimos tomaram conta da minha mente, tudo o que eu queria era falar para ele voltar para casa e ficarmos vendo filmes a noite toda sentados no sofá abraçados.
Quando estacionamos eu desci do carro meio afobada, ele logo deu a volta e parou ao meu lado me olhando confuso, quando o olhei ele notou que eu estava com uma certa vergonha, sorriu para mim e fomos em direção a entrada do restaurante.

- , não precisa ficar nervosa. – Ele sorriu se sentando à minha frente.
- Quem dera conseguisse controlar o que se passa em minha mente, faz tanto tempo que não nos falamos.
- Realmente faz, inclusive sinto sua falta. – Ele me olhou e senti meu rosto queimar. – Falta da amizade, de sair com você... Enfim, o que estava fazendo em um site de sugar?
- Bom, me disseram que seria interessante para conhecer pessoas. – Sorri de canto. – Ironicamente foi ótimo, pude te encontrar novamente.
- Fala como se não tivesse meu número... – Ele gargalhou e pediu ao garçom para trazer o vinho.
- Ah Jeff, tanto tempo sem falar com você que fico até sem jeito de te mandar mensagem depois de tudo.
- Tudo o que? Só por que você tem uma filha com ele não significa que vocês são obrigados a ficar juntos. – Ele deu de ombros. – Sabe que quem te arrumou a casa para ficar fui eu né?
- Olha só, não sabia! – Falei surpresa. – Ele falou que tinha sido ele.
- Enfim, como você está? O que está achando da cidade?
- Eu estou bem, claro que sinto falta do meu país mas aqui as coisas são boas também, muitas vezes até melhor que lá.

Ele sorriu e seguimos o nosso encontro conversando sobre o que fazer em Montréal, depois de algum tempo ele me levou para casa, claro que o convidei para entrar então terminamos a noite assistindo filme de terror.

- Jeff, sei que deve ser pedir muito, mas dorme aqui hoje? A vai ficar na casa do David essa noite.
- Claro que durmo, está com medo de ficar sozinha na casa? – Ele deu risada enquanto me abraçava.
- Olha depois desse filme tenho que admitir que estou com um pouco de medo sim.
- Vem, vamos para o quarto.

Ele se levantou me puxando para um abraço, me pegou no colo e me levou até o quarto, eram situações assim com ele que eu sentia falta, assim que entramos no quarto ele me beijou de forma intensa enquanto caminhava em direção a cama, eu sorri em meio ao beijo o que deu a ele a chance de aprofundar ainda mais o beijo se tornando algo além disso. Acordei na manhã seguinte e ele não estava lá, fiquei com a sensação de que havia sonhado com aquilo mas havia um bilhete no travesseiro em que ele dormiu.

“Foi bom te ver novamente, espero te encontrar mais vezes.
Deixei o café pronto na bancada da cozinha, espero que goste.

Com amor, Jeff”


Eu rolei na cama olhando aquele bilhete completamente confusa do porque ele havia saído tão cedo, suspirei e me levantei, caminhei lentamente até a bancada de mármore preto onde encontrei uma bandeja prateada com café, panquecas e um donut em pratos separados.

- Bom dia mãe.
- Bom dia filha! – Falei assustando com a presença dela ali. – Não sabia que já tinha voltado do seu pai.
- Bom, eu tentei te ligar ontem para avisar mas você estava ocupada com uma outra pessoa. – Ela me olhou com aquele olhar de “sei o que você fez ontem” – Enfim, voltei antes por que não estou me sentindo bem.
- Sério? O que você tem?
- Mal estar só, também juntou com ter visto meu pai com aquela loira.
- Filha, você tem que entender que eu e seu pai jamais iremos dar certo juntos.
- Eu tento mas não consigo gostar da idéia de vocês separados.
- Meu deus ... Aceita que vai ser mais fácil.

Ela deu de ombros enquanto caminhava em direção ao quarto, me sentei para comer e deixei minha mente voltar à noite anterior, fiquei relembrando cada detalhe do corpo dele, como os beijos dele são incríveis e, por fim, como ele sabe exatamente onde tocar. Fui tirada dos meus pensamentos pelo meu celular tocando insistentemente.

- Oi.
- ? – A voz do David ecoou em minha mente. – A está ai?
- Sim, por que?
- Ela sumiu ontem à noite, onde você estava que não atendia o celular!?
- Estava ocupada, você é pai dela e era o seu dia de ficar com ela, portanto quem deveria ficar de olho em uma adolescente de dezesseis anos era você.
- Sei disso... – Ele suspirou. – Ela ficou brava comigo por eu ter trazido a Luna aqui.
- Ela me falou. – Eu apertei levemente as têmporas. – Olha, você tem que me ajudar a tirar a ideia de que vamos voltar ainda da cabeça dela.
- Não posso ajudar, eu ainda quero voltar com você.
- David sabemos que não vai rolar.
- Hm. – Ele falou triste. – Fiquei sabendo que o Jeff estava ai.
- Sim, dormiu aqui noite passada. – Notei o silêncio constrangedor do outro lado da linha e bufei. – Sempre assim né? Eu não posso fazer nada, você pode sair com quantas quiser.
- Não falei nada disso. – Ele falou bravo.
- Mas te conheço o suficiente para saber que pensou, vou desligar, até mais David.

Desliguei o telefone suficientemente irritada para me levantar e ir trabalhar, atualmente eu trabalhava como fotógrafa em uma agência de modelos em Montréal, pelo menos nisso o David havia me ajudado, a arrumar um emprego na área da minha formação.

Jeff POV

Sai da casa da naquela manhã com o sentimento de que deveria ter ficado ali o dia todo, mas como havia visto notificação de mensagem no celular dela vindo da preferi evitar qualquer constrangimento, também fiquei com a sensação estranha de que as coisas entre nós dois não eram mais as mesmas.
Suspirei enquanto dirigia tranquilamente em direção a minha casa, assim que cheguei na rua vi o David na porta da casa dele nitidamente preocupado, eu bufei vendo aquilo pois sabia que jamais iria deixar meu amigo naquela situação, estacionei o carro na minha casa que é vizinha da dele e caminhei lentamente em direção a ele, a cada passo que eu dava minha mente berrava para eu não fazer aquilo.

- O que aconteceu?
- A sumiu.
- Ela voltou para a casa da . – Falei me arrependendo na hora do que havia dito.
- A é? E como você sabe Stinco?
- Sabendo. – Respirei fundo apertando levemente minhas têmporas. – Olha David, como combinamos vou te contar ok? – Ele concordou com a cabeça. – Eu dormi lá noite passada, vi a quantidade de mensagens e ligações perdidas no celular da , por isso sei que a foi para lá.
- Ok. – Ele olhou para o chão. – Sabe, ontem eu trouxe a Luna aqui...
- Hm, a não gostou e saiu de casa, foi isso?
- Foi, ela tem que entender uma hora ou outra Jeff, eu e a mãe dela não damos certo, diferente de você com ela.
- Eu sei, você sabe, os caras todos sabem disso, mas não encaixa na cabeça da , ela é só uma adolescente, vai por mim que logo isso melhora.
- Espero...

Eu sorri para ele e voltei para minha casa, assim que entrei fui recebido pelas minhas filhas que estavam com seus respectivos namorados, cumprimentei eles e fui para o estúdio, peguei um violão e coloquei a câmera para gravar, naquele dia eu resolvi que iria tocar a música do Skank eu ainda gosto dela, minha filha entrou no estúdio um pouco antes de começar a gravação e falou que queria cantar mesmo sendo em português.
Depois do vídeo gravado combinei com minha filha de postar no youtube pois sabia que muitos fãs brasileiros iriam gostar, peguei o link daquele vídeo e enviei para a com a mensagem de “Hey, i miss you.” Em seguida ela me ligou.

- Hey.
- Jeff eu achei que você tinha sumido.
- Não honey, eu voltei pois vi a quantidade de notificação no seu celular e sabia que a estava voltando para casa. – Sorri ouvindo a voz dela. – Sabe, eu estava pensando, quer sair novamente qualquer dia?
- Claro que sim! Você não tem idéia do quanto sinto sua falta!
- Digo o mesmo, até sai com outras pessoas, mas nenhuma deu certo, por que eu só quero estar com você.
- Vai conseguir lidar com a ?
- Claro que sim, esqueceu que tenho três? – Dei risada.
- É mesmo. – Ela riu e aquilo fez meu rosto queimar. – Eu tenho que ir, a está me ligando, love you.
- Love you too.

Desliguei o telefone com a sensação de que finalmente estava quase conseguindo o que tanto queria, ter ela de volta. Daquele dia em diante eu e a saímos durante um bom tempo até termos a coragem de oficializar para o mundo, a claramente não ficou muito feliz com a idéia de eu estar namorando com a mãe dela, espero que em algum momento ela entenda que a e o David não vão conseguir ficar juntos, eles parecem lados opostos de um imã, toda vez que se encontram se repelem em algum momento os fãs irão entender isso também, por que sim, os fãs falam que eu sou o vilão da história do casal que eles shippam tanto.

Hoje acordei sem lembrar
Se vivi ou se sonhei
Você aqui nesse lugar
Que eu ainda não deixei

Eu ainda gosto dela (Skank)


Fim.



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Nota da autora: Oláá!
Bom, é um spin off de Family Portrait, que por sinal é continuação de Everything For One Band hahahahaha
Espero que tenham gostado desse spin desse casal lindo <3


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Family Portrait || Everything For A Band

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