A Dinastia de Aragão ( Temporada 1)



Última atualização: 29/08/2025.
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Em meados da década de 1480 a 1490, as irmãs Isabel de Aragão, Maria de Aragão, Joana de Aragão e Catarina de Aragão viviam suas infâncias em um mundo repleto de sonhos e promessas. Isabel, a primogênita e futura noiva do rei Manuel I, destacava-se como a mais bela, divertida e alegre entre as irmãs. Com um brilho travesso nos olhos e um riso contagiante, ela espalhava uma energia vibrante que iluminava qualquer ambiente.
"Vamos brincar no jardim, irmãs! O sol está radiante e as flores estão pedindo para serem colhidas!" exclamava, instigando um entusiasmo que fazia com que todas a seguissem.
Maria de Aragão, mais tímida, sentava-se um pouco à parte, mas não passava despercebida. Seu sarcasmo, afiado como uma lâmina, surpreendia até os mais próximos.
“Ah, claro, Isabel, porque correr pelo jardim é muito mais divertido do que ficar aqui, não é mesmo?” ela alfinetava, fazendo com que as irmãs soltassem risos nervosos, revelando uma perspicácia que muitos ignoravam.
Joana, a inteligente do grupo, sempre tinha uma resposta pronta e curiosa. "Mas, e se encontrarmos alguma flor mágica que nos leve a lugares desconhecidos? Melhor do que apenas correr, não acham?"
E com seu olhar perspicaz, ela instigava novas aventuras.
Catarina, a irmã mais reservada, observava tudo com um semblante sereno e olhos atentos, absorvendo cada detalhe do mundo ao seu redor.
"Às vezes, o mais interessante é o que não fazemos, mas o que observamos," ponderava ela, enquanto suas irmãs se lançavam em meio às risadas. As conversas fluíam como um riacho, carregadas de sonhos infantis e inocência.
Enquanto as irmãs desfrutavam de sua infância despreocupada, sem perceber os desafios que o futuro reservava, alianças se formavam ao seu redor, mudando o curso da história. Anne de Bretagne unia-se em matrimônio a Charles da França, selando um pacto significativo entre reinos.
“A união deles pode trazer estabilidade à França,” refletia Joana, com sua habitual curiosidade. “Seria interessante ver como isso impacta nosso futuro,” acrescentava, enquanto suas irmãs a escutavam atentas.
No mesmo período, Elizabeth de York dava à luz seus primeiros filhos com Henry VII, dando início a uma nova era na história da Inglaterra.
"Ser mãe é um papel de grande responsabilidade," comentou Maria, com um misto de admiração e receio. "Imagina o que elas devem sentir!"
O destino de cada uma dessas mulheres estava interligado em uma teia de ambição e poder, embora as irmãs Aragão ainda não soubessem a profundidade dos desafios que enfrentariam.
“A vida é cheia de surpresas, não é mesmo?”, ponderou Isabel, com um sorriso sonhador. E assim, entre risadas e diálogos, essas jovens mulheres eram moldadas por seus sonhos e pela história que se desenrolava ao seu redor, sem saber que, em breve, suas vidas se entrelaçaram com os destinos que pareciam tão distantes.

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INGLATERRA, 1491

–...Como ele se chamará – perguntou Henry VII a esposa Elizabeth de York.
– Ele se chamará Henrique.
– Tão bom nome quanto os de Arthur e Margaret.
– Sim – respondeu Elizabeth de York.

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–...O que vocês acham que há além do que conhecemos – perguntou Maria de Aragão certa vez as irmãs.
– Acho que deve haver muita música, muito teatro e muita diversão nas cortes do palácios – disse Isabel de Aragão, com um sorriso divertido.
– Talvez haja a mesmo – concordou Joana.
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–... Será que contamos a elas o nosso plano de casá-las – perguntou Isabel de Castela ao marido.
– Melhor não, deixa elas se divertirem por enquanto – disse Fernando de Aragão.
– Mãe, pai, a Isabel não para de implicar comigo – disse João, o filho mais novo doente de Isabel de Castela e Fernando de Aragão.
As aventuras estavam apenas começando....

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– Meu filho, acho que agora é rei – disse uma mulher para o filho o rei Manuel de Portugal – Acho bom casar-se com Isabel a mais velha dentre os filhos de Isabel de Castela.
– É uma boa ideia – disse o jovem rei de Portugal, Manuel I. – Mas ela ainda é jovem!

Assim destinos começaram a ser tecidos....




Isabel de Aragão estava no pátio do reino conversando com as irmãs Maria e Joana. O sol brilhava intensamente, iluminando as paredes de pedra do castelo e refletindo nas cores vibrantes dos vestidos das princesas. "Olhem só essa obra de arte!" exclamou Isabel, gesticulando para um magnífico mural que retratava a história dos reis da Espanha. Sua voz era cheia de entusiasmo, cativando a atenção de suas irmãs. Maria, por sua vez, não conseguia conter uma risada sarcástica. "Se as pinturas falassem, certamente teríamos uma história mais interessante do que a que vivemos aqui", comentou, enquanto dava uma volta ao redor do pátio.
Joana, sentada em um dos bancos de madeira, estava imersa em um livro de magia. Seus olhos se moviam rapidamente pelas páginas, enquanto ela sussurrava feitiços que fazia questão de decorar. "Vocês sabem que esse mural não será nada comparado ao que podemos criar com um pouco de magia, não é?", disse ela, sem olhar para cima. Isabel, divertida, respondeu: "Ah, Joana, e se alguma dessas magias der errado? Imagina o que o pai diria se transformássemos o castelo em um sapo gigante!" As irmãs riram juntas, mas Maria logo interrompeu, com um olhar pensativo. "Falando em sapos, temos que considerar o que está acontecendo na França. Ana de Bretanha parece estar numa encrenca com o rei Charles, e isso pode afetar todos nós."
Nesse momento, Catarina de Aragão, que se encontrava em uma sala reservada, estava concentrada em uma correspondência com seu futuro marido, Arthur da Inglaterra. O papel que tinha em mãos era uma mistura de esperança e ansiedade, já que o casamento tinha o potencial de unir dois reinos, mas também trazia consigo uma responsabilidade esmagadora. "Como é possível que duas pessoas conhecidas apenas por cartas possam ter tanto poder sobre o futuro de tantas pessoas?" murmurou para si mesma, enquanto seus dedos dançavam sobre as palavras que descreviam suas emoções. Ela sentia que o futuro estava em suas mãos, mas o peso dessa responsabilidade a deixava inquieta.
De volta ao pátio, Maria havia notado um jovem servo que passava, trazendo consigo um ar de jovialidade que parecia quebrar a monotonia do dia. "Bom dia!" ela exclamou, mirando no jovem com um sorriso travesso. "Como anda a vida de um servo no castelo? Ainda não se perdeu entre as paredes?"
O servo, surpreso, parou e sorriu. "Bom dia, Milady! A vida aqui é cheia de desafios, mas sempre tem suas recompensas. Como o sol brilha para quem trabalha duro, não é mesmo?" Maria riu da resposta, admirando a coragem do jovem de brincar com uma princesa.
Enquanto isso, a tensão na França aumentava. Ana de Bretanha, com seu coração pesado pela falta de herdeiros, começou a fazer planos. Ela sabia que a pressão para produzir um sucessor era imensa e que cada dia que passava era uma nova oportunidade perdida. "Charles, precisamos conversar", disse ela em um tom sério, ao encontrar seu marido no salão principal. "O futuro do nosso reino depende de nós. O que podemos fazer?" Charles olhou para ela, seu olhar um misto de preocupação e frustração. "Ana, eu entendo sua angústia, mas não posso controlar o que acontece dentro de você. Precisamos de uma solução, e rápido."
As histórias se entrelaçam, formando uma tapeçaria complexa de intrigas, esperanças e desafios. O destino das princesas de Aragão e de Ana de Bretanha estava inevitavelmente ligado, e o desenrolar das tramas prometia reviravoltas emocionantes que mudariam o curso do destino de todos os reinos.

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– Isabel, precisamos conversar – diz a rainha de Castela – Recentemente o rei de Portugal, Manuel I tem insistido em pedir sua mão em casamento. Eu e seu pai acreditamos que uma união entre as famílias reais seria formidável.
– Mãe, a senhora sabe que não quero me casar tão cedo – Isabel disse em tom divertido, mas contido – Eu quero viver aventuras! Quero explorar, ensinar. E principalmente, ser livre, além de querer me casar com alguém que eu ame.
– O amor não importa Isabel, o que importa é ter as próprias rédeas do destino através de alianças políticas e matrimoniais e você vai se casar com ele sim!
- Isso é injusto! – protestou Isabel de Aragão – Eu mal perdi meu antigo marido e já tenho de me casar novamente.
– É o certo – disse a rainha de Castela.
– Vou pensar, está bem mãe – respondeu Isabel.

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1496

–...Mais um filho perdido, Bretaigne – reclamou Charles.
– Eu estou tentando gerar descendentes meu marido, mas tem sido difícil – exclamou ela.
– Ainda assim, outros reis já tiveram filhos e nós ainda não tivemos – diz Charles.
– Espere só um pouco e teremos - prometeu Ana de Bretanha.




–...É uma bela vista aqui! – disse Maria de Aragão ao servo, que virá no dia anterior.
– Com certeza, milady – respondeu o servo – A natureza é linda e cheia de encantos!
– Deve ser mesmo – concordou Maria de Aragão.

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O sol da manhã filtrava-se pelas janelas do castelo de Castela, iluminando o salão principal onde Isabel de Aragão aguardava ansiosamente a chegada de Manuel I de Portugal. Com um vestido de brocado que refletia a luz dourada do dia, ela se sentia como uma rainha prestes a se encontrar com seu rei. Seu coração batia rápido, não apenas pela iminente união, mas pela expectativa de um futuro que prometia ser repleto de desafios e alegrias.
Enquanto isso, em um canto mais tranquilo do castelo, Joana de Aragão e Filipe de Habsburgo conversavam em voz baixa, tentando compreender o que significaria para eles essa união que os ligava. “Você já se perguntou como será o nosso futuro?” perguntou Joana, com um brilho curioso nos olhos. Filipe sorriu. “Apenas se não fizermos planos, Joana. O futuro é como um rio que flui; não podemos prever suas correntezas, mas podemos decidir como navegar.” Joana riu da metáfora, e mesmo em meio a um casamento arranjado, um sentimento de camaradagem estava começando a se formar entre eles.
Na biblioteca de Castela, Maria de Aragão e Catarina de Aragão exploravam os tomos antigos que adornavam as prateleiras, buscando aventuras em páginas empoeiradas. “Olha, Catarina! Este livro fala sobre os reinos de Camelot,” disse Maria, com os olhos brilhando de excitação. Catarina, com um sorriso travesso, respondeu: “E se encontrássemos um cavaleiro encantado? Poderíamos escapar juntas para viver uma grande aventura!” Ambas riram, compartilhando um momento de liberdade e sonhos, mesmo diante das obrigações que suas famílias impuseram.
Enquanto as conversas e diálogos ecoavam pelos corredores do castelo, Isabel se preparava para a sua nova vida ao lado de Manuel. Ela sonhava com a manhã em que apresentaria seu primeiro filho ao mundo. Sentindo um misto de ansiedade e felicidade, ela comentou com sua dama de companhia: “O amor pode ser uma força poderosa, não é? Ele nos conecta com o futuro e nos dá coragem para enfrentar o inesperado.” A dama sorriu, compreendendo a profundidade das palavras da jovem. “Sim, minha senhora. E é esse amor que irá moldar não apenas a sua vida, mas também a dos reinos que você irá governar.”
Os destinos de Isabel, Joana e Maria estavam entrelaçados, cada uma trilhando seu caminho dentro das paredes do castelo, mas unidas por laços de sangue e por um futuro cheio de incertezas e promessas. E assim, naquele dia ensolarado, as sementes do amanhã eram plantadas, enquanto conversas, diálogos e cenas de suas vidas se desenrolam sob a luz gentil do castelo de Castela.

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– ...Milady, o que a entristece – perguntou o servo com quem Maria havia falado.
– A vida – respondeu ela – É tão difícil ser o que os outros esperam de você. Às vezes temos nosso próprio jeito de ser. – diz ela.
– Eu compreendo minha senhora – disse ele – Mas acredite sempre em Deus, ele te trará soluções.

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–... Você tem certeza que está esperando um filho – perguntou Manuel a esposa Isabel de Aragão.
– Sim – respondeu ela – Vamos ter o herdeiro do trono!
– Isso é uma notícia maravilhosa Isabel! – disse Manuel abraçando a esposa.

O casal se beijou, apreciando aquele momento.
Mas a alegria daquele momento, não durou muito pois Isabel morrera no parto de seu único filho, Miguel da Paz.

– Ela se foi – disse uma das parteiras para Manuel I.
O rei de Portugal não conseguia acreditar, sua esposa havia partido.




1499, FRANÇA,

–...Força rainha! – disse uma das parteiras a rainha Ana de Bretaigne – Força, está vindo, é uma menina.
– Uma menina! – disse o rei Louis da França, o novo rei da França e marido de Ana de Bretaigne descontente.
– Vai se chamar Claudia! – disse Ana de Bretaigne.

O bebê era em parte lindo, mas esguio. Mas tinha uma pele macia, como realmente de uma princesa!

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IMPÉRIO ROMANO GERMÂNICO

–...Ainda bem, que está grávida – disse o príncipe Filipe de Habsburgo à esposa Joana de Castela – Vamos torcer para que dessa vez venha um menino! Já temos a Leonor!
– Nós teremos, Filipe, eu garanto!

A pequena bebê Leonor de apenas alguns meses balbuciava pequenas palavras.

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CASTELA, 1499

– Acho que sabe porque te chamamos aqui minha filha – disse Isabel de Castela.
– Sim – respondeu Maria – Querem que eu me case com o rei Manuel I de Portugal – disse.
– Isso mesmo – respondeu o rei Fernando de Aragão e Castela.
– Eu não quero ficar com as sobras da Isabel – disse Maria de forma amargurada – Não quero me casar com o noivo que foi de minha irmã!
– Você não tem que querer – se descontrolou Fernando de Aragão – Você precisa se casar com ele para garantir linhagem ao trono português e até mesmo castelhano, já que João, meu filho e Miguel da Paz filho de Isabel e Manuel I morreram.
– Eu me caso, mas esse rei Manuel I vai ter que se dobrar as minhas vontades e fazer exatamente o que eu quiser – disse Maria de Aragão em um tom firme.
– Então está decidido, você vai se casar com Manuel I de Portugal! – disse a rainha de Castela e Aragão, a filha.
– Também vamos casar sua irmã Catarina com o jovem Arthur, príncipe da Inglaterra.
– Catarina já está preparada para esse casamento há décadas – disse Maria revirando os olhos, com um riso .
– Sabemos – a rainha de Castela riu.

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A rainha de Castela morreu e Joana de Castela e Aragão, sua filha, assumiu o trono castelhano. Ela chegou de volta ao reino de Castela e Aragão, com seu marido Filipe de Habsburgo e sua filha a pequena Leonor. Sua barriga exibia oito meses de gestação, prestes a dar à luz seu segundo filho. Joana começou a ser coroada rainha de Castela e Aragão tendo Filipe de Habsburgo, seu marido, como seu consorte. Os dois começaram a reinar em Castela e Aragão causando estremecimento no pai de Joana, que queria o trono para si. Um mês se passou e enquanto Maria era levada à corte do rei Manuel I de Portugal, Joana deu à luz seu segundo filho com Filipe, o jovem Carlos. No dia seguinte, ela deu Carlos a uma de suas amas para que ela o alimentasse. Maria de Aragão enquanto isso, chegava à corte de Portugal, onde foi recebida por Manuel I de Portugal. Manuel lhe fez uma mesura e ela fez outra mesura de volta.

– É uma honra conhecer a princesa de Castela! – disse Manuel I de Portugal.
Guess it's true, I'm not good at a one-night stand
But I still need love 'cause I'm just a man
These nights never seem to go to plan
I don't want you to leave, will you hold my hand?


– Também é bom conhecê-lo, Vossa Majestade – disse Maria.

Oh, won't you stay with me?
'Cause you're all I need
This ain't love, it's clear to see
But, darling, stay with me

– Venha, te apresentarei o reino de Portugal – diz Manuel I de Portugal.
– Obrigada, Vossa Majestade! – agradeceu Maria.

Why am I so emotional?
No, it's not a good look, gain some self-control
And deep down I know this never works
But you can lay with me so it doesn't hurt


– Venha! – disse o rei Manuel I de Portugal.
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– Anuncio diretamente de Castela, a princesa Catarina de Aragão – disse uma das damas de Castela.

Doeu meu coração
Te dar razão
Deixei de lado esse meu jeito complicado pra te dar
Minha melhor versão
Minha melhor versão
Doeu meu coração
Te dar razão


– Ela é linda – disse Arthur Tudor ao avistar a bela jovem de cabelos loiros chegando ao reino de Inglaterra.

Ele se aproximou e pegou em suas mãos.

– Venha, lhe apresentarei o castelo! Logo você conhecerá meus irmãos Henrique e Margaret. – disse Arthur.

Catarina o acompanhou admirada com o castelo, enquanto os reis da Inglaterra observavam tudo felizes com a união de Castela e Aragão.

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–... Tudo é muito lindo aqui – disse Maria de Aragão ao rei Manuel I de Portugal.
– Você é mais linda ainda! – disse ele.

Maria ficou tímida, mas deu um leve sorriso.

–...Então, como é em Castela – perguntou Manuel I a Maria, que começou a falar empolgadamente sobre a cultura de Castela. E Manuel falava a Portugal. Os dois começaram a conversar e se divertir juntos, além de trocarem conversas sobre muitas coisas.
Enquanto isso em Castela, Filipe e Joana reinavam em Castela...




Não demorou muito para que Joana engravidasse mais uma vez. O agora rei de Castela, Filipe ficara contente. A esposa esperava seu terceiro filho, após Carlos, o que mostrava que ela era bem fértil. Em meio a isso, Filipe se divertia com as outras mulheres da corte. Isso deixou o pai de Joana, chateado com a falta de respeito de Filipe para com sua filha. Naqueles dias, Manuel I e Maria de Aragão também tiveram relações, mas Maria não conseguia engravidar. Enquanto isso, em Castela, Joana começava a ganhar forma com sua barriga. Em Inglaterra, Catarina e Arthur se preparavam para se casar. E foi assim que, após alguns meses, Joana entrou em trabalho de parto mais uma vez. Após árduas dores, Joana deu à luz uma menina, Isabel de Áustria.

– É uma menina! – disse Joana e Filipe sorriu ao ver a pequena filha.
– Ela nasceu forte e saudável – disse Filipe em tom de aprovação admirando sua nova filha.

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PORTUGAL, 1501,

– Então, nenhum resultado ainda – perguntou Manuel a sua rainha, Maria de Aragão.
– Eu acho que estou grávida – disse Maria de Castela, agora rainha de Portugal.
– Verdade – perguntou Manuel comemorando – Então teremos um filho! – perguntou comemorando.
– Sim, espero que possa ser um menino para substituir Miguel da Paz que faleceu -disse Maria de Aragão.
– Seja menino ou menina, o importante é que seja uma criança saudável – disse o rei de Portugal.

Com o passar de alguns meses, em 1502, morreu o príncipe Arthur e seu irmão Henrique, agora Henrique VIII era o futuro rei de Inglaterra. Passando a se chamar Henrique VIII. E Catarina teria que esperar para se casar com o irmão de seu antigo noivo para poder ser rainha da Inglaterra, visto que Henrique ainda era uma criança.

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Após alguns meses, com muita força, Maria deu à luz um menino João. João era parecido com Manuel I de Portugal, mas herdara a beleza da mãe.

– Um varão! – disse Manuel – Você não sabe como me faz feliz, minha rainha! – disse Manuel I.
– Espero que venham mais meninos – disse Maria ao marido.

Em 1503, tanto Joana de Castela quanto Maria de Aragão de Portugal conceberam de seus respectivos maridos naquela época. Joana contou a Filipe que esperava mais um filho e Maria contou o mesmo a Manuel I. Cada um em sua província ficaram animados. Assim, Maria, entre dores de parto, deu à luz Isabelle de Portugal. A criança parecia a cópia do pai, Manuel, e era linda. Já Joana deu à luz um filho que era a cópia de Filipe, um menino chamado Fernando. Em dezembro de 1504, Maria de Aragão deu à luz mais uma menina, Beatriz. Enquanto isso, Joana revelou mais uma gravidez, desta vez em 1505, dando a luz para o marido Filipe em Castela, mais uma menina Marie de Habsburgo.

– Ótima notícia, Joana! – disse Filipe.

Em 1506, em Portugal, Maria deu à luz mais um menino e desta vez o chamou de Louis. Em 1507, teve Ferdinand.
E morreu o rei de Habsburgo e consorte de Joana de Castela, Filipe e Joana começou a ficar louca, sendo obrigada a ficar longe dos filhos na torre da cidade, em um local afastado tendo como companhia apenas a filha Catarina, enquanto os outros filhos eram criados por seu avô o antes rei de Aragão e Castela e agora regente durante a menoridade de Carlos.
Em 1509, na Inglaterra, Henrique VIII após a morte precoce de Arthur, foi coroado rei da Inglaterra... E anunciou:

– Vou me casar com a noiva de meu irmão e princesa de Castela, a bela Catarina de Aragão.

E uniu-se em matrimônio a ela.

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– Mamã – disse Isabel de Áustria, uma das filhas de Joana e Filipe a uma de suas aias, ainda criança – Porque existe as estrelas no céu. – disse observando o céu – Minha mãe poderia ser uma delas – perguntou Isabel.
– Ela está longe da minha querida, mas ainda se preocupa com você – disse a aia.

Um dos irmãos de Isabel de Áustria a convidou para brincar, e ela foi brincar aproveitando a infância.
Enquanto isso, Henrique VIII tinha seu primeiro dia de noite de núpcias com Catarina de Aragão. Os dois entraram no quarto começando a se beijar e consumar o casamento.

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A princesa Claudia de França, filha de Anne de Bretaigne e Louis, era uma criança animada e divertida, que também possuía sua sabedoria. Em meio a isso, tramas começaram a ser tecidas...




– Me conta mais mãe – pediu um menino a sua mãe.
– O que você deseja saber, filho – perguntou a mulher.
– Me conte como começou a nossa história. A história do nosso povo.
– Certo... Se queremos contar certo vamos falar da infância das irmãs de Aragão... Isabel de Aragão era a mais alegre, sedutora, divertida e espevitada das irmãs, enquanto Maria era a mais tímida e sarcástica, Joana a mais inteligente e Catarina a mais sonhadora. Juntas, elas formam uma irmandade. As herdeiras de Castela. Mas para você entender um pouco melhor a história, vamos permear como tudo isso começou a se desenrolar...

1491,

–... É um menino – disse a rainha da Inglaterra para o marido Henry VII.
– Como ele se chamará – perguntou o rei.
– Henrique Tudor!

1493, CASTELA
–... Já te disse para parar de fazer isso, Isabel – disse Maria sobre as brincadeiras de Isabel de Aragão com as irmãs mais novas.
– Ela parece achar essas aventuras tão divertidas – disse Joana.
– Mas é! – disse Isabel de Aragão enquanto tentava subir em uma árvore do jardim de Castela.
– Vocês acham que teremos que nos casar um dia – perguntou Catarina de Aragão, a mais nova das irmãs.
– Com certeza! – respondeu Maria, hesitante – Somos filhas meninas de certo que nosso pai preparou isso para nós.

E assim elas brincavam se divertindo....

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–... Não consigo acreditar que meu marido morreu! – disse Joana de Aragão e Castela entre lágrimas.
– Minha filha, você não pode ficar tanto tempo assim, ao lado do corpo de seu falecido marido. Deve cuidar do reino e de seus filhos, principalmente Carlos, o herdeiro do trono!
– EU QUERO MEU MARIDO! – gritou Joana exasperada – Só ele é capaz de me fazer feliz!
– Joana... – disse o pai.
– BASTA, PAI! – gritou ela, continuando a observar o corpo morto do marido, estando junto a ele.
– Porque nossa mãe é assim, Carlos – perguntou a pequena Isabel de Áustria ao irmão.
– Não sei, acho que é porque nossa mãe amava muito o pai – disse Carlos a irmã mesmo sem ter muita certeza.

Enquanto isso, Joana continuava decrépita ao corpo do marido, que começava a cheirar mal. Isso mais tarde lhe daria o nome de A Louca.

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–... Força, Joana – disse uma das aias alguns meses depois. A rainha de Castela, Joana, agora presa em uma torre, tivera de ficar ali, encarcerada. Mas trouxe ao mundo sua última filha, que se chamou Katheryn de Áustria.

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Isabel de Áustria crescia e conforme ela crescia, mais aguçado era sua percepção. Ela era uma jovem extremamente quieta, mas sabia observar o tempo. Enquanto isso, seu irmão Carlos se preparava para ser o novo imperador romano germânico, o que atrapalharia mais tarde os planos de Francisco I da França, agora noivo de Claudia.

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1514, REINO DA FRANÇA

–...Assim os declaro marido e mulher! – disse o padre francês antes da morte do rei francês.

Agora Claudia era a rainha da França e Francisco de Angoulême o rei da França. Eles foram até seus aposentos, onde o príncipe de Angoulême selou seus lábios nos da esposa. O beijo começou suave, mas foi tendo mais profundidade. Conforme o beijo era introduzido, mais intenso ele ficava. Francisco colocou Claudia sobre a cama e começou a penetrar nela, com calma para que os dois apreciassem esse momento. No dia seguinte, Francisco de Angoulême, agora rei da França, começou a resolver assuntos do trono. Como o império romano germânico que Francisco queria para si.

–... Acho melhor desistir da ideia, meu rei – disse um dos bispos da França – Um problema com o novo imperador Carlos seria um problema.

Enquanto isso, Claudia começava a sentir seu primeiro herdeiro começar a mexer em sua barriga.

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Naqueles dias em Portugal, Maria de Aragão começou a sentir as dores do parto, dando mais um filho a Manuel I. Ela se lembrava de sua infância e como era feliz com as irmãs a seu lado. A infância que não voltava mais. Ao mesmo tempo, Henrique VIII governou Inglaterra com mãos de ferro. Ele tentava ter filhos com a esposa Catarina de Aragão, mas a mesma não obtinha herdeiros, e os que tinham morriam. Ele estava começando a cogitar colecionar amantes. Enquanto isso, Maria de Aragão cuidava da educação dos filhos, um deles era a jovem Isabella de Portugal. Assim, após alguns meses, Claudia esposa de Francisco I deu à luz uma menina e a chamou de Luisa, mas esta viveria pouco tempo. Nesse mesmo período de tempo, Henrique VIII estava resolvendo assuntos do reino, quando Catarina de Aragão, sua esposa, chegou à sala do trono na Inglaterra.

– Estou grávida – disse ela mostrando a barriga para o marido.
– Boa notícia! – disse Henrique VIII feliz – Espero que dessa vez seja um menino! As suas percas tem me deixado impaciente.
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–...Por favor avô – disse Isabel de Áustria ao avô Fernando de Aragão – Não quero me casar com Cristiano da Dinamarca, nem o conheço direito!
– Alianças políticas são necessárias para minha neta – disse Fernando de Aragão já em idade avançada.
– Mas avô... – ela tentou argumentar.
– Sem mais vai se casar e pronto – disse Fernando.

Isabel de Áustria se revoltou, parecia que todos estavam contra ela. Todos. Ela não podia confiar em ninguém nem mesmo nos irmãos. Só restava a companhia de um terço que a mãe lhe dera ainda bebê. Ela o segurou firmemente nos braços, enquanto sentia a tristeza consumi-la.
No dia seguinte, ela seguiu viagem para conhecer seu futuro marido Cristiano da Dinamarca. A viagem foi longa, mas finalmente chegou a Dinamarca.



Continua...



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Nota da autora: Sem nota.








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